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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HAPPY NEW YEAR

I just want to wish you everything i wish for me

May next year be

the new begining for

a world based in KNOWLEDGE & LOVE

It could be a fantastic combination, don´t you think?

I leave you with Elis Regina & Pink Floyd, and the sweet voice of my daughter Laura in the beginning of her dreams,
with the "postcard" of a magnificent afternoon in Curitiba (Brazil).

Happy New Year



Queria desejar a todos o que desejo para mim próprio

Que o próximo ano possa ser a nova aurora
de um mundo baseado no CONHECIMENTO e no AMOR.

Não seria isto uma fantástica combinação?!

E com a Elis Regina & Pink Floyd, mais a voz da minha filha Laura
deixo uma ilustração de uma tarde em Curitiba (Brasil)
com esse horizonte em pano de fundo

Feliz Ano para todos

sábado, 17 de dezembro de 2011

A Spot of Light in a Dark Horizon - Epilogue

Granja, my sweet home

One week after my depart i was back with the sense of a duty acomplished (the paper i had presented was well recognized, which was proved a few days later when i received an invitation to publish an elarged version in a american international journal) and the heart filled with another beautiful scenary. Quick but truly worthy.

Quietly seated in my balcony, while looking at the infinite horizon, i couldn´t help myself of thinking how happy i can be, because i´m still Free Mind man full of Serenety and Joy, with no chains or anguishes. no matter the price i have to pay for that.

Feel my home heart with this little "promenade" around my place (Granja and Aguda) as an extension of the australian nature i have just met, again with the sound of Eddie Vedder (Guaranteed). I want to dedicate this little moment to my partner in this trip, a deep friend i´m proud of, who really appreciate this little world of mine. CARLOS RODRIGUES

Merry Christmas to you all

I hope we´ll be able to keep in touch next year.



Uma semana depois de ter partido eis-me de volta com o sentido do dever cumprido (artigo apresentado e bem apreciado, conforme tive oportunidade de confirmar uns dias mais tarde quando recebi um convite para publicar uma versão alargada do mesmo numa revista geotécnica americana) e o coração cheiinho de mais uma belissima natureza.

Sentado pacificamente na minha varanda, olhando o horizonte infinito que sempre me motiva a vida, não pude deixar de pensar quão feliz eu sou por após todos os anos que levo em cima do pêlo, me manter um homem Livre, Sereno e Alegre sem grandes grilhetas ou angústias, indiferente ao preço que posso ter de pagar por isso.

Sintam esse meu sentimento com este pequeno passeio pelo meu lugarejo (Granja e Aguda)quase como se fosse uma extensão da natureza australiana de onde acabo de chegar. Outra vez com a musica de Eddie Vedder (Guaranteed. É bom estar de volta.

Dedico este momento ao meu parceiro de viagem, amigo dos sete costados e apreciador profundo deste meu pequeno mundo. CARLOS RODRIGUES.

FELIZ NATAL PARA TODOS

Vêmo-nos por aí, no próximo ano

sábado, 10 de dezembro de 2011

A Spot of Light in a Dark Horizon - The Freedom

Somewhere in Western Australia

I´m a nature lover and so any travel around nowhere is always more appreciated than the urban landscape. As so, i include that "Salt & Pepper" in my travels whenever is possible. This time, i had quite near two unique natural offers: The Pineacles, a fantastic eolic erosion landscape, and the living Stromatolites, which happen to be descendent of the oldest life forms of the planet. Curious how this latter were able to survive to all the convulsions of the planet.

I don´t want to talk much, today. I just want to share with you the nature as it is, filling my soul with the freedom of mind that wilderness always bring. I really need that to survive this decadent world we are living in. Eddie Vedder came up to my mind with the fantastic music (No Ceiling, Hard Sun and Long Nights) he composed for the also fantastic movie Into the Wild, which has everything to do with human freedom. I just recomend to all of you, both the music and the movie.

I hope i can bring a bit of hope to all of you that believe we can make a better world.



Sou um amante incondicional da natureza pura, e por isso aprecio muito mais um bom retrato natural, mesmo que sem conforto, do que as voltas habituais em torno das paisagens urbanas. Sempre que posso, incluo esse "Sal e Pimenta" nas minhas voltas pelo mundo. Desta vez tive a sorte de ter perto (o tempo de estadia foi muito curto) dois cenários naturais únicos. os Pináculos, um cenário de erosão eólica absolutamente fantástico, e o ambiente preservado que permitiu a sobrevivência dos Estromatólitos (uma das mais antigas formas de vida do planeta) e que parece apontar um caminho para a nossa própria sobrevivência.

Não me apetece muito discorrer sobre este mundo cada vez mais decadente em que vivemos. Quero apenas partilhar a natureza que me encheu a alma da liberdade de pensamento que um estado selvagem (no bom sentido) sempre me traz, e que eu considero como o valor mais importante da vida humana. A este propósito, penso que a fantástica musica de Eddie Vedder (No Ceiling, Hard Sun and Long Nights) do não menos fantástico filme Into the Wild,(que tem tudo a ver com essa liberdade de que falo) traduz fielmente esse meu percurso. Recomendo tanto o album completo como o filme (com o mesmo nome).

Espero que isso possa trazer a esperança que precisam todos aqueles que acreditam num mundo melhor.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A Spot of Light in a Dark Horizon - The Joy

Fremantle, Western Australia

In a way, we all know that our society model is coming to an end. We may still want to have a hope to hold on to but the truth is that we should be thinking on the new dawn rather than trying to keep the old one. And if you've got to build something, you must do it with JOY to create something really worth. I think i don´t really need hope for myself, i just need the hope that next generations will achieve that goal. I look at my son (in the University now) or Luis Machado or some of my students and see the joy, the happiness and the energy to ride that adventure. After all, they truly are the future of the man kind.

And that´s what i felt going around in Fremantle, the port of Perth, located 19 km downstream in the mouth of Swan river, during the short city tour i made with the "craziest" guide i´ve ever met. We started laughing as we stepped in the "trolley" until the last minute of the trip, while going through a parade of architectural heritage buildings that really makes that small town (25.000 souls) special, showing a rare harmony with the main port of that area. Sometimes it was hard to follow his australian accent, but you laugh all the same because his way of playing around with people.

I remembered the street blue musicians i have met some years before in Amsterdam (Krooked Wheels) in front of the Centraal Station, spreading joy around with their amazing improvised instruments, and i taught that Willie, the Weeper would harmoniously fit in the moment and in the taughts me and Carlos had been talking about. Again, Martin Fahey came up to my mind, thinking how fine it would be if it could be us playing that music, together with Prof. Mayne, Nuyens and Mitchell, has we did in that fantastic GeoMusic event during the Porto In-situ conference in 2004?

So let´s take our way with joy, no matter the darker are the times. Kisses and hugs



De certo modo, todos sabemos que o nosso modelo filosófico e social está no fim. Podemos querer continuar a pensar que talvez ainda haja esperança para aguentar e reverter a situação, mas a verdade é que talvez fosse melhor começar a pensar na criação de uma coisa nova (que certamente virá), em vez de manter o olhar atarrachado no passado, como se isso nos impedisse de cair. E se temos de construir uma coisa de raiz, o melhor é fazê-lo com ALEGRIA, para que realmente saia uma coisa bem feita. Eu sinto, na realidade, que não preciso de Esperança para mim, preciso é da confiança que as gerações vindouras atinjam esse objectivo de criar um mundo equilibrado e equitativo. Olho para o meu filho Miguel, recém-entrado na Universidade, ou para o Luis Machado, prestes a embarcar para outro continente, ou ainda para alguns dos alunos da universidade que se cruzaram comigo nos últimos anos, e vejo neles a alegre Energia necessária para cavalgar essa aventura. E, ao fim e ao cabo, são eles o futuro da humanidade.

Foi precisamente isso que senti, enquanto dava aquela pequena volta por Fremantle, a cidade portuária de Perth (uma vez que esta se situa a cerca de 20 km a montante da foz do rio Swan). com o guia mais "maluco" com que alguma vez cruzei. Uma gargalhada continua desde que pisei o veiculo até ao último minuto da viagem, enquanto nos ia falando dos feitos de uma pequena cidade (25.000 habitantes) com um património arquitectónico riquissimo em perfeita e rara harmonia com o porto que serve de principal saída para o mar daquela zona da Austrália. Por vezes, era impossível para mim seguir a "conversa" devido ao sotaque australiano algo carregado, mas o seu modo de falar e "pantominar" punha-me sempre dentro do assunto.

Este tipo de ritmos fazem-me sempre lembrar o "street blue" que eu tanto aprecio, sobretudo quando preciso de "pica". Recordei por isso aqueles malucos com os seus improvisadissimos instrumentos com quem me cruzei uma vez na frente da Centraal Station em Amsterdão (Krooked Wheels), que espalhavam alegria e boa disposição em seu torno e pensei que Willie, the Weeper era perfeito para o lugar e para as minhas reflexões conversadas com o Carlos Rodrigues. Mais uma vez o Martin (Fahey) me veio à cabeça, desejando que fosse possivel sermos nós a tocar aquela música em conjunto com os Profs. Mayne, Nuyens, Mitchell, tal como fizeramos nesse incrível GeoMusic, constante do programa da Conferência ISC-2 que se desenrolou no Porto em 2004.

Beijos e abraços e...
... Vamos lá então "pegar esse touro" com alegre energia, ok?

sábado, 26 de novembro de 2011

A Spot of Light in a Dark Horizon - The Serenity

Perth

And in one month, i have travel at light speed (one week of work between two week-ends in airports and airplanes) to Peru and Australia. Tiring business, that´s for sure, but as i always say you've got to taste your path, even if it is for just some decisive moments.

I left Porto, one saturday in the evening, leaving behind me a horrible scenario of "everything in flames", dark horizon of so many fears of an uncertain future. Monday, before dawn i had landed in Perth, Western Australia, falling in a world i thaugth vanished. Neither laziness nor rush, everything made in a balanced and serene way. No sign of the worried faces we are used to find all around us everyday, and that we guess in the faces of all europeans and americans. The obvious fall of a selvatic capitalism favoured by these two continents after the fall of the Berlim Wall. The promises that it has brought to our generation and where all this has ended. A strange "revanche" of the comunist empire's fall.

