Trujillo, Peru
Under the Condor wing
Under the wings of the Condor, which protected
our souls and guide our steps, we drawn ourselves in the time and the history
of the Indian cultures that inhabited that strip of desert land that is the Peruvian
coastline. Without Jorge Santos, whose life had moved him to Lima.
A long long time ago, a lot before the Inca
Culture, the Moche culture flourished in the arid area of the North coastline
of Peru. Although they haven´t developed a political unity between the civilizational
groups, they had a strong culture link. They didn´t have a proper writing and
so, iconographic representation in handycraft, ceramics, jewelry were the means
of telling to the future, their story, their believes, their way of life. The
common architecture were based in their temples (Huaca) and pyramids, usually
in adobe, being the Sun and the Moon temples (in Trujillo) the best examples of
their creativity. Taken by the sound of Simon & Garfunkel (el Condor Pasa),
me and Luis drawn ourselves into the deep hearth of Moche culture, learning how
they lived and how they disappeared, in a sequence of 30 years of el Niños that
generated 30 years of overflow in the coast line, followed by 30 years of
dryness and more 30 years of civil war arising from the precarious conditions.
With their houses and farms destroyed, people stop believing in Gods, doubt
their human sacrifices and rejected their social stratification.
It is terrifying to think how close it is of
the world we are living in.
The Moche culture had disappeared around 800
AC, but left the seeds for the further Chimú civilization (Xth Century), who
were also very skilled in ceramics jewelry and metallurgy. But their main
achievement was as architects and urbanists, being actually considered the best
of the old Peru. And once again, we transported ourselves with the time and got
inside the greatest adobe city of the world, 15 km2 where 100.000 inhabitants
lived together in the past. Always
protected by the Condor wings that followed all our steps in this historic
promenade, ensuring us a safe journey . This time with “Cariñito" (Los Hijos del Sol).
E com o condor como cicerone,
protegendo-nos a alma e orientando-nos os passos sob as suas asas, mergulhamos
no tempo e na história das culturas que habitaram a faixa desértica da costa
peruana (Pacifico), já sem o Jorge Santos cuja vida o havia levado já para
Lima.
Muito antes do aparecimento da
cultura inca, em 100 a.C. floresce no seco Litoral Norte do actual território
Peruano a civilização Moche. Não desenvolveram um estado ou unidade política
entre os centros civilizacionais que abrangiam, mas apresentavam uma unidade
cultural na iconografia comum. Aliás, uma vez que não dominavam a escrita, a
representação iocnográfica em artefatos, cerâmica, murais e joalharia foi a
forma que encontraram de registrar a sua história, as suas crenças e o seu modo
de vida.
A arquitetura desenvolveu-se
através de grandes obras públicas como templos e pirâmides, ambos com o uso de
adobe (tijolo cru), sendo as Huacas del Sol e de la Luna (primeira parte do
filme) os melhores e mais imponentes exemplos das capacidades arquitectónicas
desta civilização. A Huaca del Sol, uma enorme estrutura piramidal situada no
rio Moche, foi a maior estrutura arquitetônica pré-colombiana construída no
Peru e possivelmente o centro de irradiação da cultura Mochica. Este sítio arqueológico
foi desfigurado e praticamente destruído pelos conquistadores espanhóis assim
que souberam da existência de artefatos de ouro enterrados nas tumbas
encerradas na pirâmide. Felizmente a Huaca de La Luna, situada em frente da
anterior e que se acredita que foi o principal centro religioso da região,
permaneceu praticamente intacta, conservando, além de abundante iconografia
cerâmica, magníficos murais coloridos. E assim, lá mergulhamos na Huaca de la
Luna, levados pelo som de Simon & Garfunkel (el Condor Pasa), viajando uns séculos
no tempo até ao coração da cultura Mochica e espreitando o seu declínio. Uma
sequencia de "El Niños", que gerou 30 anos de inundação na costa,
seguidos de 30 anos de seca e mais 30 anos de guerra civil em virtude da escassez
de recursos, que arrasaram as suas casas e culturas, os fez deixar de acreditar
na bondade dos Deuses, duvidar da eficiência dos rituais de sacrifícios humanos
e rejeitar a estratificação social e a linhagem.
Os deuses haviam dado provas de uma ira que parecia não terminar jamais.
Qualquer sociedade moderna teria sucumbido...
Qualquer sociedade moderna teria sucumbido...
Aterradoramente semelhante aos
nossos dias, não podemos deixar de pensar.
Os Mochicas enquanto cultura
desaparecem por volta do ano 800, mas geram uma nova cultura (Séc. X), os
Chimu. Como legatários da cultura Mochica, os Chimus foram igualmente eximios
na cerâmica e na produção metalurgica. Mas onde realmente se destacaram foi na
sua qualidade, enquanto arquitectos e urbanistas, havendo quem defenda que são
percursores dos Incas no que se refere as construções monumentais e que os
considere os melhores arquitectos do Perú Antigo. E uma vez mais, transportados
no tempo entramos na maior cidadela de "barro" do mundo, Chan
Chan!!!, ao som de "Cariñito" dos Los Hijos del Sol. Aí, sempre protegidos
pelas asas do Condor nesse deambular histórico, pasmámos pela sua imponência, organização
e adornos em relevo daqueles 15km2 que chegaram a albergar cerca de 100.000
habitantes. Pena o "El Niño",
sempre ele, lhe ter retirado a sua cor original furtando-nos o verdadeiro
"El Dorado", que devia o nome ao amarelo dourado que irradiava como
um Sol. Nada, no entanto, que empobreça o que aos nossos olhos foi dado a ver.
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