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domingo, 17 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - A long time ago

Trujillo, Peru
Under the Condor wing
Under the wings of the Condor, which protected our souls and guide our steps, we drawn ourselves in the time and the history of the Indian cultures that inhabited that strip of desert land that is the Peruvian coastline. Without Jorge Santos, whose life had moved him to Lima.
A long long time ago, a lot before the Inca Culture, the Moche culture flourished in the arid area of the North coastline of Peru. Although they haven´t developed a political unity between the civilizational groups, they had a strong culture link. They didn´t have a proper writing and so, iconographic representation in handycraft, ceramics, jewelry were the means of telling to the future, their story, their believes, their way of life. The common architecture were based in their temples (Huaca) and pyramids, usually in adobe, being the Sun and the Moon temples (in Trujillo) the best examples of their creativity. Taken by the sound of Simon & Garfunkel (el Condor Pasa), me and Luis drawn ourselves into the deep hearth of Moche culture, learning how they lived and how they disappeared, in a sequence of 30 years of el Niños that generated 30 years of overflow in the coast line, followed by 30 years of dryness and more 30 years of civil war arising from the precarious conditions. With their houses and farms destroyed, people stop believing in Gods, doubt their human sacrifices and rejected their social stratification.
It is terrifying to think how close it is of the world we are living in.  
The Moche culture had disappeared around 800 AC, but left the seeds for the further Chimú civilization (Xth Century), who were also very skilled in ceramics jewelry and metallurgy. But their main achievement was as architects and urbanists, being actually considered the best of the old Peru. And once again, we transported ourselves with the time and got inside the greatest adobe city of the world, 15 km2 where 100.000 inhabitants lived together in the past.  Always protected by the Condor wings that followed all our steps in this historic promenade, ensuring us a safe journey . This time with “Cariñito"  (Los Hijos del Sol).

E com o condor como cicerone, protegendo-nos a alma e orientando-nos os passos sob as suas asas, mergulhamos no tempo e na história das culturas que habitaram a faixa desértica da costa peruana (Pacifico), já sem o Jorge Santos cuja vida o havia levado já para Lima.
Muito antes do aparecimento da cultura inca, em 100 a.C. floresce no seco Litoral Norte do actual território Peruano a civilização Moche. Não desenvolveram um estado ou unidade política entre os centros civilizacionais que abrangiam, mas apresentavam uma unidade cultural na iconografia comum. Aliás, uma vez que não dominavam a escrita, a representação iocnográfica em artefatos, cerâmica, murais e joalharia foi a forma que encontraram de registrar a sua história, as suas crenças e o seu modo de vida.
A arquitetura desenvolveu-se através de grandes obras públicas como templos e pirâmides, ambos com o uso de adobe (tijolo cru), sendo as Huacas del Sol e de la Luna (primeira parte do filme) os melhores e mais imponentes exemplos das capacidades arquitectónicas desta civilização. A Huaca del Sol, uma enorme estrutura piramidal situada no rio Moche, foi a maior estrutura arquitetônica pré-colombiana construída no Peru e possivelmente o centro de irradiação da cultura Mochica. Este sítio arqueológico foi desfigurado e praticamente destruído pelos conquistadores espanhóis assim que souberam da existência de artefatos de ouro enterrados nas tumbas encerradas na pirâmide. Felizmente a Huaca de La Luna, situada em frente da anterior e que se acredita que foi o principal centro religioso da região, permaneceu praticamente intacta, conservando, além de abundante iconografia cerâmica, magníficos murais coloridos. E assim, lá mergulhamos na Huaca de la Luna, levados pelo som de Simon & Garfunkel (el Condor Pasa), viajando uns séculos no tempo até ao coração da cultura Mochica e espreitando o seu declínio. Uma sequencia de "El Niños", que gerou 30 anos de inundação na costa, seguidos de 30 anos de seca e mais 30 anos de guerra civil em virtude da escassez de recursos, que arrasaram as suas casas e culturas, os fez deixar de acreditar na bondade dos Deuses, duvidar da eficiência dos rituais de sacrifícios humanos e rejeitar a estratificação social  e a linhagem. Os deuses haviam dado provas de uma ira que parecia não terminar jamais.
Qualquer sociedade moderna teria sucumbido...
Aterradoramente semelhante aos nossos dias, não podemos deixar de pensar.

Os Mochicas enquanto cultura desaparecem por volta do ano 800, mas geram uma nova cultura (Séc. X), os Chimu. Como legatários da cultura Mochica, os Chimus foram igualmente eximios na cerâmica e na produção metalurgica. Mas onde realmente se destacaram foi na sua qualidade, enquanto arquitectos e urbanistas, havendo quem defenda que são percursores dos Incas no que se refere as construções monumentais e que os considere os melhores arquitectos do Perú Antigo. E uma vez mais, transportados no tempo entramos na maior cidadela de "barro" do mundo, Chan Chan!!!, ao som de "Cariñito" dos Los Hijos del Sol. Aí, sempre protegidos pelas asas do Condor nesse deambular histórico, pasmámos pela sua imponência, organização e adornos em relevo daqueles 15km2 que chegaram a albergar cerca de 100.000 habitantes.  Pena o "El Niño", sempre ele, lhe ter retirado a sua cor original furtando-nos o verdadeiro "El Dorado", que devia o nome ao amarelo dourado que irradiava como um Sol. Nada, no entanto, que empobreça o que aos nossos olhos foi dado a ver.

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