And there, in the homeland of the only Australian i really know, Martin Fahey, once again i look at all this i had left behind, but this time with a distant look and the australian evidence that it is possible to rule our lives in a different way (observe the harmony between seaguls and ducks, at the end of the movie, and see what i mean). To me, and my travelling beloved partner Carlos Rodrigues, Perth gave us the possibility of having a fresh and realistic look of all these, embeded by the sounds of Take Five (David Brubeck) and Bosshanover (Mo´horizons).

Kisses and hugs



E em cerca de um mês, duas viagens à velocidade da luz (uma semana de trabalho, com fins de semana metido entre aeroportos e aviões), uma ao Peru e outra à Austrália. Cansativo, sem dúvida, mas como sempre digo, há que saborear o trajecto, nem que seja só por breves instantes.

Saio do Porto, num sábado pelo meio da tarde, deixando atrás de mim um cenário dantesco de "tudo a arder", horizonte carregado "envortiçando" temores vários de futuros demasiado indefinidos. Segunda-feira, de madrugada, aterro em Perth, parecendo cair num sitio que já julgava extinto. Nem preguiça, nem pressa, tudo feito de modo equilibrado e sereno. Nem sinal da inquietude que estamos habituados a ver à nossa volta e que adivinhamos estar também um pouco por toda a europa e pelos próprios americanos. A iminente queda do capitalismo selvático e esclavagista que estes dois continentes promoveram após a queda do Muro de Berlim, talvez como uma esquisita "revanche" à queda do império comunista. O que isso prometeu (pelo menos para a minha geração) e em que é que afinal tudo acabou?!

Alí, na terra do único Australiano que tenho a honra de conhecer, Martin Fahey, olhei para tudo isto, mas desta vez com o olhar distante e com a evidência australiana de que é possível governar a vida de outra maneira (observem com atenção a cena final do filme de harmonia entre patos e gaivotas, e sintam o que eu quero dizer). A mim e ao Carlos, estimadissimo compincha com quem foi um prazer fazer este percurso, Perth deu-nos a frescura de olhar para as coisas com serenidade e realismo, em que Take Five (David Brubeck) e Bosshanover (Mo´horizons) encaixam que nem uma luva.

Beijos e abraços

sábado, 12 de novembro de 2011

A New Dawn - O Rio que Canta

Back to Lima

And so, after two intensive days, i climbed up into the andes and come back to Lima, whose name results from the name given by the Incas to the local river, the singing river, as a consequence of the sound produced by the waters sliding through the gravel of its bed. I recall a partner of my way, Luis Machado, that is coming in to Peru to walk another track, hoping that he can sing like the river. With persistence and smartness, always with that spirit of adventure that brings light to the knowledge and to the living life. I leave my message with the voices of our Pedro Abrunhosa (Fazer o que ainda não foi feito, in english to do whatever was not yet been done) and also Oliver Shanti & Friends (L'amour, magica amor). Walk your way with passion and love.

Kisses and hugs



E assim, em dois dias de sol-a-sol, subi para o meio dos andes e voltei à capital (Lima) que deriva do nome dado pelos incas ao local "Rio que canta", pelo som produzido pelas águas batendo no muito calhau rolado existente ao longo do seu leito. Detenho-me a pensar num parceiro de caminhada que para aqui vem, o Luis Machado, esperando que ele consiga seguir o ritmo do rio que canta. Com argucia, com persistência e, sobretudo, sempre com o espírito de aventura que traz a riqueza ao conhecimento e à vida que vivemos. Dedico-lhe por isso, ao Luis, este pequeno "cruzeiro", hoje com a musica de Pedro Abrunhosa (Fazer o que ainda não foi feito) e de Oliver Shanti & Friends (L'amour, magica amor). Fazer com paixão e amor o que ainda não foi feito.

Beijos e abraços

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A New Dawn - Cordillera Blanca

And sudenly, there i was at 4.000m height, enjoying that sweet lazyness of the heights, Soroche in Peruvian language. I was there with the mission of driving along a road at these heights, identifying engineering problems. Almost 1.000 km after two days, getting up before dawn, around 4.30 in the morning and driving all day long, but always sliding through a magnificent view that makes your brain sharp giving pleasure to your work. I remembered my little friend Zorrino (From Tintin adventures) and my first glance to that incredible empire of the Incas, that in is highest point domain 5.000 km from Quito (Equador) to near Santiago (Chile). At that time they had built 35.000 km of roads without knowing neither the horse nor the wheel. How much i would like to travel in time and have a glance on their "engineering". But even with this mighty power that no one dare to face, a fearless man (Pizarro) with 170 men, stroke right deep in their hearts and all this disapeared as in a magic movement. And in less than 10 years this hero of the new world, died assinated by a man that was then assassinated (in less than 10 years) by Pizzarro's brother (Gonzalo)... and in less than 10 years Gonzalo was defeated deported and killed by the spanish crown. A sharp story for our times, don´t you think? How short the glory can be, how quick things can change.
Run along with me the track of Huaraz and Cordillera Blanca (the region at the north of Lima) marked by Huascaran the highest peak of Peru (6768m). With a good Andinian music (Mi Cholita de Abel Garrido Reyes, Selecion de Sayas de Ecos Andinos), which slides into Cantus Iteratus (Adiemus).

Enjoy the view




E de repente lá estava eu nos 4.000m de altitude outra vez (confesso que me dá sempre um certo prazer o que aquilo tudo encerra). O Soroche, como chamam os peruanos. Fui com uma missão, de correr uma estrada por essas altitudes, e inventariar os problemas. Quase mil km em dois dias, alvoradas às 4.30 da matina e circular enquanto a luz desse, mas deslizando simultaneamente por uma paisagem deslumbrante que nos aguça o espírito e nos proporciona um olhar mais arguto sobre as coisas. Quando o prazer e o trabalho se misturam, só pode sair boa coisa. Ali estava eu na terra dos Incas que tanto me fascinaram em pequeno, com a história do pequeno Zorrino do Tintin no Templo do Sol. O meu primeiro vislumbre dessa civilização fabulosa que no seu auge tinha um território que se estendia desde Quito (Equador) até próximo da actual capital do Chile (Santiago), em linha recta cerca de 5.000 km, e mais ainda (apara mim que sou engenheiro) uma rede de estradas com cerca de 35.000 km abertos num território super agressivo resultado desse choque de titãs que são os Andes, sem roda e sem cavalo. Tudo feito à custa de lamas que carregavam em média cerca de 50 kg. Façam as vossas contas e imaginem a empreitada. Tanto que eu gostaria de viajar no tempo e aprender com eles a sua "engenharia". Mas mesmo no auge, um temerário Pizarro com apenas 170 homens deu uma machadada neste império e pouco depois ele perdeu por completo o seu dominio, como o perdeu em menos de 10 anos o assassinado Pizarro, cujo assassino morreu às mão do irmão (Gonzalo) do primeiro, o qual novamente em menos de dez anos foi capturado e morto pela coroa espanhola. Como tudo pode virar de um momento para outro, num pequeno lapso de tempo. Corram comigo esse percurso por Huaraz e a Cordillera Blanca (região a norte de Lima) marcada pelo Huascaran o mais alto pico do Peru (6768m). Com uma boa musica andina (Mi Cholita de Abel Garrido Reyes, Selecion de Sayas de Ecos Andinos) culminando com o Cantus Iteratus (Adiemus)

Apreciem o momento


sábado, 29 de outubro de 2011

Peru - A New Dawn

Difficult times those we are living. A dying society that leads to nowhere and showing no way to go. A dark sky, indeed. The shorter and shorter money in your pocket, remindng me the story of the man that everyday cuts a thin slice of his horse food, hoping that someday the horse need no food, but keeping alive.

One day it had got to blow.

I look at my son that just left home to initiate the adventure of his life on his own, and then again to another team companion that has to move to the other side of the world, to the Land of the Incas, and i see an example in them of what to do in this difficult times:

Look for a New Dawn to procceed our journey.

Augusto Cury says:

The human mind is just incredible.
May you learn to walk through yourself and explore them
and if you do, never be affraid of getting lost
and if you do, neverbe affraid of changing routes
and if you do, think your life over, but never give up.
Always give you a new chance

That´s what you´ve got to do, either in life or in the delicate moment we are through.

Join me in this adventure

Tempos incriveis, para mim. Tudo a fervilhar, tudo a estourar, tudo a profundamente mudar. Não se vislumbra saída, o céu aparece carregado. A divida soberana, o aperto cada vez maior que faz lembrar a história do homem que vai tirando ao burro um bocadito da ração todos os dias na esperança que ele se habitue a não comer, e sem morrer.

Um dia tem de estourar, já não se consegue manter o mesmo rumo, toda a gente vê isso. Mas temos de encontrar um outro rumo. Aos poucos ou repentinamente teremos de o fazer. Nisto, olho para o meu filho que acaba de abalar de casa na sua aventura de vida, e depois olho para o até aqui meu companheiro de jornada Luis Pedro Machado, que pelas vicissitudes dos tempos abala para o outro lado do mundo, para a terra dos Incas. E vejo nisso, aquilo que eles me ensinam:

A procurar um Novo Amanhecer para prosseguir a minha jornada.

Augusto Cury escreveu:

A mente humana tem habilidades incríveis.
Que você aprenda a caminhar dentro de si e a explorá-las
E se caminhar, não tenha medo de se perder
E se se perder, não tenha medo de mudar rotas
E se mudar, repense a sua vida, mas não desista.
Dê sempre uma oportunidade a si mesmo

É isso mesmo que cada um de nós tem de fazer. Na vida, como no momento que vivemos.

Beijos e abraços

domingo, 10 de julho de 2011

Sacramento - A Portuguese Drop

Before returning to our country, facing again the though life waiting for us, we decided to follow the track of our ancesters, landing smoothly in Portugal through the old Colony of Sacramento.

For those who don´t know (i didn´t know too, until i red the lonely planet in the plane to Buenos Aires). the Colony of Sacramento was born through the decision of the Governor of Rio de Janeiro, Manuel Lobos, to send people and soldiers in order to jeapardize the business of spanish crown. Contraband and Piracy. After that the colony kept changing hands from crown to crown due to threaties and wars, until finally end as a district of Uruguay.

I stepped on land, after crossing Rio de la Plata (Sacramento is in front of Buenos Aires), and i felt imediatly the smell of a portuguese soul. I imagined the big parties celebrating great commitments, or the moments marked by tragedy, that certainly happened around. And i imagined the women and the love stories that painted a coloured life in the place. So picked up a bit of the heartl of my friend Nica and took Rodrigo Leão & Ana Carolina (A Corda, A Rosa, Vida Tão Estranha), to recreate a portuguese soul. They are great doing that.

