Visualizations since May 2010

Mostrar mensagens com a etiqueta Puro Tango. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Puro Tango. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Puro Tango en Santelmo, Buenos Aires

The Tango i choose to walk around Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) in its famous fair tells the history of a time of uncertanty lived in Argentina, similar to the one we are living today, in my beloved country.

I´m not a politician and this blog does not aim bitter discussions or acusations for the situation we live today, or the difficult times that we are going to live tomorrow. And so, although i´m not dumb, i don´t feel like comment on...

the institutionalized corruption, or the sweet lies told with a magnificent smile by a dominant class that has no strength or courage to assume its smaller mistake anymore

or the protest of those that refuse their laws, with their suffering eyes, but only because they want to take the same power and do the same thing, living without doing anything

All of them in an undisguisable emptiness disguised by a nice wrapping paper that someone put around their necks.

That´s how everything got here, and that´s why everything is gonna fall due to that mental and moral poverty for whom no one has a solution anymore. As it happened so many times in the past.

So i just want to talk about the passion i love to feel for things i do with other people, or the hope that everything turns all right at the end, or the emotions that are the salt for the soul, or the love that makes life a good journey. The Tango of today tells a story of an Argenita and its people, who knew how to walk from sadness towards happiness, a few years ago. So, pay attention to it with your mind and your soul. Those who don´t understand the spanish, ask for someone who translate the words.

Kisses and hugs, and love your life
O Tango que escolhi para deambular em Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) ao longo de uma feira de rua ao bom estilo da nossa de Vandoma (no Porto) traduz uma época de incerteza na Argentina bem parecida com aquela que nós vivemos agora aqui neste nosso mal amado país à beira mar plantado.

Não sou politico, nunca o quis ser, este blog não tem intenções desse tipo de discussões amargas ou acusatórias de atribuição de culpas por aquilo que vivemos hoje ou que vamos padecer amanhã. Não de todo. Por isso, embora não seja parvo, não me apetece comentar sobre

a corrupção cada vez mais institucionalizada, da mentira e do engano espalhados com ar cândido e doce por uma classe dominante que não tem já nem a força nem a coragem para assumir os seus erros mais pequenitos

do protesto e da recusa de aceitar essa situação ditos com o mesmo ar cândido e doce por aqueles que lá não estão mas queriam muito estar, porque também querem a vida fácil de viver sem nada ter de fazer,

uns e outros num vazio indisfarçável disfarçado pela palavra bonita e vã e pelo invólucro aprumado e penteado que alguém lhes "arranjou",

Foi assim que tudo isto aqui chegou. E é também por essa pobreza mental e moral que tudo há-de cair em mil pedaços e uma nova sociedade há-de emergir sobre o escombro deste destempero para o qual já ninguém tem solução. Naturalmente, como tantas vezes aconteceu na história dos povos, dos países ou do planeta.

Por isso, interessa-me muito mais falar da paixão pelas coisas, da esperança de que tudo se endireita (com o nosso esforço e sacrificio, que é assim que se conquistam as coisa boas), da emoção que é o sal que alimenta a alma, enfim do amor como forma de vida mais apetecível.

O tango de hoje mostra o exemplo duma Argentina e duns argentinos que souberam sobreviver a tudo isso, uns quantos anos atrás. Escutem com atenção, com a mente e com o coração.

Beijos e abraços, e amem a vossa vida

sábado, 2 de abril de 2011

Puro Tango en La Boca, Buenos Aires

I had never been a tango fan. I knew some references (Astor Piazolla, Gotan Project), but never could heard more than 2-3 musics. Until I went to La Boca, saw a street workshop with Miguel Angel Zotto (what a dancer), went to his indoor (fantastic) show. Maybe because I was sitting there free minded, or because La Boca touches you deep with joy and colours, or just because of the combination of music, words and dance, or even something else that I don´t know to explain. The true is that smashed me inside with its penetrating music, the strong words and that sensual and brutally esphingic mood they use dancing. I left the show deeply in love, strongly passioned with the people, the city, the country. As a consequence I wrote in my brain the text below, that you can hear in the movie by the words of my argentininininan friend Leonardo Machado. Moreover, I thaught that I would make a movie mixing the city with the trilogy (music, dance and poetry) of tango. Today, La Boca, com Amelia Baltar singing a Piazzola Tango, Ballad for a Crazy Man, that somehow I think could be me. Listen to the words and know why.

The text in my brain:

“Carlos Gardel imortalized Tango giving it na universal expression that can be listened in any place of the planet, who knows, in the future even in the whole universe. However, to really appreciate Tango, in its essence, can’t be felt only in the music that you listen to, or in the dance that you see, not even in the combination of this two artistic forms. NO. Truly, to take advantage of Tango, its necessary to feel your body shaking and your heart stumble, because of the life within. And its only in that sense that hears can listen or the eyes can see and the soul can take its deep meaning.

Tangos, is then the art of life, expressing in a cool mood the sadness and the happiness, the melancholia or joy that are part of the way of any human being. That´s why, to take the flavour of Tango its necessary to dive into the place where it was born, surrounded by the people that give it the soul. In la Boca, in Buenos Aires, in Argentina with “Porteños.”

