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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A New Dawn - Cordillera Blanca

And sudenly, there i was at 4.000m height, enjoying that sweet lazyness of the heights, Soroche in Peruvian language. I was there with the mission of driving along a road at these heights, identifying engineering problems. Almost 1.000 km after two days, getting up before dawn, around 4.30 in the morning and driving all day long, but always sliding through a magnificent view that makes your brain sharp giving pleasure to your work. I remembered my little friend Zorrino (From Tintin adventures) and my first glance to that incredible empire of the Incas, that in is highest point domain 5.000 km from Quito (Equador) to near Santiago (Chile). At that time they had built 35.000 km of roads without knowing neither the horse nor the wheel. How much i would like to travel in time and have a glance on their "engineering". But even with this mighty power that no one dare to face, a fearless man (Pizarro) with 170 men, stroke right deep in their hearts and all this disapeared as in a magic movement. And in less than 10 years this hero of the new world, died assinated by a man that was then assassinated (in less than 10 years) by Pizzarro's brother (Gonzalo)... and in less than 10 years Gonzalo was defeated deported and killed by the spanish crown. A sharp story for our times, don´t you think? How short the glory can be, how quick things can change.
Run along with me the track of Huaraz and Cordillera Blanca (the region at the north of Lima) marked by Huascaran the highest peak of Peru (6768m). With a good Andinian music (Mi Cholita de Abel Garrido Reyes, Selecion de Sayas de Ecos Andinos), which slides into Cantus Iteratus (Adiemus).

Enjoy the view




E de repente lá estava eu nos 4.000m de altitude outra vez (confesso que me dá sempre um certo prazer o que aquilo tudo encerra). O Soroche, como chamam os peruanos. Fui com uma missão, de correr uma estrada por essas altitudes, e inventariar os problemas. Quase mil km em dois dias, alvoradas às 4.30 da matina e circular enquanto a luz desse, mas deslizando simultaneamente por uma paisagem deslumbrante que nos aguça o espírito e nos proporciona um olhar mais arguto sobre as coisas. Quando o prazer e o trabalho se misturam, só pode sair boa coisa. Ali estava eu na terra dos Incas que tanto me fascinaram em pequeno, com a história do pequeno Zorrino do Tintin no Templo do Sol. O meu primeiro vislumbre dessa civilização fabulosa que no seu auge tinha um território que se estendia desde Quito (Equador) até próximo da actual capital do Chile (Santiago), em linha recta cerca de 5.000 km, e mais ainda (apara mim que sou engenheiro) uma rede de estradas com cerca de 35.000 km abertos num território super agressivo resultado desse choque de titãs que são os Andes, sem roda e sem cavalo. Tudo feito à custa de lamas que carregavam em média cerca de 50 kg. Façam as vossas contas e imaginem a empreitada. Tanto que eu gostaria de viajar no tempo e aprender com eles a sua "engenharia". Mas mesmo no auge, um temerário Pizarro com apenas 170 homens deu uma machadada neste império e pouco depois ele perdeu por completo o seu dominio, como o perdeu em menos de 10 anos o assassinado Pizarro, cujo assassino morreu às mão do irmão (Gonzalo) do primeiro, o qual novamente em menos de dez anos foi capturado e morto pela coroa espanhola. Como tudo pode virar de um momento para outro, num pequeno lapso de tempo. Corram comigo esse percurso por Huaraz e a Cordillera Blanca (região a norte de Lima) marcada pelo Huascaran o mais alto pico do Peru (6768m). Com uma boa musica andina (Mi Cholita de Abel Garrido Reyes, Selecion de Sayas de Ecos Andinos) culminando com o Cantus Iteratus (Adiemus)

Apreciem o momento


10 comentários:

Anónimo disse...

A "efemeridade" da Gloria... contraposto aos "35000 km de estrada construida sem cavalos, apenas com a ajuda dos simpaticos lamas (e a inteligecia e argucia dos Incas!).
Nao posso de deixar de lembrar uma das "citacoes-chave": "It is the way we walk, not the final destination..., what really counts!" em resposta á primeira.
Em relacao á segunda, questiono-me se existe melhor "Livro de Vida"do que um conhecimento apropriado (livre de juizos ou "tomadas de partido") da "Mae Historia"? E e'com muita pena que constato o quanto a maior parte da nossa geracao (passada, actual ou futura...) detesta Historia nos bancos da escola. Deveriamos ter melhores educadores nesta area, para assegurar "progresso" (em vez de "regresso", estagnacao, repeticao de erros evitaveis...).

