I always feel a strong emotion crossing my heart and soul, everytime i start preparing an adventure, in that mix of enthusiasm and anguish of the things that may come along the way. I really don´t like to prepare too much any travel, because it cuts off the surprise and may lead you to miss the things that every place has to offer. It was that way i begun this adventure dreamt for a long time, since the first talks with my argentininininian friend Marcelo Devincenzi that put Patagónia in my mind. Destiny didn´t want him to come along with me in this step, but he was the man that lauched it.
We left (me, silvia, cristina & joão gomes, sergio correia and raquel pina) Buenos Aires at sunset, with destiny to Trelew, a small town of 80.000 souls, whose name means People (Tre) of Lewis (Lew) in Wales language, in a tribute to the man that led 150 people to the railroad construction, that was the beginning of the city. We had chosen that place to start the adventure in Patagónia because it was near of Peninsula de Valdés, an unavoidable santuary of sea life in that part of the world, and because it seemed adequate to prepare the expedition around Patagónia central that a few months earlier we had started to settled with the help of another argentinian friend, Raul Pistone, which implied in round numbers 3000 to 4000 km on and off-road.
Perfect choice, i should say, because even tough Trelew is not a fantastic city, it breathes adventure histories in every corner. In fact, moved around there fantastic people like Charles Darwin whose life of adventure i admire since biology classes in high school, Saint Exupery and his flying adventure of Vol de Nuit i red in French classes in the same high school, Egidio Feruglio a cientist of dinossaurs that have a museum with his name and finally, a pair of great significance for my adventurer soul, Butch Cassidy & Sundance Kidd, with whom i "have" a chat in the Hotel (Touring Club) where they slept after running away from US after their sucessful committment ( Bad Orchestra of Ennio Morricone seems perfect to go back to that time). I just felt the smell of all those fantastic people and some more that i can imagine were around, guessing all the histories that made their loves and lives, maybe well represented by the words of Los Visconti (Siempre Solo, Always alone). And that was a beautiful beggining for that trip i offer myself, as gift for my PhD.
Come along and enjoy it with my soul
PS. My blog just reached 30.000 page views in less than 3 years. Thanks for giving me a motive to go on.
Sinto sempre uma emoção percorrer-me o corpo na preparação de cada aventura, aquele misto de entusiasmo e angústia pelas surpresas que podem surgir. Não sou muito de preparar intensivamente e ao detalhe cada viagem, porque isso corta a surpresa das coisas, e sobretudo limita a maneira como vivemos cada passo. Foi assim também desta vez, no arranque para uma aventura desde há muito sonhada, quando comecei a senti-la na alma em conversa com um meu argentinissimo (outro) amigo Marcelo Devincenzi e nos livros que me foi recomendando e que devorei com avidez. Quis o destino que não fosse com ele que fizesse esta viagem, mas foi ele o responsável por esse despertar.
Saimos (eu, a silvia, cristina e joão gomes, o sergio correia e a raquel pina) de Buenos Aires ao final da tarde com destino a Trelew, pequena cidade de pouco mais de 80.000 habitantes localizada na Patagónia, cujo nome significa Povo (Tre) de Lewis (Lew) em galês num tributo ao homem que trouxe a colónia galesa de 150 pessoas para construir o caminho de ferro e que estariam na origem da fundação da cidade. Escolheramos esse ponto de chegada por ser perto da Peninsula de Valdez, um santuario da vida marinha imperdivel para quem viaja para aqueles lados, e porque nos pareceu o local ideal para preparar a expedição em torno da Patagónia central, que meses antes começaramos a delinear com a ajuda de outro (mais um ainda) argentinissimo amigo, o Raul Pistone e que numeros redondos implicava cerca de 3000 a 4000 km de estrada e rippio (terreno para 4X4).
Escolha perfeita, porque Trelew sem ser uma cidade com algo de muito especial, transmite bem a história de aventureiros que ali chegam e dali arrancam pelas mais diversas razões, onde muitas histórias começaram e outras acabaram. Na verdade, por ali passaram o Charles Darwin cuja vida admiro desde o liceu pelo recheio de aventura, o Saint Exupery cuja aventura de vida conheci também no liceu na cadeira de francês (Vol de Nuit), o Egidio Feruglio paleotólogo famoso que deu inicio a uma cruzada em torno da era dinossaurica e que tem um museu com o seu nome na cidade e um par ainda mais espectacular para a minha alma aventureira, Butch Cassidy & Sundance Kidd com quem me viria a "encontrar" no Hotel (Touring Club) onde estiveram hospedados depois de fugirem dos Estados Unidos após o seu bem sucedido golpe (Bad Orchestra do Ennio Morricone parece ideal para fazer recuar para esse tempo). Senti o cheiro deles todos, adivinhando as mil histórias que lhes fizeram os amores e as vidas, quiçá bem traduzidas pelas palavras de Los Visconti (Siempre Solo). Um inicio em beleza para essa viagem que ofertei a mim próprio como prenda de doutoramento.
Venham daí e viajem com a minha alma.
PS. O blog acaba de atingir a bonita marca de 30.000 páginas vistas. Obrigado por me darem o motivo que necessito para continuar com ele.
3 comentários:
Como isto me alegra!
As viagens que fiz e aquelas que eu faço sem sair donde estou...
Não deixes montanhas por subir!...nem limites por rasgar...
Deixa que te deixe o calor de um abraço
Nica
Vais ter que me dar umas dicas acerca de Buenos Aires...
O calor do teu abraço chegou, bem sentidinho, com a vontade de te manter agarrada nesta maluqueira.
Um beijo bom
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