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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

There, where the land is swallowed by the sea

Islas Cies, Spain

Sometimes we deeply need a new start. The world that we can understand from the ugly wounds that cover our skin, just show that it is simply not possible to correct paths to keep our past. We desperatly need to re-create, re-invent our future. Washed in tears thinking about what was lost, or simply smiling by the chance of being alive and healthy to go after a new start. And believe me, for your well being,  it doesn´t matter what we have done. Only what we are able to do and to dream.
I'm sending you a christmas movie from There, where the land is swallowed by the sea (Cies islands), wishing you have the capacity of filling your head with new dreams of a better and peaceful world.

Lots of dreams in 2015 with 
"Our Story (intro)" by melodysheep (http://melodysheep.bandcamp.com/), 
"Together" by Au fond du car (http://www.myspace.com/aufondducar) 
"Vivid Nights" by Wooden Ambulance (http://www.facebook.com/wooden.ambulance), 
"Ellyn's Melody" by Ending Satellites (http://endingsatellites.com)



There, where the land is swallowed by the sea from nunocruz on Vimeo.

Por vezes, percebemos o quanto necessitamos de um novo começo. Quando adivinhamos o sentido do mundo em que vivemos por entre as fistulas e o pús que evidenciam a podridão que lá vai dentro, sabemos que isso não vai lá com uma cosmética que nos permita continuar um passado. Temos mesmo que inventar um futuro que ainda não foi sonhado. Lavados em lágrimas por causa do que se perdeu ou sorrindo com a oportunidade de poder sonhar um novo começo. E acreditem, para o próprio bem-estar, importa pouco o que já fizemos, apenas aquilo que somos capazes de sonhar. Por isso deixo aqui este postal animado (Lá, onde a terra é engolida pelo mar) com os votos de que subsista o desejo de sonhar na vossa alma e, que juntos, sejamos capazes de encarar essa empreitada de contribuir para um mundo onde todos possamos viver equilibradamente em paz uns com os outros.

Montes de sonhos para todos em 2015, com
"Our Story (intro)" by melodysheep (http://melodysheep.bandcamp.com/), 
"Together" by Au fond du car (http://www.myspace.com/aufondducar) 
"Vivid Nights" by Wooden Ambulance (http://www.facebook.com/wooden.ambulance), 
"Ellyn's Melody" by Ending Satellites (http://endingsatellites.com)

sábado, 8 de novembro de 2014

BEATUTIES OF THE LESS KNOWN - Faro

Faro

I look out of my window to that Algarve that took my heart. The Algarve, not Allgarve. I smile and give  my hand to that lovely human being, With love and with passion. I let her to drag me through that city hidden by the noise of tourism. Everybody land in Faro, everybody leave without sensng it. Yet, it has everything to shine your days. It seems there is no beach, and yet it has the Ria Formosa that envolves the city and provides the most beautiful way to get there, From the whole Algarve. I recommend at least one go and one come back

And then it gives you the defense wall that hidden lovely quarters, and the tasteful shopping street which ends in that overwhelming down town. And it has the Priest Street, that ironically is called the Crime Street. And all that white that invades your eyes and your heart.

I cross it, I penetrate it. pulled by my own heart. Deep words  slide into my brain from that voice  (Jorge Palma - Deixa-me Rir,  Dá-me Lume) that echoed within those walls, many time before its spread on the radio. And i bring from my home someone from my soul (Pedro Abrunhosa - Quem Me Leva os Meus Fantasmas). I melt the life and the attitude of the North with the South. I get richer

I look out of my window to that Algarve, hidden by the ALLgarve. And again i smile feeling the beauty of the less known


BEAUTIES OF THE LESS KNOWN - Faro from nunocruz on Vimeo.

Espreito da minha janela o Algarve que me resgatou o coração. O Algarve, não o Allgarve. Sorrio e dou-lhe a mão, a ela, doce criatura.  Com calor, com amor, com paixão. Deixo-me arrastar deliciado por essa cidade escondida nos escombros da orda de turismo. Todos cá chegam, todos partem sem a ver. E no entanto... no entanto tem todo o condimento de cidade identitária de uma região, Envolvida pela ria a cidade Parece que não ter praia... mas tem a ria que a envolve dá-lhe forma mais bonita de lá chegar. De todo o Algarve. Recomendo esse acesso fluvial. Pelo menos uma ida e uma volta.

E depois, tem a muralha que esconde deliciosos recantos. E tem a rua das lojas, a de Sto. António, saborosa e prazenteira, que desagua no coreto e naquela baixa tão doce. E tem a rua do Prior, que por ironia se baptiza de rua do Crime, e todas aquela ruelas que emanam dela e desaguam umas nas outras. E toda aquela alvura repintada. E tem agora um novo passeio envolvendo a ria. Tem tudo para iluminar o dia.

Calcorreio-a, penetro-a, devasso-a, levado pelo coração.
Ecoam-me as palavras fundas desse trovador (Jorge Palma - Deixa-me Rir,  Dá-me Lume) cuja voz deslizou livre por aquelas esquinas muito antes de ecoar pelos microfones da radio. Junto-lhe uma voz da minha terra que trago no bolso (Pedro Abrunhosa - Quem Me Leva os Meus Fantasmas). Misturo a vida, misturo a atitude, do Norte e do Sul. Enriqueço.

Espreito de novo a minha janela do Algarve, aquela que o ALLGarve ofusca. E de novo sorrio sentindo a beleza do "pouco conhecido" que tem sempre mais surpresas para revelar

sábado, 1 de novembro de 2014

THE GREAT DIDAS - Life is a miracle

I have a friend, a special friend, the Great Didas Geologist.
Be born is always a miracle, a coincidence, but Didas saw, felt and incoporated that miracle in his instincts, due to the fragility  he lived when the flashlight crossed is mother and pull him out to our living world. As so, Didas cares little about tomorrow, live every moment with a unique pleasure, in every breath feels the air that crosses him, melt gently with the nature around, tastes calmly and completely the hearts that touch him. Doesn't feel the tomorrow, doesn't want tomorrows upseting todays, forcing him to lose those flavours those pleasures. He just need simple and basic things.

Everytime i meet him, he get me a smile on my face, give me back my well being, clean complication off my head and give me back the pleasure of every breath. I pleasantly invey him, and my soul is looking for him everytime to drink those kind of moments. Come along with me, following him to  two of the best geologic beaches of our Portugal and probably of the world (at least the world i know): Praia de Vale da Figueira e Praia da Carriagem in Western Algarve. The music (Fleet Foxes), he chooses, naturally.



DIDAS, THE GEOLOGIST - Amazing Portuguese Beaches from nunocruz on Vimeo.

Tenho um amigo especial, o grande Didas Geólogo. 
Nascer é sempre um milagre, uma coincidência, mas o Didas viu, sentiu e incorporou isso no instinto, pela periclitância que atravessou no momento em que o rasgão de luz atravessou a mãe e o puxou cá para fora. Vai daí, o Didas, preocupa-se pouco com o amanhã, vive cada momento com um prazer único, em cada respiro sente e saboreia o ar que o percorre, envolve-se gentilmente com a natureza que se lhe entrega submissa, disfruta pausada e completamente dos corações que o envolvem. Não sente o amanhã, não quer amanhãs que lhe perturbem o hoje, que o forcem a perder esses sabores e esses prazeres, não deseja o que não precisa. E o que precisa são sempre coisas simples.

Sempre que o encontro, arranca-me um sorriso, devolve-me o bem estar, descomplica-me a cabeça, e devolve-me o prazer de sentir profundamente o ar que respiro nessa cadencia interminável. Invejo-o saudavelmente. Por isso, a minha alma procura-o com frequência para se deixar levar nesse beber dos momentos. Venha daí comigo e com ele visitar duas das mais belas praias geológicas do nosso Portugal, e talvez do mundo inteiro (pelo menos do que eu conheço): a Praia de Vale da Figueira e a Praia da Carriagem no Algarve ocidental. Com a musica que traz dentro dele (Fleet Foxes)

domingo, 28 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Live on your dreams

Palma - Barcelona

And when everything seems to be lost, one day you will see the light shining on and you will know you have conquered it. We did it. But… what´s next?
We did it. I tis done. Some will exagerete the success. Others will try to diminuish the thing. The fucking markets will labbel a price (when this is the case) in your fronthead. But really, really it really doesn’t matter, because we were the ones that did the walk, that enjoyed and stumble along the track, gaining new departs for other dreams and knowledge for other ways that will come. And the claps, and fireworks in the kingdom, and the envys and the flattering, and all that “harmonic” social cocktail that always bursts out in these kind of occasions, that will not sum or subtract anything to the real achievement. Not at all. It has been our dream. Not theirs. 

