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sábado, 27 de junho de 2009

A PhD on the Road (China)

Shangai

Shangai is a fantastic example of the capacity to combine of the chinese which, as i said before (see the side bar), is something i truly believe.

Chinese have shown through the years their ability to be patient, learn and take the best of a bad situation. After the Opium wars the english first and then french, american and russians demand some concessions and the control of the sea. The combination of both and the usual facility of the chinese to learn with other cultures and incorporate them as a mode of evolution, made of Shangai a "capitalist" organized system inside feudal (first) and communist (later) society, which has been lasting to our days, as can be illustrated with the first appearance in china of railway, post office, elevator, tap water, car, trolley, film projection, bank, gas lamp, telephone, gramophone or department store, etc. Today´s is the economical capital of China, motor of development, innovation of the country and recently the main door of comunication with the outside world (due to its strategic position near by China sea).

I always thought of tea as a refined social drink, such it is the Port wine for we portuguese. And so i travelled around with my companions trying to find a place for an unique moment with that within our stay in the city. And we just ended up in a nice tea house located in the Old Town's Yuyuan Garden, near the Ziga-zag bridge, after visiting the City God's Temple. And i knew that i was right, it is really a refined drink which creates a refined moment.

To be representing the combined soul of shangai i combined western music (Hard to Concentrate, Red Hot Chili Peppers) with traditional chinese's.

See you next week for Pudong and Shangai´s night.

Shangai é o perfeito exemplo da capacidade de combinar que os chineses revelam na sua cultura, e que como sabem é uma acção muito grata para mim (ver a barra lateral do blog). Após as guerras do ópio, os britanicos primeiro e depois franceses, russos e americanos reclamaram direitos sobre propriedade e fronteiras portuárias instalando um sistema ocidental capitalista no seio de uma china feudal (primeiro) e comunista depois. Mesmo durante o period mais isolado da china maoista, Shangai sempre gozou de autonomia para gerir o seu próprio destino, fornecendo à restante china condições para harmonização do seu sistema comunista com o mundo actual. Os primeiros aparecimentos em toda a china do primeiro banco, carro, comboio, telefone, elevador, trolley, posto dos correios, projecção pública de filme, lãmpadas a gás, gramofone, etc deram-se em Shangai. Hoje Shangai é a Capital económica da china, motor de desenvolvimento, inovação e a principal porta de comunicação com o mundo actual, devido à sua posição priveligiada junto ao mar da China.

Eu sempre senti o chá como uma bebida requintada, tal como o Vinho do Porto é para a minha gente, de modo que vagueei por Shangai com os meus companheiros de viagem, à procura de um local apropriado para beber uma chávena de chá em ambiente especial. E assim desaguamos numa espantosa casa de chá, no Yuyuan Garden na Old Town, ao pé da Zig-Zag bridge, depois de uma visita oa City God Temple. Um Requinte.

Para estar de acordo com este enquadramento escolhi um mix de ocidente (Hard to Concentrate dos Red Hot Chili Peppers) com a china (musica tradicional chinesa).

Até para a semana com o Pudong e Shangay by night.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A PhD on the Road (China)

Shangai

"Shangai is a sea city. It neighbors the sea into which Yangtze River flows through here. Altough younger than those cities with centuries-old history abd grand imperial palaces. Shangai´s feature is most apparen in its vigor and livingness."
Shen Yicheng, China.

So here i am, a bit late, but always in time.

I´m a Lucky Man (The Verve), arriving in Shangai by MAGLEV (Magnetic Levitation Train) with 3 sweet princesses (Gabi, Sara e Sandra) and a prince (António Viana) of the West. That´s the good thing about globetrotters. We are meeting everywhere, everytime.

Today is Gabi birthdate and so we tought that would be a nice present to go through the Lovers walk in the New Bund, a eternal symbol of Shangai, move along Nanjing road (Nº1 comercial street in China) to buy a nice gift and end up in the amazing sightseeing tunnel, which connects the Bund and the Oriental Pearl TV Tower, with chinese romantic music (China Philarmonic, with a very difficult title) . Just enjoy the sights in a first approach, and wait for the next weeks and i tell you about this wonderful city and its unique soul. Today is just to sing happybirthday to a princess of the West.

