Ilhavo -Berlengas
After the first day of navigation, we were all more
confortable with our stomach, body and brain in terms of managing seasickness, all
familiarized with our tasks on board and having the idea of the work to be
done. We were getting the spirit of the thing and anxious to start Living in
the Sea
Every morning the day began at 7.00 with a whistle announcing
the dawn and giving instructions about what to dress and the planning for the
day. The whole group had been previously divided in 4 groups of 9-10 students,
one Cadete (officer student of Naval School) 2 university tutors, working mixed
together with the ship crew in quarters (4 hours each group) for the ship
labour, participating in the navigation procedures (including the wheel and the
maps), cooking, “waitering” the meals, guaranteeing good shape of the
mechanical and electronic equipments and watching over. General Labour for
cleaning rooms and bathrooms at 7.30 each morning (3 hours of sleep for those
who were in “quarters” until 4.00), Sail Labour and workshops and preparation
for the university works (that have to be presented at the end) had the
participation of the whole group. It was tough and exhausting. Generally not
more than 5-6 hours of sleep, frequently in two steps.
Despite that, mixing university students, professors and
Army in a same working group it was surprisingly simple. Everything worked so
well and so fast, giving us time to look through the “window” and get in touch
with this other continent that Oceans are. Sliding with its waves, feeling its melancholic
infinite and how small we (and our ship) are. One unchangeable circumference, departing
from you, in its centre, towards the point where oceans meet sky. Everything
that falls within… belongs to your eyes, to your soul, to your dream. And so
all together we have just abandoned ourselves on the arms of that adventure.
Superb. With the music of Resistência (Não
sou o único, I´m not the only one looking at the sky e Noite, Night). Hope you like it7 SEAS - The Sailing Labour from nunocruz on Vimeo.
Depois da primeira navegação, introdutória para passar enjoos, habituar o corpo e o cérebro aquela instabilidade permanente debaixo dos pés e antever a vida de dias seguidos a bordo sem pôr pé em terra com trabalho árduo pela frente tanto nas manobras de marinhança como nas obrigações académicas, começámos realmente a entrar no espírito da coisa.
O dia começava com um apito agudo pelas 7.00 da manhã que anunciava a alvorada e dava indicações da farda a vestir e das actividades do dia, normalmente abundantes e intensas.
O pessoal fora previamente dividido em 4 grupos associados aos 4 mastros do navio (Traquete, Contra Traquete, Grande e Mezena) de 9-10 instruendos, um cadete da escola naval e dois tutores universitários, faziam os seus quartos (turnos de 4 horas) enquadrados pela guarnição do navio nas manobras de marinhança, que abrangiam leme e navegação, vigias, apoio aos equipamentos, refeitório e cozinha. Fainas gerais de limpeza diárias às 7.30 da manhã (o turno anterior com 3 horas de sono), fainas de mastros (cada grupo no seu mastro a puxar vela) intercalados por workshops e preparação dos trabalhos académicos tinham a participação simultânea de todos. Noites de sono dormidas em episódios para cumprir com os quartos. E tudo isto com necessidade de fomentar um espírito de equipa, fundamental para o bom curso da viagem, entre as comunidades universitária e militar, com todas as diferenças que daí advêm e facilmente se depreendem. Alunos universitários em geral irrequietos e pouco “hierárquicos”. Professores que ali também tem de sentar-se do lado do aprendiz (na arte da marinhança), do titubeante, do inseguro. Militares habituados à hierarquia e à disciplina na condução das suas actividades. Tudo isto sob a alçada do cansaço que naturalmente sobrevém com o passar dos dias. Não é fácil, convenhamos, que os pontos de tensão possíveis eram concerteza muitos. E, no entanto, a assumpção e interiorização do papel de cada um encaixou-se com uma espantosa naturalidade. Surpreendente o modo como tudo se passou, sem delongas nem discussões e com uma boa disposição notável, proporcionando a todos a rara oportunidade de usufruir e “comunicar” com esse fantástico outro continente que são os Oceanos, entrando no seu balanço permanente, sentindo a sua infinitude melancólica e a noção da pequenez do nosso pequeno espaço (navio). Uma circunferência imutável espraiando-se até ao horizonte largo e aberto até se despenhar contra o céu. Tudo o que lá cai dentro definitivamente pertence ao nosso olhar, à nossa alma, ao nosso sonho. Deixamo-nos todos, naturalmente, levar nos braços dessa aventura inebriante. Com Resistência (Não sou o único e Noite)
2 comentários:
O teu Espirito contagiou-me, o teu texto emocionou-me, a musica que escolheste (e o olhar atraves da tua camara/Alma )embalou-me... Muito Obrigada!
Um regresso aconchegante, apos uma curta viagem onde vos pude rever e onde o vosso contacto e Carinho teve (como sempre) a capacidade de me "repor no eixo"!!!
Um abracinho do tamanho do Mundo, um abracinho com toda a minha Alma
Isabel
Olá linda
Fico contente de ver que o que vou postando vai cativando. Bom para manter a passada. obrigado
beijos
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