Only you can correctly evaluate your path, no one else.

Furthermore, the dream does not usually end when it is conquered. Most part of the times the ultimate dream is to keep it, ever after. If we can do it, we will have that fantastic thing of living the dream while dreaming. If not, the true value of the conquest vanishes with the time roll.


I slide with this feelings within the last journey of the UIM story, that take us to Barcelona. With the immortal Freddy Mercury, first with Queen (Bohemian Raphsody), then with Monserrat Caballé (the unavoidable Barcelona)



THE WALK OF LIFE - ...and be free from nunocruz on Vimeo.

E finalmente, temo-lo ali à mão. Incontornável. Só uma fatalidade nos impede de o conquistar. Conseguimos. Mas… e depois?
Conseguimos, está conseguido. Os outros valorizarão o feito, uns mais, outros menos, inflacionando ou reduzindo o seu efeito. Pouco importa, no entanto e realmente, porque o caminho fizemo-lo nós, na alegria e na dificuldade, tirando dele partidas para outros sonhos e ensinamentos para outros espinhos. E as palmas, e os foguetes, e as invejas e as bajulações, enfim todo esse cocktail de hormonas social que irrompe nessas alturas, e os títulos que se ganharam ou aqueles que se deviam e alguém sonegou, isso não tira nem põe nada na questão. Pelo contrário. O sonho é nosso, não é deles.  Para além disso, o sonho nem sempre acaba quando se o conquista. Muitas vezes reside no saber mantê-lo, depois. Se o soubermos fazer, usufruímos dessa coisa fantástica de viver o sonho enquanto se sonha. Se não o soubermos, o valor da conquista desvanece-se no tempo até desaparecer.

Só o próprio pode atribuir o verdadeiro valor do feito (se o souber fazer de uma forma honesta e lúcida) e só o próprio pode dizer quando acabou. Mais ninguém. 

Deslizo com esses sentidos pensamentos pela última etapa da viagem UIM, que nos leva a Barcelona. Com o grande Freddy Mercury por companhia, primeiro com os Queen (Bohemian Raphsody) depois com Monserrat Caballé (inevitavelmente…Barcelona)

Boa vida para vocês todos, Creoulinhas & Creoulões, Buena Vida para usteds todos. 

sábado, 20 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Don't Give Up

Palma – Soller – Port de Soller
You dream, you learn, you love with passion your way, but the track of adventure is not empty of disadventure (otherwise it wouldn’ be na adventure). And then, when the horizon seems  not to be achievable, the willing of give up comes up. Sometimes with the realism that in those circumstances it is not possible, other times with the pessimism that the lack of self-confidence brings along or others with the lack of that naïf optimism that makes possible the impossible. In fact, i think that the commitments of every life are those that we were capable of not giving up. And most part of the times, it is enough to step aside, feel the pleasure and the love of the way without concentrating to much in the horizon, gaining the strength to proceed.
I reflect on this through the fantastic history of Soller and its impossible train (Ferrocarril de Soller) through the frightening Tramuntana (the difficult and amazing Mountains of Mallorca) that took them out of isolation and open the doors of development. The unbeatable will of the Soller people terminated with that isolation transforming the one day difficult journey in a smooth 2 hours trip (today only one hour), widening the possibilities of both the rich industry and the tourism. Amazed with that history, I stepped aside of the Creoula saga and lived the adventure of that train, with the old theme of Peter Gabriel (Don´t give up), which have a fantastic reality within our days (pay attention to the lyrics of the song) and a deep message to resist to give ups.
Rudyard Kipling said one day…  
God grant me the serenity to accept the things I cannot change, courage to change the things I can, and wisdom to know the difference.
Kisses and hugs. See ya next week


THE WALK OF LIFE - Don´t give up from nunocruz on Vimeo.

Sonha-se, aprende-se, ama-se com paixão, mas o caminho da aventura não é isento de desventuras (senão também a aventura não teria gosto algum), mais ou menos difíceis de ultrapassar. E aí, quando o horizonte parece inalcançável e a descrença sobrevive, vem a vontade de deixar cair a coisa, de abdicar do horizonte em favor de uma coisa mais confortável. Umas vezes com o realismo de quem entende que aquele percurso, naquelas circunstâncias, é impossível de alcançar, outras com o pessimismo que a falta de crença e de autoconfiança trazem, outras ainda pela falta de um ingénuo optimismo que transforma o impossível em possível . Na realidade, tenho para mim que os cometimentos da vida de cada um são aqueles de que não se desistiu. E muitas vezes basta dar um passo ao lado e sentir o prazer e o amor que existem no caminho sem concentrar demasiado no alcançar do horizonte, ganhando  a força necessária para o prosseguir.
Reflicto nisto a propósito da história das gentes de Soller e do seu “inviável” Ferrocarril (até Palma de Mallorca) que os tirou do isolamento e abriu as portas ao desenvolvimento da industria e do turismo de uma belissima zona entalada no meio da temível Tramuntana, que todos diziam demasiado para levar a bom porto. A vontade férrea das gentes de Soller, no entanto, acabaria  com o esse isolamento transformando um sinuoso trajecto que demorava cerca de um dia a fazer numa viagem de um par de horas (hoje em dia, cerca de uma hora). Encantado pela sua história, abandonei por um dia a saga do Creoula e fiz-me ao caminho, acompanhada de um velho tema de Peter Gabriel (Don´t Give Up) que tem uma actualidade assombrosa nos nossos dias (prestem atenção à letra da música) e uma mensagem profunda sobre a capacidade de resistir à desistência). Rudyard Kipling disse um dia…
Deus me dê a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para distinguir a diferença

Beijos e abraços

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Learn & Love

Ceuta - Formentera - Mallorca
4,5 days on board. 2 days on shore

Ok. Dreaming is easy, is just to let our imagination free, after all the pulse of the human brain. But the act of dreaming doesn’t end up (at least commonly) in the image we have just created within our souls. Not at all. Dreaming gives you a dynamic movement of the body and mind that push us forward, to go after those dreamed dreams. For that, we have to put our feet on the ground, without losing the dream, get all of it, learn the knowledge we need to conquer it and love everybody and everything that crosses our way, with whom we will share paths, revolutions and happinesses. To the initial uncertainties, proper of those that start a walk, there will be lighthouses that will show the obstacles of the way. Later, we will be lighthouses for those who dare to dream after us. And step by step, we will build something that as worth to live and taste, even if the final goal is not achievable. As I said in last chapter, is in the way that one may find the happiness, not in the horizon. Horizons just work for opening a way.
And so, defeating our fears, with both body and brain used to the sweet balance of the Creoula in Mediterranian waters, we moved to Palma de Maiorca, in our way to Barcelona, tasting deeply the way, learning and loving the oceans and all the people that travel together with us. The sailors and their commanders with their discipline and  marked hierarchy, the students and their permanent rebel state, cadets of the naval school (for me those who have the most difficult task since they are in students age but under a strong discipline), and finally the tutors that have to put in position of those that know nothing and learn from the beginning. All together,  guaranteeing the movement of Creoula, learning what has to be learned and loving the path. 4,5 days living on board followed by feet on shore again on a tour around Palma de Maiorca, evolved by the magic words of Fool’s Overture (Supertramp) because we all have to be a bit crazy, Uprising (Muse) because every generation always have to promote mind revolution,  The Ripe & Ruin and Something Good (Alt-J), because everything has always a good and a bad size (we only have to look were e want). Hope you like it
Kisses and hugs and see you next week.


THE WALK OF LIFE - Learn and Love from nunocruz on Vimeo.