See ya in the next trip

Antes de regressar a Portugal, para enfrentar de novo a dura realidade do dia-a-dia, resolvemos seguir os passos dos nossos antepassados e entrar devagarinho em Portugal, pela porta da Colónia de Sacramento.

Para quem não sabe (eu também não sabia até ler no Lonely Planet na viagem para Buenos Aires), a colonia de Sacramento resultou de um envio de população e militares pelo então governador do Rio de Janeiro (sec. XVII), Manuel Lobos, para "atrapalhar" o negocio da coroa espanhola naquela zona. Contrabando com alguma pirataria à mistura. Daí para a frente seria alvo de conquistas e reconquistas, mudando frequentemente de mãos mas voltando sempre às nossas. Até ser incorporada definitivamente na República do Uruguay.

Depois de atravessar o rio de la Plata (Sacramento é mesmo defronte de Buenos Aires) pus o pé em terra sentindo no ar o nosso aroma lusitano. Imaginei aqueles distantes bravos colonos, espalhados por ali, ora em grandes festanças, ora em missões corajosas que terminavam em tragédia. Imaginei as mulheres e as histórias de amor dramáticas que pintaram a vida por ali. Veio-me à memoria a minha Nica e o seu prazer pelo Rodrigo Leão e a Ana Carolina (A Corda, A Rosa, Vida tão estranha) e as histórias de sentido lusitano que eles conseguem transmitir. Perfeito para Sacramento

Inté, até à proxima viagem

sábado, 2 de julho de 2011

Patagonia - The beauty of giving

Copahue-Neuquen-Puerto Madryn-Trelew

Like the Agro river, we just moved downstream from the foothills of Copahue towards the Atlantic ocean in Puerto Madryn, in a 1000km journey, with Ruben Patagonia (Cutral-Co and Avutarda). At the end the whole patagonian tour took 10 days and 3500km, on and off-road, with a continuous movement of landscapes and people that fill up our souls thirsty of adventure.

It was time to think about this glorious travelling through pure nature strongly marked by strong chains of love and friendship (me, Silvia, Cristina, João and Sergio). It was time to taste all the journey while crossing our way back to Trelew, and understanding how stupid the human being has been by the careless way we take care of our nature. A time to learn (again) how much more important is the way you walk than any final destination you may have settled.

Someone said that your life is as happier as your capacity to give. I´m happy just for knowing how much i believe in that.
Tal como o rio Agro, começamos a descer com a corrente, desde as fraldas do Copahue até ao oceano Atlantico, em Puerto Madryn (perto da Penincula de Valdez e de trelew, onde toda esta aventura começara), fechando com um trajecto de 1000km o "nosso" anel Patagónico. Tempo para fixar definitivamente nas nossas almas as imagens e sensações desta fantástica viagem através da natureza feita na base do profundo sentimento entre pares (eu, Silvia, João, Cristina e Sergio), apimentado pela companhia de Ruben Patagonia (Cutral-Co and Avutarda). Tempo para perceber o quão estupida tem sido a raça humana pela forma desleixada com trata a natureza. Tempo para perceber melhor ainda, a superior importância do trajecto em detrimento do destino a que se chega. Inesquecivel.

Alguém disse um dia que a tua vida será tão mais feliz quanto a tua capacidade de dar. Eu cá por mim sinto-me feliz pelo muito que acredito nisso.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Patagonia - Sleeping in the nature´s bed

Caviahue-Copahue

Copahue (Sulphur's land in mapuche language) is an active volcano that reaches almost 3000m high, which includes several craters. In one of them, taking advantage of the local thermal conditions, a spa was installed in the beginning of last century, sourounded by small hotels and cabañas. In its foothills is located Caviahue (party land) in the margins of a glacial lake that supports the thermal (summer) and ski (winter) seasons. At the end, we chose to sleep in the sulphur land, due to the geological emotion of sleeping in a volcano crater. Something to tell your grand children, later on.

Our stay in Copahue was "around" the volcano and one follow of the Agro river downstream until its first "jump" (waterfall), in an unforgetable time lapse that gave a special colour to this trip. It is funny to realize that everyday was a different day, since we had left trelew. Starting from the older and bigger cities to the otherwy around, until we deeply fell within the nature, here in Caviahue-Copahue. In a time to remember and reflect on our lives, this trip brought up my daddy to my mind, because the way he died gave a special colour to its attitude in life.

Walk this path with me, while singing Katayama (Adiemus)
Copahue (terra de enxofre) é um vulcão activo localizado a quase 3000m de altitude que conta com várias crateras. Numa delas, aproveitando o termalismo próprio do local encontra-se instalado um complexo termal, construido no inicio do séc. passado, rodeado de todo o sistema de alojamentos próprios de um local como este. Na sua base encontra-se instalada Caviahue (terra de festas) que serve de apoio à instância termal e de ski que ali se pratica de inverno. Naturalmente, que dormimos em copahue, quanto mais não fosse pela geológica emoção de dormir numa cratera de vulcão.

A nossa estada rodeou o vulcão e sobretudo uma "descida" do rio Agro, desde a fralda do vulcão até ao primeiro "salto" (queda de água), num percurso inesquecivel de cerca de 10 km, que deu uma cor fundamental à viagem. É engraçado notar que desde que sairamos de trelew, cada dia foi um dia diferente, sempre com mudança de cenário e de motivo. Grosso modo, fomos progredindo de cidades mais antigas e populosaspara o inverso, mergulhando cada vez mais na natureza até sermos um só. Em tempo de lembranças, aquilo lembrou-me a vida do meu velhote, cuja forma como terminou determinou o brilho da sua forma de estar.

Acompanhem-me nesta orgia de cor da natureza, cantando Katyama (Adiemus)

sábado, 18 de junho de 2011

Patagonia - Smashing Serenity

And then, you wake up in the morning and you realize you are in a different planet. Again we hit the road towards Caviahue, a little town located in the foothills of Copahue Volcano (another one), smashed by serenity of the landscape and its silences, only disturbed by the wind and our own voices and noises. The footsteps of this journey in the land of Mapuche indians perfectly mixed within lanscape (for me, indians are the people that better balanced the human life with nature) can be felt by the music of Jesse Cook (Azul), while the sweet whisper of the wind in my ear is blown by the fantastic Ruben Patagónia and his Cancion del Viento. Probably i should stop here, since music and images of the Diaporama say everything that should be said.

However, i´d like to share what took in love my soul in that exclusive scenary. I remembered, once again, of my life in Vizela and Foz-do-Douro, with its permanent harmony and the human chain in a perfect flow, crossing lifes and antecipating so many ways to overcome. And also remembered all the ideals impregnated of freedom i dare to dream about in my times of Coimbra (university), when the internetic model of society was only in the early beginning. After that a huge Tsunami came over. Computers took the lead of our own lifes, promising a sustainable life that would never arrive. The philosophic jump didn´t happen, and the damn machines became our first competitor transforming us in a multi-function box thrown out to a never ending vertigo of rush and greed, cutting out of the scene the space for courtesy, love and care. It could only end in what it did. A fragile world waiting to fall apart.

And there i was, in the middle of the Patagonia , being naif enough to believe again in a society based in sharing, loving and loyalty as a way of making the Earth a good place to live.

And so, i took the chance and cleaned out of my soul the lefties of the disappointment i felt after the presentation of my PhD (this trip is a single gift offered by me to myself, to comemorate that commitment) learning in definitive how to avoid bitterness in your soul. That would only be good to dark grey my horizon.

Enjoy the moment
Acordamos de menhã com a sensação de estar noutro mundo. Pusemos novamente e uma vez mais os pés ao caminho, com o intuito de chegar a Caviahue, na base do vulcão (mais um) Copahue, esmagados por aquele desfilar de paisagem e de silêncios apenas cortados pelo vento e pelas nossas próprias vozes.
O ritmo deste trajecto, por entre terra de indios mapuches que tão bem se misturam naquela paisagem (para mim os indios são o povo que melhor equilibrio criou com a natureza), pode ser sentido através Jesse Cook (Azul) enquanto o doce assobio do vento que senti nos meus ouvidos pode ser escutado através dofabuloso Ruben Patagónia e a sua Cancion del Viento. Provavelmente deveria ficar por aqui porque as imagens e a música do diaporama dizem tudo quanto há para dizer.

Mas gostaria de partilhar o que a minha alma pensou naquele cenário exclusivo. Lembrei-me mais uma vez da vida de Vizela e da Foz-do-Douro com a sua harmonia permanente, o encaixe humano das pessoas e a fluidez com que as vidas se cruzavam e descruzavam antecipando futuros para desbravar. Lembrei-me também da minha Coimbra e dos ideiais que sonhei de uma vida livre e desempenada, nesse tempo em que o modelo informático de sociedade não passava de um embrião.

Mas depois tudo se precipitou. A informática tomou posse, com promessas inequivocas de um desenvolvimento encantador, fazendo-nos acreditar profundamente no salto tecnológico que nos preparavamos para dar. O problema foi que o salto filosófico não ocorreu, e a maldita maquinaria que nos devia dar uma vida mais sustentada, mais equilibrada, virou o nosso competidor mais sério. Não passamos hoje de caixa multi-funções atirada para uma vertigem interminável de pressa e avidez que eliminou o espaço para a delicadeza, a cortesia, as boas relações, a lealdade e o amor, até que a mais hedionda das atitudes passou a ser viável (é só uma questão de argumentação). Por isso, só poderia dar no que deu. Um mundo preso por arames, à espera de ruir.

Ali, no meio da patagónia, esmagado pela sua paisagem, senti de novo essa inocência e ingenuidade de acreditar no altruismo, na lealdade e no lado mais doce das pessoas como forma de fazer da terra um sitio bom para viver. Aproveitei a ocasião e libertei-me dos restos de desencanto que se sucedeu à defesa da minha tese de doutoramento (de que esta viagem é uma prenda, de mim para mim), aprendendo definitivamente a impedir que a amargura e o azedume possam algum dia controlar a minha existência. E isso, concerteza, serviria apenas para me tornar o horizonte cinzento.

Curtam o passeio

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Patagonia - Chile Out

Early morning, we left all that track of small recent towns (the older is only one century) where the comunity spirit rules and the harmony is whispering with the winds. It reminded me my old Vizela (the small town of my mum) i lived in my childhood and adolescence where things used to be that way. It also crossed my mind how far we are from it.

