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sábado, 18 de abril de 2015

UNTIL THE LAST DROP - Porto and Douro, hand on hand

Porto

The train stops in the overwhelming railway station of Porto (S. Bento). I leave the train and start wlaking towards the old part of one of the most ancient towns in Europe, Unesco World Heritage, home for a permanent sense of freedom that deeply marks its history and the history of the country (Portugal). And my own, I should say. I was born here and lived my childhood and youth, and it was from here that I departed to the World.
I just love this historical town that was always fundamental in the most important pages of our Free Portugal. The re-conquest of the city against the Moorish, the independence warranty against the power of Castilla, the resistance against the French Napoleonic Invasions or against Absolutism of D. Miguel (which would give it the title of Invictus, illustrating the brave spirit of its people), the fundamental role in the “Hot Summer” of the April revolution (1974) and the fantastic epopee of the most representative football club (FC Porto, naturally my club) that helped to put the city in a world scale. A history carved by the tough work, willing capacity, courageous persistence and the right to freedom.
I walk in this historical área, turning round and around in the narrow streets, passing by  Avenida dos Aliados/Praça da Liberdade, going up in rua dos Caldeireiros up to Cordoaria, from where i face the Clérigos Tower, keep walking in slow motion through Passeio das Virtudes, from where I can have taste the delightfulness of some rich details of Douro River (always with its eyes on me). It make me remember the words, first of my grand father, of humble origin, then of my father an illsuter member of the city (by his achievements, not by name) highlighting the fundamental role of competency, skills and honesty in a free responsible and healthy (mentally) life. Words that have had deep impact in my own personality, due to the enclosed sharpness. They melt my horizon with the city endless horizon.  
Again, in slow motion i move down towards the river, but without touching him since I decide to go up again to the top hill where the city cathedral seats guarded by Vimara Peres, the hero of the conquest agians the Moorish (IX century). A few steps further i´m above the middle of river, in D. Luis Bridge, seeing its last section before it dies in the sea, thinking about this precise moment of our history marked by a huge wave of scandals that start at the highest personalities of the State but crossing all sectors of society, leaving no doubt about the globalized occurrence. People so well dressed and wrapped, with not a single sign of valuable content, that can not see anything far from their noses and confuses success with the ability to survive on other’s work in a complete spirit poverty. As a consequence, installed competencies were drawn in an ocean of acquired corrupto-incomptences that unable to see the unsustainability of their own way of life.
Based in the identity that marks its history, I foresee, with hope and willingness, new fundamental achievements in the turning page of this de-structured world that will have to happen.
Then I fall down from the cliff of the northern abutment of D. Luis Bridge, smashing on Ribeira where the city and the river give their hands, and from where I will depart (by tram) sliding the last section of the right (north) river bank of Douro (movie to be published next week). I abandon myself in Ribeira with this taught and with the music of:
Cien Volando e I Will Not Let You Let Me Down, Josh Woodward
(http://www.joshwoodward.com/)
A Day to Forget, Ant Neely
(http://www.antneely.com)
And also with the words at the end of the movie(so illustrative of what I have said), extracted from
Somos la Verdad, Jota_a_ene
(http://soundcloud.com/jota-a-ene)

See you next week


UNTIL THE LAST DROP - Porto from nunocruz on Vimeo.

O comboio apita e detêm-se na fabulosa Estação (Ferroviária) de S. Bento. Deixo o comboio e penetro na parte histórica de uma das cidades mais antigas da Europa (o Porto), Património da UNESCO desde 1996, berço de uma liberdade intemporal que marca a sua história e a história de Portugal. E a minha história pessoal também. Foi aqui que nasci, que vivi a infância e juventude até partir para Coimbra (para a universidade) e me lançar definitivamente no Mundo. Amo esta cidade que tanto marcou a nossa história e esteve na origem dos episódios mais marcantes do nosso Portugal livre. A reconquista aos Mouros, a garantia da independência face ao reino de Castela, a resistência vitoriosa às invasões napoleónicas, a resistência ao absolutismo miguelista (que haveria de emprestar o titulo de Invicta ao escudo da cidade, traduzindo o indomável espirito das gentes que a ergueram e que diariamente a sustentam), o papel fundamental no verão quente da revolução de abril e a fantástica epopeia do clube de futebol da cidade (FC Porto, o clube do meu coração, naturalmente) que em muito ajudou à projecção mundial que a cidade hoje tem. Uma história esculpida pelo esforço do trabalho, pela empreendedora capacidade, pela corajosa persistência e pelo direito à liberdade.
Calcorreio esta parte da zona histórica em voltas e voltinhas pelas ruas e vielas, passando à frente da magnifica Avenida dos Aliados/Praça da Liberdade, subindo a rua dos Caldeireiros até à Cordoaria, de onde vislumbro a Torre dos Clérigos, seguindo em passo lento para o Passeio das Virtudes num belo pormenor do rio espreitando por entre o colorido do casario. Chama-me para ele. Ecoam-me as palavras, primeiro do meu avô Augusto, gente humilde, depois do meu pai, gente ilustre da cidade (por feitos, não por nome), acerca da imperiosidade da competência e da honestidade numa vida livre, responsável e mentalmente saudável. Palavras que me marcaram a personalidade, de tão certeiras que foram, num desígnio idêntico ao da minha cidade.
Vou descendo depois em lenta vertigem até quase tocar o rio na rua Mouzinho da Silveira, contudo sem lhe tocar, porque subo ao alto da escarpa norte no terreiro da Sé Catedral ao encontro de Vimara Peres, o herói da conquista da Cidade aos Mouros no Séc. IX. A visão privilegiada do curso do Douro, de cima da Ponte de D. Luis põem-me a olhar o momento da história que hoje vivemos, marcado pela escandaleira sem rei nem roque partindo de muitas altas figuras de estado e aos trambolhões por aí abaixo, numa onda de ocorrências que indubitavelmente deixa a nu o estado generalizado e globalizado a que isto chegou. Gente muito faustosamente embrulhada, sem ponta de conteúdo e que se confina ao próprio umbigo, que confunde sucesso com habilidade para viver à custa dos outros numa completa pobreza de espirito. E assim, competências instaladas foram-se afogando num mar de corrupto-incompetências adquiridas, que actualmente começa a dar sinais de nem sequer existirem as competências para garantir a sustentabilidade do seu próprio “eco-sistema”.  

Adivinho por isso, confesso que com um misto de esperança e entusiasmo, novos cometimentos da cidade e das suas gentes a partir das crenças que lhe fazem a história, para o inevitável virar de página que terá de surgir. Espero naturalmente poder enrolar a minha vida com a (minha) cidade nesse marco histórico do futuro.
Despenho-me do alto da escarpa, esborrachando-me na ribeira, onde a cidade e o rio dão as mãos e de onde lamberei outra vez a margem do rio, desta vez de eléctrico, até à sua foz (filme da próxima semana). Deixo-me por ali ficar embebido pela musica de:
Cien Volando e I Will Not Let You Let Me Down, Josh Woodward
(http://www.joshwoodward.com/)
A Day to Forget, Ant Neely
(http://www.antneely.com)
E as palavras que ilustram o que aqui digo, mesmo no final do filme extraídas de
Somos la Verdad, Jota_a_ene
(http://soundcloud.com/jota-a-ene)


Até para a semana

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