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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Puro Tango en Santelmo, Buenos Aires

The Tango i choose to walk around Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) in its famous fair tells the history of a time of uncertanty lived in Argentina, similar to the one we are living today, in my beloved country.

I´m not a politician and this blog does not aim bitter discussions or acusations for the situation we live today, or the difficult times that we are going to live tomorrow. And so, although i´m not dumb, i don´t feel like comment on...

the institutionalized corruption, or the sweet lies told with a magnificent smile by a dominant class that has no strength or courage to assume its smaller mistake anymore

or the protest of those that refuse their laws, with their suffering eyes, but only because they want to take the same power and do the same thing, living without doing anything

All of them in an undisguisable emptiness disguised by a nice wrapping paper that someone put around their necks.

That´s how everything got here, and that´s why everything is gonna fall due to that mental and moral poverty for whom no one has a solution anymore. As it happened so many times in the past.

So i just want to talk about the passion i love to feel for things i do with other people, or the hope that everything turns all right at the end, or the emotions that are the salt for the soul, or the love that makes life a good journey. The Tango of today tells a story of an Argenita and its people, who knew how to walk from sadness towards happiness, a few years ago. So, pay attention to it with your mind and your soul. Those who don´t understand the spanish, ask for someone who translate the words.

Kisses and hugs, and love your life
O Tango que escolhi para deambular em Santelmo (Septiembre del '88 de Cacho Castaña) ao longo de uma feira de rua ao bom estilo da nossa de Vandoma (no Porto) traduz uma época de incerteza na Argentina bem parecida com aquela que nós vivemos agora aqui neste nosso mal amado país à beira mar plantado.

Não sou politico, nunca o quis ser, este blog não tem intenções desse tipo de discussões amargas ou acusatórias de atribuição de culpas por aquilo que vivemos hoje ou que vamos padecer amanhã. Não de todo. Por isso, embora não seja parvo, não me apetece comentar sobre

a corrupção cada vez mais institucionalizada, da mentira e do engano espalhados com ar cândido e doce por uma classe dominante que não tem já nem a força nem a coragem para assumir os seus erros mais pequenitos

do protesto e da recusa de aceitar essa situação ditos com o mesmo ar cândido e doce por aqueles que lá não estão mas queriam muito estar, porque também querem a vida fácil de viver sem nada ter de fazer,

uns e outros num vazio indisfarçável disfarçado pela palavra bonita e vã e pelo invólucro aprumado e penteado que alguém lhes "arranjou",

Foi assim que tudo isto aqui chegou. E é também por essa pobreza mental e moral que tudo há-de cair em mil pedaços e uma nova sociedade há-de emergir sobre o escombro deste destempero para o qual já ninguém tem solução. Naturalmente, como tantas vezes aconteceu na história dos povos, dos países ou do planeta.

Por isso, interessa-me muito mais falar da paixão pelas coisas, da esperança de que tudo se endireita (com o nosso esforço e sacrificio, que é assim que se conquistam as coisa boas), da emoção que é o sal que alimenta a alma, enfim do amor como forma de vida mais apetecível.

O tango de hoje mostra o exemplo duma Argentina e duns argentinos que souberam sobreviver a tudo isso, uns quantos anos atrás. Escutem com atenção, com a mente e com o coração.

Beijos e abraços, e amem a vossa vida

8 comentários:

Anónimo disse...

pois é no caminho dum bom porto fiquei na tua tanga ou na tua musica ou dança. Estou em Cortegaça no comboio do norte e pareceu-me que o fogo dos nossos mortos se atravessou nos nossos universos. Victoria para os vivos e para o fogo dos mortos (SãO Telmo). Agora estou em Esmoriz. Entrou uma senhora com uma mala .... deve ir de fim de semana como eu que sou suburbano. A seguir é Espinho e depois a Granja... lá para o fim fica Campanhã...e depois a Senhora da Hora

Nuno Cruz disse...

Este san telmo, não é fogo de mortos, mas sim de vivos e alegres. Um dos quarteirões mais vivaços da fantástica Buenos Aires.

Eu também nunca vi o fogacho de san telmo

Abraço

myself disse...

Há esperança para nós? Entre o fado e o tango há uma diferença estrutural, o 1º é solitário o 2º requer duas almas em sintonia e comunhão

Nuno Cruz disse...

Não sei bem. Mas eu alinho mais pelo tango do que pelo fado. Segundo, esperança tem de haver sempre, mas mais do que isso, tem de se ir atrás dela, em vez da fatalisticamente esperar que ela venha ter connosco. Por mim, acredito que isto não passa de uma fase terminal. Potr mais que se arraste, nunca o poderá fazer eternamente.

Beijos para ti. Já tinha saudades.

Anónimo disse...

No tango ... ficam traços de um conforto ,lá no íntimo ...tão perto , tão perto de um céu um dia inventado!...

Um dia um outro dia há-de chegar.
Onde estais ? PALAVRA HONRA HONESTIDADE
Nica

Nuno Cruz disse...

Essas palavras existem, podes ter a certeza, nica

Vivem é muito na clandestinidade. Por agora. Digo eu.

Anónimo disse...

Desculpa ,mas gostaria de referir o livro "Um mundo sem regras " de Amin Maalouf.
um sorriso
Nica

Nuno Cruz disse...

Conheço o Maalouf, mas não o livro. Vou comprar