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terça-feira, 28 de maio de 2013

IRREPRESSABLE POLAND - Leba

Leba

And to finish a a travel in beauty, nothing better than a promenade in the beach in Leba. The great shifting  dune that is swallowing the forest was a training camp for Rommel and its men when preparing to go to Africa. A beach in Poland, a dune in Poland? i was caught by surprise. It is worth to drop by. Enjoy the site with the music of Maria Peszek (Polish), again recomended by Maciej.

I´ll see you soon


IRREPRESSABLE POLAND - Leba from nunocruz on Vimeo.

E para acabar uma viagem em beleza nada como cair redondo na praia e gozar as delicias de nada fazer. Foi isso que acabei a fazer em Leba para lá da espantosa duna que abafa a floresta, que serviu de campo de treino de Rommel, antes de avançar para África. Uma praia e uma duna na Polónia? Fui completamente apanhado de surpresa. Apreciem o local com a musica de Maria Peszek (Polish), recomendada pelo Maciej.

Até à próxima aventura

sábado, 25 de maio de 2013

IRREPRESSABLE POLAND - Gdansk

GDANSK
(this post is specially dedicated to my brother Manel Cruz)

Gdansk, besides its importance in social and economics of the Pomerania through the times, is a symbol of fight for freedom, at least for my generation. In fact, i remember quite clearly the courageous fight and the uprising of the movement Solidarity under the leadership of Lech Walesa that emerged a few years later than our own revolution. Both were peaceful revolutions, both against tyranny, one from communism the other against a certain form of fascism.  Solidarity reached an impressive 9.5 million members (1/3 of the total working age population of Poland), more than the entire Portuguese population at the time. Despite several years of political repression under martial law, they peacefully forced the government to negotiate with them. It is also important to remember the role of the Catholic Church, a very powerful supporter of the union greatly responsible for its success, under the leadership of Pope John Paul II and the priest Jerzy Popieluszko, who regularly gave sermons to the striking workers, killed by the Communist regime for his association with Solidarity.
Solidarity's influence led to the intensification and spread of anti-communist ideals and movements throughout the countries of the Eastern Bloc, weakening their communist governments, making the beginning of the iron curtain fall. Its influence is still living today, strongly inspiring and influencing the protests of the Arab Spring. 
Unfortunately, the fall of the iron curtain gave place to this selvatic and corrupt capitalism we are sinking into, which is eating all the hope for a sustainable, balanced, peaceful and SOLIDARY life. I cannot avoid thinking how much we are needed, in Portugal, in Europe, in the world, of the ideals of that movement, before we start shooting randomly each other. And i think we are dramatically close to that.  

Walk around the city with the sound of Kult Unplugged (Mieszkam w Polsce), referred by a recent polish friend (Maciej) as the best song about Poland in our days. 
Hope you like it


(Este post é especialmente dedicado ao meu Bro Manel Cruz)

Para além da importância que a cidade tem vindo a ter ao longo dos séculos da sua existência, Gdansk, é sem dúvida alguma um símbolo da luta pela liberdade, que sem qualquer dúvida a minha  da geração reconhece. Lembro-me como se fosse hoje da corajosa e pacifica luta do movimento Solidariedade, liderado por um insuspeito e anti-herói Lech Walesa (uma das coisas que ainda hoje me faz sentir um enorme respeito por ele, porque sempre tive para mim que o verdadeiro herói é o anti-heroi), que emergiu poucos anos após a nossa revolução. As duas revoluções pacíficas, as duas contra a tirania, uma da direita outra da esquerda (mostrando claramente que não existe diferença alguma entre ambas).
O Solidariedade atingiu nessa altura um impressionante número de membros de 9,5 milhões, mais do que a população portuguesa desse tempo e cerca de 1/3 da classe trabalhadora polaca. Apesar da repressão a que foram sujeitos, sob lei marcial, pacificamente obrigaram o governo a negociar com eles, para o que muito contribuiu a Igreja Polaca sob a liderança daquele que haveria mais tarde de se tornar no Papa João Paulo II. Desse tempo, impossível não falar do mártir Jerzy Popieluszko, o padre que mais pregava para os trabalhadores, morto pela secreta comunista. Lembro-me perfeitamente de imagens que passaram na nossa televisão de vigílias numa das principais igrejas de Gdansk. O Solidariedade, como todos sabemos, haveria de se tornar no movimento percussor do caminho da liberdade que acabaria por levar à queda da Cortina de Ferro e que, provando a riqueza das suas convicções, sobreviveria à própria história influenciando nos dias de hoje outras revoluções como a recente Primavera Árabe.
Como todos sabemos, o derrube da tirania comunista acabou por levar ao desenvolvimento da tirania capitalista, completamente selvagem e corrupta, que vai “comendo” toda a esperança que possamos ter numa sociedade justa, pacifica, equilibrada e SOLIDARIA. Por isso, não consigo deixar de pensar quão necessitados estamos, em Portugal, na Europa, no mundo, dos ideais desse movimento antes que nos desatemos a matar indiscriminadamente uns aos outros. E não estaremos tão longe disso quanto possamos pensar. 

