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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

THE RAILROAD ADVENTURE - Children of a Far World

Somewhere in Niassalândia

When i landed in Blatyre and stepped Malawi for the first time i let my eyes move freely through the panels, always available in the airports announcing what is there to be announced. In there what took my attention it was a tipically african sunset with those fine words in the bottom:

Malawi, the Warm Heart of Africa

It was like a welcome message. really Warm.

At the end of that short visit, when i was looknig for a book telling things about Malawi, as i always do, i was caught by the same words, this time in a book written by Sandy Ferrar with photos of Frank Johnston, who lived adventured lifes (their histories are fenomenal) there and felt in love by that country and that people. Frank Johnston was the responsible for those words i had seen in the airport in the first place. 

Theyr book, which i devored in the plane back home, gave me something that rarely i have had from any other book. Their words and photos, perfectly described what my emotions had passed to me during my stay and in fact, those words were superbly illustrative of Malawi.

Ghandi said once that it is between children that one can understand more clearly the law of love. With this in mind, i invite you all to follow me and the Mother Africa, Miriam Makeba (Umbhaqanga, Live Humble e Pata Pata), to get in touch with this warm heart of africa, through Malawi children. I hope i can make you feel the gentle, the joy, forgiving and and laughter-filled traits of Africans, that Johnston wanted to illustrate.

See ya


THE ADVENTURE OF THE RAILROAD - Children of a far world from nunocruz on Vimeo.

Quando aterrei no Malawi e esperava a bagagem na confusão do pequenissimo aeroporto (?) de Blantyre, passeei os olhos pelos cartazes que sempre estão expostos por nesses sitios anunciando sobretudo a oferta turistica. Ali, o que me cativou realmente foi um cartaz com uma paisagem africana ao fim da tarde que dizia simplesmente:

Malawi, the Warm Heart of Africa

Funcionou como uma mensagem de boas vindas. Acolhedor.

No final da minha viagem, quando fui à procura de um livro sobre o país, como sempre faço, deparo-me com a mesma frase escarrapachada num livro, escrito por Sandy Ferrar com fotografias (fabulosas) de Frank Johnston, dois personagens que por ali viveram uma vida de aventuras e se apaixonaram por aquele país e aquele povo. Frank Johnston foi quem gerou aquela frase que eu vira no aeroporto. 

O livro deles, que avidamente li no avião, deu-me uma coisa que raramente outro me deu. Estava lá escarrapachado o que eu sentira com o meu coração na curta (mas intensa) estadia por aqueles lados. A frase, essa, encaixa na perfeição.

Gandhi disse um dia que é entre as crianças que melhor se pode compreender a lei do amor. Com isso no pensamento, convido-vos a acompanharem-me a mim e à fantástica Miriam Makeba  (Umbhaqanga, Live Humble e Pata Pata) com a sua música, a sua voz e as suas mensagens de "Mãe Africa", a conhecerem esse warm heart of Africa através das suas crianças. Espero poder passar a alegria sincera, a gentileza e a dádiva de perdoar todo o mal que lhes tenham feito, que levaram Johnston a proferir aquela frase que vi à entrada, no aeroporto.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

THE ADVENTURE OF THE RAILROAD - In the middle of nowhere

Zelewa, Malawi

I have always felt a deep fascination by the world of trains. I´ve followed, since my youth, several stories of the American far-west or the railroad construction in India and Sri Lanka (Trains where one of the main military supports for the british during the colonial era), and some more that get mixed in my head.

I have already travel in some "classics" like the Viejo Expresso da Patagónia, la Trochita, (in the company of my friend Sergio Correia co-worker in MOTA-ENGIL), the Serra Verde Express from Curitiba to Paranaguá (which was professionally visited by a distinctive figure of Geotechnics, Karl Terzaghi), i was about to go on the Transmongolian, but at the end was not possible (i will go for sure, once this crisis gets over), i tried (but it become impossible to manage my work agenda at the time) to travel in one classic line in Sri Lanka, and i still keep in my mind some other trains like the Orient Express (which i knew through the fantastic Agatha Christie and her Poirot), the India trains (i haven´t had the chance to go there, yet) and especially the african trains with emphasis in the one that crosses africa from Quenia to Cape Town.

