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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Portraits of a Nomad Life

Cadiz, Spain

And suddenly, the feared East wind came up, with an incredible strength and a willing to stay, stopping our journey. It became impossible to face it and cross the Strait of Gibraltar. No way. Some years ago we had tried this and we sailed for hours without moving a inch until the boat start crying making us to go back to nearest harbour with some damage to fix.

As everything in life we have to know when got to be patient or even to give up. And so we stayed for 1, 2, 3 days, somehow going impatient, until we knew that was time to go back aborting destination Gibraltar.

Visiting a city coming from off shore is not the same thing as if you arrive by land. This time i understood the sailor and pirate soul of the city, erected by people that are arriving and departing all the time. And that cooled down my nervous soul, maybe teaching me something useful for the desperating times that are arriving to our lives.

As Kipling once said: May i have the courage to fight the things i can, accept the things i don´t, and wisdom to distinguish the difference.

With a kiss and a hug , and again with Muse as guiding light, i leave you the white beauty of Cadiz.


E de repente levantou-se o Levante, com uma força gigantesca e com vontade de ficar, impedindo-nos de prosseguir viagem. Impossível atravessar o estreito de Gibraltar com ele a "bufar". Não deixa espaço para fugir. Há uns anos atrás tiveramos a mesma experiencia, em que tentamos enfrentá-lo e andamos horas a navegar sem sair do sitio até que o mastro rangeu, a vela rompeu e tivemos que voltar para trás. Como em tudo na vida há que saber ter paciência para esperar que os maus ventos passem, para depois nos fazermos ao mar. Ficamos 1, 2, 3 dias, com algum nervo à mistura que esperar em terra quando se quer ir para o mar traz um pouco de desespero, até que percebemos que já não havia tempo para ir e voltar, abortando o destino Gibraltar. Por vezes é preciso virar a rota, e foi o que fizemos.

Ver uma cidade com chegada pelo mar dá uma perspectiva diferente, uma sensação diferente e nturalmente sente-se uma alma diferente. Para mim foi assim com Cadiz. Entendi a cidade pela sua alma de marujos, de piratas, enfim de gente que chega e parte a todo o momento. Senti-a desse modo, e isso afagou-me a alma nervosa por aquela espera que terminou em meia volta. Aprendi algo nesses dias, que talvez sirva para me dar sapiência para os tempos deprimentemente difíceis que aí vem. A capacidade para lutar por aquilo que posso, a serenidade para aceitar aquilo que não posso e a sabedoria para distinguir a diferença, tal como dizia Kipling.

Com um beijo e um abraço, novamente com os Muse (as guiding light), deixo-vos com a beleza alva de Cadiz.


6 comentários:

Anónimo disse...

Next time you have to take into account that you may have to wait 4 or more days...? The strenght to it (and patience) you build with the last time...

Fez-me bem acordar em Cadiz (com voces)!!!Lindo,cheio de Beleza, Cor, Melodia... Pura Arte (de quem ve e compoem)
Obrigada Maninho....

Anónimo disse...

E sabes?, o Vento tambem se cansa!.., e tambem Ele com toda a sua Forca, se retira para descansar... e' assim, que na vez seguinte, volta, IMPLACAVEL,disposto a nos (vos) dar Luta... Sempre com vontade de jogar (e gozar) o "Grande Jogo" (que e'a Vida...)!

So' tens que estar atento "ao Momento", ver os primeiros sinais de cansaco, ou, se Ele nao os mostrar, ter a Intuicao de quando se vai retirar para fazer a "siesta"...

Beijinhos da
Maninha "Lado Lunar" (?)

P.S. A tua "Muse(a)" e'Linda... E sinto "um traco de Duartinho" no classico "da bailarina"...Inspira(ou)-te..?

Nuno Cruz disse...

É. mas é preciso ser sagaz e sobretudo, manter o estado animico em alta para que a argúcia se mantenha no pico. Eu vou fazendo o possivel, mas por vezes não consegues. Luto sempre muito, é assim que sou, mas cada vez o esforço é menos recompensado e isso por vezes faz-te perder convicção. No entanto, por muito mal que esteja eu nunca baixo os braços
beijos doces para ti

Anónimo disse...

Nuno,
Se vejo as reaccoes que tens no teu blog, se vejo o efeito que este tem em mim (a paz que me traz, os momentos de beleza, o sentir-se "em sintonia" com alguem...), e concluindo como so'posso que alguem que escreve, "compoem", vive como tu vives, nao pode deixar de se sentir recompensado, porque a recompensa vem da Alma, vem da "Paixao"com que fazemos as coisas, vem da Emocao que fazemos sentir "nas Pessoas que contam (aquelas que nos dizem algo)"... "o resto" nao conta (ainda que isso nos possa magoar, fazer injusticados), e tu sabes isso... A melhor maneira de nos protegermos e'nunca esperar nada, apenas fazer as coisas por "Pura Paixao/Conviccao"...e eu sei que e' "desta farinha"que tu es feito, por isso nao fico preocupada...
Um abraco grande
Isabel

Anónimo disse...

Não se acabara, por certo, em ti a faina persistente da procura de outras aguas, de outros passos de bonança ,num sopro enternecido pela essencia doutra gente...pela sede de ir mais longe, de sempre ver mais longe, mais e mais!... Que renasça um amanhã de um outro sol que te preencha, que te desperte ... Nica

Nuno Cruz disse...

Não acaba não, que isso é a minha esencia de vida.

Um beijo para ti, minha surpreendente Nica