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sábado, 30 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - On the Top of the World

And again with the words of Luis Machado…

If we climbed high on the top of the mountain with Eddie Vedder, up to Huamachuco, with Eddie we kept moving in the mountains in the next morning. We have arrived before 6 in the morning to Lake Sausococha, a true Gods mirror, which quickly swallowed us with its tranquility and purety. Just Breath say the lyrics and that was exactly what we did. Deep breath and try to record in our memories that peace, while absorbing the energy irradiated by the sun that slowly and sleepy was rising up in the sky. The needed energy for the day that we anticipated as a long one.
And so, with our batteries completly full, after “crossing” cigarettes in way that recall D’Artagnan and the 3 mosqueteers, we put our feet on the way with this two new Peruvian friends towards the top of the Andes, at 4300m height, leaving the cold Huamachuco (the Sombrero of Halcon) behind. Up above we felt like giants, completely melted with nature. Once again we could see the world by the Condor´s perspective, without having to leave our feet from the ground. For us, only that moment was important, past has been left behind and the future would come as itself would like to do it... There we were the center of the universe… There we were on the top of the world. With Oasis (Don´t look back in anger) and Night Visions (on the top of the world)
E de novo com a palavra de Luis Machado...

E se com o Eddie Vedder nos elevámos bem alto nas montanhas até à remota cidade de Huamachuco, com ele continuámos a percorrer a cordilheira na manhã seguinte. Ainda antes das 6 da manhã, chegamos à Lagoa de Sausacocha, um verdadeiro espelho dos Deuses que rapidamente nos engoliu com a sua tranquilidade e pureza. “Just breath” diz a música e foi mesmo isso que fizemos. Respirámos fundo e tentámos gravar na nossa memória aquela paz à medida que íamos absorvendo a energia do sol que, dorminhoco, se ia preguiçosamente levantando no céu. A energia ideal para enfrentar um dia que se adivinhava longo.
Já com as baterias bem carregadas, e depois de um cruzar de cigarros, a fazer lembrar o D’Artagnan e os 3 Mosqueteiros, seguimos com os dois novos companheiros de viagem em direcção ao topo da cordilheira andina, até aos 4300m de altitude, deixando a gélida e solarenga cidade de Huamachuco (o Sombrero de Halcon em Quechua) para trás.
E bem lá no alto sentimo-nos como gigantes, uma parte integrante da natureza. Uma vez mais podémos ver o mundo da perspectiva do Condor, sem que para isso tivéssemos sequer que tirar os pés do chão.


Lá em cima só importava aquele instante, o passado tinha ficado para trás, o futuro haveria de vir como ele próprio bem entendesse... ali éramos o centro do Universo... ali estávamos no topo do Mundo (Oasis, Don’t look back in anger e Night Visions, On Top of the World)."

domingo, 24 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - in the Footsteps of History


 The Pre-Incas cultures ended up, one way or another, melted into that powerful and amazing civilization: the Incas. Following the steps of their History, we fell down in the pickup vehicle, me and Luis, and blown by the wind  we “snaked” up in the mountain following the Condors that were sliding in the air up above in the top of the mountain. Definitively showing us the way. 4,5 long hours to drive 125 km from Trujillo to Huamachuco, a small town stucked in the middle of the Andes. From the Sea level to 4000m and then sliding down to 3500m of Huamachuco. 4,5 long hours of pure pleasure embedded by the beautiful scenary of those mountains, slowly cutting our air, until we reached that sweet sickness of heights, adequate to absorb all that beauty of nature. To help reaching that state, Luis picked up the iPod and blessed our trip with Radiohead (High and Dry) and Eddie Vedder (Society). Perfect symbiosis with my soul. Two generations united by the same music. Perfect for that Nirvana. 


THE FLIGHT OF THE CONDOR - in the Footsteps of History from nunocruz on Vimeo.