But above all, what always excited my poor adventurer soul, was to imagine was the construction of the railway line itself, crossing unique places, full of danger and adventures. In that sense, for ilustration of this, i strongly recommend you to see the fantastic movie of Sergio Leone, Once Upon the Time in the West, with supreme Henry Fonda, the tasteful Claudia Cardinale and a fantastic interpretation (believe it or not) of Charles Bronson that doesn´t talk much but plays harmonica in a way that penetrates deep in your soul. 
Don´t miss it.  

So, it is not difficult for you to imagine the heart attack i had, when i was called to go to Malawi to solve a railway problem (so many good references of there i have from the history of Dr. Livingstone, one of my adventure gurus) in the line that MOTA-ENGIL (the company where i work) is raising for Vale do Rio Doce, betwee Moatize and Nacala.

This is the story (3 episodes) of what my eyes could see and my soul could understand, during my field worlk, superiorly guided by Virgilio Forte and in the company of Jorge Cruz, António Hipólito and Jorge Barros, integrated in the same mission. Later, another geotechnical team that was working for another report i had to produce for the same line (my Carin, Luis Povoas, Lino and Helder Tareco), would join us making the trip even more tasteful.

Please give me the pleasure of joining me in this adventure, today in the company of African Drum Masters (Voices Apart), Miriam Makeba (Holilili) and Wes (Alane).

Hope you enjoy


THE ADVENTURE OF THE RAILROAD from nunocruz on Vimeo.

Desde sempre que tenho o fascínio pelos comboios. Acompanhei várias histórias do far-west americano, uma série de episódios dos ingleses na India e no Sri Lanka (uma das principais armas militares da coroa britânica era o caminho de ferro), e outras mais que se misturam na minha cabeça. 

Já fiz alguns clássicos como o Viejo Expresso da Patagónia (la Trochita), na companhia do meu amigo Sergio Correia parceiro também no trabalho na MOTA-ENGIL, o Expresso da Serra Verde de Curitiba até Paranaguá com vários amigos portugueses e brasileiros da profissão geotécnica ( e onde esteve em trabalho o incontornável Karl Terzaghi), já estive com um pé no Transmongoliano mas acabei por não poder ir (mas hei-de ir um dia, quando a crise acabar), tentei (mas não deu) andar nos comboios do Sri Lanka, bem à imagem dos caminhos de ferro criados pelos ingleses na era colonial,  e tenho em mente há muito entrar no Expresso do Oriente (metido na minha cabeça pela Agatha Christie e o seu Poirot) e nos comboios indianos e africanos, sobretudo o que vai do Quénia até à cidade do Cabo. 

Mas sobretudo, o que sempre excitou a minha alma mais aventureira, foi a construção da linha propriamente dita, atravessando lugares inóspitos, pejados de perigos e aventuras. Recomendo como ilustração do que digo, um filme fabuloso do Sergio Leone, chamado Once Upon a Time in the West, com o Henry Fonda, a saborosissima Claudia Cardinale e uma interpretação genial do Charles Bronson (por incrivel que possa parecer, é verdade) que não fala praticamente nada durante todo o filme, mas toca harmónica de uma maneira que penetra no fundo da alma. 

E assim, imaginem o sobressalto do meu coração, quando fui chamado a resolver um problema de caminho de ferro no Malawi (enormes referência tinha eu dali, das coisas que li de um guru da aventura o Dr- Livingstone), na secção da linha entre Moatize e Nacala, que a MOTA-ENGIL está a construir para a Vale do Rio Doce. Esta é a história do que os meus olhos viram e a minha alma viveu e discerniu, na inestimável companhia do Virgilio Forte que ali nos guiou com mestria, a mim, ao Jorge Cruz (há muito que queria fazer uma viagem com ele), ao António Hipólito e ao Jorge Barros, comigo integrados na mesma missão. Mais à frente teria ainda a oportunidade de encontrar a "minha" braça direita Carin Mateus, o Luis Póvoas, o Lino e o Helder Tareco, a trabalhar numa outra secção da mesma linha, para um outro relatório também a realizar pelo departamento que coordeno.

