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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Nomad Minds

One of the best things in a man education is the cross roads with the teachers that really made us think on our own. I always try to be coherent with my thoughts and so, all the good and bad things i taught about my teachers had to be considered when i became a teacher, myself. How could i ever forget my previous taughts?

Since 2003, when i became regent of my own disciplines in University (Coimbra and Aveiro), i´ve been trying to develop a path with my students, learning how to embrace them, erasing the frontier teacher/student, overcoming the Sindrom of Acelerated Thinking (SPA, in Portuguese) and over all teaching while learning and learning while teaching.

Together we have done so many fantastic things, such as 2 conference papers written together and one Festival on Technical Movies (one week and more than 20 presented works ). This is a story that deserves to be told, which will be done in the following weeks under the title "Nomad Minds", since it represents perfectly what have been happening wit us: open minds, moving freely of dogmas and/or conventions. I hope you enjoy it.

Kisses and hugs

Nomad Minds - Living and Learning from nunocruz on Vimeo.

Uma das coisas mais importantes na adolescência são, sem dúvida, os professores que nos marcaram o percurso. Disso não temos a mínima dúvida. Na minha vida sempre procurei a coerência, de modo que todas as criticas que teci e os elogios que prestei aos professores que cruzaram a minha educação se tornaram numa cartilha para mim, quando me tornei eu próprio um docente (convidado). Como poderia de repente, esquecer tudo o que pensei e passar a fazer tudo ao contrário, só porque era mais fácil e mais cómodo e me libertava da responsabilidade de experimentar outras formas. Felizmente que não cedi a essa tentação, fazendo um caminho desajeitado, no inicio, depois um pouco mais equilibrado e hoje em dia mais sustentado, do qual muito me orgulho.


Desde 2003, quando comecei a ser regente de cadeiras de Engenharia (Primeiro na Universidade de Coimbra, depois na de Aveiro) que comecei a construir um percurso com os alunos, aprendendo a conviver com eles, a diluir a fronteira professor/aluno, a ultrapassar o Sindroma do Pensamento Acelerado (SPA) em que todos vivemos hoje em dia, enfim a tornar útil os seus percursos e os seus saberes e sobretudo a ensinar enquanto aprendo e aprender enquanto ensino.

E juntos criamos a ARTCIÊNCIA, uma combinação ponderada da arte e da ciência no intuito de estimular a transmissão de conhecimentos, acompanhar o raciocínio e promover acriatividade tão rica numa população universitária e tão importante no domínio da Engenharia. Mais do que isso, o trabalho trespassou vários anos lectivos levando à publicação de dois artigos, um nacional (2008) e outro internacional (2009) escritos por todos (o filme abaixo é retirado do power point utilizado na apresentação do primeiro), bem como à produção de um fantástico Festival de Curtas Metragens Técnicas (Universidade de Aveiro, 2007) que durou uma semana e permitiu a exibição de mais de 20 trabalhos. Toda esta história merece ser contada, pelo riqueza que trouxe à vida de todos nós. Nas próximas semanas apresentarei alguns dados desse percurso até aos dias de hoje, sempre acompanhado de pequenos filmes feitos por mim e por eles. A esta aventura chamarei de "Nomad Minds", por ser isso que nos uniu a todos: uma mente livre e vagueante, pouco presa a dogmas ou convenções. Espero que gostem.

Beijos e Abraços


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

Acredito, de há muito, que a vida é feita de percursos, para onde converge e donde diverge um variado e enorme conjunto de pessoas que pintam a tela da nossa vida. Umas tem mais cor, outras mais intensidade, e outras que nem se notam e fazem igualmente o quadro. A arte de viver está em saber aproveitar essas partilhas na sua essência e no momento em que elas se dão. Foi assim, com o meu titicos Duarte (Bravo de Faria) que por várias vezes entrou e saiu (fisicamente) da minha vida, ficando de cada vez uma indelével marca na minha personalidade e maneira de saborear a vida.
A nossa história cruza-se primeiro em percursos de aprendiz. Eu aprendiz de escola primaria e o B-A-BÁ, ele um aprendiz universitário com um outro B-A-BÁ. Os dois vivendo sobre o mesmo tecto, com ele amaciando um "reino" clássico e conservador, envolto pela musicalidade e a filosofia do Flower Power. O quanto isso emprestou à minha forma de ver as coisas, com os Beatles (e esse fabuloso Abbey Road), Procol Harum, The New seakers, Simon & Garfunkel, Janis Joplin, Pink Floyd entre tantos outros. Sinto pena, por vezes, que a geração que está por detrás de tudo o que vivemos agora é exatamente essa. Quão abruptamente cairam aquelas convicções!?

Á saida deste tempo, antevendo (ou talvez lançando?) o meu espirito inquieto, deixou-me 300 postais de paises desse mundo sabendo que eu lhes daria destino, na colecção (+ de 6000 postais hoje em dia) e na mente. Depois fomo-nos vendo por aí, ate´ao dia em que me aparece com um diaporama (exatamente no mesmo formato que publico agora) na altura em que eu mudava para a fotografia digital, dando-me uma arma de comunicação fabulosa (pelo menos para a maneira como eu sou). Fiz uns quantos filmes, contei umas quantas histórias, enfim partilhei o melhor as minhas emoções, baseado nas fotografias que fui tirando por esse mundo no meu caminho errante. E no que deu isto tudo?...
...na oportunidade de fazer uma exposição diaporamica (Biblioteca Almeida Garrett, Palácio de Cristal no Porto), em que o filme na entrada simbolizava o Porto de Abrigo, de onde se parte e aonde sempre se chega) e era dele, aquele que apresento abaixo. Quão fantástico foi aquela coisa que fizemos ali. (ver agora o filme)

O Meu Porto de Abrigo from nunocruz on Vimeo.


Mas o mais estava ainda para vir.

Não sei lá porquê, porque nunca me senti merecedor, com as suas serenidade e a persistência firme, decidiu despender tempos importantes comigo na experiência da última caminhada, no momento em que o meu doutoramento se encontrava no seu términus. E a "duas mãos" fizemos os nossos filmes salpicados por conversas e passeios coloridos, lindos de morrer.
Desejei muito tê-lo no dia da minha dissertação, ele desejou muito estar lá. E por tanto desejar, nesse dia lá estava ele lá sentado, sorridente, passando toda aquela serenidade para a minha exposição. Saí-me lindamente, tá claro. Coisa linda do destino essa de fazer coincidir a data de defesa da tese com o dia do seu aniversário.
Depois disso, estivemos ainda uma vez mais juntos, num dia ensolarado de Agosto, tomando café na Brasileira e depois subindo os Clérigos até aos serviços académicos para "encomendar" o meu diploma. Mais tarde percebi que ele se despedira de mim naquele dia.

No fim de tudo, com a surpresa de sempre, vou descobrindo o embrulho que ele me deixou nas mãos para ir dando andamento, envolto pela semente que ele plantou em mim, de que...

...Com a Morte não se Chora,
Celebra-se a Vida.

De entre os filmes que "produzimos" nesse tempo de convívio, escolhi o que aqui deixo, para ilustrar o meu passeio contigo, meu titicos.

É o meu sorriso para ti. Tenho a certeza que vais gostar deste