See ya, in the weekend.

Cá estou de novo. Já pensavam que eu tinha zarpado, não? Ou que iria falhar uma semana. Nem pensar nisso. Não me conhecem?

Cá estou eu, homem feliz (Lucky Man, the Verve) chegando a Shangai no MAGLEV (MAGnética LEVitação) com 3 doces princesas (Gabi, Sandra e Sara) do Ocidente, pajeadas por mim e pelo António (Viana da Fonseca). É a boa coisa dos GlobeTrotters. Estaõ sempre a tropeçar uns nos outros em todo lado, a qualquer momento.

Hoje faz anos a Gabi, de modo que o post lhe é inteiramente dedicado.Para o dia de Anos desta linda princesa, decidimos começar pelo famosos BUND, o passeio dos amantes, comprar uma prendita boa na Nanjing Road (a mais famosa rua comercial da China) e acabar no sightseeing tunnel que liga o BUND à Torre da TV, com musica chinesa que se adivinha romantica (China Philarmonic. Titulo impronunciavel). Divirtam-se neste passeio connosco que hoje só dá Gabi. Para a semana contarei mais sobre Shangai, essa pérola do Oriente e a sua alma unica.

Beijos e Abraços e até para a semana

sábado, 13 de junho de 2009

A PhD on the Road (China)

Beijing

Once conquered the Wall, i earn the right to cross the country and calmly enjoy the people and its treasures. China has always fascinated me, maybe due to my early reading of Hergé's Blue Lotus (amazing its capacity to characterize people and its cultures) that gave me a very smily sense of the chinese. Then all those popular sayings (always around in books and movies) that always overwelmed me by the sharp look full of wisdom and sensibily. Finally the incredible story of a man who was born with the power of a god (500 years ruling, intouchable) and discovered that he was just a simple man, told by the master hand of Bernardo Bertollucci (The Last Emperor) and given colour by the Empire of the Sun (Spielberg). A impressive example of how life can change in a glimpse and how noble you can remain. Most of all, Bertolucci highlights how dependable we are on what we are and never on what we own.

And so, my heart just brought me to the Forbidden City and the Temple of Heaven and the Zhaigong (Palace of Abstinence) in a complex track of UNESCO World Heritage. It is my opportunity to give some coulors to the histories that fascinated me in my youth. To bring them alive. And it is amazing how live you can feel in there.

Thus, here i am in one of the most forbidden places for men with "the instrument intact" (In fact, in the inner part of the palace, during empirial times, only women and eunucos were allowed). Forbidden city construction began in 1406 in the fourth year of Ming emperor and was finished in 14 years. In the further 500 years 24 emperors (14 of the Ming and 10 of the Qing dinasties) lived here and rule the nation. Forbidden city occupies an area of 72 hectares in rectangular shape fully walled by a 10m heigth walls summing 7,236 km of length and it houses 8704 rooms scattered across.

The Temple of Heaven was where the emperors of Ming and Qing dinasties worshipped the heaven and prayed for good harvests. One of the last ceremonies was held in 1915 by Yuan Shikai.

The Zhaigong, also called "Lesser Imperial Palace" was were the emperor prepared himself in abstinence before he offered sacrifices at important cerimonies.

Next week i will move to Shangai to follow my hero of childhood /youth, TinTin, through the history of Blue Lotus, in my way to our old Diamond of the Far-East, Macao.

