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domingo, 28 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Live on your dreams

Palma - Barcelona

And when everything seems to be lost, one day you will see the light shining on and you will know you have conquered it. We did it. But… what´s next?
We did it. I tis done. Some will exagerete the success. Others will try to diminuish the thing. The fucking markets will labbel a price (when this is the case) in your fronthead. But really, really it really doesn’t matter, because we were the ones that did the walk, that enjoyed and stumble along the track, gaining new departs for other dreams and knowledge for other ways that will come. And the claps, and fireworks in the kingdom, and the envys and the flattering, and all that “harmonic” social cocktail that always bursts out in these kind of occasions, that will not sum or subtract anything to the real achievement. Not at all. It has been our dream. Not theirs. 

Only you can correctly evaluate your path, no one else.

Furthermore, the dream does not usually end when it is conquered. Most part of the times the ultimate dream is to keep it, ever after. If we can do it, we will have that fantastic thing of living the dream while dreaming. If not, the true value of the conquest vanishes with the time roll.


I slide with this feelings within the last journey of the UIM story, that take us to Barcelona. With the immortal Freddy Mercury, first with Queen (Bohemian Raphsody), then with Monserrat Caballé (the unavoidable Barcelona)



THE WALK OF LIFE - ...and be free from nunocruz on Vimeo.

E finalmente, temo-lo ali à mão. Incontornável. Só uma fatalidade nos impede de o conquistar. Conseguimos. Mas… e depois?
Conseguimos, está conseguido. Os outros valorizarão o feito, uns mais, outros menos, inflacionando ou reduzindo o seu efeito. Pouco importa, no entanto e realmente, porque o caminho fizemo-lo nós, na alegria e na dificuldade, tirando dele partidas para outros sonhos e ensinamentos para outros espinhos. E as palmas, e os foguetes, e as invejas e as bajulações, enfim todo esse cocktail de hormonas social que irrompe nessas alturas, e os títulos que se ganharam ou aqueles que se deviam e alguém sonegou, isso não tira nem põe nada na questão. Pelo contrário. O sonho é nosso, não é deles.  Para além disso, o sonho nem sempre acaba quando se o conquista. Muitas vezes reside no saber mantê-lo, depois. Se o soubermos fazer, usufruímos dessa coisa fantástica de viver o sonho enquanto se sonha. Se não o soubermos, o valor da conquista desvanece-se no tempo até desaparecer.

Só o próprio pode atribuir o verdadeiro valor do feito (se o souber fazer de uma forma honesta e lúcida) e só o próprio pode dizer quando acabou. Mais ninguém. 

Deslizo com esses sentidos pensamentos pela última etapa da viagem UIM, que nos leva a Barcelona. Com o grande Freddy Mercury por companhia, primeiro com os Queen (Bohemian Raphsody) depois com Monserrat Caballé (inevitavelmente…Barcelona)

Boa vida para vocês todos, Creoulinhas & Creoulões, Buena Vida para usteds todos. 

sábado, 20 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Don't Give Up

Palma – Soller – Port de Soller
You dream, you learn, you love with passion your way, but the track of adventure is not empty of disadventure (otherwise it wouldn’ be na adventure). And then, when the horizon seems  not to be achievable, the willing of give up comes up. Sometimes with the realism that in those circumstances it is not possible, other times with the pessimism that the lack of self-confidence brings along or others with the lack of that naïf optimism that makes possible the impossible. In fact, i think that the commitments of every life are those that we were capable of not giving up. And most part of the times, it is enough to step aside, feel the pleasure and the love of the way without concentrating to much in the horizon, gaining the strength to proceed.
I reflect on this through the fantastic history of Soller and its impossible train (Ferrocarril de Soller) through the frightening Tramuntana (the difficult and amazing Mountains of Mallorca) that took them out of isolation and open the doors of development. The unbeatable will of the Soller people terminated with that isolation transforming the one day difficult journey in a smooth 2 hours trip (today only one hour), widening the possibilities of both the rich industry and the tourism. Amazed with that history, I stepped aside of the Creoula saga and lived the adventure of that train, with the old theme of Peter Gabriel (Don´t give up), which have a fantastic reality within our days (pay attention to the lyrics of the song) and a deep message to resist to give ups.
Rudyard Kipling said one day…  
God grant me the serenity to accept the things I cannot change, courage to change the things I can, and wisdom to know the difference.
Kisses and hugs. See ya next week


THE WALK OF LIFE - Don´t give up from nunocruz on Vimeo.