As culturas pré-incas, acabariam de uma maneira ou de outra integradas na cultura mãe daquelas terras, os Incas. Seguindo os passos dessa História atiramo-nos, eu e o Luis, para dentro de uma pick up, entalados entre uma parafernália de ferramentas de trabalho da mais variada utilidade, serpenteamos com o vento montanha acima com os inevitáveis condores pairando sobre nós e indicando-nos o caminho a seguir. 4,5 longas horas para fazer 125 km entre Trujillo e Huamachuco, uma pequena cidade entalada nas pregas dos Andes.  Do nível do mar para os 4.000m descendo depois para cerca dos 3500m em Huamachuco. 4,5 horas de prazer profundo embebido pela grandiosidade da cordilheira, que nos foi literalmente cortando o ar até atingirmos a doce oura da altitude, propicia à absorção plena de toda aquela beleza. Para ajudar, o Luis, sacou do seu iPod e abençoou-nos a viagem com Radiohead (High and Dry) e Eddie Vedder (Society). Simbiose perfeita comigo. Duas gerações unidas pela mesma música. Perfeito para esse Nirvana.

domingo, 17 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - A long time ago

Trujillo, Peru
Under the Condor wing
Under the wings of the Condor, which protected our souls and guide our steps, we drawn ourselves in the time and the history of the Indian cultures that inhabited that strip of desert land that is the Peruvian coastline. Without Jorge Santos, whose life had moved him to Lima.
A long long time ago, a lot before the Inca Culture, the Moche culture flourished in the arid area of the North coastline of Peru. Although they haven´t developed a political unity between the civilizational groups, they had a strong culture link. They didn´t have a proper writing and so, iconographic representation in handycraft, ceramics, jewelry were the means of telling to the future, their story, their believes, their way of life. The common architecture were based in their temples (Huaca) and pyramids, usually in adobe, being the Sun and the Moon temples (in Trujillo) the best examples of their creativity. Taken by the sound of Simon & Garfunkel (el Condor Pasa), me and Luis drawn ourselves into the deep hearth of Moche culture, learning how they lived and how they disappeared, in a sequence of 30 years of el Niños that generated 30 years of overflow in the coast line, followed by 30 years of dryness and more 30 years of civil war arising from the precarious conditions. With their houses and farms destroyed, people stop believing in Gods, doubt their human sacrifices and rejected their social stratification.
It is terrifying to think how close it is of the world we are living in.  
The Moche culture had disappeared around 800 AC, but left the seeds for the further Chimú civilization (Xth Century), who were also very skilled in ceramics jewelry and metallurgy. But their main achievement was as architects and urbanists, being actually considered the best of the old Peru. And once again, we transported ourselves with the time and got inside the greatest adobe city of the world, 15 km2 where 100.000 inhabitants lived together in the past.  Always protected by the Condor wings that followed all our steps in this historic promenade, ensuring us a safe journey . This time with “Cariñito"  (Los Hijos del Sol).

