Gacel, the main individual of the novel Tuareg
(Alberto Vazquez-Figueroa), which I
recommend, called it the Empty Land…”a white shadow in the maps, where the
temperature could boil the blood during the summer, where no bush was allowed
to grow and even the birds in their migrating movements deviate from it,
despite their high flight…”. A land where only the Tuaregs, especially the
lonely, would dare to face. That sand with the wind as allie, in a blink of the
eye, could drown entire cities, fortresses, men or camels, evolving everything
within the erg. What the desert wants, the desert takes.
Naturally, it was not supposed our expedition
to enter such a level of penetration. We only would like to have a small taste
of that. And in reality, we were lucky by having a magnificent day to drive in
the dunes and afterwards to have the possibility of being in the center of a
sand storm. Following the path of a romance, I was seduced by desert forms. Then
by its colours, then I felt in love with its histories, until I got lost inside
it. That immense land that is always changing of colours and location, confront
us with our minor scale and pushing us to our deepest essence. And how good it
was to walk this track with my new friend, companion inthis adventure. MIGO.
And also with Nitin Sawhney (Beyond the Skin), Moby (Natural Blues), and the
musicians of Auberge du Sud (Bafana, Musique du Desert) with whom we had the
pleasure to live with, during the 3 days we were around (you can see them in
the movie, particularly Hamid, the guy pointing directions in the dunes). Incredible their versatility for cleaning, cooking, guiding you through the desert, having a chat with you, playing the music, and making it all as partner of yours, not as servent, giving you the possibility of really interchanging with them. GREAT TIME
MAKTOUB - Within Erg Chebi from nunocruz on Vimeo.
Gacel, personagem personagem principal da novela “Tuaregue” (Alberto Vazquez-Figueroa), que recomendo, chamou-lhe Terra Vazia, “…uma mancha branca nos mapas, onde a temperatura fazia ferver o sangue no pino do verão, onde não crescia nem o mais lenhoso arbusto e até as aves migradoras a evitavam nos seus voos a centenas de metros de altura…” Uma terra que apenas os tuaregues, em especial os solitários, se atreviam a enfrentar. Aquela areia era capaz de um momento para o outro, sob o seu manto e nos braços do vento seu aliado, afogar cidades, fortalezas, oásis, homens e camelos, tudo transformando em mais uma dos milhões dunas do erg. O que o deserto quer para si, o deserto tira.
Obviamente, da nossa expedição não era suposto atingir tal
nível de penetração. Ansiavamos apenas por um cheirinho disso tudo. E, na
realidade, fomos bafejados pela sorte que nos permitiu rolar na duna num
excelente dia para isso e depois assistir a uma tempestade de areia, no
conforto do albergue. Como num romance, deixei-me seduzir primeiro pelas suas
formas, depois pelas suas cores, depois encantei-me pelas suas histórias e os
seus segredos até que finalmente mergulhei fundo no seu seio. Aquela imensidão
infinita de formas que mudam de côr e de sitio, confronta-nos inevitavelmente
com a nossa escala, transportando-nos para o mais profundo da nossa essência. E
que bom foi, poder fazer tudo isso em passada acertada com o meu novo amigo,
companheiro desta aventura. O Migo. Nitin Sawhney (Beyond the Skin), Moby
(Natural Blues), e os musicos do Auberge du Sud (Bafana, Musique du Desert) com
quem tivemos o prazer de conviver naqueles 3 dias (podem ver alguns deles no
filme, particularmente o Hamid, vêem-no no filme a orientar o “transito”). É
perfeitamente inimaginável a sua versatilidade para cozinhar, limpar, guiar-nos
pelo deserto, conversar e "dar música", fazendo tudo isso com uma
graça que nos fazem sentir que somos parceiros deles ali. Nem senhores, nem
criados, que o deserto não é dessas coisas (para mim, nem no deserto, nem em
lado nenhum devia haver disso). Espectacular.
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