Passeiem comigo por esses pensamentos com a musica de Kult Unplugged (Mieszkam w Polsce), recomendada por um amigo polaco que conheci recentemente (Maciej) que a refere como a melhor musica da actualidade sobre a Polónia. 
Espero que gostem


sexta-feira, 17 de maio de 2013

IRREPRESSABLE POLAND - Masurian lakes


The Masurian Lakes
They call it the land of a thousand lakes (but the number of lakes is more than 3000) and it really is a fantastic place to fall in love with. Located in northeastern part of Poland, within the geographical region of Masuria, the Masurian Lake District had been elected as one of the 28 finalists of the New 7 Wonders. These lakes are remnants of the ice age (Pleistocene ice age, 10.000 years ago), when all of northeastern Poland and parts of Europe were covered by ice. Many of its hills are parts of moraines and many of its lakes aremoraine dammed lakes.
The Lakeland extends roughly 290 km eastwards from the lower Vistula (the river that crosses all the country dividing it in two, and shapes the contours of Krakow) to the Poland-Russia border, and occupies an area of roughly 52,000 square kilometres. It streches from the town of Węgorzewo in the north of the region, through Giżycko and Mikołajki, to Ruciane Nida in the south. The lakes are well connected by rivers and canals, forming an extensive system of waterways (12 canals, 8 rivers and 3 lochs). The 18th-century Masurian Canal links this system to theBaltic Sea.
Take a boat and flow between Giżycko, in the heart of the district, and Węgorzewo, in northern limit, with me and my polish “friends” from Andrzej Kurylewicz Organ Sextet (Damask) and enjoy one of the best spots of nature in Poland. It is really worth to visit



Irrepressable Poland - The Masurian Lakes from nunocruz on Vimeo.

Chamam-lhe a terra dos 1000 Lagos, mas na realidade o número é baixo para caracterizar o local (são mais de 3000). Um recanto natural de beleza impar. Localizado no Norte da Polonia, na região da Masuria, o local foi eleito um dos 28 finalistas das New 7 Wonders of Nature, o que por si só dá uma ideia da singularidade desta região, que se formou durante a idade do gelo do Pleistocenico (10.000 anos) que submergiu todo o norte da polónia e de vastas regiões da Europa. Em geral, tanto as elevações como a grande parte dos lagos são resultado da disposição de moreias formadas durante o degelo.
A área estende-se por cerca de 290 km para leste do Vistula (o rio que divide a Polónia na vertical e que passa em Cracóvia) até à fronteira com a Russia, e ocupa uma área de cerca de 52.000 Km2, enquadrada pela urbe de Węgorzewo, a norte, passando por Giżycko e Mikołajki, até Ruciane Nida no sul. Os lagos encontram-se ligados por rios e canais formando um sistema complexo de “auto-estradas” aquáticas que se ligam ao Báltico (no norte) pelo Masurian Canal.
 Venham lá daí, viajem comigo e os meus amigos polacos do Andrzej Kurylewicz Organ Sextet (Damask), num barquito entre Giżycko e Węgorzewo, e disfrutem de uma das principais manchas naturais da Polónia, que decididamente vale a pena visitar.

sábado, 11 de maio de 2013

IRREPRESSIBLE POLAND - Malbork

Malbork

If you ever be in Poland, don´t you dare to miss Malbork Castle, the largest Gothic Castle in Poland. Unesco World´s Heritage. Initially, the Castle defended Marienburg, but it became the capital of Teutonic order 1309. Something that will make you feel living in King Arthur's time. With Carl Orff and his Carmina Burana, which are perfect for the site.

Kisses and hugs


IRREPRESSABLE POLAND - Malbork from nunocruz on Vimeo.

Se alguma vez forem à Polónia, não se atrevam a deixar escapar o Castelo de Malbork, o maior dos castelos Góticos da Polónia. Patrimonio da Humanidade, pela Unesco. Inicialmente, o Castelo defendia a povoação de Marienburg, vindo mais tarde a tornar-se na capital da Ordem Teutónica. Uma coisa que vos fará sentir o tempo do Rei Artur. Com Carl Orff e a sua Carmina Burana, perfeitos para o local.

