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sexta-feira, 28 de março de 2014

BOLIVARIANDO - The other side of the Tunnel

Zipaquirá, Sopó, Colombia

I Just come out (from the gallery) to the daylight. It blinds me. Totally. I can’t see a damn thing. It is a white towel, in front of me. I have No Idea. I´m a bit lost. A deaf anguish takes over. An enthusiasm swallow me, kissing my soul.
I left so many things behind, due to the circumstances. People, places, nature, hearts. I feel naked, completely naked. Some I know I will get back. Some will slowly vanish. Not because they won´t worth, but because it is like that, the movement.
I face my “in front”. Shaky. The light is not so strong, the towel is not so white. I foresee the shadows of the things and of the people. Fear invades me, stimulus hold it back.
I look in front, again. More in-balance. Step by step, the colour gets its life. A shy smile, two of them together that tender your heart, one laugh out loud, a “wined” dinner with fantastic company.
I left so many things back. I brought another many, with me. And many things I have to grab, in the path in front of me.   
Come with me and Rodrigo Leão (Ya Skaju Tebe) through Zipaquirá, then Sopó towards Bogotá, to seat in Antara’s (Peruvian food in Bogotá), listening to (and dancing) some jazz music, while drinking as many Piscos as you can take. Dance with me and with some of my friends. New friends for me, new friends for you.

See you next week

Corri o longo túnel e saio do lado de lá. Uma luz ofusca-me os olhos e não me deixa ver coisa nenhuma. É um pano branco na frente. Não faço ideia, simplesmente. Uma angústia surda assola-me. Um entusiasmo solta-se, afagando-me a alma.
Para trás, muita coisa se ficou, pelo arranjo das circunstâncias. Pessoas. Sítios. Natureza. Corações. Sinto-me nu, de tão despido que estou. Alguns desses irei recuperar, outros se irão desvanecendo. Não porque não valham, mas porque é assim mesmo, o movimento.
Olho em frente, titubeando. A luz já não ofusca tanto, o pano já não está tão branco. Vislumbro as sombras das coisas e das gentes. Invade-me o medo, inunda-me o estímulo.
Olho em frente novamente. Mais sereno. Enquanto, pouco a pouco, a cor ganha a sua vida. Um sorriso tímido, dois sorrisos que afagam, um riso mais gargalhento, um jantar bem “regado” em tão lauta companhia.
Deixei para trás tanta coisa. Levo outra tanta comigo. E tanta tenho eu ainda para agarrar, no caminho à minha frente.
Venham lá daí comigo, desde Zipaquirá até Bogotá, passando por Sopó, ao som do mesmo Rodrigo Leão (Ya Skaju Tebe). Depois, dancem comigo e com os meus amigos e bebamos juntos quantos Piscos vocês conseguirem, no Antara (restaurante de comida peruana em Bogotá), ao som de um jazzzito informal ao vivo. Eu bato-vos a todos nisso dos Piscos, embora com enormes sacrifícios no dia seguinte, reconheço.
Dancem comigo e com os meus novos amigos. Novos amigos para vocês também.

Até para a semana

sábado, 22 de março de 2014

BOLIVARIANDO - La Catedral del Sal de Zipaquirá

Zipaquirá, Colombia

So many people forced to move way in our days, looking for a decent life. Many families have been touched by that issue. As our ancesters in the middle of last century were forced to. Difficult. So many emotions transbord the souls of those leaving and those staying back.
First it comes the rage against those incompetents and corrupts that smashed the possibility of a sustainable life in your country. How careless they were
Then arises the fear & enthusiasm by the unknown you have in front of you,
Then the pain & suffering of separation.
In time you will put your feet on the stable ground again and you will know that you have been living a good adventure. With all the adventures and disadventures that compose it. It is just the adventure of life.

I really hope that this general movement mix the souls of the people from all around the world, through their cultures, their emotions, their loves. May we find a way of building a better world, based in love, in respect for nature and for its diversity.
Join me with that mixing spirit, enjoying the music of the amazing portuguese Rodrigo Leão blowing through the fantastic colombian "La Catedral del Sal de Zipaquirá", where i was taken by Javier Camacho, a colombian that once lived in Portugal, and from where he departed with the heart full of love.
We mix our cultures, we build our frienship, we will have a common path in our hearts that will last forever.


COLOMBIA - La Catedral del Sal from nunocruz on Vimeo.

Tanta gente forçada a mudar de terra, por estes dias, no nosso pedaço. à procura de uma vida digna, apenas. Muitas e muitas familias tocadas, profundamente tocadas por essa circunstancia. Tal como num passado, que para a minha geração ainda é demasiado próximo deste. Dificil. Ondas de emoçºao transbordam incontroláveis das almas dos que partem... e dos que ficam.
Primeiro vem a raiva contra toda a incompetencia e corrupção que esmigalharam qualquer hipotese de sustentabilidade do sitio onde vivemos. Que descuido imenso de uns, para outros pagarem a fatura.
Depois vem o medo e o entusiasmo que o desconhecido sempre provoca.
Depois ainda a dor e o sofrimento chorado de vidas abruptamente separadas, violentamente solicitadas.
E a seu tempo, acabaremos por pôr os pés em terreno estável, e compreenderemos então a bela aventura que temos vindo a viver. Com todas as aventuras e desventuras que a Grande aventura da vida comporta.


Espero muito, ardentemente, que todo este movimento aceferado e forçado, acabe por misturar as almas das pessoas, através das suas culturas, das suas emoções, dos seus amores. E que possamos então, construir um mundo melhor, baseado no amor, no respeito pelaas pessoas e pela natureza, pela diversidade.

Venham daí com esse espirito de mistura, e curtam a musica do nosso Rodrigo Leão deslizando pelas grutas da espantosa Via Sacra da Catedral del Sal de Zipaquirá (Colombia), aonde fui levado pelo Javier Camacho, um colombiano que esteve emigrado em Portugal e de onde saiu com a nossa alma lusa no seu coração. Misturo assim a minha cultura com a do Javier, construimos a nossa amizade, teremos um trecho comum nos nossos percursos e nos nossos corações que aí ficará eternamente.