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sábado, 14 de junho de 2014

KISSING AFRICA - Naking the Soul

Beira  - Caia - Sena - Sinjal - Doa - Moatize - Tete - Zalewa - Blantyre

There we go again. This time for one of those long runs, that i´m used to. It will take me from Beira to Tete, and then to Nacala´s corridor in Malawi.

I jump into the off-road vehicle, with the other Cruz (Jorge) in the wheel. Once more brotherized by the same spirit of liberty that this movements always bring. Towards the end of the world. Sleeping in the car, in low class hostal, in the invented Train-Hotel, eating wherever and whenever it is possible, sliding through the landscape that railway have opened. In a glink of an eye we are in Caia, then Sena, crossing the Zambeze in that overwhelming 4km long railway bridge of Dona Ana. And so, we enter a new world, the world of places like Sinjal, Doa, Mecito, Necungas, Kamboulatsitse, until we get Moatize - Tete.

The net is lost in the middle of the course, the cells don´t work leaving us more and more on our own. Slowly we leave behind the rotten things that hide behind any news that come from our Portugal or our Europe. The connections, the society dances around favours, the invey, the states of war we live in. Slowly we melt within our souls, relaxing the muscles and the mind. And tastefully, everything becomes fluid, natural, in balance, and we just undress our souls and feel the liberty going thorugh our bodies. Jorge throws the rythm of John Butler (Oceans) i send back Paco de Lucia, Al Di Meola & John Maclaughlin (Meditarrenian sundance).

I embrace my brother, he is flying back to Maputo, i´m keep going by road, to Zalewa (Malawi) to meet António Azevedo, another strong emigrant of my circles. He is in his second wave of emigration. I have worked with him in 3 different countries. Always with sucess. In parallel we buld our friendship, a good frienship i should say. I embrace again Gonçalo, Quartel, Virgilio, all of them from Portugal. I answer their problems, with success. And i close my working period, ending the night with Helga and Abilio and Tânia, friends of mine that are always on the move. To wherever they are required.

Then, 30 hours in airports and planes until get home. For the first time in my life i was alone (for 3 hours) in an international airport (Maputo). It is really a mark, for me


KISSING AFRICA - Naked Soul from nunocruz on Vimeo.

Ala que se faz tarde. Outra vez. Desta vez num long run de trabalho que me levará da Beira a Tete e depois daí até ao corredor de Nacala. 

Salto para dentro da pick up, com o outro Cruz (o jorge) na condução, uma vez mais irmanados pelo mesmo espirito de liberdade que estes movimentos nos dão. Em direcção ao fim do mundo. Sem eira nem beira, nem leira nem fronteira, dormindo no carro, numa pensão manhosa, ou no inventado comboio-hotel, comendo quando calhar, deslizando pela paisagem que a via férrea rasgou. Dum tiro chegamos a Caia, depois a Sena, atravessamos o Zambeze pelos fabulosos 4km de ponte (Dona Ana) e entramos noutro mundo, o de sitios como o Sinjal, Doa, Mecito, Necungas, Kamboulatsitse, que dificilmente aparecem nos mapas. Até chegar a Moatize-Tete.   
Aos poucos desaparece a net e outras ligações, deixando-nos cada vez mais entregues a nós próprios. Pouco a pouco deixamos para trás a podridão que se esconde em cada canto de noticia que ecoa do nosso burgo, seja ele Portugal, seja ele a Europa. Desaparecem os "connects", as danças de bicos de pés para ver quem se chega mais à frente na altura da fotografia, as trocas de favores que acentuam a incompetência e esmagam a sua antónima. Pouco a pouco descemos lá bem para o fundo da nossa essencia, relaxando os musculos e a mente. Pouco a pouco tudo se torna fluido, natural, harmonioso. Despindo a alma e sentindo a liberdade a correr nos nossos poros, os meus e os do Jorge. O Jorge atira-me o ritmo de John Butler (Oceans) e respondo com o Paco de Lucia, Al Di Meola & John Maclaughlin (Meditarrenian sundance). 

Abraço o mano Cruz. Ele segue para Maputo. Eu, de novo em 4x4, sigo para Zalewa no Malawi onde me espera o António Azevedo. Outro emigrante, este já em segunda vaga. Já trabalhei com ele em 3 paises. Sempre com sucesso. A par da obra, vamos construindo a nossa amizade, uma amizade boa. Abraço com prazer o Gonçalo, o Quartel, o Virgilio, todos idos daqui. Respondo-lhes aos problemas. Saio-me bem. Fecho a tasca do trabalho e termino a noite  em Blantyre com a Helga & Abilio mais a Tània, gente "minha" que circula permanentemente pelo mundo. Por onde tiver de ser. 

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