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domingo, 29 de maio de 2011

Patagónia - Vuriloche

S. Carlos de Bariloche

Bariloche is a small beautiful town (130.000 inhabitants) situated in the foothills of Andes. Its name came from Mapuche language (Vuriloche), meaning the people from beyond the mountains, designating the people that cross the Andes from Chile and settle down near the Lake Nahuel Huapi.

The actual town was developed from a Drugstore installed there by a german at the end of XIX century, which provoqued a migration of German, Austrians Sloveneans and Switzerlands and it is sorrounded by lakes and imponent mountains (Cerro Tronador with 3500m high, Cerro Catedral and Cerro Lopez). This landscape, which in fact is very similar to the European Alpes, of mountains and Glacial lakes, makes it a perfect oasis in th desert landscape you have to cross when coming from the Atlantic, and gives the city a perfect natural ground to live from tourism, mainly for skiing and mountain climbing lovers. These situation makes this city one of the most important urban centers in the foothills of argentinian Andes.

This was the biggest (and more modern) city we visit in our long tour. From that point on, we would travel towards the wilderness we all desired from the beginning. Enjoy the beautiful scenary with Rumba de La Noche (Govi).

Bariloche deve o seu nome à designação ao movimento dos indios Mapuche originários do Chile que se movimentaram para além dos Andes. Vuriloche (em Mapuche) significa o povo para lá das montanhas, que por misturas de linguagem e erros ortográficos no registo acabou por "chegar" a Bariloche.

Bariloche é uma cidade centenária, fundada em final do Sec. XIX a partir de um armazém ali instalado por um alemão, que originou um movimento de gente e expansão. A cidade (de 130.000 habitantes) estende-se pala cordilheira andina abaixo até ao Lago Nahuel Huapi e encontra-se cercada por uma data de cerros (Cerro Tronador com 3500m de altitude, Catedral e Lopez), constituindo um verdadeiro oasis verdejante na paisagem deserta que se atravessa quando se viaja desde o atlantico, assinalando o inicio da cordilheira andina. Uma paisagem fascinante de montanhas, lagos e bosques, lembrando a zona dos Alpes, na Austria e na Suiça. Talvez por isso, a origem da cidade se deva principalmente a suiços, austriacos, alemães e italianos, que talvez tenham encontrado ali uma forma de não sentir saudades de casa. Actualmente vive essencialmente do turismo, sobretudo dos amantes do Ski e do alpinismo, mas também pelos passeios pelo lagos, através dos quais se pode chegar ao Chile, o que a torna numa das mais importantes cidades da faixa andina argentina, a mais desenvolvida e mais antiga que haveriamos de atravessar em todo o percurso patagão, até à hora de encetar o regresso. Sintam o seu maravilhoso enquadramento acompanhados da Rumba de la Noche (Govi). Daqui partiriamos depois para a parte mais inóspita e profunda da viagem.

sábado, 21 de maio de 2011

Patagónia - The Power of the Flower

Esquel - El Bolson - Bariloche

Just Imagine... Step down from la Trochita (last post), take a bus (our "girls" had left half a day before taking the car with them), road for 100 and some km in the base of the Andes and finally stop in El Bolson, a small town funded by flower power people in the end of 60', beginning of 70', in a proper landscape, showing how possible it is to erect a city in complete balance with nature. The purety of the air you can breathe, the people and their way of life. Unforgettable, remembering you that is possible ot have a cool and warm life, far from that kind of slavery we live today. We really understand how dumb we are, to follow that path that chains your heart and soul. And For What?. I cannot find an answer, but i really think there is time to another uprising with the same feelings. Don't You?

Taste the path from Esquel to El Bolson and all the road to Bariloche with me and the good music of 60' sung by the unforgettable Janis Joplin (Me and my Bobby McGee) and the "House of the Rising Sun", so perfect for that scenery. To bring back the memories for those who lived those times, or to tell the story of it, for those who were born after. Enjoy
Imaginem...Sair da Tronchita, em Esquel depois da viagem fabulástica do ultimo post, apanhar um autocarro (as "gajas" tinham ido com o carro mais à frente) andar cento e tal km sempre nas fraldas dos Andes e desaguar numa pequena cidade (El Bolson) fundada pelo Hippies nos finais dos anos 60, num cenário propicio, extremamente preservado, mostrando possivel fazer uma cidade em equilibrio com a natureza. A pureza do ar, das pessoas e da sua forma de vida, que se sente ali é indescritivel. Para não esquecer nunca mais, reavivando sonhos de uma vida solta e descontraída, longe da correria e loucura a que estamos habituados. Ficamos mesmo com a sensação que somos completamente burros, por aceitar este esquema que escraviza mentes e almas de uma forma definitiva. E para quê? Não consigo encontrar resposta, mas realmente acho que é tempo para que algo parecido chegue de novo, baseado em idênticos sentimentos. Não acham?