4,5 dias a bordo. 2 dias em terra

Pois é. Sonhar é facil, é dar livre arbitrio à imaginação, afinal o pulsar do cérebro humano. Mas o acto de sonhar não se esgota (pelo menos normalmente) na imagem que criamos na cabeça. Não pode, de todo. O sonho cria um dinamismo físico e espiritual que nos impele para a frente, em busca desses sonhos, em direcção ao horizonte sonhado. Temos pois de pôr os pés no chão e, sem nunca perder de vista o sonho, apreende-lo, aprender o conhecimento que temos de incorporar para poder persegui-lo e darmo-nos ao amor pelas pessoas e suas coisas que seguem um caminho paralelo com o nosso, com quem compartilharemos trajectórias, revoluções e felicidades.  Á titubeancia inicial, própria de quem segue um trajecto por trilhar, surgirão  faróis que iluminam o caminho e nos mostram os escolhos. Nós próprios, mais tarde, seremos também um farol para esses alguéns que se lançaram nos sonhos. E passo a passo, construiremos algo porque valeu a pena correr, mesmo que o fim seja inalcançável, inatingível. Como disse antes (no capitulo anterior), é no caminho que estão as alegrias, os empolgamentos, a felicidade. Não no final, que esse serve apenas para marcar um caminho. Tal e qual.
E assim, vencidos os medos, já com o corpo e a mente bem habituados ao suave balançar do Creoula em águas mediterrânicas, lá disparamos em direcção a Palma de Maiorca, no nosso caminho para Barcelona, saboreando intensamente o caminho, aprendendo e amando o mar, o Creoula e todos os nossos parceiros de viagem. Os militares (comando e guarnição) com a sua disciplina e hierarquia marcada, os instruendos rebeldes, irreverentes e irrequietos, os cadetes e a sua vida mista (eu diria que a mais difícil de todas) que tem de combinar o sonho com a disciplina, e finalmente os tutores (em que orgulhosamente me incluo) que se tem de pôr na posição de quem nada sabe. Todos juntos, garantindo a marcha continua do Creoula, aprendendo o que há para aprender sobre o mar e, em amor genuíno, saboreando as felicidades que o trajecto nos traz. 4,5 dias seguidos de vida a bordo, nos tais 85m de comprimento, seguidos de uma volta com os pés em terra pela ilha de Mallorca, embalados pelas mensagens inscritas em Fool’s Overture (Supertramp) que de louco todos nós temos de ter um pouco, em Uprising (Muse) porque cada geração tem de revolucionar mentalidades, The Ripe & Ruin e Something Good (Alt-J), porque todas as coisas tem sempre um lado bom e outro mau (apenas temos de olhar para o que queremos).

Beijos e abraços e até para a semana

terça-feira, 9 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Dream

Lisboa – Ceuta.
3 days on board + 7 hours in Ceuta
I look the ocean once more, knowing that since my last UIM adventure the I will never look into it the same way. I see far beyond that pleasant blue surface that matches well in every landscape and gives you a wide sort of near-shore activities. No. I see the ocean in its whole influence on the sustainability of the planet, the geopolitics, the energy, the geology, the (animal, vegetal and mineral) resources. I dive into it melting with its waters, being within.
Fantastic that idea of claiming for the universitarian attention to the oceans, appealing to their sense of adventure, by taking them through the ocean while combining Knowledge, Adventure, Love, Frienship. The training ship Creoula (Portuguese Navy) gives a tasteful romantic touch which is impossible to deny.  
Some get into this adventure as a consequence of a delirious moment. Other come because they saw it in a flier and they dreamt about something they cannot explain. Others, just because of that instinctive sense of adventure that flows through their veins.  And some, just from a joke played by their relatives. At the end, no one really thought a big deal about it. And so, when you step in the Creoula’s deck, a iced sensation invades your body and mind, frightened by the worry of not being skilled for that adventure.    
But it has been working pretty well, because the population is in the age of dreaming and willing to learn how the dream commands life. Damned will be the generation that couldn’t dream because they will be naked of a soul light and colour. They will never know the happiness of the walk path. Which, in fact, is the happiness itself. Alvaro de Campos said once " Only what we dream means what we really are, because everything we have already done belongs to the world and to everybody. Sharp, i would say.
Dream along with me through this adventure that took us from Lisbon to Barcelona. Today the first (Lisboa to Ceuta) of four Episodes, with the emotional words and music played by Estudantina Universitária de Coimbra (a Tuna which I helped to create and with whom I have had a full basket of adventures), Traçadinho (portuguese typical drink of wine with soda), dreaming with Roger Hodgson (Dreamer) and walking the life with Dire Straits (Walk of Life). See you next week. Hugs. I hope i can make you dream.


The Walk of Life - Dream... from nunocruz on Vimeo.

Lisboa - Ceuta. 3 dias a bordo + 7 horas em Ceuta
Olho o mar, da minha varanda, uma vez mais. Nunca mais o olhei da mesma maneira, depois da ultima aventura UIM. Desde então que o vejo muito para lá daquela superfície azul que encaixa lindamente na paisagem, ou daquele near-shore que me serve umas banhocas ou umas voltitas à vela ou a motor nas redondezas. Desde então, aprendi da sua influencia na sustentabilidade do planeta, da sua determinancia na geopolítica, na energia e nos recursos animais, vegetais e minerais enfim, mergulhei bem fundo e diluí-me nele.
Fantástica ideia essa de chamar a atenção da população universitária (na idade das escolhas) para o mar apelando ao seu espírito de aventura, embarcando-os numas semanas de mar onde se mistura  Conhecimento, Aventura, Amor e Companheirismo. O NTM Creoula dá-lhe um saborosíssimo toque romântico. Impossivel não ceder ao apelo.
Uns (professores e alunos) inscrevem-se nesta aventura fruto dum devaneio, muitas vezes após uma boa noite de copos ou de uma cena em que se impõe mostrar a valentia. Outros porque leram num panfleto e sonharam com algo que nem sabem bem o que é. Outros ainda, têm entranhado no corpo e no espírito a alma da aventura. Quiçá outros, uma partida de uns amigos malandros. No final, ninguém pensou maduramente no assunto. Seguiu (felizmente) apenas um impulso. Por isso, quando se pisa o deck do Creoula com apenas 85m de comprido, invade-nos o corpo e a alma uma sensação gelada do medo de porventura não estar à altura do empreendimento.
Mas funciona sempre. Em pleno, estendendo-se já para além de uma década este empreendimento da Universidade Itinerante do Mar (UIM) a bordo do Creoula. Simplesmente por ser uma aventura que se confunde com as próprias aventuras da vida, numa idade de testar capacidades, de inventar, de ousar um mundo melhor. Enfim, a idade de sonhar e de deixar o sonho comandar a vida. Ai da geração que não sonhe, porque terá despido a sua alma, perdido a sua luz, desbotado a sua cor. Não saberá nunca o que é a felicidade do percurso, que afinal não é mais do que a felicidade em si mesma. Disse um dia um dos nossos escritores (Alvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa) que tudo aquilo que sonhamos é aquilo que realmente somos porque o que já fizemos pertence naturalmente ao mundo e a toda a gente. Nada mais certeiro, diria eu, acho que em nome de grande parte daqueles que ao longo dos anos tem vindo a participar nesta aventura. E quão necessitados não estamos nós todos de sonhos?

Sonhemos então todos juntos neste primeiro (Lisboa - Ceuta) de quatro episódios dessa aventura no Creoula que nos levou de Lisboa a Barcelona, embalados nas palavras e na música da Estudantina Universitária de Coimbra (Traçadinho) (uma Tuna universitária que tive o prazer de ajudar a formar e com quem deambulei aventuras a fio), sonhando ao ritmo de Roger Hodgson (Dreamer), enfim fazendo connosco este passeio de vida com os Dire Straits (Walk of Life). Espero fazê-los sonhar  Para a semana há mais. Abraços

sábado, 21 de junho de 2014

KISSING AFRICA - the side of the other side

Cortegaça, Portugal

And here i was back to my home, that sincerly i don´t know anymore where it is. Silvia was not there waiting for me, she had stayed in there new life in Mozambique. Instead, Cristina, another emigrant (in Colombia)  who was here for a short period of vacations, picked me up. 

A welcome party came up, which is usual among my friends. There is always a good motive for a party. Especially now, that there is always someone close that had to move away. I feel this side also, right now. The side that sees husbands or wifes, or parents, or brothers or sisters or close friends going away, far. The deep missing sensation that cuts our souls, the wave of feelings that drawn us, the big hole that we feel inside, the insecurity of the life, the overload of work that remains for those who stay. Truly, emigrating is experienced by both, who depart or who stay. 

I arrive on that beach house, always ready to let love flow. The Palheiro de Cortegaça that belongs to friends of my cluster. I feel in peace with all those brothers and sisters and sons and daughters, and friends around me, welcoming me back and holding together the sorrow for those that are far. Vitor (who departed sometime ago in the eternal emigrancy) flew into my mind, and made me remember of flower power. And so, Jim Morrison (Road House Blues) and Queen (Bohemian Raphsody) were chosen as the emotional base for the movie.

