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domingo, 26 de abril de 2009

A PhD on the Road (Tibete)

Tibet can be told departing from its people, its monks and monasteries and its mountains. Being so, i just decided to tell you the story of this path through this 3 issues. I begin with People, today. Next weeks i´ll go into the other two.

People is the best that you can find in the world, i always believed that, and so when travelling, that´s what i look for. People to meet, their lives that i can imagine, the adventures to share. That´s my main goal, People and their environ instead of museums, cathedrals, ex-libris, or so...

The life of a person is made of simple paths to where some people converge and later diverge. Some are companions for a long journey, others stay for a short time, but what really matters  is the way you walk your path together with its falls and stand ups or the grey or colourful times. Everything is important to your path to be true. As it was said before: There is no way to happyness. Happyness is the way. And that is really why i feel a happy person.

My Sherpa (Yan Su) in these lands just told me a story of her own experience that illustrates this perfectly. With 14 years old, she asked her father to go to his brother's for a month, during one month school hollidays. But instead of doing so she went to a monastery and ask the monks help to go to India to study what she felt like to. And so, she walked (in the right sense of the word) across the Himalayas and reach India by the time she had to be back home. Only then she send a message to the family. She stayed there for some years and then she came back to her home land to use the acquired knowledge. She told us that story with no remarks of an extraordinary adventure of thousand dangers. On the contrary she just presented it as a simple path that had to be "walked", during which she met a lot of good people along the way and how good it was for her own life.

I red again Tintim in Tibet (Hergé), 7 Years in Tibet & Reurn to Tibet (Heinrich Harrer), with whom i have a lot of affinities (the mountains, the climbing the love for the people, the way of thinking, the freedom of mind). And it is amazing the fidelity of their stories to the wise words of Dalai Lama. I really like the man, especially because he is just a simple man despite his political and "holy" condition. And so, i don´t resist to write down some of his toughts that really touch me deep inside:

...If we recognize the unique character of humanity, we´ll understand that diffrences are minor. T respect and care for others generates a hppy atmosphere and that is the way to create harmony and fraternity...

...As soon as we born we depend on the care of our parents. Later when we get sick or get old, again we depend on kindness of our brothers. So how can we forget that when we are in the middle?...

...In the old times, war was a matter of physical confrontation. The winner would see with his own eyes the suffering and the blood of the enemy. In our days it is much more frighten since a man on is office can push a button, kill millions of people and never get confronted with its atrocity.

Think about that.

Fallin at your feet (Bono, from the soundtrack of Million Dollar Hotel) it is my way to honour Dalai Lama and the Tibetians

 

O Tibete pode ser contado a partir das suas gentes, dos monges e seus mosteiros e das montanhas. Assim, decidi contar o meu trajecto por aqui através destes 3 pontos fundamentais. Começo pelas gentes, hoje. Nas próximas duas semanas darei a perspectiva dos outros dois

As pessoas são o melhor que o mundo tem. Sempre acreditei nisso e, em viagem, a minha preferência vai sempre para as pessoas que posso conhecer, as vidas que lhes posso imaginar, as aventuras que com elas posso desejar. Assim procuro as gentes e as suas paisagens de enquadramento, muito mais do que museus, ex-libris, igrejas, catedrais ou outros que tais. As pessoas sempre.

A vida de uma pessoa é feita de percursos para onde vão convergindo uns e de onde vão divergindo outros. Uns são companheiros mais à La Long, outros são pontuais ou efémeros, mas isso pouco importa. O que importa realmente não é o objectivo a que se chega, nem a sua grandeza, mas sim o modo como cada caminho é percorrido, com as suas quedas e os inevitáveis  "levanta de novo" ou as suas cores umas vezes mais cinzentas outras mais coloridas. Tudo é necessário para que o caminho seja entusiasmante. Enfim, conforme já referido no decurso da estada no Sri Lanka... Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. E eu tenho para mim o bom caminho que tenho percorrido e que faz de mim uma pessoa genuinamente feliz. 