Nao posso deixar de estabelecer um paralelo do "Peru Inca" com o nosso amado Tibete...
e, uma das "paredes montanhosas" que fotografas, trouxe-me á memoria o Vidoal e o Borrageiro..
Esta viagem so' te pode ter oxigenado o cerebro e a Alma...
Bem hajas
Isabel

Cárin Mateus disse...

Adorei. Filme muito cativante pelas bonitas paisagens e envolvente da sociedade peruana. Por outro lado, promove uma atenção especial para envolvente geológica da região e como não podia deixar de ser a análise de engenharia é naturalmente idealizada após observação das encostas e das infra-estruturas apresentadas (ou pela falta delas).
Bjs

Anónimo disse...

Maninho,

A proposito do ultimo CD dos Coldplay (que me atrevi a comprar sem ouvir!e nao me arrependi...) relembro o meu preferido deles (X&Y) e transcrevo alguns excertos que penso tambem te dirao algo":
"Oh brother I can't get through, I've been trying hard to reach you because I don't know what to do..."
"I'm so scarred about the future, and I want to talk with you"
"You can take a picture of something you see, And in the future where will I be?"
"Something is never been done..."
"Are you lost or incomplete? Do you feel like a puzzle you can't find your missing peace? Tell me how you feel,I feel they are talking in a language I don't speak, and they are talking into me..."
Continua a "tua obra", com essa "postura", dando-te totalmente "no momento", e tirando o maximo "do momento", porque o que das tem um Passado que esta'inscrito em ti, um Presente que "es Tu", e tem um Futuro que te "imortaliza"...
Um abraco do tamanho do mundo

Isabel

Nuno Cruz disse...

Um beijo para as duas. depois comentarei isto com mais calma. Neste momento estou em singapura esperando arrancar para Perth dentro de minutos.

Anónimo disse...

Boa (mais uma maravilhosa!) viagem!!! Ficamos á espera (do comentario e do novo "filme"...!).
Beijos

isabel

Luís Pedro Machado disse...

"Os homens só aceitam a mudança em caso de necessidade e a só veem a necessidade em tempos de crise" Jean Monnet

Não poderia fazer mais sentido nestes últimos tempos e reviravoltas da minha vida.

Obrigado por esta pequena introdução à minha nova casa. É de deixar água na boca.

Um forte Abraço

Luís

Anónimo disse...

Hoje...

a luz coada da manhã, o cheiro a terra molhada, o fruto maduro do pomar, a gargalhada no ar, os laços que me prendem a um passado, o abraço de vazio e solidão, as velas enfunadas no horizonte, a sombra ténue do entardecer...

Hoje...
este desespero persistente, esta revolta amarfanhada, estas gargalhadas por entre lágrimas que correm, uma a uma, este desencanto, esta angústia...

Hoje... do "Oceano Ocidental" o Homem parte, levando sua cultura, seu conhecimento, sua alma, para uma partilha sã, fraterna, universal (colonização->internacionalização).
Alegro-me e felicito-te pelo êxito de cada trabalho, por cada degrau que sobes, por cada espaço que "conquistas".
Levas-me pelo vento sobre os mares ao encontro do Homem, da História, da Natureza e da Música.
Deixo-te estrelas a baloiçar na palma da mão...

NICA

Nuno Cruz disse...

meus meninos

Coisa tao linda servir com gente como voces

beijos e ate ja

Nuno Cruz disse...

Minha nica

Um beijo imenso por tudo o que partilhamos, pelos degraus que se sobem passo a passo, e pela tua presenca sempre c

Nuno Cruz disse...

minha Nica

Apagou se o laptop e ficou isto a meio. O que eu queira dizer mesmo era que tu viajas comigo faz um certo tempo, passo a passo cada vez mais longe cada vez mais fundo cada vez com mais coisas bonitas para partilhar. Desde ha muito tempo. corta na angustia, no desespero e no amarfanho e intensifica as lagrimas e o riso porque isso sao emocoes e delas vem sempre coisa boa e bonita, como bonitas sao as tuas palavras que trazem emoooes. Tal como disseste um dia, das palavras brotam emocoes que nao enganam. Estou contigo, gosto de ti e dos passos firmes que vamos dando.
Algures no aeroporto de singapura, preparando uma dose de 11.30, depois de uma de 5 horas, mando um beijo com um som do dingeridoo (instrumento aborigene que ainda trago na cabeca da australia.

Beijos e ate logo