Cahora Bassa
A friend (João Pedro Matos Fernandes), which
happens to be actually living in Mozambique, threw out a sentence to the heart
of a working group like this one that stayed forever marked in my brain and in my
heart. He said:
-
Don´t
make confusion between working in joy and a bad sense of responsibility. It is
laughing that you are able to produce a good work
And that multidisciplinary group, working in
the Azorean coastal area management, commanded by the fantastic Ana Barroco (Quaternaire,
Portugal), was a living image of what he meant to say. More than 10 years
after, this working team is still breathing joy at work, no matter those who
left and those who joined in, and I believe that it will last forever.
In this African cross country it happens
exactly the same, without need for the sentence to be said. It was actually
said by our instincts, at every hour and every minute of this FUNTASTIC journey.
Despite going through exhausting days, painted with colours of toothaches
(Miracle man), broken backs tortured by jumps in impossible roads and smashed
by the dreisin hard suspensions (Broken Back) or by the African dizziness that
you never know if it is a problem of food, malaria or something else (The Holy
Mother of Waters), the smile never felt and miracles just happened at the rhythm
of a clap (Miracle man). Everything under the fantastic supervision of the Commodore,
who conquered that extraordinary achievement in Africa of doing everything as
scheduled. At the end he was with a toasted ear as a result of so many hours on
the phone, but he never lost his “north” and his smile. And I, quietly seated
in my corner, feel the same thing I felt with the Azorean adventure.
In our way back, we couldn´t deny ourselves a
jump to a Portuguese pride that Broken Back had wined for us: the Dam of Cahora
Bassa. A little bit of tha shining Portugal that we are proud of to compensate
the shadowed Portugal that we actually have. Guyamas Sonora (Beirut) is perfect to illustrate that trip, that
place, those friends, those smiles. Join along and smile with us.
AN AFRICAN CROSS COUNTRY - Smiling out loud from
nunocruz on
Vimeo.
Um amigo, que por acaso reside actualmente
em Maputo, o João Pedro Matos Fernandes, atirou com uma frase para o meio de um
grupo de trabalho, tal como este, multidisciplinar, que me ficou profundamente
gravada na cabeça e no coração. Disse ele:
- Não se confunda alegria no
trabalho, com irresponsabilidade, desleixo, desonestidade ou incompetência. A
rir se faz o trabalho bem feito.
E esse grupo de gente que se
juntou para fazer uma série de planos de ordenamento da orla costeira açoreana (Quaternaire),
encarnava precisamente aquilo que ele queria dizer. Há longos anos dura essa
equipa, que as gentes que saem e as outras que entram não lhe retiram alma,
pelo contrário, e eu acho que não acabará nunca (vai daqui um beijinho enorme à
Ana Barroco, que soube lançar e conduzir toda essa boa gente ao longo de todos
estes anos; beijos e abraços naturalmente para todos os outros com quem tenho
tido o prazer de conviver).
Pois bem, nesta viagem aconteceu
precisamente o mesmo, sem que a frase tenha sequer chegado a ser dita. Foi dita
simplesmente pelo nosso instinto a toda a hora e minuto desta jornada.
Espectacular. Por entre dias desgastantes, à mistura com abcessos (Milagreiro),
profundas dores nas costas carregadas por saltos da 4x4 ou pelo matraquear da
Dreisin (Costa Quebrada) ou mal-estares de África daqueles que nunca sabes se
vem da comida, da malária ou de outra coisa qualquer (Sra. das Águas), nunca o
sorriso se escondeu e os milagres sucederam-se ao ritmo do bater das palmas
(Milagreiro). Superiormente conduzidos pelo Comodoro que conseguiu essa coisa
fantástica de conseguir em África numa jornada deste tipo, de tudo correr
dentro do planeado. Ficou com a orelha quente de tanto telefonar, mas nunca
perdeu o rumo nem o sorriso. E eu, sentado no meu cantito, vejo a mesma coisa
que sempre vi na aventura açoreana.
No regresso, não podíamos deixar
de fazer a peregrinação a um santuário da engenharia portuguesa, que o Costa
Quebrada tinha descolado para todos. Cahora Bassa. Um pouquito do Portugal
radioso de que todos nos orgulhamos, para abafar o Portugal sombrio de fraca gente que
actualmente temos. Guyamas Sonora (Beirut)
traduz bem aquela viagem, aquele lugar, aqueles amigos, aqueles sorrisos. Cheguem-se
para cá e sorriam connosco.