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domingo, 6 de março de 2011

Nomad Minds

I Don´t feel like to talk much, today. There is no need. I´m just leaving the chapter produced by me and my dear friends, about weathering processes of rock massifs. A glance in rock life in a fantastic HD movie (warning: you must download it first, at least its majority, because it is a heavy file, but don´t give up, because it is really worthy. Very instructive and with most beatiful images and schemes)

Kisses and hugs

Não me apetece escrever muito hoje. Porque não é preciso. Deixo apenas o primeiro capitulo feito em conjunto com os meus queridos amigos, sobre os mecanismos que levam à degradação dos maciços rochosos, isto é, um relance sobre a vida das rochas, num fantástico filme em HD (aviso: para ver bem é necessário baixar a maior parte da musica primeiro, que o ficheiro é pesado. Mas não desesperem que vale mesmo apenas. Muito instrutivo e com belas imagens e esquemas).

Beijos e abraços

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

One morning, arriving in the university for a class of in-situ testing i found the classroom closed and the students outside with a notty smile on their faces. Opening the door, surprisingly i saw an empty room (only with chairs in U disposition) and the floor covered by soil. And then it started the most fantastic day of classes i´ve ever experienced. A students team (Mike Lopes, Catarina Lemos and David Felizardo) that were responsible for presenting Plate Load Test had created a constructuion environment for performing the test with incrdible detail. The test equipment (deflectometers working with mouvement) and a truck for loading in styrofoam, the noises of the truck and the construction field, and themselves recreating technical stuff, operators and drivers. A perfect representation that is the highest moment i have lived in my tutoring career. Unforgettable. A couple of months later we decided to pick up all the work produced by students in the previous 4 years and promoted a ArtScience festival that was "in the air" for a week, with a different program everyday. The post of today is that representation, to which i jointed a perfect music to make you feel those magic moments (Mannish boy, Muddy Waters).
I´m sure you are gonna love it.

Nomad Minds - Nirvana from nunocruz on Vimeo.

Um belo dia de manhã, ainda meio ensonado, dirigindo-me para a sala onde iria dar uma aula da cadeira de Prospecção e ensaios in-situ (de que sou responsável em Aveiro) deparando-me com todos os alunos cá fora à minha espera, com um sorriso maroto. Abri a porta para entrar e deparo-me com a sala completamente vazia, apenas com as cadeiras em U como sempre faziamos. O chão, no entanto, encontrava-se coberto por solo (sobre um plástico que dificilmente se vislumbrava). Fui completamente apanhado de surpresa e começou aí o dia de aulas mais fantástico que já tive. Um grupo de alunos (Mike Lopes, Catarina Lemos, David Felizardo) que tinha a seu cargo a apresentação do ensaio de carga em placa (PLT) recriara as condições de obra para a realização deste ensaio, em que se incluia, para além dos equipamentos todos feitos em esferovite com um nível de detalhe de funcionamento impressionante, um camião com ruido de motor e dos sinais sonoros de marcha atrás, a barulheira do costume em obra, bem como técnicos, operadores e motoristas representando com afinco o seu papel. Uma peça de teatro fabulástica que representa ainda hoje o momento mais sublime que tive a oportunidade de viver como tutor. Atingira aqui a plenitude da minha relação com os alunos, pelo que uns meses mais tarde, organizei com eles um festival de ArtCiência no departamento de Geociências (uma semana no ar, todos os dias com trabalhos diferentes) para contar a história desses 4 anos de aprendizagem em Aveiro.

O post de hoje é a representação dessa cena no festival, a que lhe juntei uma musica (Mannish boy, Muddy Waters) que acho que encaixa com aquele ambiente e aquela gente tão boa. Tenho a certeza que vão adorar

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

And one day, a student (that was at the same time a teacher), Lara Conceição, just presented me with the movie i´m posting today and with a nice letter telling me her feelings through the semester. Her doubts and uncertainties about the type of classes I was proposing, the worries about the true meaning of all that and what would be possible to learn with (for her it was really important to learn) and how everything started to be clear as the semester proceeded. At the end, she was happy with it and thinking that everything had been so worthy. For me it was a fundamental feed-back (the first written and explained one) making me sure that I was in the good side of the road. It made me feel proud (of course) and gave me an important income to have the strength to step forward.

Nomad Minds - Fundamental Feed backs from nunocruz on Vimeo.

Eis uma mensagem deixada por uma aluna (que ao tempo era também professora), Lara Conceição, que me deixou a alma babada, e a certeza no caminho que que decidira trilhar

"Foi-nos pedida uma crítica/comentário às aulas de mecânica das rochas e a todas as actividades envolvidas nestas. Aqui vai!

