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sábado, 3 de dezembro de 2011

A Spot of Light in a Dark Horizon - The Joy

Fremantle, Western Australia

In a way, we all know that our society model is coming to an end. We may still want to have a hope to hold on to but the truth is that we should be thinking on the new dawn rather than trying to keep the old one. And if you've got to build something, you must do it with JOY to create something really worth. I think i don´t really need hope for myself, i just need the hope that next generations will achieve that goal. I look at my son (in the University now) or Luis Machado or some of my students and see the joy, the happiness and the energy to ride that adventure. After all, they truly are the future of the man kind.

And that´s what i felt going around in Fremantle, the port of Perth, located 19 km downstream in the mouth of Swan river, during the short city tour i made with the "craziest" guide i´ve ever met. We started laughing as we stepped in the "trolley" until the last minute of the trip, while going through a parade of architectural heritage buildings that really makes that small town (25.000 souls) special, showing a rare harmony with the main port of that area. Sometimes it was hard to follow his australian accent, but you laugh all the same because his way of playing around with people.

I remembered the street blue musicians i have met some years before in Amsterdam (Krooked Wheels) in front of the Centraal Station, spreading joy around with their amazing improvised instruments, and i taught that Willie, the Weeper would harmoniously fit in the moment and in the taughts me and Carlos had been talking about. Again, Martin Fahey came up to my mind, thinking how fine it would be if it could be us playing that music, together with Prof. Mayne, Nuyens and Mitchell, has we did in that fantastic GeoMusic event during the Porto In-situ conference in 2004?

So let´s take our way with joy, no matter the darker are the times. Kisses and hugs



De certo modo, todos sabemos que o nosso modelo filosófico e social está no fim. Podemos querer continuar a pensar que talvez ainda haja esperança para aguentar e reverter a situação, mas a verdade é que talvez fosse melhor começar a pensar na criação de uma coisa nova (que certamente virá), em vez de manter o olhar atarrachado no passado, como se isso nos impedisse de cair. E se temos de construir uma coisa de raiz, o melhor é fazê-lo com ALEGRIA, para que realmente saia uma coisa bem feita. Eu sinto, na realidade, que não preciso de Esperança para mim, preciso é da confiança que as gerações vindouras atinjam esse objectivo de criar um mundo equilibrado e equitativo. Olho para o meu filho Miguel, recém-entrado na Universidade, ou para o Luis Machado, prestes a embarcar para outro continente, ou ainda para alguns dos alunos da universidade que se cruzaram comigo nos últimos anos, e vejo neles a alegre Energia necessária para cavalgar essa aventura. E, ao fim e ao cabo, são eles o futuro da humanidade.

Foi precisamente isso que senti, enquanto dava aquela pequena volta por Fremantle, a cidade portuária de Perth (uma vez que esta se situa a cerca de 20 km a montante da foz do rio Swan). com o guia mais "maluco" com que alguma vez cruzei. Uma gargalhada continua desde que pisei o veiculo até ao último minuto da viagem, enquanto nos ia falando dos feitos de uma pequena cidade (25.000 habitantes) com um património arquitectónico riquissimo em perfeita e rara harmonia com o porto que serve de principal saída para o mar daquela zona da Austrália. Por vezes, era impossível para mim seguir a "conversa" devido ao sotaque australiano algo carregado, mas o seu modo de falar e "pantominar" punha-me sempre dentro do assunto.

Este tipo de ritmos fazem-me sempre lembrar o "street blue" que eu tanto aprecio, sobretudo quando preciso de "pica". Recordei por isso aqueles malucos com os seus improvisadissimos instrumentos com quem me cruzei uma vez na frente da Centraal Station em Amsterdão (Krooked Wheels), que espalhavam alegria e boa disposição em seu torno e pensei que Willie, the Weeper era perfeito para o lugar e para as minhas reflexões conversadas com o Carlos Rodrigues. Mais uma vez o Martin (Fahey) me veio à cabeça, desejando que fosse possivel sermos nós a tocar aquela música em conjunto com os Profs. Mayne, Nuyens, Mitchell, tal como fizeramos nesse incrível GeoMusic, constante do programa da Conferência ISC-2 que se desenrolou no Porto em 2004.

Beijos e abraços e...
... Vamos lá então "pegar esse touro" com alegre energia, ok?

6 comentários:

Anónimo disse...

O rio corre sereno e manso, não tem pressa de ir para o mar...

De olhos fechados, folha vazia, lápis pousado, não posso , nem devo ,esconder uma certa turbação, talvez inquietude...!
Tem dias que a gente se sente um pouco talvez...diferente!

Mas o dia amanhece!
A certeza que a luz que derrama traz a Alegria. Talvez um dia...de Abril, ou Maio ou outro qualquer
Traga o desejar profundo de sacudir o Mundo!
E conhecendo a Beleza da união
um diamante nasce na palma da mão.

São paraísos.., esses instantes que trazes desenhados, coloridos, musicados.
São azuis... as palavras que deixam em mim o sorriso,o bater do coração.

