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sexta-feira, 3 de abril de 2015

UNTIL THE LAST DROP - The Source of the Nile

Uganda
UNTIL THE LAST DROP - This will be the soul of the story (6 movies) that will start to post today, and follow weekly, of my globe-trotting in an intense and tiring period of 2 months, that included two trips to Malawi and one to Uganda with almost all the time spent working in the field, meetings, flying and long waits in aeroports, during with also intense period of personal life. The story is not, obviously, about that. It is simply about the holes I managed to open in that working panel, tasted UNTIL the LAST DROP. The needed energy to supply the work demands.  
The story will start in the Source of the Nile in the Ugandese, proceed downstream in the railway line that goes in the margin of Douro river (Portugal), then jump out of the train in Porto, and walk through the old city until hop on the tram (1 – Infante/Foz) that follows the margin of the river up to its end in Foz. From there a magic jump to come aboard of the 28 and go from Estrela to Graça through the heart of the Lisbon that looks the Tagus river. I wanted to go to its end again, but the time was not enough. And from Lisbon, once the capital of a dominant empire and so marked by its past, i end up going through the tragic and stimulating Berlin, that always re-invents itself and its people, suggesting a deep reflection in what we are and what we want. With the exception of the latter (Berlim and Potsdam) that took one week-end, all the other adventures did not take more than one solar day. A path for launching new friendships, renewal recent ones and coloring life with love. Small spots of pure pleasure tasted until the last drop.
Let’s then walk the first step. To the Source of the Nile
I left Portugal with destination to Kampala in Uganda with a horizon loaded with exhaustive work and a tight calendar. From Uganda I knew just a little, besides the sadly known history of the country played by Idi Amin, as learnt in two famous movies that illustrate a part of the country history: Raid in Entebbe and the Last King of Scotland. I should say that it was a pure misunderstanding, the idea that those stories suggest. It is just a dark shadow of History. As it happens in any History.  I knew also about the Gorillas (although by extending it from Quenia), but I also knew that would be impossible to fit it in my tight calendar.
What I did not know (or at least I cannot remember) was that the source of the Nile was located in Uganda (Jinja), in its jurisdiction of lake Vitória, not far from Kampala. But it was precisely that that was offered to me by a bunch of nice and warm people met in the working spot. It was physically exhausting (6 hours in the car to have 4 hours in the spot) as it was mentally revigorating, crossing our histories (mine, Sergio Licurgo, Armindo Cerqueira, Fernando Magalhães and Justino Silva’s) with the histories of that adventurer that feed my imagination in youth and of that truly divine Mahatma Gandhi that makes me believe in a better world. Two “horizons” of my life.
I can´t avoid to think that it may symbolize the beginning of a cycle that we all feel, foresee and desperately want to happen. Out from this vortex that is swallowing everybody and everything and will end up swalling itself.
Follow us within this step, emotionally blown by:
1 - River, Entertainment for the Brain Dead
(http://entertainmentforthebraindead.com)
2 - Requiem for a Fish, The Freak Fandango Orchestra
(http://www.freakfandango.es/)
3 - Gonna Make it Through this year, Great Lake Swimmers
(http://www.greatlakeswimmers.com/)
4 - Go, Josh Woodward
(http://www.joshwoodward.com/)



UNTIL THE LAST DROP - The Source of the Nile from nunocruz on Vimeo.