A minha Sherpa por estas terras (Yan Su) contou-me um trajecto da vida dela que ilustra bem isto. Com 14 anos, pediu ao pai para ir para casa dum tio nas montanhas durante o mês de férias. Mas em vez de o fazer, dirigiu-se a um mosteiro e pediu que a levassem para a India para estudar o que queria. Acompanhada pelos monges atravessou os Himalaias numa epopeia a pé, até chegar à India  no momento em que deveria estar a regressar ao lar. Nessa altura avisou a familia. Aprendeu o Inglês e muitas outras coisas e regressou mais tarde, novamente para junto dos seus. A maneira como nos contou este este episódio, não assentou em perigos mil, nem aventuras do arco da velha. Simplesmente a constatação de um trajecto que tinha que ser feito e do monte de gente boa que lhe surgiu no caminho e do bem que isso lhe fez à vida.

Reli o Tintim no Tibete (Hergé), Sete anos no Tibete e Regresso ao Tibete (Heinrich Harrer), autores com quem tenho diversas afinidades. Fantástica a autenticidade da visão de ambos (cada qual à sua maneira) sobre o Tibete e a maneira como tudo enquadra as palavras do Dalai Lama, de quem realmente gosto, porque antes de ser politico ou santidade é apenas um homem pleno de  autenticidade e "ingenuidade". Não resisto a deixar alguns excertos dos seus escritos (Sabedoria Infinita) que me marcam particularmente, entre muitos outros.

...Se reconhecermos o carácter uno da humanidade, compreendemos que as diferenças são secundárias. O respeito e o carinho pelos outros gera uma atmosfera feliz e é assim que podemos realmente criar harmonia e fraternidade...

...Assim que nascemos, dependemos dos cuidados e do carinho dos nossos pais. Mais tarde, na vida, quando adoecemos ou ficamos velhos, dependemos de novo da bondade dos outros. Estando nós dependentes da bondade alheia no principio e no fim da nossa vida, como podemos no MEIO, esquecer a bondade para com os outros...

...Antigamente a guerra baseava-se na confrontação fisica. O vencedor da batalha via com os próprios olhos o sofrimento e o sangue derramado pelo inimigo. Hoje a guerra é muito mais assustadora, porque alguém num escritório pode carregar num botão e matar milhões de pessoas e nunca chegar a enfrentar a tragédia humana que causou...

Pensem nisso.

Fallin at your feet (Bono, banda sonora de Million Dollar Hotel) é a minha forma de prestar homoenagem ao Dalai Lama e aos Tibetanos em geral

domingo, 19 de abril de 2009

A PhD on the Road (Tibete)

Life in the mountains is based in draw backs and moving forwards, in order to get used to the lack of oxygen. So, we decided to stay in Lasa for a couple of days, enjoying people, go to Potala Palace and getting used to the "dizzy" state that really slow you down, but leaves you in a really good mood. 

To tell you about Tibet, it is unavoidable to refer Dalai Lama and his world based in LOVE, COMPASSION and KINDNESS, that we are so needed nowadays. You just read some of Dalai Lama thoughts and i´m sure you´ll find out how good it is for human nature (and maybe to our own survival) that he still keep believing and defending it. Shouldn't we help him in that cruzade. Wouldn't it be of fundamental interest for a well lived life.   

This first week in Tibet just brought up to my mind that i once believed in a very similar way (during my idealistic youth) and then i just let it go, thinking that would be too naif to be succeded. Tibetians prove you beyond any reasonable doubt, not only that it is possible, but also how good it can be for your own peace of mind. The Spirit of Budo (Oliver Shanti and his friends) is the music i select to represent those moments. See, Listen and Feel it.

And so i´m really enjoying this time here, thinking about the mountains and the good times i had with my father there, and really having a chance of "talking" to him, saying the things that were never said.
 