Hope you like it. The music i´m sure you all like. It is intemporal.

I´ll be seeing you


KISSING AFRICA - The side of the other side from nunocruz on Vimeo.

Pois é assim. Depois de uma catrabanzada de horas de aeroportos e aviões (Blantyre, Joanesburg, Maputo onde por 3-4 horas fui o unico passageiro na sala de embarque, Lisboa) lá aterrei no Porto, onde a Silvia (emigrada em Moçambique) não me esperava, mas esperava-me uma outra emigrada (na Colombia) que estava cá de férias. 
Seguiu-se uma festa de boasvindas, que entre os meus amigos tudo é motivo para uma festa. Sobretudo agora, que está sempre alguém próximo fora. Eu agora comungo também este lado. O lado do que vê partir os maridos, as mulheres, os pais, os amigos ou os irmãos. A saudade que por vezes dilacera a alma, o turbilhão de emoções que nos assaltam, o buraco que por vezes se sente cá dentro, a insegurança com que a vida fica (por uns tempos, pelo menos) a carga de trabalho que aumenta e parece não ter fim. Pois é, nesta coisa de emigrar, tanto emigra o que emigra como aquele que vê o emigrado partir.


Chego a essa cabana tão ao jeito do amor, que é o palheiro de Cortegaça. Pertença de gentes do meu cluster. Sinto o carinho de todos eles, filhos, irmãos, amigos, e sabe-me bem esse afago gargalhento com que me recebem (pela minha chegada) e com que se solidarizam (por aqueles que tenho lá longe). Lembro-me do Vitor, esse que se foi na emigrancia eterna (aquela que todos teremos de enfrentar). Sinto a saudade de vê-lo ali. Vem-me à mente o Jim Morrison (Road House Blues) e os Queen (Bohemian Raphsody), desse tempo magnifico que foi o flower power. Construo o filme em cima das emoções desses tempos trazidos pela intemporalidade da música.

Deleitem-se. Até um dia destes.

sábado, 14 de junho de 2014

KISSING AFRICA - Naking the Soul

Beira  - Caia - Sena - Sinjal - Doa - Moatize - Tete - Zalewa - Blantyre

There we go again. This time for one of those long runs, that i´m used to. It will take me from Beira to Tete, and then to Nacala´s corridor in Malawi.

I jump into the off-road vehicle, with the other Cruz (Jorge) in the wheel. Once more brotherized by the same spirit of liberty that this movements always bring. Towards the end of the world. Sleeping in the car, in low class hostal, in the invented Train-Hotel, eating wherever and whenever it is possible, sliding through the landscape that railway have opened. In a glink of an eye we are in Caia, then Sena, crossing the Zambeze in that overwhelming 4km long railway bridge of Dona Ana. And so, we enter a new world, the world of places like Sinjal, Doa, Mecito, Necungas, Kamboulatsitse, until we get Moatize - Tete.

The net is lost in the middle of the course, the cells don´t work leaving us more and more on our own. Slowly we leave behind the rotten things that hide behind any news that come from our Portugal or our Europe. The connections, the society dances around favours, the invey, the states of war we live in. Slowly we melt within our souls, relaxing the muscles and the mind. And tastefully, everything becomes fluid, natural, in balance, and we just undress our souls and feel the liberty going thorugh our bodies. Jorge throws the rythm of John Butler (Oceans) i send back Paco de Lucia, Al Di Meola & John Maclaughlin (Meditarrenian sundance).

I embrace my brother, he is flying back to Maputo, i´m keep going by road, to Zalewa (Malawi) to meet António Azevedo, another strong emigrant of my circles. He is in his second wave of emigration. I have worked with him in 3 different countries. Always with sucess. In parallel we buld our friendship, a good frienship i should say. I embrace again Gonçalo, Quartel, Virgilio, all of them from Portugal. I answer their problems, with success. And i close my working period, ending the night with Helga and Abilio and Tânia, friends of mine that are always on the move. To wherever they are required.

Then, 30 hours in airports and planes until get home. For the first time in my life i was alone (for 3 hours) in an international airport (Maputo). It is really a mark, for me


KISSING AFRICA - Naked Soul from nunocruz on Vimeo.

Ala que se faz tarde. Outra vez. Desta vez num long run de trabalho que me levará da Beira a Tete e depois daí até ao corredor de Nacala. 

Salto para dentro da pick up, com o outro Cruz (o jorge) na condução, uma vez mais irmanados pelo mesmo espirito de liberdade que estes movimentos nos dão. Em direcção ao fim do mundo. Sem eira nem beira, nem leira nem fronteira, dormindo no carro, numa pensão manhosa, ou no inventado comboio-hotel, comendo quando calhar, deslizando pela paisagem que a via férrea rasgou. Dum tiro chegamos a Caia, depois a Sena, atravessamos o Zambeze pelos fabulosos 4km de ponte (Dona Ana) e entramos noutro mundo, o de sitios como o Sinjal, Doa, Mecito, Necungas, Kamboulatsitse, que dificilmente aparecem nos mapas. Até chegar a Moatize-Tete.   
Aos poucos desaparece a net e outras ligações, deixando-nos cada vez mais entregues a nós próprios. Pouco a pouco deixamos para trás a podridão que se esconde em cada canto de noticia que ecoa do nosso burgo, seja ele Portugal, seja ele a Europa. Desaparecem os "connects", as danças de bicos de pés para ver quem se chega mais à frente na altura da fotografia, as trocas de favores que acentuam a incompetência e esmagam a sua antónima. Pouco a pouco descemos lá bem para o fundo da nossa essencia, relaxando os musculos e a mente. Pouco a pouco tudo se torna fluido, natural, harmonioso. Despindo a alma e sentindo a liberdade a correr nos nossos poros, os meus e os do Jorge. O Jorge atira-me o ritmo de John Butler (Oceans) e respondo com o Paco de Lucia, Al Di Meola & John Maclaughlin (Meditarrenian sundance). 

Abraço o mano Cruz. Ele segue para Maputo. Eu, de novo em 4x4, sigo para Zalewa no Malawi onde me espera o António Azevedo. Outro emigrante, este já em segunda vaga. Já trabalhei com ele em 3 paises. Sempre com sucesso. A par da obra, vamos construindo a nossa amizade, uma amizade boa. Abraço com prazer o Gonçalo, o Quartel, o Virgilio, todos idos daqui. Respondo-lhes aos problemas. Saio-me bem. Fecho a tasca do trabalho e termino a noite  em Blantyre com a Helga & Abilio mais a Tània, gente "minha" que circula permanentemente pelo mundo. Por onde tiver de ser. 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

KISSING AFRICA - The City of 1000 Hopes

Beira

I land in Beira. Once again, Silvia is wating for me, this time with a long time friend with whom i worked in some curious engineering processes, and with whom i have work to do around here. 

I face th city with curiosity and with the need of diving into her. It is a new start, that passes by here. I have a house here. The city opens slightly the door of my soul and look deep inside of me. I look for intimacy, i look for similarities. I found them easily, with the Granja-Aguda-Miramar, where i live. The same time represented in their houses and its urban ideas. One is brand new, the other is quite degradated, but both breathing out the same time of our history. I find also the same spirit of a city that oposes to institutional powers. Like Porto, where i was born. More dificulties, less income from a central power that discriminates, but holding a strong personality and culture. I feel good with this intimacy.

I walk, as much as i can, through the city, trying to assimilate every single detail. I fell in love with coast line with their houses and bars, Beira-Rio, Biques, Tuga, Luna-Mar, reminding me of my youth spend in the beach side, in Foz, in Porto. I move on to the historical center, carying in my mind my ancesters that lived here. I seat at the Riviera, where surely they have seat so many times. I can see its past, i foresee its future, which will melt together, further on.

I go back to the beach, to Estoril Light House. Step by step i walk the beach towards the fishermen place. With Silvia and Fernando, brotherized by the same paths and same curves of the way. I feel the sweet melancolie that touches almost every emigrant. A new adventure is arising and, as usual, i have 1000 hopes. Hope for a happy movement, hope for a stimule, hope to overcome the tireness, hope to keep my familiar cluster. I choose Thindersticks (Lets Pretend) and Andrew Bird (Solvay) to bring light to this movement. Fernando choose Yiruma (Kiss the Rain), so perfect for that movement in the beach.