Uganda
ATÉ À ULTIMA GOTA - Este é o tema dos próximos filmes que publicarei, com a cadencia habitual das minhas histórias, isto é, uma semana. E consta da história das minhas andanças num período intenso e extenuante de menos de dois meses, que incluiu duas viagens a Nacala, uma viagem ao Uganda, de trabalho intenso, dias passados em aeroportos e aviões, fins-de semana a trabalhar ou a viajar de um lado para o outro e uma situação pessoal extremamente exigente e “demandante”. Disso não vão ver nada que isto não é filme só para engenheiros. Isto é a história dos (curtos) buracos no meio disso, esmifrados até à última gota, de onde tirei energia para viver e responder ao que me foi sendo solicitado  
Começo na nascente do Nilo no meio da parte ugandesa do Lago Vitória, desço depois rio abaixo, agora pela linha férrea que acompanha o Douro desde o Pocinho até ao Marco de Canaveses, entrando depois na cidade que ele (o Douro) serve e que lhe dá a projecção (o Porto), acabando a descer o que lhe resta, novamente pela margem, desta vez em eléctrico, o 1 do Infante até à Foz. De um pulo entro noutro eléctrico, o 28 de Lisboa, da Estrela até à Graça através do coração da Lisboa do Tejo. Não vou até à sua foz, como queria, que o tempo não me chega. Finalmente, pintalgo a aventura com o amor, agarro numa amante muita antiga que eu tenho, a quem volto com toda a frequência, e “bora lá curtir” essa mítica cidade de Berlim cuja dramática história nos faz refletir bem fundo naquilo que somos e o que queremos. À excepção de um fim de semana para Berlim (e Potsdam), cada uma dessas aventuras não gastou (porque não pôde) mais do que um dia solar. No meio, lanço novas amizades (como sempre gosto de fazer), renovo votos com outras e curto a aventura do amor
Demandemos pois ao Nilo, neste primeiro episódio.
Sai de Portugal com destino a Kampala, com uma perspetiva dura de trabalho exigente e a “abrir”. Do Uganda, pouco conhecia, para além da sua história ligada ao tristemente célebre Idi Amin, bebida através das duas histórias que cruzaram salas de cinema onde sentei: Raid em Entebbe e O Ultimo Rei da Escócia (este último que recomendo vivamente). Puro engano, o que elas sugerem. Essa é apenas uma sombra negra da História, como todas as Histórias têm. Conhecia também a presença dos Gorilas que nunca vi, por extensão ao Quénia dos Gorilas na Bruma, mas imaginava o quão difícil seria encaixar um episódio desses no meu apertado calendário. Mas o que não conhecia de todo (ou pelo menos não lembro) que a nascente do Nilo, cuja busca foi mote para inúmeras aventuras que me povoaram o imaginário juvenil, se encontra no Uganda, bem dentro do seu quinhão do Lago Vitória. Até lá chegar. Mas foi precisamente isso que me veio a surgir no caminho presenteado por um grupo de bem-dispostos personagens conhecidos todos naquela hora, naquela obra, naquelas circunstâncias. Partir na demanda da nascente do Nilo numa viagem tão fisicamente extenuante (6 horas no carro, 4 horas no local), quanto mentalmente revigorante. Cruzo os meus passos (como sempre gosto de fazer) com os do Sergio Licurgo, do Armindo Cerqueira, do Fernando Magalhães, do Justino Silva. E de passo acertado, num belo pedacito de vida, cruzamos as nossas histórias com as histórias do fantástico e intrépido Livingstone e desse homem de dimensão divina que foi Mahatma Ghandi. Dois personagens que “horizontam” a minha personalidade.
Simbólico, profetizando talvez o início do novo ciclo que se sente, se cheira, se adivinha e se quer muito que aconteça. Para fora deste vorticiano sugadouro que todos engole e que acabará a engolir-se a si próprio.
Sigam-nos, embalados com a musica:
1 - River, Entertainment for the Brain Dead
(http://entertainmentforthebraindead.com)
2 - Requiem for a Fish, The Freak Fandango Orchestra
(http://www.freakfandango.es/)
3 - Gonna Make it Through this year, Great Lake Swimmers
(http://www.greatlakeswimmers.com/)
4 - Go, Josh Woodward
(http://www.joshwoodward.com/)

4 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pela prosa, pelas imagens e pelas belas músicas. Gostei mesmo muito e já estava com saudades de apreciar estes teus trabalhos fotográficos...
Há três meses que estavas ausente!
Abraços.

Nuno Cruz disse...

Não sei quem é este anónimo, mas agradeço o aceno. E posso dizer que eu também tinha saudades de publicar. Só que preciso de algum espirito para poder montar, escolher musica, escrever, publicar. Por vezes não está lá e forçar só estraga o que de belo se tem para mostrar. Por agora tenho uma serie de 6 mais ou menos fluida para publicar. Thanks

inácio disse...

Desculpa. O incógnito foi inadvertido.
Inácio

Nuno Cruz disse...

abraço para o papá inácio