E com o condor como cicerone, protegendo-nos a alma e orientando-nos os passos sob as suas asas, mergulhamos no tempo e na história das culturas que habitaram a faixa desértica da costa peruana (Pacifico), já sem o Jorge Santos cuja vida o havia levado já para Lima.
Muito antes do aparecimento da cultura inca, em 100 a.C. floresce no seco Litoral Norte do actual território Peruano a civilização Moche. Não desenvolveram um estado ou unidade política entre os centros civilizacionais que abrangiam, mas apresentavam uma unidade cultural na iconografia comum. Aliás, uma vez que não dominavam a escrita, a representação iocnográfica em artefatos, cerâmica, murais e joalharia foi a forma que encontraram de registrar a sua história, as suas crenças e o seu modo de vida.
A arquitetura desenvolveu-se através de grandes obras públicas como templos e pirâmides, ambos com o uso de adobe (tijolo cru), sendo as Huacas del Sol e de la Luna (primeira parte do filme) os melhores e mais imponentes exemplos das capacidades arquitectónicas desta civilização. A Huaca del Sol, uma enorme estrutura piramidal situada no rio Moche, foi a maior estrutura arquitetônica pré-colombiana construída no Peru e possivelmente o centro de irradiação da cultura Mochica. Este sítio arqueológico foi desfigurado e praticamente destruído pelos conquistadores espanhóis assim que souberam da existência de artefatos de ouro enterrados nas tumbas encerradas na pirâmide. Felizmente a Huaca de La Luna, situada em frente da anterior e que se acredita que foi o principal centro religioso da região, permaneceu praticamente intacta, conservando, além de abundante iconografia cerâmica, magníficos murais coloridos. E assim, lá mergulhamos na Huaca de la Luna, levados pelo som de Simon & Garfunkel (el Condor Pasa), viajando uns séculos no tempo até ao coração da cultura Mochica e espreitando o seu declínio. Uma sequencia de "El Niños", que gerou 30 anos de inundação na costa, seguidos de 30 anos de seca e mais 30 anos de guerra civil em virtude da escassez de recursos, que arrasaram as suas casas e culturas, os fez deixar de acreditar na bondade dos Deuses, duvidar da eficiência dos rituais de sacrifícios humanos e rejeitar a estratificação social  e a linhagem. Os deuses haviam dado provas de uma ira que parecia não terminar jamais.
Qualquer sociedade moderna teria sucumbido...
Aterradoramente semelhante aos nossos dias, não podemos deixar de pensar.

Os Mochicas enquanto cultura desaparecem por volta do ano 800, mas geram uma nova cultura (Séc. X), os Chimu. Como legatários da cultura Mochica, os Chimus foram igualmente eximios na cerâmica e na produção metalurgica. Mas onde realmente se destacaram foi na sua qualidade, enquanto arquitectos e urbanistas, havendo quem defenda que são percursores dos Incas no que se refere as construções monumentais e que os considere os melhores arquitectos do Perú Antigo. E uma vez mais, transportados no tempo entramos na maior cidadela de "barro" do mundo, Chan Chan!!!, ao som de "Cariñito" dos Los Hijos del Sol. Aí, sempre protegidos pelas asas do Condor nesse deambular histórico, pasmámos pela sua imponência, organização e adornos em relevo daqueles 15km2 que chegaram a albergar cerca de 100.000 habitantes.  Pena o "El Niño", sempre ele, lhe ter retirado a sua cor original furtando-nos o verdadeiro "El Dorado", que devia o nome ao amarelo dourado que irradiava como um Sol. Nada, no entanto, que empobreça o que aos nossos olhos foi dado a ver.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - Through the desert to the Ocean

Paracas, Peru

The Condor of the Andes is a huge live being with 1.33m height, 3,20 of span and a weight that could reach 15 kg. With a typical lifetime iof 50 to 75 years, lust like us he is one of the greatest symbols of divinity of ancient Indian cultures of South America, such as Nasca, Chimú, Wari, Tiahuanaco, Mochica e Inca. Due to his heavyweight, despite his span, he needs help to float in the air, and so his natural habitats are wherever there is wind. Not only mountains, but also in windy coast line or deserts. Avoiding to spent energy in moving his heavy weight in an hunting process, the condor gets his food from “just dead” animals cleaning the nature while eating.
For the Inca Civilization there were 3 spiritual levels: the world of Above, known as Hananpacha (the world of spirit), the Mid world (Kaypacha, where the men live) and world of the Bottom (Ukupacha, the world of the dead, but with nothing to do with our Hell). Incas lived within these 3 worlds interacting through a Divine triology, where the Condor or Apu Kuntur was both the Guardian of the Above world as well as the messenger of gods. The other two were the Puma (mid-world) and the Snake (Bottom world).
And that was our companion in this trip of two generations with the same walk, from Paracas to Trujillo, and from there to Huamachuco, beyond the crest of the Andes in that area, in a amazing variety of landscapes. Floating above us, we gently invited us to float with him over the worlds of our own lives, unifying our Hanan Pacha and Kay Pacha.
Come along with us through the overwhelming Paracas National Park, the desert nearby the sea, and meet the condor, in a scenary painted by the colours of two different generations, Sting (Desert Rose) and Red Hot Chili Papers (My Friends).   

