Perth
And in one month, i have travel at light speed (one week of work between two week-ends in airports and airplanes) to Peru and Australia. Tiring business, that´s for sure, but as i always say you've got to taste your path, even if it is for just some decisive moments.
I left Porto, one saturday in the evening, leaving behind me a horrible scenario of "everything in flames", dark horizon of so many fears of an uncertain future. Monday, before dawn i had landed in Perth, Western Australia, falling in a world i thaugth vanished. Neither laziness nor rush, everything made in a balanced and serene way. No sign of the worried faces we are used to find all around us everyday, and that we guess in the faces of all europeans and americans. The obvious fall of a selvatic capitalism favoured by these two continents after the fall of the Berlim Wall. The promises that it has brought to our generation and where all this has ended. A strange "revanche" of the comunist empire's fall.
And there, in the homeland of the only Australian i really know, Martin Fahey, once again i look at all this i had left behind, but this time with a distant look and the australian evidence that it is possible to rule our lives in a different way (observe the harmony between seaguls and ducks, at the end of the movie, and see what i mean). To me, and my travelling beloved partner Carlos Rodrigues, Perth gave us the possibility of having a fresh and realistic look of all these, embeded by the sounds of Take Five (David Brubeck) and Bosshanover (Mo´horizons).
Kisses and hugs
E em cerca de um mês, duas viagens à velocidade da luz (uma semana de trabalho, com fins de semana metido entre aeroportos e aviões), uma ao Peru e outra à Austrália. Cansativo, sem dúvida, mas como sempre digo, há que saborear o trajecto, nem que seja só por breves instantes.
Saio do Porto, num sábado pelo meio da tarde, deixando atrás de mim um cenário dantesco de "tudo a arder", horizonte carregado "envortiçando" temores vários de futuros demasiado indefinidos. Segunda-feira, de madrugada, aterro em Perth, parecendo cair num sitio que já julgava extinto. Nem preguiça, nem pressa, tudo feito de modo equilibrado e sereno. Nem sinal da inquietude que estamos habituados a ver à nossa volta e que adivinhamos estar também um pouco por toda a europa e pelos próprios americanos. A iminente queda do capitalismo selvático e esclavagista que estes dois continentes promoveram após a queda do Muro de Berlim, talvez como uma esquisita "revanche" à queda do império comunista. O que isso prometeu (pelo menos para a minha geração) e em que é que afinal tudo acabou?!
Alí, na terra do único Australiano que tenho a honra de conhecer, Martin Fahey, olhei para tudo isto, mas desta vez com o olhar distante e com a evidência australiana de que é possível governar a vida de outra maneira (observem com atenção a cena final do filme de harmonia entre patos e gaivotas, e sintam o que eu quero dizer). A mim e ao Carlos, estimadissimo compincha com quem foi um prazer fazer este percurso, Perth deu-nos a frescura de olhar para as coisas com serenidade e realismo, em que Take Five (David Brubeck) e Bosshanover (Mo´horizons) encaixam que nem uma luva.
Beijos e abraços