Dêem-me o prazer de saborear comigo essa aventura (3 episódios), hoje na companhia dos African Drum Masters (Voices Apart), Miriam Makeba (Holilili) e Wes (Alane).

Have Fun

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

HISTORIES OF LOST LOVES - Terras de Moncorvo

Terras de Moncorvo

If we got to start a new world, from where should e begin?! For me it is quite simple
First, start building him from the bottom to the top, cluster by cluster. Not in "from top to bottom" we have fallen in.
Then, care about each other. Simply that
Breathe with me these toughts in Terras de Moncorvo (Fantastic portuguese little town of northwest of Portugal), in the company of Berthold Brecht, the soul of Francisca, floating in Kepa Junkera (Muskerraren Balsa e Maita Nun Zira) music.

First they took the negros, but i didn´t mind about. I was not a negro
Then they took the workers, but i didn´t mind about. I was not a worker
Then they arrest the miserable, but i didn´t mind about. I am not a a miserable
Then they grabbed the employees, but since i have a job  also didn´t mind
Now they are taking me, but it is too late
I didn´t care for anybody Nobody cares for me

Bertold Brecht (1898-1956)


HISTORIES OF LOST LOVES - Looking for a Sunny World from nunocruz on Vimeo.

Se temos que começar um mundo novo, por onde começar. Para mim é simples. 
Primeiro começar a construi-lo debaixo para cima, cluster a cluster, ao invés do "cima para baixo" em que caimos.  
Depois, importar-mo-nos uns com os outros. Simplesmente isso. 
Para ilustrar isso, não resisto a misturar Terras de Moncorvo e arredores ao poema de Berthold Brecht (trazido a mim pelo meu amigo Edmundo Meirim), seguido da voz linda do coração da Francisca, tudo embalado por Kepa Junkera (Muskerraren Balsa e Maita Nun Zira). Venham lá daí e respirem esse pensamento comigo.

Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso. Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso. Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso porque eu não sou miserável
Depois agarraram os desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei
Agora estão me levando... mas já é tarde.
Não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

HISTORIES OF LOST LOVES - Douro Internacional

Douro Internacional, North of Portugal

After all, the world really came to an end, in the 21 of December. Nobody noticed, but it really ended. And a new start has begun. You´ll see.

Maybe it is time to slow down and think about what direction to follow. That´s what i did with family and friends this week-end in Terras de Moncorvo, superiorly guided by my good friend Beto Areosa, who once had the wisdom of choosing this place to go through his life. Lucky man.

So, flow around with me in the international section of our River Douro, enjoying that smooth peace of its course, blown by my daughter Francisca, in her own words spoken by her voice. I tried, yet  i was not able to translate her sweet and mature emotions in english, but you can follow the sense of it in the lyrics of the songs: a Jigsaw (Return to Me) and Boy & Bear (Falling at your Feet). We called it Histories of Lost Loves, meaning histories of lived lives. 
Nice duet of the Nomad & Daughter.

Finally i would like to send a big kiss to Isabel, an usual companion of this blog, for her birthdate


HISTORIES OF LOST LOVES - By the Hand of the Nomad's Daughter from nunocruz on Vimeo.

Afinal o mundo acabou mesmo, no 21 de Dezembro. Ninguém reparou, mas acabou mesmo. E um novo começo arrancou. Acreditem.

Talvez por isso, seja tempo de pensar no horizonte a perseguir. Foi o que eu fiz na companhia de família e amigos neste fim-de-semana em Terras de Moncorvo, superiormente guiado pelo meu bom e velho amigo Beto Areosa, ele que um dia teve a sabedoria de escolher este lugar para fazer deslizar a sua vida. Certeiro.

Venham lá daí comigo sentir a calma paz do Douro Internacional, empelidos pelas palavras e voz da minha filha Francisca, que comigo fez este filme (2º episódio para a semana). Nós dois e a Jigsaw (Return to Me) and Boy & Bear (Falling at your Feet). Chamamos-lhe Histórias de Amores Perdidos, querendo dizer histórias de vidas vividas. 
Nice duet of the Nomad &; Daughter. 

Finalmente, queria deixar aqui um beijo de parabéns a uma companhia adorável deste blog. Isabel