I leave again, leaving Silvia and Fernando. A tear drop roll down in my face, with those sounds in my head. For Silvia and for Fernando. See you soon  


KISSING AFRICA - The city of 1000 hopes from nunocruz on Vimeo.

Aterro na Beira. Á minha espera, outro amigo de longa data, o Fernando. Gonçalves, com quem fiz engenheirices curiosas e com quem me preparo para atacar outra obra. Com ele a Silvia, uma vez mais. Que bom, que bom.

Encaro a cidade com curiosidade e com necessidade de mergulhar nela. É o inicio de um novo caminho, que passa por aqui. Tenho uma casa aqui, agora, para a certa itinerancia intermitente. A cidade entreabre a porta do meu coração, e espreita lá bem para dentro de mim. Procuro semelhanças, intimidades. Encontro-as facilmente, com o eixo Granja-Aguda-Miramar. A mesma época retratada, uma mais cuidada, outra mais degradada, mas as duas exalam da sua estrutura outros tempos, que são os mesmos. Encontro outro paralelo com o Porto onde nasci. Duas cidades de contrapoder, com tudo o que isso implica. Mais dificuldades, menos benefícios face a um poder central que discrimina, mas uma personalidade forte na sua sociedade, na sua cultura. Deleito-me com essa intimidade que começo a sentir

Deambulo o mais que posso, procurando beber tudo o que ela tem. Encanta-me a marginal, o Beira-Rio, o Biques, o Tuga, o Luna-Mar, que me trazem mais memórias da minha infância passada à beira-mar, na Foz, no Porto. Prossigo para o centro histórico, carregando na minha alma os meus tios que por aqui passaram. Sentado no Riviera, um clássico do nosso tempo por lá onde eles de certeza muitas vezes se sentaram, adivinho o passado, antevejo-lhe o futuro que, estou certo, se mesclarará com o passado. 

Volto à praia, ao Farol do Estoril. Passo a passo calcorreio a praia até à zona dos pescadores. Com o Fernando e com a Silvia, irmanados nos destinos e nas curvas do caminho. Sinto invadir-me a doce melancolia que assola qualquer emigrante. Eu itinerante, eles mais permanentes, mas com idênticos percursos. Ora estamos cá, ora estamos lá. O mesmo designio. Uma vida nova que se desenha, um horizonte para perscutar, um estimulo para responder, um cansaço para ultrapassar, uma saudade para saborear, um cluster (familiar) para manter em rumo. Enfim, um salto para outra aventura, que traz 1000 esperanças. Escolho Thindersticks (Lets Pretend) e Andrew Bird (Solvay) para nos acompanhar. O Fernando escolhe ainda Yiruma (Kiss the Rain), tão em modo daquele passeio na praia, 

Parto de novo, deixando a Silvia com o Fernando. Verto uma lágrima, com aquelas notas pairando na minha cabeça. Por um e por outro. Até já

sexta-feira, 30 de maio de 2014

KISSING AFRICA - A Sweet Slide in Rio Savane

Rio Savane

Fernando had to go back, to Maputo. We, the Cruzes, Jorge and me kept on moving. Luis, one more recent emigrant, also digging a future. Silvia rejoined, what a joy. Together we followed that straight road. one tasteful 1h30 to go 30 km and slide into the Rio Savane and end in a sandy platform to acess the ocean in an true spot for peace and harmony. I felt free and balanced. I felt the relieve of feeling it.
From there (Mozambique) i look back (to Portugal, Europe). I foresee a hope, from the results of recent elections. A complete storm, maybe the beginning of a re-set. I don´t know, but i hope. I hope, because we need ideals. Not new forms for the same path, a path that have already lost the soul.

Ideals are the oxygen for heartbeat of civilizations. 

Without them, we will disappear, sooner or later.
I abandon myself to the place, with my friends, and idealize. With Grizzly Bear (All we ask). I see a light at the end of my sigth... Might be something...I hope


KISSING AFRICA - Rio Savane from nunocruz on Vimeo.

O Fernando ficou para trás, teve de regressar a Maputo. Emergencia. Ficaram os Cruzes, uma vez mais Chegou-se o Luis, também ele recêm chegado à emigrância, também ele a tatear um futuro. Re-chegou-se a Silvia, que bom. Juntos corremos aquela estrada rectilinea, carregada de perigos (rodoviários) mil. 1h30 para saborear 30 km e desaguar no rio Savane, saltando-o para o outro lado, para uma língua de areia plena de paz e harmonia. Indescritivel a sensação de liberdade e equilíbrio. Sinto o alivio de sentir isso 
De lá olho para cá. Vislumbro uma esperança nos resultados eleitorais, de que comecemos todos a acordar e a ir ao âmago da questão. A barafunda que o voto criou. Um que ganha mas não consegue falar mais do que na derrota do adversário, o outro que perde, mas parece que ganha, esboçando um sorriso confiante na vitória que se seguirá, sem compreender sequer (a ser verdade o meu anseio) que não tem razões nenhumas para sorrir. Nenhumissimas. Nem eles nem todos os outros (suspeito que mesmo aqueles que parece que ganharam)  Porque o problema é saber para que serve um partido politico se não houver ideais. Apenas execuções, planos, formas e tudo acaba num poço de intrigas palacianas de jogos de poder que circulam apenas em torno do próprio bolso, tirando despudoradamente o mais que se pode. No limite, acabarão a ter apenas os votos daqueles que tem (ou pensam ter) uma vantagem à espera, no caso de vitória. Mas cada vez são menos os que se deixam ofuscar por essas falácias cada vez mais tontas, mais assustadoramente enfadonhas, falhas de criatividade, plenas de superficialidade. A abstenção é inequivoca de um não se rever em nada que existe à disposição, da esquerda há direita. 
E no fundo, no fundo, o problema está simplesmente na ausência de ideiais a que a sociedade no seu todo sucumbiu. 

Os ideiais são o oxigénio do pulsar das civilizações

Sem eles, simplesmente desapareceremos. Inventemos, pois. Criemos algo em que nos revejamos. 
Abandono-me ao local e idealizo, com Grizzly Bear (All we ask). Vislumbro uma luz lá no fim da minha vista... Talvez seja algo...Desejo

sábado, 24 de maio de 2014

KISSING AFRICA - The road to Inhambane

Maputo - Inhambane

3 days to recover from the extra long trip from my sweet Granja and Maputo, to kill the miss i feel for Silvia and prepare my body to another cross country. This time from Maputo to Tete. With the possibility of extending it to Malawi.
I leave again. This time with Jorge, the Cruz, once again brotherized by the movement. Intermitent imigrant, just like i am. And also itinerant, in a perpeteous movement. And with Fernando, the Paiva, that left Portugal a couple of years ago and scratches his life around here.
We escape from the road siege that everyday isolates Maputo. Difficult to get in, difficult to depart. We overcome the 2 problenmatic cross roads quickly than expected, and leave the caotic city behind while a wonderful scenery passes in front of our eyes, while  Luisa Sobral (Why should i? and I´m not there yet)
sing us the rythm of the travel. 7 hours that invade me, growing my serenity.

We fall in the beach, in front of Barra Lodge and we were hunt righ way by this boy with the crazy idea of selling bread in a beach where we are the only ones. We refuse, and i slides to another business oportunity, without losing his equilibrium. Looking straigth to the 2 mobiles that jorge brings with him.
"Help me, help me. Give me one mobile " he asks. Jorge laughs out loud, saying that is impossible. He insists...
"You van keep the sim card", he says sure that it should be the problem.
No way. The conversation keeps on. Once again he moves the subject. Now he says that he can sing well and would like to record an CD.
"Sing to us, for us to see if you stand for a chance", Jorge says
He straigths up, and start singing. Happy.
I just let the african sounds swallow my soul, while i invey him. How simple can life be.


KISSING AFRICA - The road to Inhambane from nunocruz on Vimeo.