Sonha-se, aprende-se, ama-se com paixão, mas o caminho da aventura não é isento de desventuras (senão também a aventura não teria gosto algum), mais ou menos difíceis de ultrapassar. E aí, quando o horizonte parece inalcançável e a descrença sobrevive, vem a vontade de deixar cair a coisa, de abdicar do horizonte em favor de uma coisa mais confortável. Umas vezes com o realismo de quem entende que aquele percurso, naquelas circunstâncias, é impossível de alcançar, outras com o pessimismo que a falta de crença e de autoconfiança trazem, outras ainda pela falta de um ingénuo optimismo que transforma o impossível em possível . Na realidade, tenho para mim que os cometimentos da vida de cada um são aqueles de que não se desistiu. E muitas vezes basta dar um passo ao lado e sentir o prazer e o amor que existem no caminho sem concentrar demasiado no alcançar do horizonte, ganhando  a força necessária para o prosseguir.
Reflicto nisto a propósito da história das gentes de Soller e do seu “inviável” Ferrocarril (até Palma de Mallorca) que os tirou do isolamento e abriu as portas ao desenvolvimento da industria e do turismo de uma belissima zona entalada no meio da temível Tramuntana, que todos diziam demasiado para levar a bom porto. A vontade férrea das gentes de Soller, no entanto, acabaria  com o esse isolamento transformando um sinuoso trajecto que demorava cerca de um dia a fazer numa viagem de um par de horas (hoje em dia, cerca de uma hora). Encantado pela sua história, abandonei por um dia a saga do Creoula e fiz-me ao caminho, acompanhada de um velho tema de Peter Gabriel (Don´t Give Up) que tem uma actualidade assombrosa nos nossos dias (prestem atenção à letra da música) e uma mensagem profunda sobre a capacidade de resistir à desistência). Rudyard Kipling disse um dia…
Deus me dê a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para distinguir a diferença

Beijos e abraços

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Learn & Love

Ceuta - Formentera - Mallorca
4,5 days on board. 2 days on shore

Ok. Dreaming is easy, is just to let our imagination free, after all the pulse of the human brain. But the act of dreaming doesn’t end up (at least commonly) in the image we have just created within our souls. Not at all. Dreaming gives you a dynamic movement of the body and mind that push us forward, to go after those dreamed dreams. For that, we have to put our feet on the ground, without losing the dream, get all of it, learn the knowledge we need to conquer it and love everybody and everything that crosses our way, with whom we will share paths, revolutions and happinesses. To the initial uncertainties, proper of those that start a walk, there will be lighthouses that will show the obstacles of the way. Later, we will be lighthouses for those who dare to dream after us. And step by step, we will build something that as worth to live and taste, even if the final goal is not achievable. As I said in last chapter, is in the way that one may find the happiness, not in the horizon. Horizons just work for opening a way.
And so, defeating our fears, with both body and brain used to the sweet balance of the Creoula in Mediterranian waters, we moved to Palma de Maiorca, in our way to Barcelona, tasting deeply the way, learning and loving the oceans and all the people that travel together with us. The sailors and their commanders with their discipline and  marked hierarchy, the students and their permanent rebel state, cadets of the naval school (for me those who have the most difficult task since they are in students age but under a strong discipline), and finally the tutors that have to put in position of those that know nothing and learn from the beginning. All together,  guaranteeing the movement of Creoula, learning what has to be learned and loving the path. 4,5 days living on board followed by feet on shore again on a tour around Palma de Maiorca, evolved by the magic words of Fool’s Overture (Supertramp) because we all have to be a bit crazy, Uprising (Muse) because every generation always have to promote mind revolution,  The Ripe & Ruin and Something Good (Alt-J), because everything has always a good and a bad size (we only have to look were e want). Hope you like it
Kisses and hugs and see you next week.


