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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

a WHEREVER LOVE - Freeing the Soul

Gorongosa, Mozambique

I always loved the wild and the nature with no signs of civilization. It makes me feel free and safe. There isn't anyone with instructions to give, paths to point out, tasks to be executed, taxes to pay back and nothing in return to wait for. I think quite often why we were born free, but as soon as we get our head outside, chains start to be installed in a row.

With that state of mind, i went to Gorongosa, to free myself from all the fears that want to take over in my life, that Gorongosa offer to me by the memories of others and conquered by myself in previous stays. Just chasing for a life filled of a tasteful today, absolutely naked of any sense of tomorrow. With Love & Friends. With Latché Swing (Sweet Georgia Brown), José Konda (Golgotha) and Athuzela Brown (you are my Mansion).  

Merry Christmas and a life free of chains, to you all

a WHEREVER LOVE - Freeing the Soul from nunocruz on Vimeo.

Sempre adorei o estado selvagem, a natureza pura e dura. Faz-me sentir livre e seguro. Não está ninguém por detrás da porta com instruções para dar, caminhos para apontar, tarefas para executar, impostos para largar, taxas para deixar e nada em troca para receber. Penso montes de vezes porque é que nascemos sem amarras, mas mal saimos cá para fora, as grilhetas sucedem-se sucessivamente sem cessar. 

Nesse estado de alma, fui libertar-me de todos os "tremores" que me assolam a vida para essa imensa Gorongosa de memórias, primeiro deixadas por outros nas partes livres do meu cérebro, depois crescidas em mim em passagens anteriores, Em busca de segundos de vida plena no agora, e absolutamente despidas de qualquer senso de amanhã, com Amor & Amigos, com Latché Swing (Sweet Georgia Brown), José Konda (Golgotha) e Athuzela Brown (you are my Mansion). 

Bom Natal e uma vida livre de grilhetas para todos 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

a WHEREVER LOVE - Carpe Diem

Quelimane, Mozambique

And bike just keep going furiously on. Only now i know how to keep in equilibrium. I look back, to the beginning of this adventure, and i really don't know where it started. Back to the times before Troika, when a crescent mass of people that live on the effort of a decrescent mass of productive people. It sunk my beloved competency and life got tough. And as so, we just have to abandon those routines that insidiously addict you and we jumped to an uncertain tomorrow (will not be always uncertain, the tomorrow?), deeply changing our horzons, our lives, our smiles.

It was not to here that i taught i would come, not at all. But it was to here that life brought me, and it is here where i am. I´m more and more convinced that we don't avoid, refuse or escape life. It is simply to be tastefully lived, moment by moment, with all the things "she" brings along. Come with me to Quelimane and its Praia Zalala (Mozambique), and spend a short break among friends, and with Start Again by Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com).

Kisses and hugs

a WHEREVER LOVE - Carpe Diem from nunocruz on Vimeo.

E não é que a biciclete continua a rolar à mesma velocidade estonteante. Só que agora eu não me desequilibro, sei como manter o control. Olho para trás, para o inicio desta aventura, e já nem sei bem onde ela começa exatamente. Lá para trás, para trás dos tempos da troika, quando uma horda crescente de gente que vive sem fazer nada, em cima duma massa decrescente de gente que produz. Afogou-se-me a amada competência e a vida endureceu. E assim, saímos do conforto com que as rotinas insidiosamente nos viciam, e mandamo-nos para a incógnita de um amanhã incerto (mas não será o amanhã sempre incerto?), rejuvenescendo e revolucionando os nossos horizontes (individuais e de grupo), a nossa vida, o nosso sorriso. 

Não foi para aqui que me pareceu que a vida vinha, não de todo, mas foi para aqui que ela me trouxe, e é aqui que me encontro. Cada vez tenho mais essa certeza que a vida não se evita, não se torneia, não se finta. Vive-se, saboreando-a com aquilo com que ela se nos apresenta. Um momento desses , em Quelimane e na praia Zalala (Moçambique), vivido num intervalo de trabalho no meio de toda esta correria. Sabe bem ouvir neste ambiente, as palavras cantadas de Start Again de Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com).

Beijos e abraços

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

a WHEREVER LOVE - Happy drops within dark clouds

Savane, Mozambique

The bike hasn’t stop rolling after all. Not at all. The glance of water world (last movie) was not more than a quick glance given by a drop that smashed into my crazy uncontrolled path. A happy drop within the dark cloud I am in. 
But the thoughness of the way is still there, has it was before. Only now, I have a glance of how to get the necessary balance, which has been always there, although I could not see it. Truly, I start to understand that within this dark horizons there are millions of loose drops filled with colour, happiness and balance that you only have to catch. And every time I bump into one, it splashs around colouring all the picture where I am standing.

With surprise I understand that balance is not in the bike but in myself. The bike doesn´t fall by itself. It is me in my inability that create the instability. In fact, it is enough to deviate the look from the ground, from the wheel, from the bike, towards the horizon to have a good look of those millions of drops and everything get balanced. This time I bump into the life of Mozambican fishermen dancing for me in their labour with the music Everything Already de Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com).

Kisses & hugs


a WHEREVER LOVE - Happy drops within dark clouds from nunocruz on Vimeo.