And from S. Martin de los Andes, we jumped into the pure nature, through rippio roads (off-road), marked by ocasional pueblitos and bridges proper of adventure lands, looking for a way (Passo) to cross to Lanim Volcano in Chile. Unfortunatly, the car papers were not in order and the access was denied. Bad luck, you might think, but how can one feel unlucky in a scenary like the one we were moving through. Impossible to happen in such an overwhelming spot. And so we continued our journey through the argentinian side of the Andes until Vila Pehuenia, a small town in its first steps, in a Far West style.

Enjoy the scenary with the local sound of Los Laikas (Bajando de las Montañas) e Las Voces de Orán (Zamba del Pñuelo)

Patagonia - Chile Out from nunocruz on Vimeo.

Manhã, pela fresca, deixamos para trás aquela pleíade de pequenas cidades, a mais antiga com apenas um século, onde o espirito comunitário parece imperar e a harmonia anda à solta no ar. Lembrou-me a Vizela que vivi na infância e... também quão longe (infelizmente) estamos nós desses dias.

E num mergulho vertiginoso na natureza pura e dura, por estradas de rippio pintalgadas apenas por ocasionais "pueblitos"e umas pontes dignas de cenários de aventura, rumamos a um "Passo" para atravessar a fronteira com o Chile e apreciar o vulcão Lanim. Azar dos cabrais, deparamo-nos com uma situação (papeis do automóvel) impossivel de resolver senão seguir o caminho pelo lado argentino. Senti pena, porque gostava mesmo de apreciar a diferença climática (e respectivas consequências paisagisticas) do outro lado dos Andes. Falamos um bocadito disso, por apenas uma parca meia-horita que a natureza envolvente encarregou-se de nos arrastar para dentro dela. Uma coisa soberba, até Vila Pehuenia, um pequeno pueblito acabadinho de nascer. Uma coisa tipo história do faroeste. Apreciem com os sons apropriados feitos por gente dali: Bajando de las Montañas (Los Laikas) e Zamba del Pañuelo (Las Voces de Orán)

sábado, 4 de junho de 2011

Patagonia - The Track to Chile

Bariloche - S. Martin de los Andes

We left Bariloche (the biggest town we have visited in this tour) in our way to Chile, hoping to gradually decrease "civilization" towards the complete melt with nature. My soul was waiting for that movement since the very beggining. A few km ahead, we were completely out of the urban scenary moving again through the Andes. Our goal was to pass Villa L'Angostura and move forward to S. Junin de Los Andes where we were supposed to sleep and continue in the day after to cross one pass to Chile. However, in the middle of the afternoon we were smashed for the beauty of a little town (S. Martin de los Andes) located in a small bay of the Lake Lácar in the Andes foothills, where the indian Puelches used to refuge during the local harsch winters. Right away, we decided to spent the sunset and the night in there. I particularly like this moment decisions that always take excitment to any trip. No schedule to follow, no definitive destinations. Next day, when passing S. Junin de los Andes, our primarly destination, we realized how good it was follow our instincts in that decision. Walk along with us in this beautiful track, with Govi (Treasure bay). I´m sure you will feel compensated.

Patagonia - The Treasure Bay from nunocruz on Vimeo.

Deixamos Bariloche para trás (a maior cidade que haveriamos de visitar neste tour) rumo ao Chile, esperando decrescer no nivel civilizacional até nos confundirmos completamente com a natureza patagónica, afinal a MECA que todos procuravamos. A ideia era rolar até S. Junin de los Andes (passando pela famosa Villa L'Angostura), dormir por lá e arrancar no dia seguinte para cruzar a fronteira e entrar na patagónia chilena, atarvés do parque natural de Lanim (um famoso vulcão local). No entanto, a meio da tarde, tropeçamos numa cidadezita localizada numa pequena baia do Lago Lácar, S. Martin de los Andes, que os indios Puelches usavam como refugio durante os duros invernos locais. Tocados pela particular beleza e serenidade do local, decidimos que a viagem acabava ali naquele dia. Gosto sempre destes momentos instintivos que fazem alterar rumos, pelo sentido de aventura que dão às coisas. Sem horários para cumprir, nem destinos para chegar. No dia seguinte, ao passar em S. Junin de los Andes, pudemos constatar o acerto dessa decisão. O melhor é mesmo viverem esse trajecto connosco, em companhia de Govi (Treasure bay), para respirarem aquele ar tão puro.

domingo, 29 de maio de 2011

Patagónia - Vuriloche

S. Carlos de Bariloche

Bariloche is a small beautiful town (130.000 inhabitants) situated in the foothills of Andes. Its name came from Mapuche language (Vuriloche), meaning the people from beyond the mountains, designating the people that cross the Andes from Chile and settle down near the Lake Nahuel Huapi.

The actual town was developed from a Drugstore installed there by a german at the end of XIX century, which provoqued a migration of German, Austrians Sloveneans and Switzerlands and it is sorrounded by lakes and imponent mountains (Cerro Tronador with 3500m high, Cerro Catedral and Cerro Lopez). This landscape, which in fact is very similar to the European Alpes, of mountains and Glacial lakes, makes it a perfect oasis in th desert landscape you have to cross when coming from the Atlantic, and gives the city a perfect natural ground to live from tourism, mainly for skiing and mountain climbing lovers. These situation makes this city one of the most important urban centers in the foothills of argentinian Andes.

This was the biggest (and more modern) city we visit in our long tour. From that point on, we would travel towards the wilderness we all desired from the beginning. Enjoy the beautiful scenary with Rumba de La Noche (Govi).

Bariloche deve o seu nome à designação ao movimento dos indios Mapuche originários do Chile que se movimentaram para além dos Andes. Vuriloche (em Mapuche) significa o povo para lá das montanhas, que por misturas de linguagem e erros ortográficos no registo acabou por "chegar" a Bariloche.

Bariloche é uma cidade centenária, fundada em final do Sec. XIX a partir de um armazém ali instalado por um alemão, que originou um movimento de gente e expansão. A cidade (de 130.000 habitantes) estende-se pala cordilheira andina abaixo até ao Lago Nahuel Huapi e encontra-se cercada por uma data de cerros (Cerro Tronador com 3500m de altitude, Catedral e Lopez), constituindo um verdadeiro oasis verdejante na paisagem deserta que se atravessa quando se viaja desde o atlantico, assinalando o inicio da cordilheira andina. Uma paisagem fascinante de montanhas, lagos e bosques, lembrando a zona dos Alpes, na Austria e na Suiça. Talvez por isso, a origem da cidade se deva principalmente a suiços, austriacos, alemães e italianos, que talvez tenham encontrado ali uma forma de não sentir saudades de casa. Actualmente vive essencialmente do turismo, sobretudo dos amantes do Ski e do alpinismo, mas também pelos passeios pelo lagos, através dos quais se pode chegar ao Chile, o que a torna numa das mais importantes cidades da faixa andina argentina, a mais desenvolvida e mais antiga que haveriamos de atravessar em todo o percurso patagão, até à hora de encetar o regresso. Sintam o seu maravilhoso enquadramento acompanhados da Rumba de la Noche (Govi). Daqui partiriamos depois para a parte mais inóspita e profunda da viagem.

sábado, 21 de maio de 2011

Patagónia - The Power of the Flower

Esquel - El Bolson - Bariloche

Just Imagine... Step down from la Trochita (last post), take a bus (our "girls" had left half a day before taking the car with them), road for 100 and some km in the base of the Andes and finally stop in El Bolson, a small town funded by flower power people in the end of 60', beginning of 70', in a proper landscape, showing how possible it is to erect a city in complete balance with nature. The purety of the air you can breathe, the people and their way of life. Unforgettable, remembering you that is possible ot have a cool and warm life, far from that kind of slavery we live today. We really understand how dumb we are, to follow that path that chains your heart and soul. And For What?. I cannot find an answer, but i really think there is time to another uprising with the same feelings. Don't You?

Taste the path from Esquel to El Bolson and all the road to Bariloche with me and the good music of 60' sung by the unforgettable Janis Joplin (Me and my Bobby McGee) and the "House of the Rising Sun", so perfect for that scenery. To bring back the memories for those who lived those times, or to tell the story of it, for those who were born after. Enjoy
Imaginem...Sair da Tronchita, em Esquel depois da viagem fabulástica do ultimo post, apanhar um autocarro (as "gajas" tinham ido com o carro mais à frente) andar cento e tal km sempre nas fraldas dos Andes e desaguar numa pequena cidade (El Bolson) fundada pelo Hippies nos finais dos anos 60, num cenário propicio, extremamente preservado, mostrando possivel fazer uma cidade em equilibrio com a natureza. A pureza do ar, das pessoas e da sua forma de vida, que se sente ali é indescritivel. Para não esquecer nunca mais, reavivando sonhos de uma vida solta e descontraída, longe da correria e loucura a que estamos habituados. Ficamos mesmo com a sensação que somos completamente burros, por aceitar este esquema que escraviza mentes e almas de uma forma definitiva. E para quê? Não consigo encontrar resposta, mas realmente acho que é tempo para que algo parecido chegue de novo, baseado em idênticos sentimentos. Não acham?

Apreciem o trajecto (Esquel, El Bolson e a estrada até Bariloche) ao sabor da boa música dos anos 60, com a inevitável Janis Joplin (Me and my Bobby McGee) e a ajustadissima "House of the Rising Sun". Para trazer as memórias ao de cima (daqueles que sentiram esse tempo) ou contar histórias do mesmo (para quem nasceu depois). Divirtam-se.

domingo, 15 de maio de 2011

Patagónia - Viejo Expreso Patagónico

From Esquel to Nahuel Pan in the Old Patagonian Express

After the 600km that brought us from the Atlantic to the Andinian mountains, another special move was waiting for me in Esquel. To travel in the mythic Patagonian Express (La Trochita, 75 cm width between tracks) that use to move within Esquel and El Maiten (Chubut Province), and a bit later until Inginiero Jacobacci in Rio Negro. 400 km of railroad, along the foothills of the Andes, in a steam locomotive that took around 24 hours to do. Stepping on Board just transport you to the great adventures of the conquer of American west with the Iron Horse and the lost stations in the middle of nowhere, openening far horizons.

After o good night sleep, i picked up my camera, and walked along with Sergio Correia to Esquel railway station to dive in an adventurer past that made me feel inside those fantastic movies of the old west of my childhood playground, such as that fantastic "Once upon the time in the west". From the times i was a just a fearless cowboy until, guided by Buffalo Bill and my father, i felt in love with indians and their culture well balanced with nature. Sitting Bull, Geronimo, Cochise among so many others feed my nomad soul since then.