THE WALK OF LIFE - Learn and Love from nunocruz on Vimeo.

4,5 dias a bordo. 2 dias em terra

Pois é. Sonhar é facil, é dar livre arbitrio à imaginação, afinal o pulsar do cérebro humano. Mas o acto de sonhar não se esgota (pelo menos normalmente) na imagem que criamos na cabeça. Não pode, de todo. O sonho cria um dinamismo físico e espiritual que nos impele para a frente, em busca desses sonhos, em direcção ao horizonte sonhado. Temos pois de pôr os pés no chão e, sem nunca perder de vista o sonho, apreende-lo, aprender o conhecimento que temos de incorporar para poder persegui-lo e darmo-nos ao amor pelas pessoas e suas coisas que seguem um caminho paralelo com o nosso, com quem compartilharemos trajectórias, revoluções e felicidades.  Á titubeancia inicial, própria de quem segue um trajecto por trilhar, surgirão  faróis que iluminam o caminho e nos mostram os escolhos. Nós próprios, mais tarde, seremos também um farol para esses alguéns que se lançaram nos sonhos. E passo a passo, construiremos algo porque valeu a pena correr, mesmo que o fim seja inalcançável, inatingível. Como disse antes (no capitulo anterior), é no caminho que estão as alegrias, os empolgamentos, a felicidade. Não no final, que esse serve apenas para marcar um caminho. Tal e qual.
E assim, vencidos os medos, já com o corpo e a mente bem habituados ao suave balançar do Creoula em águas mediterrânicas, lá disparamos em direcção a Palma de Maiorca, no nosso caminho para Barcelona, saboreando intensamente o caminho, aprendendo e amando o mar, o Creoula e todos os nossos parceiros de viagem. Os militares (comando e guarnição) com a sua disciplina e hierarquia marcada, os instruendos rebeldes, irreverentes e irrequietos, os cadetes e a sua vida mista (eu diria que a mais difícil de todas) que tem de combinar o sonho com a disciplina, e finalmente os tutores (em que orgulhosamente me incluo) que se tem de pôr na posição de quem nada sabe. Todos juntos, garantindo a marcha continua do Creoula, aprendendo o que há para aprender sobre o mar e, em amor genuíno, saboreando as felicidades que o trajecto nos traz. 4,5 dias seguidos de vida a bordo, nos tais 85m de comprimento, seguidos de uma volta com os pés em terra pela ilha de Mallorca, embalados pelas mensagens inscritas em Fool’s Overture (Supertramp) que de louco todos nós temos de ter um pouco, em Uprising (Muse) porque cada geração tem de revolucionar mentalidades, The Ripe & Ruin e Something Good (Alt-J), porque todas as coisas tem sempre um lado bom e outro mau (apenas temos de olhar para o que queremos).

Beijos e abraços e até para a semana

terça-feira, 9 de setembro de 2014

THE WALK OF LIFE - Dream

Lisboa – Ceuta.
3 days on board + 7 hours in Ceuta
I look the ocean once more, knowing that since my last UIM adventure the I will never look into it the same way. I see far beyond that pleasant blue surface that matches well in every landscape and gives you a wide sort of near-shore activities. No. I see the ocean in its whole influence on the sustainability of the planet, the geopolitics, the energy, the geology, the (animal, vegetal and mineral) resources. I dive into it melting with its waters, being within.
Fantastic that idea of claiming for the universitarian attention to the oceans, appealing to their sense of adventure, by taking them through the ocean while combining Knowledge, Adventure, Love, Frienship. The training ship Creoula (Portuguese Navy) gives a tasteful romantic touch which is impossible to deny.  
Some get into this adventure as a consequence of a delirious moment. Other come because they saw it in a flier and they dreamt about something they cannot explain. Others, just because of that instinctive sense of adventure that flows through their veins.  And some, just from a joke played by their relatives. At the end, no one really thought a big deal about it. And so, when you step in the Creoula’s deck, a iced sensation invades your body and mind, frightened by the worry of not being skilled for that adventure.    
But it has been working pretty well, because the population is in the age of dreaming and willing to learn how the dream commands life. Damned will be the generation that couldn’t dream because they will be naked of a soul light and colour. They will never know the happiness of the walk path. Which, in fact, is the happiness itself. Alvaro de Campos said once " Only what we dream means what we really are, because everything we have already done belongs to the world and to everybody. Sharp, i would say.
Dream along with me through this adventure that took us from Lisbon to Barcelona. Today the first (Lisboa to Ceuta) of four Episodes, with the emotional words and music played by Estudantina Universitária de Coimbra (a Tuna which I helped to create and with whom I have had a full basket of adventures), Traçadinho (portuguese typical drink of wine with soda), dreaming with Roger Hodgson (Dreamer) and walking the life with Dire Straits (Walk of Life). See you next week. Hugs. I hope i can make you dream.