3 dias para recuperar da longuissima viagem que separa a minha Granja de Maputo, matar a profundissima saudade da Silvia e preparar o corpo para outro cross country. Desta vez de Maputo até Tete, com a possibilidade de se estender até ao malawi.
Parto de novo. Desta vez, com o Jorge, o Cruz, mais uma vez irmanado no movimento. Emigrantes intermitentes (ora estamos ora não estamos) e também itiinerantes, porque não há parança em lugar nenhum. Sempre em movimento. E com o Fernando, que saiu de Portugal faz tempo, e arranha a vida por aqui. Os 3 descontraidos em movimento pelo país e pela vida.
Escapamos por uma nesga ao cerco rodoviário que todos os dias fecha a cidade, como se de um filtro se tratasse e aos poucos vamos deixando o ambiente urbano caótico e desorganizado que dá lugar a um lindissimo cenário que desfila perante os nossos olhos enquanto a Luisa Sobral (Why should i? e I´m not there yet) canta para nós o ritmo da viagem. 7 horas de viagem que me inundam a serenidade.
Caímos na areia da praia em frente do Barra Lodge e logo somos "caçados" por um tipo que vê em nós uma oportunidade de negócio. Tem apenas pão para vender. Sem nada para lá pôr. Apenas pão. Não dá. Não queremos. Ele olha para nós e para a nossa recusa, não se intimida, não se desmancha e desliza para outro negócio. Olha para os dois telemóveis do Jorge e clama:
"Ajuda, ajuda-me. Dá-me um telemóvel dos teus. Só precisas de um".
O Jorge ri, e diz-lhe que não. Ele insiste...
"Podes ficar com o cartão", diz convicto de que é esse o problema.
Não dá. A cavaqueira continua e ele manifesta a vontade de cantar, de gravar um disco.
"Então canta lá aí para nós, para ver se tens futuro".
Ele apruma-se e entoa com alma uma canção. Afinado, enturmado, feliz. Deixo os sons africanos inundarem-me a alma (Basimanyana), enquanto o invejo sem maldade. Quão simples pode ser a vida.

sábado, 17 de maio de 2014

KISSING AFRICA - Maputo Bay

Maputo

I land once more in Maputo. For the 5th time. This time, and as usual, the old friend Fernando get me at the airport, and that other intermitent emigrant, brother in arms, ideas and even in family name. Jorge. Cruz, as i am. I feel happiness to come, when i see Silvia, right there at the airport. I smile to face once again Elise, Luis Póvoas. I congratulate myself for some more new friends arising in the horizon, among that massive exodus that follows an horizon that have disappeared back in Portugal. Brave people, good people, the type of people that Portugal needs to get on own feet again. Exactly the same people that Portugal expels in its growing inability to deal with situation. And so, common the lack of expectations about building a life in Portugal. Too many "sanguessugas" to go through. When you leave away, you see it so clearly as the waters in Caribe. And naturally, want to leave it that horizon behind. It is not good for your soul.

It is the fifth time and i realize i didn´t know a fundamental dimension  of Maputo. The water dimension. Which i also hardly know in Mozambique. But thi time, this gap will be filled, by means of a working agenda that crosses me with the water world, on my way north to malawi. Including two crosses of this fabulastic river that is the Zambezi. The first, in Sena, crossing that unique piece of art that is the Dona Ana railway Bridge. The second, in Tete through a brand new bridge that i am honoured to have help to built. I must confess that i have been falling in love with this river. By its history, by its soul and by the two times our lives crossed (the other one in the new bridge in Caia-Chimuara). But this will be told in further posts.

Right now, come with me, my old and new friends, and with Blue October (She´s my riding home, Into the Ocean, Congratulations) through this other less known Maputo. First through the fishermen quarter, preparing a delicious dinner. Then around Maputo Bay, a fundamental sigthseeing to understand Maputo as a whole.  
See you next week with more "waters" of Mozambique.


KISSING ÁFRICA - Maputo Bay from nunocruz on Vimeo.

Aterro uma vez mais em Maputo. Pela 5ª vez, desde 2008. Desta vez, o "velho" Fernando, o Paiva, apanha-me a mim e a esse outro emigrante intermitente, mano nas ideias, no sentido da vida e até, no próprio nome. O Jorge. Cruz, como eu. Sorrio de alivio ao ver a Silvia, logo ali, na confusão do aeroporto. Que saudade. Alegro-me ao rever a Elise, o Luis Póvoas, congratulo-me em conhecer outros amigos que vieram entretanto, nesse exodo massivo, que todos os dias trás mais e mais. Buscando uma vida que desapareceu no horizonte em Portugal. Gente boa, valorosa, daquela que Portugal precisa para se pôr de pé. E que Portugal expulsa na sua cada vez maior inabilidade de lidar com a situação. É comum, por isso um sentimento que transvasa a alma.
"Lá, em Portugal?! Não há hipoteses. É a morte lenta"

Facil de ver, facil de sentir, como tudo aconteceu. E em como poderia ser evitado de tão evidente que se tornou  (o que viria acontecer). A laranjeira secou, de tanto a espremer sem a regar. Límpido como a água das caraíbas, quando nos distanciamos um pouco. Pouco horizonte, demasiada "sanguessugagem". Há pois que abalar, encarar outra vida. 

É a 5ª vez que aqui passo e dou-me conta que não conheço uma parte fundamental de Maputo. A sua água. Com que aliás pouco me cruzei em Moçambique. Andei mais para dentro, nunca para o mar. Mas desta vez será diferente, que a agenda laboral atravessa-o (o mar, o Indico) no meu caminho de Sul para norte até ao Malawi. Com duas travessias do enorme Zambeze, uma em Sena, por essa obra de arte que é a Ponte de Dona Ana, e outra em Tete em cujo projecto tive a oportunidade de participar. Confesso que começo a sentir uma paixão grande por ele, o Zambeze. Pela sua história e pelas duas vezes em que as nossas vidas se cruzaram (a outra, na ponte nova de  Caia-Chimuara). Mas disso darei conta mais adiante, nesta aventura.

Para já, venham daí comigo, com um monte de amigos novos e com Blue October (She´s my riding home, Into the Ocean, Congratulations) numa incursão ao bairro dos Pescadores, assistir à chegada da faina e tratar de uma "janta" à maneira. Depois saltemos para uma volta na Baia de Maputo, passando Inhaca, Sta Maria e Ilha dos Portugueses. Quem não deu ainda uma volta na baía de Maputo, deve fazê-lo. A cidade ganha outro contorno.. Importante. Bonito. Fundamental para "sentir" Maputo.

Até para a semana, com mais águas de Moçambique

sexta-feira, 11 de abril de 2014

BOLIVARIANDO - Step by step

Honda, Mariquita, Armero

Life is to be tasted step by step. I believe that. Sometimes we fall, get hurt, a tear drop rolls down your face. You must get up and move on. Because where there is a needle, there will be a rose for you to enjoy. It is just ahead. the needle is there to let you know that if you keep moving you will have a pleasure to enjoy. And harder is the needle, stronger will be the pleasure. I like, because of that, to taste all the moments i have. The good and the bad, together.
And so i move with two friends, Cristina and Maria, with a lot of stories to tell. Crossing the'mountains on a slow path on the tail of big trucks, we arrived to the city that was once the most importante harbour (in the river) serving the development of Bogotá. The city of Honda a magnificent spot of old colonial times, located in the'margins of river Madalena. Further on, we meet another rose of colombia, Mariquita, the capital of fruit, which gives me the pelasure of Mangustinos i have not tried before. Fantastic. Moving again we touch the tragedy of Armero, where 20.000 people lost their lives under a wave of water and magma, in 1985. The town is now a immense graveyard, between the skeleton that emerge from theground. Survivors just moved away, re-building teir livessomewhere else. I invite yiu to come along with us and the music of Beirut.
See you in the next trip. I wish you many needles and many roses.


BOLIVARIANDO - Step by step from nunocruz on Vimeo.

A vida é para levar passo a passo, tirando o sabor dume cada momento. Umas vezes cai-se, esmurra-se um joelho, cai uma lagrima cara abaixo. Há que levantar e cont inar. Onde à espinhos há sempre uma rosa mais adiante. O espinho está lá para avisar que se o passares, lá terás o prazer de cheirar a flor, envolvê-la e ofereceres a um coração de quem gostes. E quanto maior for o espinho que te rasgue a pele, maior será a intensidade que terás com a sua flor. Gosto, por isso mesmo de saborear todos os momentos que tenho. Tanto os bons como os maus, que só todos juntos te podem dar o prazer.
Embarco assim com duas amigas, uma velha, a Cristina, parceira de muitas aventuras, outra nova, a Maria, com uns olhos fabulosos e muita história para contar. Cruzamos a cordilheira, desde Bogotá, num trajecto lento, até chegarmos áquele que foi o mais importante porto (fluvial) que serviu Bogotá ( a 150 km de distancia) durante o dominio do transporte maritimo. o Porto de Honda, uma deliciosa cidade nas margens do rio Madalena, que demonstra em cada canto a vida de há uns seculos atrás. Segue-se depois outra rosa, a de Mariquita, a capital da fruta colombiana. igualmente deliciosa. mais uns passos estrada fora e tropeço no espinho gordo, daqueles que penetram profundamente na carne. O da tragédia de Armero, onde cerca de 20.000 pereceram debaixo de uma enxurrada de lava e lama. A vila não é mais do que um imenso cemitério, por entre o escombro que sobrou. Apreciem esse passeio, entre rosas e espinhos, connosco e com os beirute.