With no more words, i invite you to travel with me & Sergio Correia, and with Ennio Morricone (The Man with Harmonica) and Las Cuerdas de Oro (El Condor Pasa), in a fantastic adventure towards the end of the world. Enjoy it with your own imagination
Depois dos 600 km que nos trouxeram até à Cordilheira andina, esperava-me uma aventura que sonhara desde que saira de Portugal. Viajar em La Trochita, o velho expresso patagónico, que fazia um trajecto desde Esquel a El Maiten, e mais tarde até Inginiero Jacobacci. 402 km de via ferrea estreita (75cm de bitola) ao longo das fraldas dos Andes, que durava qualquer coisa como 24 horas a fazer. Ao entrar num comboio daqueles entra-se na história da conquista da América, do "cavalo-de-ferro", das estações perdidas em nenhures, enfim do rasgar intrépido de territórios inexplorados.

Depois de uma noite retemperadora em Esquel, carreguei a máquina fotográfica, e lá trepei para o velho expresso, com o Sergio Correia, para um mergulho num passado aventureiro, que me fez sentir dentro dos filmes que povoaram o meu imaginário de criança/adolescente, como é o caso desse fabuloso "Era uma vez na América". Vieram-me à memória, naturalmente, as brincadeiras em que eu representava o papel de um cowboy destemido que enfrentava qualquer aventura e matava todos os índios mauzões que barravam o meu caminho de conquista. Mais tarde, guiado por esse mitico heroi Buffalo Bill e também pelo meu pai, essa atitude foi caindo à medida que ia entrando mais dentro da cultura india e me ia apaixonando sobretudo pelo equilíbrio com que viviam com a natureza. Deixei de os matar e passei a admira-los. Sitting Bull, Geronimo, Cochise entre tantos outros, alimentam a minha alma nómada desde há muito e o meu imaginário daqueles tempos mudou radicalmente.

Sem mais palavras, sugiro que me acompanhem nesta viagem até Nahuel Pan, na companhia do Sergio Correia, do Ennio Morricone (The Man with Harmonica) e dos Las Cuerdas de Oro (El Condor Pasa) e sintam essa vibração histórica, com a vossa própria imaginação

sábado, 7 de maio de 2011

Patagónia - Opening the Range

Trelew-Esquel

All of a sudden, all the anguish that´s deep inside you, comes up and move out in a continuous mouvement, unloading its weight out of you. That´s what i felt as i penetrate deeply into Patagónia, from Atlantic coast (Trelew) and the base of Andes (Esquel). 600 km of an overwhelming and freeing track, through the sorrow of the infinite, sometimes stopped by a rare gas station or, yet more rarely, a little town where everything seemed closed, but where something is always open. Allow me to walk through with you and this friend of my year, Jesse Cook (That´s right and Tempest), re-tasting that unforgettable on the road moment towards Esquel where we had the old patagonian express (Trochita) to catch in our way to Nahuel Pan. If you like the music, look for the albums Vertigo and/or Nomad.

Kisses and hugs

De repente, toda a angustia que está lá enterrada no mais profundo do teu ser, vem ao de cima, saindo de seguida, libertando-te do seu peso. Foi isso que senti ao rasgar a Patagónia, desde o Atântico (Trelew) até às fraldas da cordilheira andina em Esquel. 600 km de trajecto assombroso e libertador, naquela infinitude bucólica e serena interrompida por umas estações de serviço ou, muito raramente, uma pequena povoação onde tudo parecia fechado, mas sempre com alguma coisa aberta. Deixem-me reviver convosco esse trajecto em direcção a Esquel onde queriamos apanhar o velho expresso patagónico (Trochita) até Nahuel Pan, na companhia de um amigo que recomendo vivamente: Jesse Cook (That's Right and Tempest). Se gostaram da musica, procurem os albuns deleVertigo e/ou Nomad.

Beijos e abraços

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Patagónia - the Refreshing Peninsula de Valdés

Peninsula de Valdés is one of those places that makes you happy just by knowing that this pure nature still exists. That was our first step into Patagónia, driving an old (happilly old) Tata JEEP, stepping the pleasure of driving in rippio for the first time and ready for everything that was to come. Naturally, then came the Penguins, so small, so cool, so friendly that takes over of your soul, and the sea wolves or sea lions, and sea elephants, and the wales (we couldn´t not see, unfortunatly) and all their playground, in an endless mouvement like the wind. At the end of the day, the happily old car broke down and we had to watch the sun set in Puerto Pyramides, in a fantástic reggae bar where magnificent seafood was available, while waiting for someone to take us back to trelew. A "Fantastic Way to waste time".

Furthermore, as in Cinderella, our TATA pumpkin just became a 4x4 Toyota 2000 pick up (no extra charge) ready to flow with us through mountains and valleys. Someone, up in the sky, was watching over us. One word: FABULASTIC, as fabulastic is the sinchrony of Penguin Cafe Orchestra (Beanfilds and Air a Danser) with this place.

Enjoy the Film.


Peninsula de Valdés é um desses lugares em que por vezes tropeçamos, que dão um bom palmo de felicidade só por se saber que existem. Foi esse o nosso primeiro passo dentro da patagónia num (felizmente) escanzelado jeep TATA, pisando o prazer de conduzir em rippio pela primeira vez (ganhando "calo" para a viagem) e preparados para tudo quanto pudesse acontecer. Os Pinguins está claro com o seu doce movimento, mas também o deslizar de leões ou lobos marinhos, e elefantes marinhos, e baleias que não vimos mas a quem conhecemos a casa, e todo o "recreio deles"... num perpétuo movimento. No final do dia, o nosso "ferro" TATA esvaiou-se por uma artéria até se apagar e assim fomos "forçados" a ficar por ali até que nos viessem buscar, a ver o pôr do sol num acolhedor bar Reggae de Puerto Pyramides, que por acaso até tinha um magnifico marisco. Que Chatice.

Á saida desta magnifica forma de perder tempo, uma surpresa ainda maior, para fazer o dia pleno. A nossa abóbora TATA de repente tranformara-se num garboso Toyota 4X4 Pick Up, pronto a cavalgar connosco por montes e vales. Sem custo Extra. Alguém a tomar conta, lá de cima, concerteza. Numa palavra: Fabulástico, como fabulástica é a combinação que os Penguin Cafe Orchestra (Beanfields e Air a Danser) fazem com esses momentos.

Divirtam-se com o filme

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Patagónia - Landing on Trelew

I always feel a strong emotion crossing my heart and soul, everytime i start preparing an adventure, in that mix of enthusiasm and anguish of the things that may come along the way. I really don´t like to prepare too much any travel, because it cuts off the surprise and may lead you to miss the things that every place has to offer. It was that way i begun this adventure dreamt for a long time, since the first talks with my argentininininian friend Marcelo Devincenzi that put Patagónia in my mind. Destiny didn´t want him to come along with me in this step, but he was the man that lauched it.

We left (me, silvia, cristina & joão gomes, sergio correia and raquel pina) Buenos Aires at sunset, with destiny to Trelew, a small town of 80.000 souls, whose name means People (Tre) of Lewis (Lew) in Wales language, in a tribute to the man that led 150 people to the railroad construction, that was the beginning of the city. We had chosen that place to start the adventure in Patagónia because it was near of Peninsula de Valdés, an unavoidable santuary of sea life in that part of the world, and because it seemed adequate to prepare the expedition around Patagónia central that a few months earlier we had started to settled with the help of another argentinian friend, Raul Pistone, which implied in round numbers 3000 to 4000 km on and off-road.

Perfect choice, i should say, because even tough Trelew is not a fantastic city, it breathes adventure histories in every corner. In fact, moved around there fantastic people like Charles Darwin whose life of adventure i admire since biology classes in high school, Saint Exupery and his flying adventure of Vol de Nuit i red in French classes in the same high school, Egidio Feruglio a cientist of dinossaurs that have a museum with his name and finally, a pair of great significance for my adventurer soul, Butch Cassidy & Sundance Kidd, with whom i "have" a chat in the Hotel (Touring Club) where they slept after running away from US after their sucessful committment ( Bad Orchestra of Ennio Morricone seems perfect to go back to that time). I just felt the smell of all those fantastic people and some more that i can imagine were around, guessing all the histories that made their loves and lives, maybe well represented by the words of Los Visconti (Siempre Solo, Always alone). And that was a beautiful beggining for that trip i offer myself, as gift for my PhD.

Come along and enjoy it with my soul

PS. My blog just reached 30.000 page views in less than 3 years. Thanks for giving me a motive to go on.

Sinto sempre uma emoção percorrer-me o corpo na preparação de cada aventura, aquele misto de entusiasmo e angústia pelas surpresas que podem surgir. Não sou muito de preparar intensivamente e ao detalhe cada viagem, porque isso corta a surpresa das coisas, e sobretudo limita a maneira como vivemos cada passo. Foi assim também desta vez, no arranque para uma aventura desde há muito sonhada, quando comecei a senti-la na alma em conversa com um meu argentinissimo (outro) amigo Marcelo Devincenzi e nos livros que me foi recomendando e que devorei com avidez. Quis o destino que não fosse com ele que fizesse esta viagem, mas foi ele o responsável por esse despertar.

Saimos (eu, a silvia, cristina e joão gomes, o sergio correia e a raquel pina) de Buenos Aires ao final da tarde com destino a Trelew, pequena cidade de pouco mais de 80.000 habitantes localizada na Patagónia, cujo nome significa Povo (Tre) de Lewis (Lew) em galês num tributo ao homem que trouxe a colónia galesa de 150 pessoas para construir o caminho de ferro e que estariam na origem da fundação da cidade. Escolheramos esse ponto de chegada por ser perto da Peninsula de Valdez, um santuario da vida marinha imperdivel para quem viaja para aqueles lados, e porque nos pareceu o local ideal para preparar a expedição em torno da Patagónia central, que meses antes começaramos a delinear com a ajuda de outro (mais um ainda) argentinissimo amigo, o Raul Pistone e que numeros redondos implicava cerca de 3000 a 4000 km de estrada e rippio (terreno para 4X4).