Apreciem o trajecto (Esquel, El Bolson e a estrada até Bariloche) ao sabor da boa música dos anos 60, com a inevitável Janis Joplin (Me and my Bobby McGee) e a ajustadissima "House of the Rising Sun". Para trazer as memórias ao de cima (daqueles que sentiram esse tempo) ou contar histórias do mesmo (para quem nasceu depois). Divirtam-se.

domingo, 15 de maio de 2011

Patagónia - Viejo Expreso Patagónico

From Esquel to Nahuel Pan in the Old Patagonian Express

After the 600km that brought us from the Atlantic to the Andinian mountains, another special move was waiting for me in Esquel. To travel in the mythic Patagonian Express (La Trochita, 75 cm width between tracks) that use to move within Esquel and El Maiten (Chubut Province), and a bit later until Inginiero Jacobacci in Rio Negro. 400 km of railroad, along the foothills of the Andes, in a steam locomotive that took around 24 hours to do. Stepping on Board just transport you to the great adventures of the conquer of American west with the Iron Horse and the lost stations in the middle of nowhere, openening far horizons.

After o good night sleep, i picked up my camera, and walked along with Sergio Correia to Esquel railway station to dive in an adventurer past that made me feel inside those fantastic movies of the old west of my childhood playground, such as that fantastic "Once upon the time in the west". From the times i was a just a fearless cowboy until, guided by Buffalo Bill and my father, i felt in love with indians and their culture well balanced with nature. Sitting Bull, Geronimo, Cochise among so many others feed my nomad soul since then.

With no more words, i invite you to travel with me & Sergio Correia, and with Ennio Morricone (The Man with Harmonica) and Las Cuerdas de Oro (El Condor Pasa), in a fantastic adventure towards the end of the world. Enjoy it with your own imagination
Depois dos 600 km que nos trouxeram até à Cordilheira andina, esperava-me uma aventura que sonhara desde que saira de Portugal. Viajar em La Trochita, o velho expresso patagónico, que fazia um trajecto desde Esquel a El Maiten, e mais tarde até Inginiero Jacobacci. 402 km de via ferrea estreita (75cm de bitola) ao longo das fraldas dos Andes, que durava qualquer coisa como 24 horas a fazer. Ao entrar num comboio daqueles entra-se na história da conquista da América, do "cavalo-de-ferro", das estações perdidas em nenhures, enfim do rasgar intrépido de territórios inexplorados.

Depois de uma noite retemperadora em Esquel, carreguei a máquina fotográfica, e lá trepei para o velho expresso, com o Sergio Correia, para um mergulho num passado aventureiro, que me fez sentir dentro dos filmes que povoaram o meu imaginário de criança/adolescente, como é o caso desse fabuloso "Era uma vez na América". Vieram-me à memória, naturalmente, as brincadeiras em que eu representava o papel de um cowboy destemido que enfrentava qualquer aventura e matava todos os índios mauzões que barravam o meu caminho de conquista. Mais tarde, guiado por esse mitico heroi Buffalo Bill e também pelo meu pai, essa atitude foi caindo à medida que ia entrando mais dentro da cultura india e me ia apaixonando sobretudo pelo equilíbrio com que viviam com a natureza. Deixei de os matar e passei a admira-los. Sitting Bull, Geronimo, Cochise entre tantos outros, alimentam a minha alma nómada desde há muito e o meu imaginário daqueles tempos mudou radicalmente.

Sem mais palavras, sugiro que me acompanhem nesta viagem até Nahuel Pan, na companhia do Sergio Correia, do Ennio Morricone (The Man with Harmonica) e dos Las Cuerdas de Oro (El Condor Pasa) e sintam essa vibração histórica, com a vossa própria imaginação

sábado, 7 de maio de 2011

Patagónia - Opening the Range

Trelew-Esquel

All of a sudden, all the anguish that´s deep inside you, comes up and move out in a continuous mouvement, unloading its weight out of you. That´s what i felt as i penetrate deeply into Patagónia, from Atlantic coast (Trelew) and the base of Andes (Esquel). 600 km of an overwhelming and freeing track, through the sorrow of the infinite, sometimes stopped by a rare gas station or, yet more rarely, a little town where everything seemed closed, but where something is always open. Allow me to walk through with you and this friend of my year, Jesse Cook (That´s right and Tempest), re-tasting that unforgettable on the road moment towards Esquel where we had the old patagonian express (Trochita) to catch in our way to Nahuel Pan. If you like the music, look for the albums Vertigo and/or Nomad.

Kisses and hugs

De repente, toda a angustia que está lá enterrada no mais profundo do teu ser, vem ao de cima, saindo de seguida, libertando-te do seu peso. Foi isso que senti ao rasgar a Patagónia, desde o Atântico (Trelew) até às fraldas da cordilheira andina em Esquel. 600 km de trajecto assombroso e libertador, naquela infinitude bucólica e serena interrompida por umas estações de serviço ou, muito raramente, uma pequena povoação onde tudo parecia fechado, mas sempre com alguma coisa aberta. Deixem-me reviver convosco esse trajecto em direcção a Esquel onde queriamos apanhar o velho expresso patagónico (Trochita) até Nahuel Pan, na companhia de um amigo que recomendo vivamente: Jesse Cook (That's Right and Tempest). Se gostaram da musica, procurem os albuns deleVertigo e/ou Nomad.

Beijos e abraços