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sábado, 29 de setembro de 2012

ISLANDS OF HOPE - The Adventure of Emigration

Aljezur, 1461

Dificult life in Portugal, in this year of 1461, XV Century. A group of 20 young people from my home land, decided to say yes to the call of prince Henry, to settle down the first european city in the tropics, Ribeira Grande in the island of Santiago, Cape Verde, discovered 5 years before. Looking for a better life, since the one we have is no good for a long time.

A farewell party, in the honour of the brave sons of the land, who depart with dreaming with sucess and the fear of failure. Stories that will go, some tragic, other beautiful, and other with an uncertain future. Stories of love, adventure meaning for a life jump or a life cut in two halfs. People that we leave behind with promises of coming back or a future call to re-union. That´s  the way emigrant life undergo. Only later we will know if it was a good or a bad move. I look one last time for my land, the firends and loves we have conquered spend a last time with us, a last night with love and tears that grab us to the land and a bbeautiful music that call us to move to there (Que Vida of Tito ParisMar Azul of Cesária Évora, masters of Cape verde music). We shall see.

Vida difícil neste quartel do Séc. XV, ano da graça de 1461. Um grupo de 20 jovens da minha terra natal, entre os quais eu me incluo, decidimos abalar nas naus portuguesas com destino às ilhas de Cabo Verde, para ajudar no seu povoamento e procurar uma vida melhor, que esta já não tem jeito. Uma chamada do Principe Henrique para estabelecer na Ribeira Grande (Ilha de Santiago), aquela que será a primeira cidade definitiva erigida pelos europeus nos trópicos

Uma festa de despedida à maneira, em honra dos filhos da terra, que corajosamente partem em busca de uma vida melhor. Com sonhos de sucesso, com o medo de falhar. Histórias que se desenrolarão, umas trágicas, outras lindas, outras ainda de destino muito incerto. Histórias de amor, de aventura, de saltos de vida, de vidas cortadas ao meio num misto de mêdo e de coragem. Pessoas que ficam para trás, que mais tarde se reencontrarão entre lágrimas de alegria, outras que embora prometidas, se cortam ali para não mais se cruzarem, outras ainda que ali terão inicio. É assim, a partida do emigrante, plena de incerteza e contada na aventura de vida de cada um. Umas perdem-se, outras ganhar-se-ão com o movimento que agora se inicia. Só mais tarde saberemos o que o futuro nos reserva. Despeço-me da terra, os amigos que deixamos passam um último dia connosco, uma última noite de amor e lágrima que nos agarra cá, uma música de fundo (Que Vida de Tito Paris, Mar Azul de Cesária Évora, insignes artifices da musica de Cabo Verde) que nos puxa para lá. A ver vamos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Maninho,

A Historia repete-se (no Espaco...e, no Tempo...!). Alguem disse que "as crises servem para os corajosos sobressairem e os fracos se afundarem". Tem um fundo de verdade... Eu diria de outra maneira, as crises tem a capacidade de trazer ao de cima, o melhor, e o pior, do ser humano... Suponho que nos resta a nos escolher o rumo, quando de algum modo essa escolha se encontrar (parcialmente ou nao) ao nosso alcance...
E'bonito ver o teu "espirito Lusitano", o gosto "de navegar" por outras aguas,pelo desconhecido, a procura constante de Luz... essa tua paixao inspira, e ajuda quem navega por outras aguas, ajuda a manter o rumo...
Que mais dizer...? Lindas as imagens escolhidas por ti (o que a tua Alma escolhe fotografar, a Cor que lhes empresta, o modo como tudo enquadra),harmoniosa e bem escolhida a Musica que lhes emprestas... tudo muito bem ligado pelas Emocoes que justificam o Todo e o tornam Belo, e ... nos Embala a Alma, mantendo-nos tambem a navegar...

Um Abracinho do Tamanho do Mundo

Isabel

P.S. Escrevi esta mensagem 3 vezes (de todas as vezes, um pouco diferente, pois nao sou capaz de "repetir"). Duas vezes perdi-as... se a perder outra vez, nao sei, acho que a inspiracao me vai faltar querido mano...Vais ter de me perdoar..

Nuno Cruz disse...

Vida dura, a do emigrante. Tenho estado cada vez mais em contacto com essa realidade, no meu contexto profissional e, na verdade, é muito daquilo que dizes. Puxa o melhor e o pior. Trata-se da escolha de cada um.
Profundo como sempre me tudo o que escreves

Um beijo imenso

Anónimo disse...

Nuno,

"Ei-los que partem"

Histórias ainda tão recentes vestidas de saudades no cais da chegada...!

Por que é que tudo ruiu?
Por que volto de novo ao cais?

Cais do silêncio...cais da invernia...cais da minha partida...

Olho longamente nas horas desmaiadas do entardecer,
Os braços estendidos no lenço engelhado da despedida...

"Outra ilha ao longe, azul e névoa"

As lágrimas onde bailam nacos de ilusão...
"A cada hora invento a cor e o hábito de ignorar as paisagens"
Os olhares entrelaçados de esperanças onde se inventam céus imensos...
"A cada hora, inquieto, me interrogo"
Os lábios trémulos de um beijo na promessa de um amanhã
"O que terei depois?"

Quando o peito soluça desolado...

Com ternura imensa,
Nica

Nuno Cruz disse...

Nica

Um beijo.