Vemo-nos na próxima viagem. Até lá boas rosas e bons espinhos para todos.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

BOLIVARIANDO - Life is a constant nomading

Bogotá, Colombia (2700m)

The intense headache that left over from last party, cool down the nerve and threw me to a reflexive state. I decide to take a look over Bogotá, that immense capital of Colombia, where the whole population can fit in (10.000.000 persons). I feel the change in the scale when, taken by the hands of Javier and Adriana, i climb to the Cerro of Monserrate (3720m), and from there look 500m down and can feel how huge is it. I lost the breath and imagination bursts out. Javier points out Plaza Bolivar, and i fall in love with that adventurer of life that freed half of America from the Spanish rule. The other half was conquered by the argentinian José Martin, whom i had the chance to "meet", a few years ago in Buenos Aires, by the hand of a fantastic taxi driver.  The life of these two make me sure that the true dimension of a person can only be understood when life is over. Before that, it is always incomplete and the further steps are continuously and sucessively changing all of its meaning.

I move down the 500m and walk full of pleasure into the old town (Candelária), blown by the sound of a Colombian Jazz (Jazz Gitano) that i had the chance to listen, here in Bogotá. The music get in through my ears directly to the heart. Instintively the heart gives it to the soul. I look into the life that slides in front of my eyes, and an idea that was always in my soul just start coming up: Life is a constant nomading. Physical and spiritual. Finally calm, i fall asleep in peace.

See you next week.


BOLIVARIANDO - Life is a constant nomading from nunocruz on Vimeo.


A dor de cabeça que sobrou da última festa amansou a "estrica" e atirou-me para um estado de reflexão. Resolvo-me a espreitar Bogotá, essa imensa capital da Colombia, onde cabe toda a gente do meu país de origem. Sinto a mudança de escala quando, levado pela mão do Javier e da Adriana, subo ao cerro de Monserrate (3270m) e de lá, espreitando 500m para baixo, abarco toda a sua dimensão. Fico sem ar e a imaginação dispara. Olho de cima a praça Bolivar e enterneço-me com a vida desse aventureiro da vida de nome Simon Bolivar que libertou metade da América do jugo espanhol. A outra metade ficou a cargo do argentino José Martin, com quem "me cruzei" há uns anos atrás em Buenos Aires, através das histórias contadas por um motorista de taxi. Fecha-se  na minha cabeça um ciclo empolgante da história que traz sentidos à vida. A vida desses dois, sobretudo do primeiro, transmite-me a noção de que a verdadeira dimensão de cada um só se fecha quando a vida acaba. Até lá, está sempre incompleta e os passo a dar à frente vão alterando continua e sucessivamente todo o nosso enquadramento.  

Desço os 500m e calcorreio prazenteiramente a cidade velha, a Candelária, ao som de um jazz Colombiano que conheci por aqui (Jazz Gitano). A musica desce-me dos ouvidos até ao coração, que a enleva e oferece-a, num impulso, à alma. Olho a vida que corre perante os meus olhos e começa a invadir-me a certeza certa que sempre andou na minha alma de que a vida é um constante "nomadar". Físico e espiritual. Finalmente sereno, adormeço em paz.

Beijos e até para a semana.

sexta-feira, 28 de março de 2014

BOLIVARIANDO - The other side of the Tunnel

Zipaquirá, Sopó, Colombia

I Just come out (from the gallery) to the daylight. It blinds me. Totally. I can’t see a damn thing. It is a white towel, in front of me. I have No Idea. I´m a bit lost. A deaf anguish takes over. An enthusiasm swallow me, kissing my soul.
I left so many things behind, due to the circumstances. People, places, nature, hearts. I feel naked, completely naked. Some I know I will get back. Some will slowly vanish. Not because they won´t worth, but because it is like that, the movement.
I face my “in front”. Shaky. The light is not so strong, the towel is not so white. I foresee the shadows of the things and of the people. Fear invades me, stimulus hold it back.
I look in front, again. More in-balance. Step by step, the colour gets its life. A shy smile, two of them together that tender your heart, one laugh out loud, a “wined” dinner with fantastic company.
I left so many things back. I brought another many, with me. And many things I have to grab, in the path in front of me.   
Come with me and Rodrigo Leão (Ya Skaju Tebe) through Zipaquirá, then Sopó towards Bogotá, to seat in Antara’s (Peruvian food in Bogotá), listening to (and dancing) some jazz music, while drinking as many Piscos as you can take. Dance with me and with some of my friends. New friends for me, new friends for you.

See you next week

Corri o longo túnel e saio do lado de lá. Uma luz ofusca-me os olhos e não me deixa ver coisa nenhuma. É um pano branco na frente. Não faço ideia, simplesmente. Uma angústia surda assola-me. Um entusiasmo solta-se, afagando-me a alma.
Para trás, muita coisa se ficou, pelo arranjo das circunstâncias. Pessoas. Sítios. Natureza. Corações. Sinto-me nu, de tão despido que estou. Alguns desses irei recuperar, outros se irão desvanecendo. Não porque não valham, mas porque é assim mesmo, o movimento.
Olho em frente, titubeando. A luz já não ofusca tanto, o pano já não está tão branco. Vislumbro as sombras das coisas e das gentes. Invade-me o medo, inunda-me o estímulo.
Olho em frente novamente. Mais sereno. Enquanto, pouco a pouco, a cor ganha a sua vida. Um sorriso tímido, dois sorrisos que afagam, um riso mais gargalhento, um jantar bem “regado” em tão lauta companhia.
Deixei para trás tanta coisa. Levo outra tanta comigo. E tanta tenho eu ainda para agarrar, no caminho à minha frente.
Venham lá daí comigo, desde Zipaquirá até Bogotá, passando por Sopó, ao som do mesmo Rodrigo Leão (Ya Skaju Tebe). Depois, dancem comigo e com os meus amigos e bebamos juntos quantos Piscos vocês conseguirem, no Antara (restaurante de comida peruana em Bogotá), ao som de um jazzzito informal ao vivo. Eu bato-vos a todos nisso dos Piscos, embora com enormes sacrifícios no dia seguinte, reconheço.
Dancem comigo e com os meus novos amigos. Novos amigos para vocês também.

Até para a semana

sábado, 22 de março de 2014

BOLIVARIANDO - La Catedral del Sal de Zipaquirá

Zipaquirá, Colombia

So many people forced to move way in our days, looking for a decent life. Many families have been touched by that issue. As our ancesters in the middle of last century were forced to. Difficult. So many emotions transbord the souls of those leaving and those staying back.
First it comes the rage against those incompetents and corrupts that smashed the possibility of a sustainable life in your country. How careless they were
Then arises the fear & enthusiasm by the unknown you have in front of you,
Then the pain & suffering of separation.
In time you will put your feet on the stable ground again and you will know that you have been living a good adventure. With all the adventures and disadventures that compose it. It is just the adventure of life.

I really hope that this general movement mix the souls of the people from all around the world, through their cultures, their emotions, their loves. May we find a way of building a better world, based in love, in respect for nature and for its diversity.
Join me with that mixing spirit, enjoying the music of the amazing portuguese Rodrigo Leão blowing through the fantastic colombian "La Catedral del Sal de Zipaquirá", where i was taken by Javier Camacho, a colombian that once lived in Portugal, and from where he departed with the heart full of love.
We mix our cultures, we build our frienship, we will have a common path in our hearts that will last forever.


COLOMBIA - La Catedral del Sal from nunocruz on Vimeo.