Sinceramente, no início do segundo semestre quando o professor se apresentou e começou a descrever as linhas em que as aulas iriam decorrer, assim como os parâmetros de avaliação, confesso que fiquei muito insegura e não gostei muito da ideia. Pensei: “é tudo muito lindo, não precisamos de fazer exame – que fixe – mas vamos ter que apresentar uma série de trabalhos que de certeza vão ser bem mais complicados do que seria fazer apenas um exame.” E nas primeiras semanas, admito que para mim o pior dia da semana era a quinta-feira, porque ia ter uma disciplina com a qual já estava o suficientemente preocupada e que, ainda por cima, não estava a perceber muito bem por uma série de razões:

- primeiro porque não tinha tido geologia estrutural e não tinha as bases que seria de esperar;

- segundo por causa do método inovador de professor (pelo menos diferente das aulas de matéria debitada pelos professores, a que estamos tão mal habituados), que no princípio me parecia arrojado demais;

- terceiro porque era a primeira cadeira de geologia que eu ia ter desde há dois anos ( que foi quando eu acabei o meu curso de Biologia e Geologia) e, portanto, já estava um bocado enferrujada, até nos conceitos mais básicos. Em conclusão, todas as quintas-feiras representavam, para mim, um teste aos meus conhecimentos, e pior, um teste ao qual eu tirava sempre negativa.

Com o decorrer das aulas, as coisas foram melhorando. Com a primeira saída de campo comecei a ver tudo mais claro, e os conhecimentos, que até então permaneciam na penumbra, vieram ao de cima. Foi como se, finalmente, visse alguma luz ao fundo do túnel. Sei que parece um bocado dramático mas era assim que eu me sentia: aliviada por finalmente estar a perceber alguma coisa. A partir desse momento, fui começando a entender melhor os conceitos e a dinâmica das aulas já não me metia confusão. Pelo contrário, as aulas passaram a representar, para mim, um espaço de debate de ideias, moderado pelo professor é claro, mas ao fim do qual chegávamos a conclusões muito frutíferas e as quais passavam a ser os conhecimentos a reter nesta disciplina. O ponto mais alto até agora foi aquando da elaboração do trabalho de grupo sobre o ensaio de laboratório que nos calhou. Não pelo ensaio em si, mas sim porque pôs à prova a minha capacidade de pesquisa, de resolução de problemas e, o mais importante de tudo, a capacidade de trabalho em equipa. Embora o trabalho tenha sido árduo, os frutos colhidos foram muito saborosos. Para além de ter conhecido colegas com quem gostei de trabalhar (e não estou só a falar dos meus colegas de grupo, mas de todos os colegas do curso que me receberam muito bem, e que me ajudaram a integrar), os conhecimentos que adquiri foram muitos e, por terem sido obtidos, por nós, a partir de muita pesquisa, ficaram bem consolidados. Uma das coisas que também constituiu uma novidade, foi o facto de termos de fazer um vídeo sobre a matéria abordada ao longo do semestre, como modo de avaliação e, que permitisse avaliar a nossa percepção da disciplina em si. Como professora-aprendiz que sou, admirei a ideia e entendi o intuito com que nos tinha sido pedida a execução de um vídeo desse género. Não só o professor conseguiria avaliar se tudo aquilo de que se tinha falado durante o semestre, tinha sido bem apreendido, mas também conseguiria suscitar em nós o nosso lado mais criativo. Mais um ponto a favor do professor.

Assim sendo, e a partir do momento que as aulas deixaram de me meter confusão, ficou claro para mim que o método usado pelo professor tinha a sua razão de ser. E agora tenho que dar a minha mão à palmatória e admitir que o método, que no início me deixava de pé atrás e me fazia duvidar que iria aprender alguma coisa, me fez perceber o quão errada eu estava. Em vez de não ter aprendido nada, consegui alcançar um maior número de conhecimentos do que aquele que normalmente adquiro nas aulas em que os professores se limitam a debitar matéria, pois nessas aulas a matéria fica como que colada, mas como fica mal colada acaba por cair. O que passou a acontecer nas aulas de mecânica das rochas foi que, por causa do modo como somos incitados a chegarmos, nós próprios, à matéria, tudo o que aprendi fica tão bem organizado na minha cabeça que acho que vai permanecer lá durante mais tempo do que é costume. Por fim, só posso dizer que, para mim, o método usado pelo professor é mais do que um simples método de ensino, é uma forma de partilha de experiências e confronto de opiniões, a partir do qual consolidamos ideias e adquirimos conhecimentos."