Cadiz, Spain
And suddenly, the feared East wind came up, with an incredible strength and a willing to stay, stopping our journey. It became impossible to face it and cross the Strait of Gibraltar. No way. Some years ago we had tried this and we sailed for hours without moving a inch until the boat start crying making us to go back to nearest harbour with some damage to fix.
As everything in life we have to know when got to be patient or even to give up. And so we stayed for 1, 2, 3 days, somehow going impatient, until we knew that was time to go back aborting destination Gibraltar.
Visiting a city coming from off shore is not the same thing as if you arrive by land. This time i understood the sailor and pirate soul of the city, erected by people that are arriving and departing all the time. And that cooled down my nervous soul, maybe teaching me something useful for the desperating times that are arriving to our lives.
As Kipling once said: May i have the courage to fight the things i can, accept the things i don´t, and wisdom to distinguish the difference.
With a kiss and a hug , and again with Muse as guiding light, i leave you the white beauty of Cadiz.
E de repente levantou-se o Levante, com uma força gigantesca e com vontade de ficar, impedindo-nos de prosseguir viagem. Impossível atravessar o estreito de Gibraltar com ele a "bufar". Não deixa espaço para fugir. Há uns anos atrás tiveramos a mesma experiencia, em que tentamos enfrentá-lo e andamos horas a navegar sem sair do sitio até que o mastro rangeu, a vela rompeu e tivemos que voltar para trás. Como em tudo na vida há que saber ter paciência para esperar que os maus ventos passem, para depois nos fazermos ao mar. Ficamos 1, 2, 3 dias, com algum nervo à mistura que esperar em terra quando se quer ir para o mar traz um pouco de desespero, até que percebemos que já não havia tempo para ir e voltar, abortando o destino Gibraltar. Por vezes é preciso virar a rota, e foi o que fizemos.
Ver uma cidade com chegada pelo mar dá uma perspectiva diferente, uma sensação diferente e nturalmente sente-se uma alma diferente. Para mim foi assim com Cadiz. Entendi a cidade pela sua alma de marujos, de piratas, enfim de gente que chega e parte a todo o momento. Senti-a desse modo, e isso afagou-me a alma nervosa por aquela espera que terminou em meia volta. Aprendi algo nesses dias, que talvez sirva para me dar sapiência para os tempos deprimentemente difíceis que aí vem. A capacidade para lutar por aquilo que posso, a serenidade para aceitar aquilo que não posso e a sabedoria para distinguir a diferença, tal como dizia Kipling.
Com um beijo e um abraço, novamente com os Muse (as guiding light), deixo-vos com a beleza alva de Cadiz.