Obrigada!
Nica

Nuno Cruz disse...

Gosto particularmente dos paraisos que trago para ti, e do azul que dizes que dou às palavras que arreganham sorrisos. Gosto que eles te façam isso, porque é isso que me fazem a mim (os paraísos). E talvez um dia...em Abril ou em Maio, possamos sorrir de tudo isto enquanto sacudimos o mundo.

Um beijo para ti, minha nica

Anónimo disse...

Quando a Nica inicia o dialogo, ficamos sem palavras (embora com o coracao embalado pela sua Poesia)...
De qualquer modo vou tentar, pois queria "reagir" ao teu ultimo texto, ao "filme"...
A verdadeira "Prova" de "quem verdadeiramente somos", poe-se exactamente nestes Momentos: quando tudo parece negro e sem solucao, quando "doi acordar" (por nao se ver horizontes) e doi recolher (porque se sabe que o sono nao vai chegar). Eu acredito que "a realidade" em muito tem a cor com que a pintamos (e embora sendo necessario fazer uma analise realista, a Energia com que empreendemos a "tarefa de lhe fazer frente", essa muito depende da "Cor" com que a olhamos, e da "Cor " que emprestamos aos outros (pois isso tambem modifica o seu "estado de Alma" e consequentemente a energia destes para "lutar").
A Nica empresta-lhe o Azul,a Luz, a Poesia e muita Harmonia, muita Docura... Tu ora "picas o touro", ora lhe fazes companhia nos belos campos onde e'criado...emprestas Beleza e fazes muita Companhia no teu Blog (porque quem se sente como tu sabe que nao esta'so'), emprestas Esperanca...
E esses sao Momentos especialmente bonitos (e e'isso que conta, porque a Vida e' feita de Momentos...)
Nao tenhas tanto medo das geracoes futuras, se estas levarem " estes tais Genes de Esperanca", tambem eles se vao adaptar para conseguirem encontrar Luz para o seu Caminho ("o destino do Homem" e'procurar/seguir a Luz, e nao a escuridao... e se nao existe, inventa-se!).
Vamos la'"pegar esse Touro pelos cornos", como diria o nosso "tartaruguinha"!
Abraco Grande

Isabel

Anónimo disse...

As palavras flutam ,voam ,sem correntes ,nem amarras...
Passam os tempos ,muda-se a cidade ,e até o Homem
(Porquê? vendido ,trocado ,corrompido ,na sede de mais ter?)

Mas as palavras...
Cheias de vida ,de poder...
Dão sentido a tudo
à existência ,à vida ,aos sentimentos ,
Só elas traduzem o amor ,a alegria ,o medo ,o sofrimento ,a saudade...


Elas espelham vossa alma
que ,em silêncio ,atenta escuto
o borbulhar sereno de serenas melodias...

Com gosto vos penso em cada dia
num beijo feito manhã...

Nica

Nuno Cruz disse...

Para quem não tem palavras, Isabel, até que não fluis nada mal. Vocês duas, Isabel e Nica, tornaram este blog muito mais rico com os sentimentos que para dentro dele vocês trazem. E, como sabem as duas, eu sinto-me muito mais aconchegado com a conversa do que com o monólogo. Sou uma pessoa de pessoas. É delas que gosto mesmo muito na minha vida. Obrigado às duas, simplesmente por existirem

Anónimo disse...

Hoje e'dia de trabalhar ate'tarde... Mas nao quero deixar de mandar um comentario "tardio"...
As palavras, cara Nica... para mim um "conceito esquizofrenico": por um lado, as palavras sao "magicas", um tesouro!, aquilo que nos permite comunicar e por consequencia "nos enriquece"! Mas por outro, toda a fonte de "miscomunications"! Melhor viver sem elas...???? Mas sem elas, tambem nao existiriam os livros, e, com eles, a possibilidade de termos como "Amigos" todos os mestres da Historia, da Arte, da Ciencia, da Literatura... E tudo isto para concluir que "nao ha'bela sem senao"? Que nao ha'Luz sem Sombra? Que nao ha'Yin sem Yang? E que a Harmonia, afinal, destes contrastes consiste?
Querido Mano, acredito que a imagem que escolheste para iniciar o teu "filme"deveria ser "imposta" em determinadas circunstancias: "proibido circular a mais de 20km/h" (e com a premissa: "SE e SO'SE, essa velocidade lhe permitir olhar o mundo com os olhos da Alma", "SE e SO'SE, a velocidade a que se sente obrigado a andar a este momento o alheia dum mundo humanizado, um mundo em que existe lugar para Sonhar simultaneamente com ser responsavel e contribuir para um "bem comum"...
E finalmente, nao posso deixar o comentario "gnostico": Nao posso deixar de acreditar num Deus! So'um ser Perfeito pode criar uma imperfeicao tao perfeita como o Homem! E sabes, acredito que Ele por vezes tem "ciumes"da sua "criacao", e talvez por isso nos lanca estas "fases negras"...
E com humor me despeco...

Um abraco grande (do tamanho do Mundo!)

Isabel