The Walk of Life - Dream... from nunocruz on Vimeo.

Lisboa - Ceuta. 3 dias a bordo + 7 horas em Ceuta
Olho o mar, da minha varanda, uma vez mais. Nunca mais o olhei da mesma maneira, depois da ultima aventura UIM. Desde então que o vejo muito para lá daquela superfície azul que encaixa lindamente na paisagem, ou daquele near-shore que me serve umas banhocas ou umas voltitas à vela ou a motor nas redondezas. Desde então, aprendi da sua influencia na sustentabilidade do planeta, da sua determinancia na geopolítica, na energia e nos recursos animais, vegetais e minerais enfim, mergulhei bem fundo e diluí-me nele.
Fantástica ideia essa de chamar a atenção da população universitária (na idade das escolhas) para o mar apelando ao seu espírito de aventura, embarcando-os numas semanas de mar onde se mistura  Conhecimento, Aventura, Amor e Companheirismo. O NTM Creoula dá-lhe um saborosíssimo toque romântico. Impossivel não ceder ao apelo.
Uns (professores e alunos) inscrevem-se nesta aventura fruto dum devaneio, muitas vezes após uma boa noite de copos ou de uma cena em que se impõe mostrar a valentia. Outros porque leram num panfleto e sonharam com algo que nem sabem bem o que é. Outros ainda, têm entranhado no corpo e no espírito a alma da aventura. Quiçá outros, uma partida de uns amigos malandros. No final, ninguém pensou maduramente no assunto. Seguiu (felizmente) apenas um impulso. Por isso, quando se pisa o deck do Creoula com apenas 85m de comprido, invade-nos o corpo e a alma uma sensação gelada do medo de porventura não estar à altura do empreendimento.
Mas funciona sempre. Em pleno, estendendo-se já para além de uma década este empreendimento da Universidade Itinerante do Mar (UIM) a bordo do Creoula. Simplesmente por ser uma aventura que se confunde com as próprias aventuras da vida, numa idade de testar capacidades, de inventar, de ousar um mundo melhor. Enfim, a idade de sonhar e de deixar o sonho comandar a vida. Ai da geração que não sonhe, porque terá despido a sua alma, perdido a sua luz, desbotado a sua cor. Não saberá nunca o que é a felicidade do percurso, que afinal não é mais do que a felicidade em si mesma. Disse um dia um dos nossos escritores (Alvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa) que tudo aquilo que sonhamos é aquilo que realmente somos porque o que já fizemos pertence naturalmente ao mundo e a toda a gente. Nada mais certeiro, diria eu, acho que em nome de grande parte daqueles que ao longo dos anos tem vindo a participar nesta aventura. E quão necessitados não estamos nós todos de sonhos?

Sonhemos então todos juntos neste primeiro (Lisboa - Ceuta) de quatro episódios dessa aventura no Creoula que nos levou de Lisboa a Barcelona, embalados nas palavras e na música da Estudantina Universitária de Coimbra (Traçadinho) (uma Tuna universitária que tive o prazer de ajudar a formar e com quem deambulei aventuras a fio), sonhando ao ritmo de Roger Hodgson (Dreamer), enfim fazendo connosco este passeio de vida com os Dire Straits (Walk of Life). Espero fazê-los sonhar  Para a semana há mais. Abraços