Beijos e abraços

sexta-feira, 3 de maio de 2013

IRREPRESSIBLE POLAND - Krakow

Krakow, Poland


Since 2005 when i first stepped on Poland (Krakow, Wielicka, Awschvitz) that I have gained an increasing admiration by Polish people, its history and, particularly its faith. Only a people of Faith could have survived to a thousand of pages of history made by the major atrocities and lack of freedom that were perpetrated in Europe. In fact, Poland lived its existence always under pressure from Prussians, Germans and Austrians from the west and the Russians from the east. From the greatest Kingdom in Europe in XVII century (included part of actual Poland, Lithuania, Bela-Russia and Ukraine), Poland would be vanished from the map by the partition period (Russia, Prussia and Austria), from the end of XVIII century until the end of First World War. Their regained sovereignty wouldn´t last and 20 years later Poland was dilacerated by the horrors of World War 2 (Auschwitz, which is a wound of mankind that shall remain forever in our remembrance, is located in the south of Poland), then deeply betrayed by the winning countries and left to the new horrors behind the iron curtain. And they would be the first country to break the iron curtain opened the definitive path that led to the dismantling of URSS. From all this, well known heroes arise, like Lech Walesa, Pope J. Paul II, Schindler, among so many others. Despite everything they had been through, polish soul didn´t lost their north, their sovereignty, their freedom simply because those things always have been in the heart of its people  
Krakow represents, with no doubt, that “irrepressible” soul that polish are so proud of and that greatly contributed for their own survival until our days, through their firm resolution of keeping their own identity and culture. The first signs of the city were around VII century, and their increasing influence can be noted by the Bishopry of Krakow in X century. Later it would be destroyed by a Tatar invasion (the old city was wooden made) and the beginning of the actual city was erected from its Main Square, the most beautiful and sui-generis main square I have ever been. This historical centre is in the first list of World Heritage from UNESCO. I invite you to walk with me and my friend of journey, Pedro Januário, through it, sliding with the sweet voice of the polish jazz singer Aga Zaryan. I recommend, both the artist and the city



POLISH TOUR - Krakow from nunocruz on Vimeo.

Desde que, há cerca de 8 anos atrás, fui pela primeira vez à Polónia (Krakow, Wielicka, Auschwitz) que ganhei uma séria admiração pelo povo polaco, pela sua história e pela sua fé. Só um povo de fé poderia sobreviver a mais de mil anos de páginas de história feitas das maiores atrocidades e de atentados à liberdade que se perpetraram na Europa. Na verdade, a Polónia viveu a maior parte da sua existência pressionada pelos alemães, austríacos e prussianos, a ocidente e os russos a norte e oriente. Chegou a ser o maior reinado da Europa (no Sec. XVII, quando incluía nos seus domínios, parte da actual polónia, a Lituania, a Bielo-russia e a Ucrânia) para depois acabar desaparecendo no final do Sec XVIII até depois da primeira grande guerra (no período das Partições entre a Rússia, Prússia e Austria). Recupera a sua liberdade, mas num curto período de tempo, já que vinte anos depois, era de novo dilacerada por potências estrangeiras através dos horrores da segunda guerra mundial (Auschwitz, que deveria permanecer bem viva na memória da humanidade, para todo o sempre, situa-se no sul da Polónia, bem perto de Cracóvia), e no final da mesma, quando havia de ser recuperada e ressarcida de todas as feridas, acabaria de ser profundamente traída pelas nações vencedoras e entregues a novos horrores, desta vez por detrás da cortina de ferro. Até que acabam por se tornar no primeiro país a sair da cortina de ferro, abrindo o caminho para o desmantelamento da ex-URSS. Desses tempos emanam heróis da nação bem conhecidos do mundo, como Lech Walesa, o Papa João Paulo II ou Schindler, entre tantos outros. Apesar de tudo o que passou, a alma polaca nunca desistiu, nunca perdeu o seu norte, a sua identidade, a sua soberania, a sua liberdade, simplesmente porque esses valores sempre mantiveram intactos no coração do seu povo.
Cracóvia representa sem dúvida alguma essa alma irrepressivel de que os polacos tanto se orgulham, através de uma firme manutenção da sua cultura, resistindo sempre ao seu desaparecimento face aos povos invasores, sobrevivendo de forma notável ao longo dos séculos às destruições materiais e espirituais originadas pela guerra. Os primeiros registos da cidade remontam ao Sec. VII, no Séc. X havia já um bispado de Krakow e a cidade era a mais importante da região, com importante centro de comércio. Viria depois a ser invadida pelos tártaros que destruíram a cidade original maioritariamente construída em madeira, na sequência de que se levantou a actual cidade construída em torno da sua Main Square (mais fantástica e sui-generis praça central que me foi dada a conhecer), que sobreviveu mais ou menos intacta até aos dias de hoje. O seu centro Histórico está, por isso, actualmente incluído na primeira lista do Património Mundial da Unesco. Venham daí comigo e com o Pedro Januário, meu parceiro de jornada,  beberricar um pouco desse centro histórico, ao ritmo de uma versão de Suzanne cantada por uma voz da terra, Aga Zaryan. Recomendo ambos. A artista e a cidade.