Travelling is something that i increasingly need. As worse is my context with the world, more the travelling time becomes in a fundamental freedom essence of my reason and my soul. Any time I start moving, my smile wides completely disintegrating all the impotence and disappointment against the creepy increasing corruption and lies that you are confronted everyday in your activities. More and more. However you have to hold on to your convictions, otherwise it will be even worse. Therefore I need very much to dive through new natures, open dialogs with other people, other faiths, other lives, digging smiles on those faces I have never seen before and probably not seeing again in the future, but that will remain in my soul mixing with other smiles that I kidnapped in other movements.
The travelling, just for itself, creates that atmosphere. But sometimes, by unusual circumstances that converge to the same horizon, the intensity of things transport you to an unforgettable upper level of intensity. And that was exactly what happened with this trip to Kazakistan. Eight people (friends of friends but not yet friends) moving through scenaries hardly dreamt before, freeing their emotions and intensifying feelings, guided by two other girls that opened to us the doors of Kazakistan through their own hearts, whose story I will tell in the following weeks
It started and ended in Amsterdam, this unforgettable trip, ending in an Obelix party with all the tripmates in a fantastic dinner offered by the sweet Christine, a dutch friend that I haven’t seen for 25 years (last time was in my wedding), where we met my eternal love, Dicky, a partner of love and life since the romantic university times and Jildou, another friend that slept under my ceiling and to whom I have widen the smile with the breath of our Portugal. Awesome moments and feelings that flooded to the main (trip)stream until becoming part of the trip itslef. I thought I was about to die, while returning after that dinner, given the impossible intensity that was exploding inside me.
La Vie est Belle, by Lee Maddeford, lend the words and bring the emotions for the prologue and epilogue of that trip. Enjoy
KAZAKITRAVELLING - The prologue and epilogue of a great trip from nunocruz on Vimeo.
A viagem é uma coisa que nos dias de hoje cada vez mais necessito. Quanto pior é o meu contexto com o mundo, que vai piorando com o passar dos dias, mais a viagem se torna numa essencia libertária da minha alma e da minha razão. Cada vez que arranco para qualquer que seja o lado, o sorriso alarga-se deixando cair a impotência e a desilusão que vou sentindo pelo crescer das arrepiantes corrupção, engodo, mentira, falta de respeito, arrogância, incompetência, que diariamente nos engole no desenrolar social. O desgaste de quem esbraceja contra esta maré é imenso e quase certamente pejado de insucessos. Contudo, mesmo que isolado e sem “sumo” aparente, mantenho fielmente o apego às minhas convicções e enquanto isso ponho um pouco mais de peso no prato mais leve da balança. Posso não conseguir “virar” o mundo, mas resisto até à última gota.
Por isso preciso muito de banhar-me em outras naturezas, desbravar conversas e desvendar os mistérios de outras gentes, outras crenças, outras vidas e rasgar sorrisos nesses rostos que nunca vi, e que provavelmente não voltarei a ver. Tudo isso me fica gravado na alma mesclando-se com outras emoções que capturei nas andanças anteriores. E com isso, armazenar ar suficiente nos pulmões para o novo mergulho nesse poluído mundo onde vivo.
Uma viagem normalmente proporciona tudo isso (pelo menos para mim), mas vezes há em que o registo emocional atinge picos inolvidáveis, por circunstâncias especiais que se conjugam favoravelmente potenciando o efeito “viagem” para níveis estratosféricos.
Foi isso que aconteceu no rasgão que inscrevi no meu mapa de viagens, concretamente no Kazakistan. Oito pessoas, viajando juntas por estranhas terras que a imaginação não alcançara antes, libertando as emoções e intensificando as relações. Em harmonia com outras duas que nos abriram as portas do kazakistan através dos seus enormes corações
Começou e acabou em amsterdam essa fantástica viagem que vos darei conta nas próximas semanas. E acabou com um “jantar de Obelix”, com todos os viajantes em casa da Christinne, uma amiga que não via desde o dia do meu casamento (25 anos atrás), mais a minha eterna Dicky que que revejo sem falhas todas as vezes que por ali passo e que trago sempre comigo no coração). Ainda outra, a Jildou que dormiu sob o meu teto e a quem alarguei sorriso com a beleza do nosso Portugal. Fantásticos momentos que fluidamente se juntaram à viagem até se tornarem parte da mesma.
Acreditei que morria, no regresso após o jantar, tal a impossível intensidade do que sentia. Uma vez mais, com a alma cheia e o amor mais profundo. La Vie est Belle, de Lee Maddeford, empresta as palavras e faz a emoção do prólogo e do epílogo dessa viagem