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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

THE FLIGHT OF THE CONDOR - Through the desert to the Ocean

Paracas, Peru

The Condor of the Andes is a huge live being with 1.33m height, 3,20 of span and a weight that could reach 15 kg. With a typical lifetime iof 50 to 75 years, lust like us he is one of the greatest symbols of divinity of ancient Indian cultures of South America, such as Nasca, Chimú, Wari, Tiahuanaco, Mochica e Inca. Due to his heavyweight, despite his span, he needs help to float in the air, and so his natural habitats are wherever there is wind. Not only mountains, but also in windy coast line or deserts. Avoiding to spent energy in moving his heavy weight in an hunting process, the condor gets his food from “just dead” animals cleaning the nature while eating.
For the Inca Civilization there were 3 spiritual levels: the world of Above, known as Hananpacha (the world of spirit), the Mid world (Kaypacha, where the men live) and world of the Bottom (Ukupacha, the world of the dead, but with nothing to do with our Hell). Incas lived within these 3 worlds interacting through a Divine triology, where the Condor or Apu Kuntur was both the Guardian of the Above world as well as the messenger of gods. The other two were the Puma (mid-world) and the Snake (Bottom world).
And that was our companion in this trip of two generations with the same walk, from Paracas to Trujillo, and from there to Huamachuco, beyond the crest of the Andes in that area, in a amazing variety of landscapes. Floating above us, we gently invited us to float with him over the worlds of our own lives, unifying our Hanan Pacha and Kay Pacha.
Come along with us through the overwhelming Paracas National Park, the desert nearby the sea, and meet the condor, in a scenary painted by the colours of two different generations, Sting (Desert Rose) and Red Hot Chili Papers (My Friends).   

THE FLIGHT OF THE CONDOR - Through the desert to the ocean from nunocruz on Vimeo.
  
O Condor Andino é a maior ave do mundo, possui 1,33m de altura, 3,20m de envergadura, chega a quase 14 kg e vive entre 50 a 75 anos, é o símbolo e mestre dos Andes, foi considerado uma divindade por grandes culturas índias da América do sul, como Nasca, Chimú, Wari, Tiahuanaco, Mochica e Inca. Devido ao seu elevado peso e mesmo com a grande envergadura que exibe, o condor necessita de apoio para voar. Daí que viva preferencialmente em zonas ventosas para poder planar sobres as correntes de ar sem grande esforço, sendo frequente encontrá-los tanto em zonas montanhosas, como em zonas costeiras onde abundam as brisas do mar, e mesmo em desertos em que a corrente seja frequente. Talvez pela mesma razão, o condor não dispende as suas energias na caça. Espera que os animais morram para depois se alimentar, limpando simultaneamente a natureza. Equilibrio perfeito.
Para os Incas, existiam três níveis espirituais, o mundo de cima, conhecido como Hananpacha (o mundo dos espíritos), o mundo do meio, conhecido como Kaypacha (o mundo dos homens) e o mundo de baixo, conhecido como Ukupacha (o mundo dos mortos), o qual nada tem a ver com o nosso inferno. Os Incas viviam entre estes três mundos e relacionavam-se com eles através da trilogia totémica dos animais sagrados, na qual o cóndor ou Apu Kuntur para além de guardião do mundo de cima era também um “Mensageiro dos deuses” que fazia a união entre o Hanan Pacha e o Kay Pacha. Completavam o grupo dos guardiões, o Puma no mundo do meio e a Serpente no mundo de baixo.
E foi precisamente esse companheiro que nos acompanhou nesta viagem de união  entre gerações  (os meus amigos Luis Machado e Jorge Santos e eu próprio), de Paracas a Trujillo e dai a Huamachuco, passando para lá da crista andina, numa variedade enorme de ambientes naturais. Pairando sempre sobre nós, o condor com a sua majestosa e frequente presença foi-nos convidando gentilmente a deslizar com ele sobre os mundos que nos enquadram a vida, unindo também os nossos Hanan Pacha e Kay Pacha.


Venham daí conhecê-lo e senti-lo flutuando connosco pelo parque natural de Paracas, um deserto à beira-mar que é um dos habitats do condor andino. Um cenário magnifico pintado com as cores de duas diferentes gerações,  Sting (Desert Rose) e Red Hot Chili Papers (My Friends)

2 comentários:

Anónimo disse...

Da tua enorme producao (de que como sabes sou "fa nr 1") este ja'faz pasrte da minha "superseleccao dos preferidos" (tema, imagem, texto, musicas... a ,maneira como tudo integras e a emocao que "lhe emprestas").
Obrigada! Foi mesmo bom acordar com os voos do Condor com pano de fundo nessa harmoniosa e lindissima Natureza (so'um artista como "Deus"a poderia "pintar"... esses sao os momentos em que nao e'preciso ter fe, pois tem-se a prova...).
Bjs

isabel

Nuno Cruz disse...

É perfeita a tua noção daquilo que eu quis mostrar através dos sentidos. Que bom. Beijo