Puro Tango - Healthy Madness from nunocruz on Vimeo.

Nunca tinha sido um grande fã do tango. Conhecia algumas coisa de que gostei (Astor Piazolla, Gotan Project), mas nunca me apegava muito para além de 2 ou 3 músicas. Até que entrei em La Boca, vi um workshop de rua do Miguel Angel Zotto (que dançarino) que me levou à sua estreia mundial em casa de espectáculo. Talvez, porque estava ali, porque La Boca nos toca bem no fundo pela sua beleza e alegria colorida, ou pela combinação de música, palavra e dança ou ainda por outra coisa qualquer que não sei explicar. O certo é que me bateu profundamente cá dentro, através da sua musica penetrante, das letras que tanto encerram e desse modo sedutor brutalmente esfíngico que eles põem na dança. Saí dali estarrecido, sentindo com mais força a paixão que começara a sentir desde que chegara, adorando o povo, a cidade e o país. Num ímpeto súbito escrevi na minha cabeça o texto apresentado abaixo, que no diaporama de hoje vem lida pelo meu argentinissimo amigo Leonardo Machado. Pensei também, ali, que havia de mostrar Buenos Aires misturando as suas cores com a triologia do tango (musica, dança e poesia). Hoje em La Boca, com Amelita Baltar cantando um tema de Piazolla, Balada para un Loco, que de algum modo sinto que poderia ser eu (o Loco). Prestem atenção na palavra e percebam porquê

O texto que ficou no meu miolo:

“Carlos Gardel imortalizou o tango dando-lhe uma expressão universal, podendo ser escutado em qualquer lugar do planeta, e quiçá, no futuro, até do universo. No entanto, o tango para ser apreciado na sua essencia não pode assentar apenas na dança que se vê e na música que se ouve, nem tão pouco na combinação destas duas formas artisticas. Não. Verdadeiramente, para saborear o tango é necessário sentir o corpo a arrepiar e o coração a estremecer, pela representação da vida que ele traz consigo. E é através desse palpitar que os olhos podem ver, os ouvidos podem escutar e a alma pode absorver o seu mais intrínseco significado

O tango é assim uma arte que traduz a vida, expressando com serenidade a tristeza, a alegria, a vivacidade ou a melancolia, que fazem parte dos percursos de qualquer ser humano. Por isso, para saborear o Tango, é necessário mergulhar no sítio onde ele nasceu, rodeado pelas gentes que são a sua alma. Em La Boca, em Buenos Aires, na Argentina… com os Porteños”

sábado, 26 de março de 2011

Puro Tango

Buenos Aires, Saturday, 6:00 A.M.

We had just landed in Buenos Aires, after a huge time flying and dragging in airports, but surely happy because an adventure was about to begin. We cross customs, went to exchange bureau and find out a cab to take us to thehotel we had booked a couple of weeks before: Santelmo Tango Suites, in Santelmo, Buenos Aires.

As soon we arrived there, we got surprised by a colourful and live place, and by the presence of some of the people that characterize better the Passion of Argentinians: Carlos Gardel, Evita Peron, Astor Piazolla, Diego Maradona and Che Guevara, leaving an excelent prespective of the emotion and joy that hardly can be found in another place in the world (at least the world i know), always supported by the Tango that you can feel in the air since the very beggining.

And so, after a rich breakfast, forgeeting all about the tired journey we had been through, we hit the road (with Escenas Argentinas by Javier Girotto) and moved throughout the day until after midnight when we finally felt asleep with the soul deeply Argentinian.

And that was the fisrt day of a magnificent adventure.

Buenos Aires, Sábado 6:00 da manhã

Aterramos em Buenos Aires depois de um montão de horas de voos e aeroportos e sonos entrecortados e mal dormidos. Que importa isso, no entanto, quando se antevê o cheirinho da aventura. Com uma felicidade mal contida atravessamos as formalidades de alfandega, seguimos para os cambios e tratamos de arranjar um taxi para descarregar "a tralha" no hotel que umas semanas antes haviamos marcado via internet: Santelmo Tango Suites, no bairro de Santelmo.

Ali chegados, fomos surpreendidos por um romantissimo hotel, de cores vivas e variadas, por onde passeavam algumas das figuras que mais traduzem a paixão argentina: Carlos Gardel, Evita Peron, Astor Piazolla, Diego Maradona e Che Guevara, constituindo um excelente prenuncio para a descoberta de uma cidade e de um povo que emanam uma emoção e alegria ímpar no mundo (pelo menos no mundo que eu já tive oportunidade de conhecer), sempre enlevada pelo Tango que se sente no ar, desde o primeiro momento.

Por isso, depois de um riquissimo pequeno almoço, esquecendo por completo o cansaço da viagem, pusemos o pé na estrada (com Escenas Argentinas de Javier Girotto) e rolamos dia fora, caindo finalmente para o merecido descanso, já depois da meia-noite, com a alma profundamente "argentina".

E esse foi o primeiro dia de uma empolgante aventura.