Tanta gente forçada a mudar de terra, por estes dias, no nosso pedaço. à procura de uma vida digna, apenas. Muitas e muitas familias tocadas, profundamente tocadas por essa circunstancia. Tal como num passado, que para a minha geração ainda é demasiado próximo deste. Dificil. Ondas de emoçºao transbordam incontroláveis das almas dos que partem... e dos que ficam.
Primeiro vem a raiva contra toda a incompetencia e corrupção que esmigalharam qualquer hipotese de sustentabilidade do sitio onde vivemos. Que descuido imenso de uns, para outros pagarem a fatura.
Depois vem o medo e o entusiasmo que o desconhecido sempre provoca.
Depois ainda a dor e o sofrimento chorado de vidas abruptamente separadas, violentamente solicitadas.
E a seu tempo, acabaremos por pôr os pés em terreno estável, e compreenderemos então a bela aventura que temos vindo a viver. Com todas as aventuras e desventuras que a Grande aventura da vida comporta.


Espero muito, ardentemente, que todo este movimento aceferado e forçado, acabe por misturar as almas das pessoas, através das suas culturas, das suas emoções, dos seus amores. E que possamos então, construir um mundo melhor, baseado no amor, no respeito pelaas pessoas e pela natureza, pela diversidade.

Venham daí com esse espirito de mistura, e curtam a musica do nosso Rodrigo Leão deslizando pelas grutas da espantosa Via Sacra da Catedral del Sal de Zipaquirá (Colombia), aonde fui levado pelo Javier Camacho, um colombiano que esteve emigrado em Portugal e de onde saiu com a nossa alma lusa no seu coração. Misturo assim a minha cultura com a do Javier, construimos a nossa amizade, teremos um trecho comum nos nossos percursos e nos nossos corações que aí ficará eternamente.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

ANOTHER CLUSTER - Engineering & Ingenuity

Engineering is creation within Science, so it is an Art & Science problem.
Furthermore, Originality is no more than an Ingenuity taking into practice.
As a consequence you need the good ingenuity that takes artists to creation together with knowledge, in order to produce true engineering.

With this in mind, watch the tutorial of a simple application of the theoretical approach presented in the previous film, and foresee the future of these young engineers


ANOTHER CLUSTER - Engineering & Ingenuity from nunocruz on Vimeo.

Engenharia é um acto de criação suportada pela ciência. É por isso um problema de Arte & Ciência.
Por outro lado, Originalidade não é mais do que uma Ingenuidade levada à pratica.
Em consequência,  precisamos de uma boa dose dessa ingenuidade que conduz os artistas ao acto creativo, combinada com o conhecimento, para produzir uma boa engenharia.

Com isso em mente, deliciem-se com o segundo filme, correspondente ao tutorial de uma aplicação simples do contexto teórico dado no filme anterior, e "adivinhem" o futuro destes jovens engenheiros.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Another Cluster - The amazing power of art

For a long time, we (me and my students in Aveiro University) we have been building an evolutive rock mechanics  electronic manual. Built with our emotions, with our love. A fundamental tool to bring knowledge to the future of each one. Some years we are "normal", other times, fantastic things just happen. When things like the one i´m presenting today happen, i just feel fulfilled, happy and proud.

The film is a  theoretical (the diaporama of today) and case study (next week) of Bearing capacity in rock massifs, as studied within the rock mechanics discipline of the MSc in Geologic Engineering of University of Aveiro. It was made and produced in teamwork by Rafael Barros, Maria Eduarda Ramos, Jordi Besora, Marketa Malá.
I think it is just perfect, in all senses. What about you?.


Another Cluster - The Amazing Power of Art from nunocruz on Vimeo.

Abençôo o dia em que tive auqele "vipe" de lançar o conceito de um manual electrónico evolutivo, que evolui de ano para ano e, em seguida, nas mãos de cada um, com a sua própria experiencia. Por vezes, correm anos que não trazem saltos significativos. Volta e meia acontecem coisas extraordinárias como aquela que vos apresento hoje. Com particular interesse para engenheiros.

Trata-se de um trabalho produzido por Rafael Barros, Maria Eduarda Ramos, Jordi Besora e Marketa Malá, no âmbito da cadeira de Mecânica das Rochas da Licenciatura em Engenharia Geológica da Universidade de Aveiro. Trata-se de um filme animado dedicado à explicação teórica e apresentação de um caso prático (em dois episódios, um apresentado abaixo outro na próxima semana) sobre um modelo de avaliação da capacidade de carga de fundação em maciços rochosos.

Eu acho-o simplesmente soberbo, em todos os sentidos. E vocês?

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

WE - Growing Together

Palma, Mallorca

Educating is simply growing together, parents and sons. In harmony and with love. That is what we have learned within our lives. 
Come along with us in this tour around Palma, with  the sound of 4 Non Blondes (What´s up) and Of Monsters and Men (Little Talk)


4 - Growing together from nunocruz on Vimeo.

Educar é simplesmente crescer em conjunto, pais e filhos, em harmonia e com amor. Foi isso que aprendemos uns com os outros. 
Venham daí connosco no ritmo de 4 Non Blondes (What´s up) e Of Monsters and Men (Little Talk) 

domingo, 12 de janeiro de 2014

WE - the Fundamental Cluster

In difficult times such as those we are living in, in a more and more selvatic world, with no respect, violently selfish and unsustainable, a destroyer of minds and souls and “suicidary” generator of sadness and despair, the support for survival lies on the small clusters that we are able to create in love and harmony.

I really feel happy and proud, together with the woman that walks with me for such a long time and the children that our love have generated, for being able to grow together, united as a all-in-one but never limiting the freedom of each one, building a home for our hearts. Even without foreseeing the actual reality, at the beginning of the adventure. And it is that home of balance, love, respect and harmony that allow us to face with hope and serenity, both today and the day of tomorrow. Really, a safe harbor were to hide in troubling times.

If you want to touch the strength of it, just dive with us into the mother earth (Cuevas Darche, Karstic caves in the limestones of Mallorca) with the instinctive emotions that only music can give (Comptine d'un autre eté, Yann Tiersen
Eu sinto o enorme orgulho de, juntamente com a minha parceira de jornada e com os filhos que o nosso amor gerou, termos sabido crescer em conjunto, unidos como se fossemos um só mas sem limitar a liberdade individual, construindo um lar para os nossos corações. 

E é esse “lar” de amor, de paz, de harmonia e de equilíbrio que nos permite a todos encarar com serenidade o dia a dia e olhar com esperança o dia de amanhã, torneando as enormes incertezas que o horizonte nos coloca, neste mundo cada vez mais turbulento, violentamente egoísta e insustentável, destruidor de almas e de mentes e suicidariamente potenciador de infelicidade e do desespero.

Para quem quiser sentir, deixo um instintivo vislumbre da alma desse cluster, através do mergulho para dentro da Terra (Cuevas Darche, grutas cársicas nos cálcareos de Maiorca) enredados na emoção que só a musica pode trazer (Comptine d'un autre eté, Yann Tiersen). 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

WE - the Family Soul

Christmas time, family time. Time to be by the fire in the warmth of home.

Maybe because of that... it comes to my memory...the feeling of home.
Home. What is that, nowadays. In a time that everyone leaves. Slashe friends spread all over the world. Houses everywhere, but never giving you home. For me, home, today, is the feeling of our people in a straight, intense and intrinsic union. It is our soul beyond any geography.

I came from a huge family. I have created another one, not so huge. But both with that soul that make me feel home. Wherever i may be.

This is a story of a moment of this warm home. 4 episodes, 4 days, told and sang with the soul of the 5 of us. Photos taken by everybody, music felt by all of us. Today with Rise (Eddie Vedder) and Tarot (Alt-J). To make you feel warm among your people. At Home

I wish you...
 A year at HOME


WE - our Home from nunocruz on Vimeo.

Tempo de Natal, tempo de familia. Tempo para estar à borralha no quentinho do teu lar.

Talvez por isso... vem a memória de me sentir...em casa.
Casa, o que é sentir em casa, nos dias de hoje? Num tempo em que tudo parte. Amigos esfacelados pelos 4 cantos do mundo, casas por todo o lado sem que te façam sentir tal... e o teu espaço vai desaparecendo lentamente. Sentir em casa, hoje, para mim, é sentir o conforto dos nossos numa união estreita, intensa e intrinseca. É a alma que existe para além da geografia.

Venho de uma família grande, construí uma outra, não tão grande. As duas com a alma que me faz sentir em casa. Onde quer que esteja.

Esta é a história de um momento desse calor. 4 episódios, 4 dias, contados e cantados com a alma de nós 5. Fotos de toda a gente, musica de todos nós. Hoje com Rise (Eddie Vedder) e Tarot (Alt-J). Que vos façam sentir esse calorzito.
Desejo a todos um 2014...no conforto dos vossos