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sábado, 20 de novembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

Mazagon, Last Night on Board

Everything that is good always comes to an end, and so it was with that trip. To comemorate the trip, we´ve just decided, to leave the harbour early in the morning to enjoy the sunrise in the sea, which is not properly usual in our day-to-day life. What i didn´t expect was the oportunity of delighting myself with the set of the moon before the rise of the sun, offering me an insight of what life is all about. In fact,

Everytime a task ends, there´s is another goal to achieve
Everytime a stormy day occurs, there is chance for the rainbow
Everytime a tree is burn, a flower rises from nothing
Everytime a light is turned off, another love lights up your soul
Everytime you are double-crossed, someone else walks together your path with you
Everytime you get disappointed, a new smile shines your day
Everytime a friend dies, a new child is brought to your life
Everytime your touched by a bad moment, a bright chance is offered to you
Everytime the moon sets, a new sun iluminates your smile

And that was the romantic secret of that day. The Moonset and the Sunrise...

... once again with Muse

Tudo o que é bom sempre chega ao fim, e assim caconteceu com esta viagem. Para celebrar o trajecto, resolvemos levantar muito cedo e abandonar a marina de Mazagon pela calada da noite, tendo por companhia apenas os pescadores a arrancar para a faina, e deleitar-mo-nos com o nascer do Sol visto do mar, uma oportunidade que não temos muitas vezes no ano. Mas antes do Sol nascer à sempre uma Lua que se deita, o que me deu um raro momento de plenitude em que o sentido da vida fluiu diante dos meus olhos. De facto,

Sempre que uma tarefa acaba, nova oportunidade se gera no horizonte
Sempre que cai uma tempestade, pode surgir um arco-iris
Sempre que uma arvore é destruida, uma flor nasce do nada
Sempre que uma chama se extingue, outro amor floresce na alma
Sempre que alguém te trai, outro caminha o caminho contigo
Sempre que um sonho se desfaz, logo outro te preenche
Sempre que um amigo morre, logo outro ressuscita
Sempre que um mau momento te toca, logo um sorriso te ilumina
Enfim, sempre que uma lua se põe, um novo sol se levanta

E esse foi o romantico segredo desse dia. O pôr da Lua e o Nascer do Sol...

... uma vez mais com os Muse


sábado, 13 de novembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

On the boat again

And the east wind finally went away, allowing us to return to beloved ocean, altough with no chances of moving to our previous marked destination: Gibraltar. Despite that fact, the soul filled up again, calming down the anxiety provoqued by the need of the sweet balancing and the pleasure of nomading in that small 11m boat that allow us to achieve the real essence of individual freedom. And so, we proceed with specific destiny going around in the ocean, feeling the sun and the salt in our faces and get bumped by the high waves that leave no dry spot inside the boat. Fantastic moment of joy that reinforced capacities, provoqued true emotions and renewed trust so very needed to survive in the cruel world of shadows we have to live today. Finally, we arrived to a small harbour of a quite small town (Rota), finding again the cool rythm of the sailor's life. With MUSE always whispering nice words to our hears.

E o Levante lá acabou por levantar, permitindo-nos levantar ferro, embora já sem hipóteses de chegar ao nosso destino inicial de Gibraltar. Sem embargo, a alma encheu-se de novo reavivando novamente a chama e acalmando a ansiedade provocada pela saudade do doce balançar e do prazer de nomadar naquela casca de 11m que nos tira para longe do mundo e nos transmite a verdadeira liberdade da essencia individual. Alegria, alegria, alegria. E lá fomos um pouco sem destino fazendo um circulo por mar mais alto, deleitando os rostos com o sol e com o sal, levando banho de onda alta que invade o navio não deixando ponta seca. Fantástico momento de plenitude que reforçou capacidades, atiçou emoções e renovou a confiança em nós próprios tão fulcral para sobreviver no mundo "de sombras traiçoeiras" em que hoje vivemos. Por fim lá aportamos a um porto piquinito de uma cidadezita adorável (Rota), encontrando novamente o ritmo "cool" e arrastado da vida do marujo.

Com os MUSE sempre a dar o mote.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

Cadiz, Spain

And suddenly, the feared East wind came up, with an incredible strength and a willing to stay, stopping our journey. It became impossible to face it and cross the Strait of Gibraltar. No way. Some years ago we had tried this and we sailed for hours without moving a inch until the boat start crying making us to go back to nearest harbour with some damage to fix.