Meanwhile, back in Portugal, 3 big friends just made possible to exhibit my work and my projects in DIANA BAR (Póvoa de Varzim), in a exhibition that will last until last day of this month. Carlos Costa, a friend from university times when we played guitar together in Estudantina, just made the proposition to City Hall. João Bustorff (Maria Brito) just gave colour to my pictures with her fantastic writing, and Mike Lopes (one of the best students i´ve ever had) put all that together in a harmonic manner. Thank you all, my friends




O movimento em montanhas como os himalaias é feito de avanços e recuos de modo a habituarmos o nosso corpo à redução de oxigénio. Assim decidimos ficar uns dias em Lasa. tomando contacto com as pessoas, sentir o cheiro do Dalai Lama no Potala e enquadrarmo-nos com o estado de doce tontura permanente que realmente nos desacelera, mas sempre com um espirito "cool".

Para falar do Tibete é inevitável falar do Dalai Lama e o seu mundo de BONDADE, COMPAIXÃO e AMOR, de que nos encontramos tão necessitados nos dias de hoje. Leiam os escritos do Dalai Lama e decerto (como eu) chegarão à conclusão de quão importante é para a natureza humana (e a sua própria sobrevivência) que ele siga acreditando e defendendo isso. Não o deveriamos nós ajudar nessa cruzada? Não será isso fundamental para uma vida realmente bem vivida.

Esta semana no Tibete fez-me recordar que eu já acreditei em algo de parecido (nos meus tempos de jovem idealista) e depois achei que seria demasiado ingénuo para ser verdade, deixando cair o modelo. De repente descubro que não só é possível como traz um conforto e paz interior inimaginável. Os tibetanos provam-no, para lá de qualquer dúvida razoável. The Spirit of Budo (Oliver Shanti and his Friends) é a minha preferência musical para encaixar esses momentos. Vejam, ouçam e sintam. 

Entretanto em Portugal 3 amigalhaços que eu tenho puseram de pé uma mostra do meu trabalho e dos meus projectos. Carlos Costa, um amigo de longa data com quem eu toquei na ESTUDANTINA, propôs-me à Camara Municipal e pôs tudo a andar. A João Bustorff (Maria Brito)  emprestou uma fantástica côr e emoção às minhas fotografias, com os seus fabulosos textos. O Mike Lopes (um dos melhores alunos com que tive o prazer de trabalhar) pôs tudo isso de pé no DIANA BAR, e assim ficará até ao último dia do mês. Obrigado pela vossa amizade e crença em mim.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A PhD on the Road (Tibete)

Lasa

After a very peculiar path to get visas to enter in here i am in the ultimate frontier: TIBET, after being "welcomed"  by that beautiful tibetean lady holding a paper with my name in the middle of the airport hall.  I'll keep that moment until the end of my days

My sport of youth (since 6 years old) was climbing, given me by father as a gift for all the eternity. The first book i've haver red was Tintin in Tibete and that was one of the multiple ways of him to lead me to the mountains while teaching me the real meaning of mind freedom and how to overcome all the obstacles that may come into your way. 

And that is exactly the perfect place to deal with fundamental chapter of my PhD.

Genesis play the music to get in (... to get out)

Some friends arrive to join me in this "road": António Viana da Fonseca (another globe trotter), my dear dear friend Gabi (Gabriela Marques) Sandra Coelho and Sara Pizarro. Sara Rios went home from Sri Lanka and might come again if i´ll go to Macau. Rodrigo will join me later.



Depois de um caminho atribulado para obter a papelada necessária, eis-me na última fronteira: O Tibete, onde fui  recebido por uma lindissima e suave tibetana que segurava um cartaz com o meu nome inscrito. Guardarei esse momento romantico até ao último dos meus dias.