THE FLIGHT OF THE CONDOR - Through the desert to the ocean from nunocruz on Vimeo.
  
O Condor Andino é a maior ave do mundo, possui 1,33m de altura, 3,20m de envergadura, chega a quase 14 kg e vive entre 50 a 75 anos, é o símbolo e mestre dos Andes, foi considerado uma divindade por grandes culturas índias da América do sul, como Nasca, Chimú, Wari, Tiahuanaco, Mochica e Inca. Devido ao seu elevado peso e mesmo com a grande envergadura que exibe, o condor necessita de apoio para voar. Daí que viva preferencialmente em zonas ventosas para poder planar sobres as correntes de ar sem grande esforço, sendo frequente encontrá-los tanto em zonas montanhosas, como em zonas costeiras onde abundam as brisas do mar, e mesmo em desertos em que a corrente seja frequente. Talvez pela mesma razão, o condor não dispende as suas energias na caça. Espera que os animais morram para depois se alimentar, limpando simultaneamente a natureza. Equilibrio perfeito.
Para os Incas, existiam três níveis espirituais, o mundo de cima, conhecido como Hananpacha (o mundo dos espíritos), o mundo do meio, conhecido como Kaypacha (o mundo dos homens) e o mundo de baixo, conhecido como Ukupacha (o mundo dos mortos), o qual nada tem a ver com o nosso inferno. Os Incas viviam entre estes três mundos e relacionavam-se com eles através da trilogia totémica dos animais sagrados, na qual o cóndor ou Apu Kuntur para além de guardião do mundo de cima era também um “Mensageiro dos deuses” que fazia a união entre o Hanan Pacha e o Kay Pacha. Completavam o grupo dos guardiões, o Puma no mundo do meio e a Serpente no mundo de baixo.
E foi precisamente esse companheiro que nos acompanhou nesta viagem de união  entre gerações  (os meus amigos Luis Machado e Jorge Santos e eu próprio), de Paracas a Trujillo e dai a Huamachuco, passando para lá da crista andina, numa variedade enorme de ambientes naturais. Pairando sempre sobre nós, o condor com a sua majestosa e frequente presença foi-nos convidando gentilmente a deslizar com ele sobre os mundos que nos enquadram a vida, unindo também os nossos Hanan Pacha e Kay Pacha.


Venham daí conhecê-lo e senti-lo flutuando connosco pelo parque natural de Paracas, um deserto à beira-mar que é um dos habitats do condor andino. Um cenário magnifico pintado com as cores de duas diferentes gerações,  Sting (Desert Rose) e Red Hot Chili Papers (My Friends)

sábado, 2 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - Las Ballestas

Peru, again

Introduction Note: This is a history (6 episodes) of two friends, Luis Machado and myself, that used to work together, in the same office, in the same room, in the same field, and one day got separated by the tricks of destiny sliding through nature with twin souls. Luis is now living in Peru and i´m steel keeping the same office that once was our common shelter. Another friend from that same time, Jorge Santos, who have also moved to Peru, mixed his feet with ours in the first steps of the adventure that will be told herein, and dragged us to that overwhelming darwinian landscape of Ballestas (post of today) and Paracas (next post, next week). From there, from the pacific coast, we would climb over the 4000m and arrived in Huamachuco in the top of the Andes. For a couple of days, we stayed there sliding our eyes over that magnificent landscape. As two Condors. And with the music that arise from our twin souls.
Opening the Cerimony, Luis sings “his lyrics” today. Next week will be my turn.