Escolha perfeita, porque Trelew sem ser uma cidade com algo de muito especial, transmite bem a história de aventureiros que ali chegam e dali arrancam pelas mais diversas razões, onde muitas histórias começaram e outras acabaram. Na verdade, por ali passaram o Charles Darwin cuja vida admiro desde o liceu pelo recheio de aventura, o Saint Exupery cuja aventura de vida conheci também no liceu na cadeira de francês (Vol de Nuit), o Egidio Feruglio paleotólogo famoso que deu inicio a uma cruzada em torno da era dinossaurica e que tem um museu com o seu nome na cidade e um par ainda mais espectacular para a minha alma aventureira, Butch Cassidy & Sundance Kidd com quem me viria a "encontrar" no Hotel (Touring Club) onde estiveram hospedados depois de fugirem dos Estados Unidos após o seu bem sucedido golpe (Bad Orchestra do Ennio Morricone parece ideal para fazer recuar para esse tempo). Senti o cheiro deles todos, adivinhando as mil histórias que lhes fizeram os amores e as vidas, quiçá bem traduzidas pelas palavras de Los Visconti (Siempre Solo). Um inicio em beleza para essa viagem que ofertei a mim próprio como prenda de doutoramento.

Venham daí e viajem com a minha alma.

PS. O blog acaba de atingir a bonita marca de 30.000 páginas vistas. Obrigado por me darem o motivo que necessito para continuar com ele.

sábado, 16 de abril de 2011

Puro Tango en Buenos Aires

...And with the Tango in or hears and hearts (Tango Azul by Edgardo Acuña, Che, Querido Che byJavier Girotto, Epoca by Gotan Project and Libertango by Astor Piazzolla) we danced around this magnificent city, with a rich culture and an amazing architecture, the City of Design by UNESCO.

With the Tango, we floated around Santelmo and La Boca (presented in the previous movies) Plaza de Mayo with Casa Rosada, Cabildo and the old city hall where its history had begun, moving then to the green heart of Palermo, to Recoleta and its famous graveyard, Puerto Madero and the tribute to women with a bridge, those large and long avenues, the Obelisc, Cólon theather, the deeply wise and old Café Tortoni where the history of the city goes through and finally diving into the famous library of Ateneo, very similar to our Lello's , in Porto.

A fantastic and refreshing city tour of 3 days and a half, learning about the city history since its early defeats with the native indians, the negligence of the spanish to its value, the victories (so many) against pirates and other enemies that wanted to took the town, until the growth and mature state they live today. No doubt, the most beautiful that i ever visit. Then, get the packs and move to the desired adventure of Patagónia. To close this chapter in beauty, 1 hour drive to the airport taking a fantastic lesson of history of argentina and argentinians given by a very smart and very fun taxi driver.

I was happy in Buenos Aires. Walk around with me
...E com o Tango nos ouvidos e no coração (Tango Azul de Edgardo Acuña, Che, Querido Che de Javier Girotto, Epoca de Gotan Project e Libertango de Astor Piazzolla) rodopiamos em torno dessa cidade fantástica, cultural e de arquitectura colossal, a que a Unesco atribuiu o titulo de Cidade do Design.

Flutuamos em redor de Santelmo e La Boca (já apresentados nos filmes anteriores) seguida da Plaza de Maio com a Casa Rosado, o Cabildo e a Prefeitura onde a cidade nasceu, prosseguindo pelo coração verde que é Palermo, a Recoleta e o seu famoso cemitério, o Puerto Madero e a linda homenagem à mulher com a sua ponte, aquelas avenidas largas e arejadas, o obelisco, o teatro Cólon o intelectualissimo e antiquissimo Café Tortoni por onde perspassa a história de Buenos Aires, mergulhando em seguida no Ateneo que não é mais do que uma inspiradissima ideia de livraria, assim a modos que a nossa Lello, no Porto.

Esplendoroso e inspirador passeio de 3 dias e meio por uma cidade que nos abriu o coração ( sem dúvida, a mais bonita que já visitei), aprendendo a sua história desde as derrotas com os nativos, o desleixo a que foram votados pelos espanhois no inicio da colonização da América, as imensas tentativas de invasão a que foram sujeitos e que sempre souberam repelir, enfim a evolução permanente e maturidade que hoje têm. Recomendo vivamente. Depois, vá de preparar as malas e com a alma cheia, ir em busca da mais desejada aventura: A Patagónia. No caminho de uma hora para o Aeroporto, para fechar em beleza, uma lição de história da Argentina e dos Argentinos por um cultissimo e engraçadissimo motorista de táxi.

Fui feliz, em Buenos Aires. Venham lá daí comigo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Puro Tango en Santelmo, Buenos Aires

The Tango i choose to walk around Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) in its famous fair tells the history of a time of uncertanty lived in Argentina, similar to the one we are living today, in my beloved country.

I´m not a politician and this blog does not aim bitter discussions or acusations for the situation we live today, or the difficult times that we are going to live tomorrow. And so, although i´m not dumb, i don´t feel like comment on...

the institutionalized corruption, or the sweet lies told with a magnificent smile by a dominant class that has no strength or courage to assume its smaller mistake anymore

or the protest of those that refuse their laws, with their suffering eyes, but only because they want to take the same power and do the same thing, living without doing anything

All of them in an undisguisable emptiness disguised by a nice wrapping paper that someone put around their necks.

That´s how everything got here, and that´s why everything is gonna fall due to that mental and moral poverty for whom no one has a solution anymore. As it happened so many times in the past.

So i just want to talk about the passion i love to feel for things i do with other people, or the hope that everything turns all right at the end, or the emotions that are the salt for the soul, or the love that makes life a good journey. The Tango of today tells a story of an Argenita and its people, who knew how to walk from sadness towards happiness, a few years ago. So, pay attention to it with your mind and your soul. Those who don´t understand the spanish, ask for someone who translate the words.

Kisses and hugs, and love your life
O Tango que escolhi para deambular em Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) ao longo de uma feira de rua ao bom estilo da nossa de Vandoma (no Porto) traduz uma época de incerteza na Argentina bem parecida com aquela que nós vivemos agora aqui neste nosso mal amado país à beira mar plantado.

Não sou politico, nunca o quis ser, este blog não tem intenções desse tipo de discussões amargas ou acusatórias de atribuição de culpas por aquilo que vivemos hoje ou que vamos padecer amanhã. Não de todo. Por isso, embora não seja parvo, não me apetece comentar sobre

a corrupção cada vez mais institucionalizada, da mentira e do engano espalhados com ar cândido e doce por uma classe dominante que não tem já nem a força nem a coragem para assumir os seus erros mais pequenitos

do protesto e da recusa de aceitar essa situação ditos com o mesmo ar cândido e doce por aqueles que lá não estão mas queriam muito estar, porque também querem a vida fácil de viver sem nada ter de fazer,

uns e outros num vazio indisfarçável disfarçado pela palavra bonita e vã e pelo invólucro aprumado e penteado que alguém lhes "arranjou",

Foi assim que tudo isto aqui chegou. E é também por essa pobreza mental e moral que tudo há-de cair em mil pedaços e uma nova sociedade há-de emergir sobre o escombro deste destempero para o qual já ninguém tem solução. Naturalmente, como tantas vezes aconteceu na história dos povos, dos países ou do planeta.

Por isso, interessa-me muito mais falar da paixão pelas coisas, da esperança de que tudo se endireita (com o nosso esforço e sacrificio, que é assim que se conquistam as coisa boas), da emoção que é o sal que alimenta a alma, enfim do amor como forma de vida mais apetecível.

O tango de hoje mostra o exemplo duma Argentina e duns argentinos que souberam sobreviver a tudo isso, uns quantos anos atrás. Escutem com atenção, com a mente e com o coração.

Beijos e abraços, e amem a vossa vida

sábado, 2 de abril de 2011

Puro Tango en La Boca, Buenos Aires

I had never been a tango fan. I knew some references (Astor Piazolla, Gotan Project), but never could heard more than 2-3 musics. Until I went to La Boca, saw a street workshop with Miguel Angel Zotto (what a dancer), went to his indoor (fantastic) show. Maybe because I was sitting there free minded, or because La Boca touches you deep with joy and colours, or just because of the combination of music, words and dance, or even something else that I don´t know to explain. The true is that smashed me inside with its penetrating music, the strong words and that sensual and brutally esphingic mood they use dancing. I left the show deeply in love, strongly passioned with the people, the city, the country. As a consequence I wrote in my brain the text below, that you can hear in the movie by the words of my argentininininan friend Leonardo Machado. Moreover, I thaught that I would make a movie mixing the city with the trilogy (music, dance and poetry) of tango. Today, La Boca, com Amelia Baltar singing a Piazzola Tango, Ballad for a Crazy Man, that somehow I think could be me. Listen to the words and know why.

The text in my brain:

“Carlos Gardel imortalized Tango giving it na universal expression that can be listened in any place of the planet, who knows, in the future even in the whole universe. However, to really appreciate Tango, in its essence, can’t be felt only in the music that you listen to, or in the dance that you see, not even in the combination of this two artistic forms. NO. Truly, to take advantage of Tango, its necessary to feel your body shaking and your heart stumble, because of the life within. And its only in that sense that hears can listen or the eyes can see and the soul can take its deep meaning.

Tangos, is then the art of life, expressing in a cool mood the sadness and the happiness, the melancholia or joy that are part of the way of any human being. That´s why, to take the flavour of Tango its necessary to dive into the place where it was born, surrounded by the people that give it the soul. In la Boca, in Buenos Aires, in Argentina with “Porteños.”

Puro Tango - Healthy Madness from nunocruz on Vimeo.

Nunca tinha sido um grande fã do tango. Conhecia algumas coisa de que gostei (Astor Piazolla, Gotan Project), mas nunca me apegava muito para além de 2 ou 3 músicas. Até que entrei em La Boca, vi um workshop de rua do Miguel Angel Zotto (que dançarino) que me levou à sua estreia mundial em casa de espectáculo. Talvez, porque estava ali, porque La Boca nos toca bem no fundo pela sua beleza e alegria colorida, ou pela combinação de música, palavra e dança ou ainda por outra coisa qualquer que não sei explicar. O certo é que me bateu profundamente cá dentro, através da sua musica penetrante, das letras que tanto encerram e desse modo sedutor brutalmente esfíngico que eles põem na dança. Saí dali estarrecido, sentindo com mais força a paixão que começara a sentir desde que chegara, adorando o povo, a cidade e o país. Num ímpeto súbito escrevi na minha cabeça o texto apresentado abaixo, que no diaporama de hoje vem lida pelo meu argentinissimo amigo Leonardo Machado. Pensei também, ali, que havia de mostrar Buenos Aires misturando as suas cores com a triologia do tango (musica, dança e poesia). Hoje em La Boca, com Amelita Baltar cantando um tema de Piazolla, Balada para un Loco, que de algum modo sinto que poderia ser eu (o Loco). Prestem atenção na palavra e percebam porquê

O texto que ficou no meu miolo:

“Carlos Gardel imortalizou o tango dando-lhe uma expressão universal, podendo ser escutado em qualquer lugar do planeta, e quiçá, no futuro, até do universo. No entanto, o tango para ser apreciado na sua essencia não pode assentar apenas na dança que se vê e na música que se ouve, nem tão pouco na combinação destas duas formas artisticas. Não. Verdadeiramente, para saborear o tango é necessário sentir o corpo a arrepiar e o coração a estremecer, pela representação da vida que ele traz consigo. E é através desse palpitar que os olhos podem ver, os ouvidos podem escutar e a alma pode absorver o seu mais intrínseco significado

O tango é assim uma arte que traduz a vida, expressando com serenidade a tristeza, a alegria, a vivacidade ou a melancolia, que fazem parte dos percursos de qualquer ser humano. Por isso, para saborear o Tango, é necessário mergulhar no sítio onde ele nasceu, rodeado pelas gentes que são a sua alma. Em La Boca, em Buenos Aires, na Argentina… com os Porteños”

sábado, 26 de março de 2011

Puro Tango

Buenos Aires, Saturday, 6:00 A.M.

