Visualizations since May 2010

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

a WHEREVER LOVE - Happy drops within dark clouds

Savane, Mozambique

The bike hasn’t stop rolling after all. Not at all. The glance of water world (last movie) was not more than a quick glance given by a drop that smashed into my crazy uncontrolled path. A happy drop within the dark cloud I am in. 
But the thoughness of the way is still there, has it was before. Only now, I have a glance of how to get the necessary balance, which has been always there, although I could not see it. Truly, I start to understand that within this dark horizons there are millions of loose drops filled with colour, happiness and balance that you only have to catch. And every time I bump into one, it splashs around colouring all the picture where I am standing.

With surprise I understand that balance is not in the bike but in myself. The bike doesn´t fall by itself. It is me in my inability that create the instability. In fact, it is enough to deviate the look from the ground, from the wheel, from the bike, towards the horizon to have a good look of those millions of drops and everything get balanced. This time I bump into the life of Mozambican fishermen dancing for me in their labour with the music Everything Already de Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com).

Kisses & hugs


a WHEREVER LOVE - Happy drops within dark clouds from nunocruz on Vimeo.

A bicicleta afinal não parou de rolar, à mesma incrível velocidade. A vida subaquática (do ultimo filme) não passou de um vislumbre que me chegou de uma gota que esbarrou na minha trajetória louca de movimento descontrolado. Uma gota de felicidade perdida no meio do horizonte confuso em que me encontro.
A dificuldade do caminho está lá toda intacta, nada mudou, apenas conquistei uma forma de equilíbrio que esteve lá todo tempo, mas que eu não tinha conseguido enxergar. Na verdade, começo a aperceber-me que no meio do horizonte mais negro existem gotas coloridas carregadas de coisas boas em movimentos aleatórios. Estão lá, só temos que as agarrar. E de cada vez que cada uma esbarra comigo transmite toda a sua côr, alegria, felicidade e equilibrio ao quadro em que me encontro. Com surpresa acabo por perceber que o equilíbrio em cima da bicicleta naquela correria louca é possível e não está na bicicleta, mas em mim próprio. A bicicleta não cai sozinha, sou eu que torno o equilíbrio precário com a minha azelhice. Mas basta desviar o olhar da bicicleta, do guiador, do terreno que desliza sob “nós”, para o horizonte onde planam milhares dessas gotas, e tudo se equilibra. Como num navio em mar revolto, tudo abana, mas o horizonte não. Está lá, estável servindo de ponto de equilíbrio. Instintivamente, tiro os olhos do chão em que rolo e apanho no ar outra gota que me pinta o cenário novamente da cor que me faz falta. Desta vez, mergulho na vida dos pescadores de moçambique que na sua labuta dançam para mim ao sabor do mar e da musica Everything Already de Monk Turner & Fascinoma (http://www.monkturner.com). 

beijos & abraços

3 comentários:

Anónimo disse...

Completamente rendida ao " teu filme" (imagem,musica, texto) e " a intensidade" desse povo moçambicano...Sem palavras...

Bjo grande

Nuno Cruz disse...

Viste, viste. No "mouche". beijo enorme

Nuno Cruz disse...

Viste, viste. Na "mouche". beijo enorme