Kisses and hugs

Uma vez conquistada a muralha, ganhei o direito de entrar pausadamente pela china, saboreando as suas gentes e cultura. A China sempre exerceu um fascinio sobre mim, talvez devido à minha paixão pelas aventuras de Tintin contadas em ilustrativos desenhos por esse mago da BD, o Hergé. Espantosa a sua capacidade para caracterizar as gentes e as suas culturas de uma forma tão incisiva e realista. Ele deu-me uma imagem muito risonha dos chineses.
Depois, ao longo da vida fui tropeçando em ditos populares ou algumas coisa mais profundas, sempre reveladoras da argúcia, sabedoria e paciencia deles. Finalmente, essa história desse homem que nasceu com o poder de um Deus e de repente descobre que não é mais do que um homem simples com pouca competência para se governar sequer a si, contada pela mão de mestre do Bernardo Bertollucci (O Último Imperador), e excelentemente secundada pelo Império do Sol de Spielberg. Duas historias da mesma época, complementares. Um exemplo fantástico de como a vida pode mudar num piscar de olhos, e mesmo assim, não se perder nem a nobreza nem a dignidade. Acima de tudo, Bertolucci e Spielberg evidenciam o quanto dependemos do que somos e não do que temos.

E assim, o meu coração arrastou-me para a Cidade Proibida, o Templo do Paraiso e o Palácio da Abstinência, num complexo percurso imperial da lista da UNESCO World Heritage. è uma oportunidade the pintalgar com cores vivas histórias que me fascinaram na juventude, dando-lhes vida. E é espantoso como isso foi possível, aqui.

E assim, lá passei pela cidade mais proibida que eu conheço para homens, mantendo o meu instrumento intacto (na zona interior do palácio só viviam mulheres ou eunucos).
A Cidade Proibida começou a ser construida em 1406 e em 1420 estva concluida. Nos 500 anos que se seguiram 24 imperadores da dinastia Ming e Qing viveral e governaram o país dali. A Cidade ocupa 72 hectares numa forma rectangular, emparelhada por muros de 10m de altura que atingem um comprimento de 7,236 Km e alberga qualquer coisa como 8704 quartos destinados às mais diversas actividades.

O Templo do Paraiso é um templo localizado a alguma distância da Cidade Proibida, onde Mings e Qings adoravam o céu e rezavam por boas colheitas. Uma das últimas cerimónias ocorreu em 1915 pelo Yuan Shikai, o último Imperador.

O Palácio da Abstinência (Zhaigong), também chamado o palácio menor, era o local onde o imperador se preparava em abstinência para as cerimónias de sacrificio do Templo do Paraiso.

Na próxima semana sigo para Shangai, atrás desse meu heroi de sempre, TinTin, e do seu Lotus Azul, no meu trajecto para a nossa pérola do Oriente - Macau.

Beijos e abraços e até para a semana.

domingo, 7 de junho de 2009

A PhD on the Road (China)

The Wall

The Wall of China is an incredible master-piece of human criativity, symbol of the dauntlessly indomitable spirit and wisdom of chinese people, that shoulb be seen as an example of amazing actuality to our times and the tasks our society have to face.

The Great Wall is militar defensive structure, located in the north of China, adjusted to desert, grassland and mountain topography, starting from Shanhai Pass (in the east) to Jiayu Pass (in the west), crossing the provinces of Hebey, Beijing, Shanxi, Inner Mongolia e Nigxia (outside chinese border), Shaanxi e Gansu, in a mouvement that suggests a wringling gigantic chinese dragoon.

It took more than 2 millennia for the great wall to be completed, with the contribution of various ethnic groups, beggining from the VII century BC when de dukes Chu, Qi, Wei, Han, Yan, Qin and Zhao constructed (separated) walls around their territories for self-defense, later linked together and new sections added until the end of Ming Dinasty, when it reached the awesome length of 5660 km, giving to the Wall a interplanetary dimension that can be seen from the moon.

From design and constructing point of view, the great wall is a paragon of the resourcefullness of Chinese strategists and builders, carried out in line with the local conditions and by drawing on local resources, so that construction problems could be solved without compromising its great defensive formidability. Gate towers were built at top for guarding and lodging, passes were open in spots of strategic vital importance and signal towers were set at intervals that make possible the communication using smoke (day) and fire (night) signals until the Capital Beijing.