We had just landed in Buenos Aires, after a huge time flying and dragging in airports, but surely happy because an adventure was about to begin. We cross customs, went to exchange bureau and find out a cab to take us to thehotel we had booked a couple of weeks before: Santelmo Tango Suites, in Santelmo, Buenos Aires.

As soon we arrived there, we got surprised by a colourful and live place, and by the presence of some of the people that characterize better the Passion of Argentinians: Carlos Gardel, Evita Peron, Astor Piazolla, Diego Maradona and Che Guevara, leaving an excelent prespective of the emotion and joy that hardly can be found in another place in the world (at least the world i know), always supported by the Tango that you can feel in the air since the very beggining.

And so, after a rich breakfast, forgeeting all about the tired journey we had been through, we hit the road (with Escenas Argentinas by Javier Girotto) and moved throughout the day until after midnight when we finally felt asleep with the soul deeply Argentinian.

And that was the fisrt day of a magnificent adventure.

Buenos Aires, Sábado 6:00 da manhã

Aterramos em Buenos Aires depois de um montão de horas de voos e aeroportos e sonos entrecortados e mal dormidos. Que importa isso, no entanto, quando se antevê o cheirinho da aventura. Com uma felicidade mal contida atravessamos as formalidades de alfandega, seguimos para os cambios e tratamos de arranjar um taxi para descarregar "a tralha" no hotel que umas semanas antes haviamos marcado via internet: Santelmo Tango Suites, no bairro de Santelmo.

Ali chegados, fomos surpreendidos por um romantissimo hotel, de cores vivas e variadas, por onde passeavam algumas das figuras que mais traduzem a paixão argentina: Carlos Gardel, Evita Peron, Astor Piazolla, Diego Maradona e Che Guevara, constituindo um excelente prenuncio para a descoberta de uma cidade e de um povo que emanam uma emoção e alegria ímpar no mundo (pelo menos no mundo que eu já tive oportunidade de conhecer), sempre enlevada pelo Tango que se sente no ar, desde o primeiro momento.

Por isso, depois de um riquissimo pequeno almoço, esquecendo por completo o cansaço da viagem, pusemos o pé na estrada (com Escenas Argentinas de Javier Girotto) e rolamos dia fora, caindo finalmente para o merecido descanso, já depois da meia-noite, com a alma profundamente "argentina".

E esse foi o primeiro dia de uma empolgante aventura.

terça-feira, 22 de março de 2011

Nomad Minds

To finish this adventure of teaching engineering in XXI century, the diaporama below illustrates how to get a rational context in an emotional pleasure for the brain. The idea is taking the calculation expressions, teach their meaning, show how to get the needed parameters and the final result. See if you agree with me.

Next week we go on vacations for a while, discovering Argentina. I think we deserve it

See you then
Para acabar esta aventura que é ensinar engenharia no Séc. XXI, mostra-se como se pode transformar um contexto de engenharia numa coisa agradável ao cérebro, e portanto motivadora. A ideia é ir pegando nas diversas expressões de cálculo e mostrar o que querem fisicamente dizer, como se obtêm as variáveis e se chega ao resultado. Vejam se concordam comigo.

E assim acaba mais uma aventura aliciante deste vosso nómada. Para a semana vamos de férias, à descoberta da Argentina. Bem merecidas, depois de todo este trabalhinho, não acham?

sábado, 19 de março de 2011

Nomad Minds

Question: How does a generation classified as weak, can produce things like the work i´ve been publishing?

No. It isn´t really a weak generation, its similar to any other generation. When estimulated reacts, positively, with conviction, and strength, always arriving to a good end.

Pergunta: Como é que uma geração dita fraca pode produzir coisas destas que tenho vindo a evidenciar?

Não de todo, não é fraca, é igual a todas as outras gerações. Quando estimulada reage bem, com creatividade, com gana, com perseverança, chegando sempre a um porto bom.

Beijos e abraços

sábado, 12 de março de 2011

Nomad Minds

I was using this teaching system for quite a while, when i bumped into Augusto Cury, a Brazilian Psichiatrist that studied very deeply the human mind and wrote about it, including the way people really learn. I bought one book in Recife´s Airport and when arrived in Brazilia (in my way to Curitiba for a Conference) i was absolutely convinced and bought another three. All of a sudden, all the things i had been thinking and implementing on my own (with the precious knowledge that i instintively had earn from my father, a quite good neurosurgeon and neurologist) were there explained with logic and sustainability. That happen in 2006 and generated a step further in this adventure.

I strongly reccomend the whole Cury's work, but for those who have to teach (students or sons) you should start from Brilliant Fathers, Fascinating Teachers. Superb. I just leave here the sugestive titles of the chapters included
1 - Good Fathers give gifts, Brilliant fathers give themselves
2 - Good Fathers pay attention to the body, Brilliant fathers pay attention to the personality
3 - Good Fathers correct mistakes, Brilliant fathers teach how to think
4 - Good Fathers prepare kids for aplauses, Brilliant fathers prepare them for failure
5 - Good Fathers talk with their kids, Brilliant fathers dialogue as friends
6 - Good Fathers give information, Brilliant fathers tell histories
7 - Good Fathers give opportunities, Brilliant fathers never give up

1 - Good teachers speak very well, fascinating teachers understand how the mind work
2 - Good teachers have methodology, fascinating teachers have sensibility
3 - Good teachers educate logics, fascinating teachers educate emotions
4 - Good teachers use memories as a deposit of information, Brilliant teachers use it as a support for thinking
5 - Good teachers are temporary masters, fascinating teachers are unforgettable masters
6 - Good teachers correct behaviours, fascinating teachers solve conflicts in classroom
7 - Good teachers educate for a job, fascinating teachers educate for life

So real, isn´t it? I leave you with another film of the e-manual. About joint influence in rock mechanics.

See ya
Dava já aulas há algum tempo neste sistema, quando por acaso tropecei no Fabuloso Augusto Cury, um psiquiatra brasileiro que estudou a fundo a mente humana e escreveu muito sobre isso, incluindo sobre a forma como as pessoas aprendem. Comprei um livro dele no aeroporto do Recife e quando cheguei a Brasilia (no meu caminho para uma conferência em Curitiba) estava completamente rendido e comprei logo mais três livros da sua obra. De repente, todas as coisas que eu vinha fazendo (talvez com ajuda dos conhecimentos que instintivamente bebi do meu "velhote", um neurologista e neurocirurgião apaixonado pela sua profissão) estavam ali apresentados com lógica e com sustentabilidade. Isto passou-se em 2006, e correspondeu a um salto nesta minha aventura de ensinar.

A todos os que ensinam (sejam pais ou sejam professores) recomendo a leitura da obra do Cury, começando especialmente por "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes). Soberbo. Deixo aqui os titulos dos capitulos desse livro, para abrir o apetite

1 - Bons Pais dão presentes, Pais Brilhantes dão-se eles mesmos
2 - Bons Pais dão atenção ao corpo, Pais Brilhantes dão atenção à personalidade
3 - Bons Pais corrigem erros, Pais Brilhantes ensinam a pensar
4 - Bons Pais preparam para o aplauso, Pais Brilhantes preparam para os fracassos
5 - Bons Pais conversam, Pais Brilhantes dialogam como amigos
6 - Bons Pais dão informação, Pais Brilhantes contam histórias
7 - Bons Pais dão oportunidades, Pais Brilhantes nnca desistem


1 - Bons Professores são eloquentes, Professores Fascinantes compreendem a mente humana
2 - Bons Professores tem método, Professores Fascinantes ctem sensibilidade
3 - Bons Professores educam para a lógica, Professores Fascinantes educam a emoção
4 - Bons Professores susam a memória como depósito de informação, Professores Fascinantes usam-na como suporte do pensamento
5 - Bons Professores são mestres temporários, Professores Fascinantes são mestres inesqueciveis
6 - Bons Professores corrigem comportamentos, Professores Fascinantes resolvem conflitos em aula
7 - Bons Professores educam para uma profissão, Professores Fascinantes educam para a vida

Tão real, não é?
Deixo-vos com mais um filme do e-manual. Acerca da influência da fracturação na Mecânica das Rochas
Inté

domingo, 6 de março de 2011

Nomad Minds

I Don´t feel like to talk much, today. There is no need. I´m just leaving the chapter produced by me and my dear friends, about weathering processes of rock massifs. A glance in rock life in a fantastic HD movie (warning: you must download it first, at least its majority, because it is a heavy file, but don´t give up, because it is really worthy. Very instructive and with most beatiful images and schemes)

Kisses and hugs

Não me apetece escrever muito hoje. Porque não é preciso. Deixo apenas o primeiro capitulo feito em conjunto com os meus queridos amigos, sobre os mecanismos que levam à degradação dos maciços rochosos, isto é, um relance sobre a vida das rochas, num fantástico filme em HD (aviso: para ver bem é necessário baixar a maior parte da musica primeiro, que o ficheiro é pesado. Mas não desesperem que vale mesmo apenas. Muito instrutivo e com belas imagens e esquemas).