A bicicleta afinal não parou de rolar, à mesma incrível velocidade. A vida subaquática (do ultimo filme) não passou de um vislumbre que me chegou de uma gota que esbarrou na minha trajetória louca de movimento descontrolado. Uma gota de felicidade perdida no meio do horizonte confuso em que me encontro.
A dificuldade do caminho está lá toda intacta, nada mudou, apenas conquistei uma forma de equilíbrio que esteve lá todo tempo, mas que eu não tinha conseguido enxergar. Na verdade, começo a aperceber-me que no meio do horizonte mais negro existem gotas coloridas carregadas de coisas boas em movimentos aleatórios. Estão lá, só temos que as agarrar. E de cada vez que cada uma esbarra comigo transmite toda a sua côr, alegria, felicidade e equilibrio ao quadro em que me encontro. Com surpresa acabo por perceber que o equilíbrio em cima da bicicleta naquela correria louca é possível e não está na bicicleta, mas em mim próprio. A bicicleta não cai sozinha, sou eu que torno o equilíbrio precário com a minha azelhice. Mas basta desviar o olhar da bicicleta, do guiador, do terreno que desliza sob “nós”, para o horizonte onde planam milhares dessas gotas, e tudo se equilibra. Como num navio em mar revolto, tudo abana, mas o horizonte não. Está lá, estável servindo de ponto de equilíbrio. Instintivamente, tiro os olhos do chão em que rolo e apanho no ar outra gota que me pinta o cenário novamente da cor que me faz falta. Desta vez, mergulho na vida dos pescadores de moçambique que na sua labuta dançam para mim ao sabor do mar e da musica Everything Already de Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com). 

beijos & abraços

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

a WHEREVER LOVE - a Heaven on Earth

Reefs of Vilankulos (Mozambique)

The Bicycle starts speeding and speeding. The rythm goes up, the feet loose the pedals and you go towrds your limit equilibrium. First the physical, then the spiritual, then the emotional. Byke keeps speeding up and my control is merely two hands firmly on the wheel. The legs strechting the body back. God Help me cause i´m going to squash my self into de ground.

Amazingly, i keep up in equilibrium, thanks to the instict. But then it speeds up again and i loose in definitve the control and... GOD HEEEEEEEEEEEEEEEEEEELP ME...sink myself below the waterline of Indic Ocean.

SPLAAAASH

All of a sudden, all that turbulence stops by a touch of magic, and here i am smoothly sliding in a world of other colour and other "artists", a world i thaught it was forbidden for me due to my organic limitations, But that is true for diving, not for snorkling. God really heard me. and gave my a gift for being there. Stop the fall and abandoned me in the gardens of Even. A messenger comes sliding through and leaves me with a camera, filling my soul. Without stopping is movement he whispers to my hears
" Don´t think in anything else Take the best of it."

An that's what i did. It gave me breath, fill me up with energy, that snorkling around in the reefs of Bazaruto, Magarruque and Benguerra (Mozambique) sliding with the sound of Overlooking Eternity by ANIMA (animassound.bandcamp.com/track/overlooking-eternity).

My soul has now a bit more of that sea of my adventures in Tailwind and Creoula, this time the world below the water line. Instintively i foresee a counter-weight for all the toughness of that adventure i´m involved with.



a WHEREVER LOVE - an Even on Earth from nunocruz on Vimeo.

A bicicleta começa a ganhar vida, rolando cada vez mais depressa. O ritmo acelera e os pés perdem os pedais, encosta-se nos limites, primeiro do fisico e depois, por arrasto, do espiritual e do emocional, E a bikla continua a acelerar, deixando o meu controlo reduzido a um par de mãos firmemente agarrado no guiador, com as pernas a esticar o corpo para trás, esvoaçando ao vento. Deus me ajude que eu vou-me espalhar.
Incrivelmente embora desgovernado, com o instinto vou conseguindo o equilibrio, mas o movimento acelera ainda outra vez e como numa montanha russa que acelera repentinamente perco definitivamente o equilibrio e... AI DEUS ME AJUUUUUUUUUUUUUDE!... espalho-me com estrondo na linha de água do Oceano Indico

SPLASH

De repente, todo aquele frenesim pára, como que por encanto, e eis-me placidamente deslizando por um mundo de outra cor e de outros "artistas". Um mundo que me julguei vedado, pelas minhas limitações orgânicas. Não posso mergulhar... mas snorkling posso. Deus Ajudou-me, parou aquilo, e deu-me uma prenda por ter chegado ali. E deu-me um descanso profundo, ainda que soubesse que aquele era simplesmente um pit-stop. Um mensageiro chega e deixa-me uma máquina fotográfica estanque na mão, como que dizendo...
 "Aproveita o máximo deste presente onde deslizas". 

Foi o que fiz. E deu-me folêgo, encheu-me de energia, esse descanso sub-aquático, snorkling around ao largo de Vilankulos nos recifes das ilhas de Bazaruto, Magarruque e Benguerra (Moçambique) deslizando ao som de Overlooking Eternity dos Anima (animassound.bandcamp.com/track/overlooking-eternity). Ganho para a minha essência um pouco mais daquele mar das minhas aventuras no Tailwind e no Creoula que são hoje profundamente alma minha. Desta vez, abaixo da linha de água.

Instintivamente antevejo um contraponto a toda a turbulencia e dureza da aventura em que estou metido.