To me, China Wall symbolizes perfectly the path i have been walking towards the final research work within my PhD, reason that led me to enter China from here. In fact, i started my research work while i was doing MSc, with no special goals or milestones. Only the aim of really understand residual soil behaviour and settle a efficient form of diagnosis. With no time goals and the mind opened enough to take the longest way to the nearest point, whenever it is needed. 15 years of a huge task which was acomplished with persistence, team work, friendships (and, why not?, a bit of intelligence, if you allow me saying so) and led to an important data basis properly calibrated by high quality experimental sites. The perfect "field" for research. Sometimes we just have to do things this way, contruct out of nowhere.

(I´m sure you all have a "china wall" on your way, so this post might have some sense.)

So i climbed the wall with determination and persistence (one of the unvoidable characteristics of human nature needed to fulfill our dreams) and up there, i abandoned myself in a quiet corner to Yôga session allowing the colours and souns of china to invade my soul. Once conquered the Wall enjoy the culture of this empire of the East.

Now i have both tours (around the world and around the mind) in perfect harmony. Conquered the "walls", i´ll go now confident on the success of these adventures.

A muralha da China

A Muralha da China é uma inacreditavel obra prima da criatividade humana que reflecte bem o espirito inteligente, persistente e indomável do povo chinês, constituindo um exemplo de espantosa actualidade para os nossos dias e os tempos que atravessamos.

A muralha é uma estrutura militar defensiva que se desenvolve no norte da China, ajustada às topografias do deserto, da planicie e das montanhas, desde Shanhai Pass (a este) até Jiayu Pass (oeste), atravessando as Provincias de Hebey, Beijing, Shanxi, Mongolia Interior e Nigxia (para lá da fronteira chinesa), Shaanxi e Gansu, num desenho que sugere o movimento de Dragão Chinês.

A sua construção durou mais de 2000 anos empregando gentes das mais variadas etnias, tendo-se iniciado ainda antes da unificação da china (Sec. VII AC) com um modelo defensivo separado de senhores locais (Chu, Qi, Wei, Han, Yan, Qin and Zhao) que depois foi sendo unido e acrescentado até ao final da Dinastia Ming (Séc. XVII DC), atingindo então uma impressionante extensão de 5660 km, que lhe emprestam uma dimensão unica interplanetária (vê-se da Lua). O projecto e construção da muralha são um espelho fiel da sabedoria e inteligência dos chineses, aproveitando os contornos das montanhas e dos vales, e com altura, largura e materiais de construção variando consoante as caracteristicas dos terrenos. Em locais estratégicos ergueram-se torreões, passagens e vigias a partir dos quais se controlavam os movimentos em direcção à china e se elevavam os sinais de fumo (dia) ou fogo (noite) com que se avisavam as populações em caso de ataque (Beijing incluido).

Para mim a muralha da china sugere simbolicamente o percurso da minha tese de doutoramento, razão pela qual resolvi entrar na China deste modo. De facto, iniciei o trabalho que agora procuro terminar enquanto fazia a tese de mestrado, não estabelecendo qualquer meta temporal ou fisica, apenas a compreensão profunda do comportamento dos solos residuais (baseado em dados experimentais) para estabelecer uma forma adequada de caracterização. Mais de 15 anos de uma tarefa imensa, cumprida com persistência, trabalho de equipa, amizade e (já agora) alguma inteligência, que conduziram a uma importante base de dados sobre solos residuais, adequadamente calibrada por campos experimentais bem documentados. Um excelente campo de simulação. Por vezes temos de fazer as coisas desta forma, partindo do nada, sem tempos marcados e com a mente aberta para tomar o caminho mais longo para o ponto mais próximo.
(Estou certo que vocês encontrarão vários paralelismos da "muralha" com as vossas vidas.)

Subi-a (a subida é uma dureza, reflectindo bem a sua expugnabilidade) por isso com persistencia e determinação (caracterisiticas inevitáveis na concretização dos nossos sonhos), e lá em cima abandonei-me num canto recatado a uma sessãozita de Yôga deixando-me invadir pelas cores e sons da china. Vencê-la, para depois saborear este império do Oriente.

Estou, assim, com as duas viagens (volta ao mundo e volta à mente) em perfeita sintonia. Vencidas as "muralhas", sigo agora confiante de que chegarei com sucesso ao final desta aventura.