Beijos e abraços

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

When you got some kind of Nirvana, you have to think to start over again, in another direction. That was what i felt with the work i showed in last post. For me, and for them, i had to step forward. So i started again, stumnling and falling, and standing up again, without knowing well where to go, but always sure that i would get somewhere. And so it was. Together we produced an evolutive manual in two different years

The first (Adriana Filipe, André Carvalho and an "Erasmus" Petr Suchanek form Chec republic) created a audio-visual document which linked a power point presentation with state of art papers, calculation sheets and films). In the second year (Luis Café, Joana Amaral, Bruno Soares, Rui Oliveira, Rita Melo), the movies were reproduced in format proper for really teaching the subject, divided by subjects.

The result is a very complete evolutive Rock Mechanics Manual to which it is possible to continuously add updating material, either coming from the international comunity or from each own experience.

Today, i present the introduction film of that manual. In the next four weeks the other 4 chapters will be presented and closing this Nomad Minds Adventure.

Kisses and hugs

Nomad Minds - The emotional manual, Part 1 from nunocruz on Vimeo.

Quando se atinge uma plenitude, um nirvana, logo outro horizonte tem de se abrir, porque não é possivel ficar extasiado com o "feito" indefinidamente. Foi isto que senti quando vi o trabalho que mostrei no ultimo post. Por mim, e por eles, tinha que dar um passo para a frente, buscando mais mares para descobrir. E foi isso que fiz. Primeiro, tateando novamente um caminho, sem saber bem que direcção tomar, mas persistindo na busca de outro esquema que, de qualquer modo, sabia que haveria de surgir. O resultado foi a construção de um manual evolutivo, em dois anos lectivos (com pessoas diferentes, naturalmente).

Os primeiros (a Adriana Filipe, o André Carvalho e o Petr Suchanek, um Erasmus da República Checa) fizeram um documento audio visual assente numa apresentação power point que além do resumo que encerra "faceia" também documentos escritos de referência, folhas de cálculo e filmes.

Os segundos (Luis Café, Joana Amaral, Bruno Soares, Rui Oliveira e Rita Melo) relatam a matéria de forma elaborada em filmes divididos por temas.

O resultado é um manual completissimo de mecânica das rochas, ao qual se pode acrescentar o que se quiser, isto é, é apenas uma base actualizada para os dias de hoje, mas que pode crescer, evoluir conforme a experiência do mundo ou de cada um em particular. Neste semestre vou repetir a coisa com os alunos de Prospecção e Ensaios In-Situ.

Nas próximas 4 semanas apresentarei os 4 filmes que fazem parte desse manual, cuja introdução consta do post de hoje, encerrando esta aventura das mentes nómadas.

Beijos e abraços

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

One morning, arriving in the university for a class of in-situ testing i found the classroom closed and the students outside with a notty smile on their faces. Opening the door, surprisingly i saw an empty room (only with chairs in U disposition) and the floor covered by soil. And then it started the most fantastic day of classes i´ve ever experienced. A students team (Mike Lopes, Catarina Lemos and David Felizardo) that were responsible for presenting Plate Load Test had created a constructuion environment for performing the test with incrdible detail. The test equipment (deflectometers working with mouvement) and a truck for loading in styrofoam, the noises of the truck and the construction field, and themselves recreating technical stuff, operators and drivers. A perfect representation that is the highest moment i have lived in my tutoring career. Unforgettable. A couple of months later we decided to pick up all the work produced by students in the previous 4 years and promoted a ArtScience festival that was "in the air" for a week, with a different program everyday. The post of today is that representation, to which i jointed a perfect music to make you feel those magic moments (Mannish boy, Muddy Waters).
I´m sure you are gonna love it.

Nomad Minds - Nirvana from nunocruz on Vimeo.

Um belo dia de manhã, ainda meio ensonado, dirigindo-me para a sala onde iria dar uma aula da cadeira de Prospecção e ensaios in-situ (de que sou responsável em Aveiro) deparando-me com todos os alunos cá fora à minha espera, com um sorriso maroto. Abri a porta para entrar e deparo-me com a sala completamente vazia, apenas com as cadeiras em U como sempre faziamos. O chão, no entanto, encontrava-se coberto por solo (sobre um plástico que dificilmente se vislumbrava). Fui completamente apanhado de surpresa e começou aí o dia de aulas mais fantástico que já tive. Um grupo de alunos (Mike Lopes, Catarina Lemos, David Felizardo) que tinha a seu cargo a apresentação do ensaio de carga em placa (PLT) recriara as condições de obra para a realização deste ensaio, em que se incluia, para além dos equipamentos todos feitos em esferovite com um nível de detalhe de funcionamento impressionante, um camião com ruido de motor e dos sinais sonoros de marcha atrás, a barulheira do costume em obra, bem como técnicos, operadores e motoristas representando com afinco o seu papel. Uma peça de teatro fabulástica que representa ainda hoje o momento mais sublime que tive a oportunidade de viver como tutor. Atingira aqui a plenitude da minha relação com os alunos, pelo que uns meses mais tarde, organizei com eles um festival de ArtCiência no departamento de Geociências (uma semana no ar, todos os dias com trabalhos diferentes) para contar a história desses 4 anos de aprendizagem em Aveiro.

O post de hoje é a representação dessa cena no festival, a que lhe juntei uma musica (Mannish boy, Muddy Waters) que acho que encaixa com aquele ambiente e aquela gente tão boa. Tenho a certeza que vão adorar

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

And one day, a student (that was at the same time a teacher), Lara Conceição, just presented me with the movie i´m posting today and with a nice letter telling me her feelings through the semester. Her doubts and uncertainties about the type of classes I was proposing, the worries about the true meaning of all that and what would be possible to learn with (for her it was really important to learn) and how everything started to be clear as the semester proceeded. At the end, she was happy with it and thinking that everything had been so worthy. For me it was a fundamental feed-back (the first written and explained one) making me sure that I was in the good side of the road. It made me feel proud (of course) and gave me an important income to have the strength to step forward.

Nomad Minds - Fundamental Feed backs from nunocruz on Vimeo.

Eis uma mensagem deixada por uma aluna (que ao tempo era também professora), Lara Conceição, que me deixou a alma babada, e a certeza no caminho que que decidira trilhar

"Foi-nos pedida uma crítica/comentário às aulas de mecânica das rochas e a todas as actividades envolvidas nestas. Aqui vai!

Sinceramente, no início do segundo semestre quando o professor se apresentou e começou a descrever as linhas em que as aulas iriam decorrer, assim como os parâmetros de avaliação, confesso que fiquei muito insegura e não gostei muito da ideia. Pensei: “é tudo muito lindo, não precisamos de fazer exame – que fixe – mas vamos ter que apresentar uma série de trabalhos que de certeza vão ser bem mais complicados do que seria fazer apenas um exame.” E nas primeiras semanas, admito que para mim o pior dia da semana era a quinta-feira, porque ia ter uma disciplina com a qual já estava o suficientemente preocupada e que, ainda por cima, não estava a perceber muito bem por uma série de razões:

- primeiro porque não tinha tido geologia estrutural e não tinha as bases que seria de esperar;

- segundo por causa do método inovador de professor (pelo menos diferente das aulas de matéria debitada pelos professores, a que estamos tão mal habituados), que no princípio me parecia arrojado demais;

- terceiro porque era a primeira cadeira de geologia que eu ia ter desde há dois anos ( que foi quando eu acabei o meu curso de Biologia e Geologia) e, portanto, já estava um bocado enferrujada, até nos conceitos mais básicos. Em conclusão, todas as quintas-feiras representavam, para mim, um teste aos meus conhecimentos, e pior, um teste ao qual eu tirava sempre negativa.

Com o decorrer das aulas, as coisas foram melhorando. Com a primeira saída de campo comecei a ver tudo mais claro, e os conhecimentos, que até então permaneciam na penumbra, vieram ao de cima. Foi como se, finalmente, visse alguma luz ao fundo do túnel. Sei que parece um bocado dramático mas era assim que eu me sentia: aliviada por finalmente estar a perceber alguma coisa. A partir desse momento, fui começando a entender melhor os conceitos e a dinâmica das aulas já não me metia confusão. Pelo contrário, as aulas passaram a representar, para mim, um espaço de debate de ideias, moderado pelo professor é claro, mas ao fim do qual chegávamos a conclusões muito frutíferas e as quais passavam a ser os conhecimentos a reter nesta disciplina. O ponto mais alto até agora foi aquando da elaboração do trabalho de grupo sobre o ensaio de laboratório que nos calhou. Não pelo ensaio em si, mas sim porque pôs à prova a minha capacidade de pesquisa, de resolução de problemas e, o mais importante de tudo, a capacidade de trabalho em equipa. Embora o trabalho tenha sido árduo, os frutos colhidos foram muito saborosos. Para além de ter conhecido colegas com quem gostei de trabalhar (e não estou só a falar dos meus colegas de grupo, mas de todos os colegas do curso que me receberam muito bem, e que me ajudaram a integrar), os conhecimentos que adquiri foram muitos e, por terem sido obtidos, por nós, a partir de muita pesquisa, ficaram bem consolidados. Uma das coisas que também constituiu uma novidade, foi o facto de termos de fazer um vídeo sobre a matéria abordada ao longo do semestre, como modo de avaliação e, que permitisse avaliar a nossa percepção da disciplina em si. Como professora-aprendiz que sou, admirei a ideia e entendi o intuito com que nos tinha sido pedida a execução de um vídeo desse género. Não só o professor conseguiria avaliar se tudo aquilo de que se tinha falado durante o semestre, tinha sido bem apreendido, mas também conseguiria suscitar em nós o nosso lado mais criativo. Mais um ponto a favor do professor.

Assim sendo, e a partir do momento que as aulas deixaram de me meter confusão, ficou claro para mim que o método usado pelo professor tinha a sua razão de ser. E agora tenho que dar a minha mão à palmatória e admitir que o método, que no início me deixava de pé atrás e me fazia duvidar que iria aprender alguma coisa, me fez perceber o quão errada eu estava. Em vez de não ter aprendido nada, consegui alcançar um maior número de conhecimentos do que aquele que normalmente adquiro nas aulas em que os professores se limitam a debitar matéria, pois nessas aulas a matéria fica como que colada, mas como fica mal colada acaba por cair. O que passou a acontecer nas aulas de mecânica das rochas foi que, por causa do modo como somos incitados a chegarmos, nós próprios, à matéria, tudo o que aprendi fica tão bem organizado na minha cabeça que acho que vai permanecer lá durante mais tempo do que é costume. Por fim, só posso dizer que, para mim, o método usado pelo professor é mais do que um simples método de ensino, é uma forma de partilha de experiências e confronto de opiniões, a partir do qual consolidamos ideias e adquirimos conhecimentos."