As everything in life we have to know when got to be patient or even to give up. And so we stayed for 1, 2, 3 days, somehow going impatient, until we knew that was time to go back aborting destination Gibraltar.

Visiting a city coming from off shore is not the same thing as if you arrive by land. This time i understood the sailor and pirate soul of the city, erected by people that are arriving and departing all the time. And that cooled down my nervous soul, maybe teaching me something useful for the desperating times that are arriving to our lives.

As Kipling once said: May i have the courage to fight the things i can, accept the things i don´t, and wisdom to distinguish the difference.

With a kiss and a hug , and again with Muse as guiding light, i leave you the white beauty of Cadiz.


E de repente levantou-se o Levante, com uma força gigantesca e com vontade de ficar, impedindo-nos de prosseguir viagem. Impossível atravessar o estreito de Gibraltar com ele a "bufar". Não deixa espaço para fugir. Há uns anos atrás tiveramos a mesma experiencia, em que tentamos enfrentá-lo e andamos horas a navegar sem sair do sitio até que o mastro rangeu, a vela rompeu e tivemos que voltar para trás. Como em tudo na vida há que saber ter paciência para esperar que os maus ventos passem, para depois nos fazermos ao mar. Ficamos 1, 2, 3 dias, com algum nervo à mistura que esperar em terra quando se quer ir para o mar traz um pouco de desespero, até que percebemos que já não havia tempo para ir e voltar, abortando o destino Gibraltar. Por vezes é preciso virar a rota, e foi o que fizemos.

Ver uma cidade com chegada pelo mar dá uma perspectiva diferente, uma sensação diferente e nturalmente sente-se uma alma diferente. Para mim foi assim com Cadiz. Entendi a cidade pela sua alma de marujos, de piratas, enfim de gente que chega e parte a todo o momento. Senti-a desse modo, e isso afagou-me a alma nervosa por aquela espera que terminou em meia volta. Aprendi algo nesses dias, que talvez sirva para me dar sapiência para os tempos deprimentemente difíceis que aí vem. A capacidade para lutar por aquilo que posso, a serenidade para aceitar aquilo que não posso e a sabedoria para distinguir a diferença, tal como dizia Kipling.

Com um beijo e um abraço, novamente com os Muse (as guiding light), deixo-vos com a beleza alva de Cadiz.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

Chipiona

After a tough time in the ocean, it always taste good to arrive to a small harbour for a quick rest. I always like to observe the life nearshore with the noise of fishermen, seagals or simply other nomads like us. I also like to move towrds a proper shower where you can stay for sometime with no worries of water management. Then pick up the wallet and get ready to walk for hours with no apparent destination until falling down in a nice restaurant with good food and better drink, where you can stay dreaming while watching local people coming and going. For me, this is as important as the time in the sea, and together they are part of the same journey on the old spirit of the "on the road" or "on the boat". Then, drag myself to the boat for a good night sleep, 'cause tomorrow we have to leave again.

Enjoy Chipiona, again with Muse

Depois de uma boa tareia de balanço do mar, água salgada que baste a bater no focinho, navegando livremente, sabe sempre bem aportar a um qualquer quanto para repor energia, comer qualquer coisa cozinhada por outros, encher os depósitos de água e efectuar pequenos arranjos de estragos feitos durante o percurso.

Gosto sempre da chegada a pequenos portos, observando a vida nearshore, da faina dos pescadores, aos gritos das gaivotas ou aos afazeres de outros marujos como nós. Gosto também do arrastar indolente até uma casa de banho decente (umas vezes melhor, outras pior) onde podemos deleitar-nos com um longo duche sem preocupação de poupança de água. Depois, agarrar na carteira e pôr pernas ao caminho em terra firme, numa cidadezita sempre pronta a acolher gente que vem do mar, vagueando horas à procura de coisa nenhuma até acabar numa qualquer esplanada com boa comida e melhor bebida e aí ficar a sonhar enquanto as gentes nos vão passando diante dos olhos. Para mim, isto é uma parte integrante e tão importante como a navegação propriamente dita. O verdadeiro espirito "on the road" ou "on the boat". Depois ala que se faz tarde, que amanhã arrancaremos de novo.

Saboreiem Chipiona outra vez com os Muse