O meu desporto de juventude foi o alpinismo (desde os 6 anos de idade), herdado do meu pai, para a eternidade. O primeiro livro que li foi Tintim no Tibete e essa foi a primeira de muitas formas que ele usou para me levar para a montanha, enquanto me ensinava o verdadeiro significado da liberdade de pensamento e o modo de ultrapassar-mos os vários obstáculos que se nos vão pondo na vida. E este é o local perfeito para atacar este capitulo fundamental da minha tese. 

Com entrada ao sabor dos Genesis (Carpet Crawlers)...You got to get in to get out 

Entretanto chegaram uns quantos amigos para fazer comigo esta jornada: António Viana da Fonseca (another globe trotter), my dear dear friend Gabi (Gabriela Marques) Sandra Coelho and Sara Pizarro. A Sara Rios voltou para casa e talvez nos reencontremos em Macau Mais lá para Diante ainda há-de chegar o Rodrigo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A big hug to L'Aquila

Here i´m sending a strong hug to my L'Aquila friends,
Paola Monaco
Gianfranco Totani
Maurizio Calabrese
Silvano Marchetti
Diego Marchetti,

 in this difficult time.

I´m around for what you need


A PhD on the Road (Colombo-Chengdu-Lasa)

Another Love Story

I always believed that you gotta live your life with passion, no matter what the subject is. And so it is with this PhD. 

I layed my eyes on Marchetti's dilatometer in Madrid in 1995, and right away i felt very found of its simplicity and possibility of providing very useful geotechnical information. Two months later i had the equipment with me and start learning about its simplicity and adequacy for field execution, its fundamental teorethical basis, the utility of test parameters for in-situ stress state, stress history, strength and stiffness evaluations and all the useful applications for design purposes.  

Thus, i've been using it for more than 15 years with unsuspected success. First with sedimentary soils, the field it was prepared for,  then with  i apllied it for the first time to residual (granitic) soils (during my MSc work) to whom i had to develop specific correlations for deriving geotechnical properties and finally learning residual soils behaviour from it. It has been a long and successfull relationship that led me to a high level of geotechnical engineering. And i became A Knight of the Blade

Being so, when preparing a residual soil characterization PhD, the DMT had to be included, both for its utility and my passion on it. 
Now, when leaving Sri Lanka, i reviewed all the references, compiled and analyzed all the practical knowledge resulting from my own experience and got ready for the fundamental experience of my work. With Passion, obviously.
   
Uma das coisas em que mais acredito é na paixão que temos de pôr em todas as coisas que fazemos, especialmente aquelas em que investimos profundamente. O meu doutoramento, é assim, uma questão de paixão que me dá imenso trabalho, mas que no final me trará concerteza um enorme prazer e um trabalho bem feito.

Vi o equipamento DMT pela primeira vez em Madrid em 1995 e fiquei fascinado com a sua simplicidade e, ao mesmo tempo, com a sua base teórica de concepção, que dá enormes garantias quanto à qualidade e variedade de resultados. Dois meses depois, tinha adquirido o equipamento, começando de imediato a introduzi-lo nas campanhas de caracterização em que me vi envolvido. Primeiro em solos sedimentares, para os quais estava preparado. depois em solos residuais para o que tive que desenvolver correlações especificas (durante a minha tese de MSc), e finalmente como ferramenta base para estudar a evolução dos materiais residuais. É uma paixão longa que me levou a um patamar elevado da engenharia geotécnica, e que me deu o titulo de Cavaleiro da Lâmina
Assim, um doutoramento meu teria que incluir naturalmente este equipamento, tanto pela sua enorme utilidade (para mim o melhor equipamento in situ que conheço) como pela paixão que nutro por ele.

Agora, à saída do Sri Lanka, revi toda a bibliografia, reorganizei os conhecimentos que acumulei ao longo dos anos e finalizei um capitulo a ele dedicado, encontrando-me pronto para a experiência chave do meu trabalho. Com Paixão, naturalmente