Ballestas Islands (Lost islands in the green of the Pacific Ocean)
A difficult sunrise with the eyes shadowed by the first sun lights that erase from the Peruvian coast. 24th June, the day of St. John for Portuguese people, a day that always make me feel the lack of my Portugal….
An excellent day to go into an adventure in the green fields of the pacific ocean, in Ballestas islands. Stolen from a sardine night, pork ribs and “caldo verde”, that was not over yet, we moved to Paracas to get the first boat to the islands in the early morning. The morning fresh air and the overwhelming landscape lead us to forget the missed sleeping hours, injecting the energy and the dynamic to incorporate the the landscape that would get into our souls.
A lamp marked in a consolidated sandstone, drown by an ancient civilization, a Christ worked in rocks by the audacious Pacific ocean, a white cover painted by the shit of all the birds that live in those islands. A piece of the art of nature, only disturbed by the noise of the ship motors.
The pictures talk from themselves… And that was the beginning of one more traveling adventure of my good friend Nuno Cruz, this time in Peru, which I followed without losing even the small part of it.
 Every conversation, every shared music were a travelling inside another travelling, a tour around the world inside the tour around the country. A fantastic meeting of friends. Different generations, similar tastes.

I leave you with the quartet of Liverpool (Here Comes the Sun, Octopus’s Garden), hoping that they will guide you through the ocean towards a garden, not of Octopouses, but of seawolves.



THE FLIGHT OF THE CONDOR - Las Ballestas from nunocruz on Vimeo.

Nota Introdutória: Esta é uma história (6 episódios) contada e cantada em dueto, ao desafio como se faz na nossa terra, por dois tipos que trabalharam juntos no mesmo gabinete, nas mesmas obras, e que as agruras do destino haveriam de separar. Luis Machado vivendo no Peru, eu mantendo o gabinete que em tempos albergou os sonhos de ambos. Um outro parceiro desse tempo e desse trabalho, o Jorge Santos, também ele de vida mudada para o Peru, pôs-nos as pernas a andar nos primeiros passos da história que aqui se conta, arrastando-nos para esse magnifico paraíso natural que são as Ballestas (post de hoje) e Paracas (próxima semana). Daí, do pé do mar, haveriamos de arrancar, em trabalho, para os 4000m de altitude, no cume da cordilheira andina, cerca de Huamachuco, pairando como dois condores sobre aquela paisagem magnifica e sob o som da musica que brotou da alma dos dois.
Abrindo as hostilidades, hoje “canta” o Luis, …

Em Terras Andinas – As Ballestas (ilhas perdidas no verde do Pacifico)
Um amanhecer difícil com a vista turvada pelos primeiros raios de sol que irradiam a costa peruana. Dia 24 de Junho, dia de S. João, um dia que me faz sentir saudoso do meu Portugal…
Um excelente dia para me aventurar junto com bons amigos (Nuno Cruz e Jorge Santos) no verde do Pacifico com destino às ilhas Ballestas. Resgatados a uma noite de sardinhas, febras e Caldo Verde, ainda por terminar lá seguimos os 3 para Paracas para embarcar no primeiro barco da manhã.
A brisa matinal e a deslumbrante paisagem que nos envolveu serviram para fazer esquecer as horas roubadas ao sono e injectar uma boa dose de energia e empolgamento para aproveitar profundamente aquelas imagens que nos veriam a entrar pela retina. Um candelabro desenhado na areia consolidada por uma civilização antiga, um Cristo desenhado pela audácia do mar, um manto branco pintado pelos dejectos da passarada que por ali habita. Uma obra de arte da natureza só perturbada pelo ruído dos motores das lanchas. As fotos falam por si.
E assim começou mais uma viagem do meu amigo Nuno no Peru, da qual eu me esforcei para não perder pitada. Cada conversa, cada musica partilhada, foram uma viagem dentro de outra, uma volta ao mundo dentro de uma volta por um país. Gerações distintas, gostos comuns. Excelente reencontro de amigos.
Deixem que o quarteto de Liverpool (Here Comes the Sun, Octopus’s Garden) vos guie, nas primeiras horas da manhã, mar adentro até um jardim, não de polvos mas de lobos marinhos.