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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nomad Minds

The first subject i had to teach in Aveiro University was Rock Mechanics. Altough i had learnt quite a lot on the subject in my university time, the fact was that i had little practice. So i was ready again to study the subject with my "little friends". With the experience learnt with sanitary landfills (last posts) i prepared a scheme that can be explained as follows:

First i selected a lighthouse objective to make us focused. ENGINEERING IS TO BE GENIOUS was the main purpose to guide us through knowledge. Under this goal i prepared the following guidelines:
1 - Giving a value to the error, in order to free minds and allow people to comunicate with no fear of being mistaken
2 - Create a critical conscience about things, promoting permanent questioning
3 - Never giving the answer, but posing the question
4 - Free the art that is inside of young people, as a mean to be genious
5 - Promoting teamwork, as a way to potentiate engineering solutions

And in a flash i created a way to really understand the effects of this scheme. After 5 team works (One of colecting information to teach other goups, one field work, one of explaining a test and two spreadsheets of engineering calculations) a final individual work was to produce a film with all they have learnt during the semester. It was really a fundamental idea that helped me to evaluate their knowledge and the impact of all this in the teaching system. The movie of today illustrates pretty well the kind of obtained results and it was produced by David Felizardo, a special guy with a special artistic soul. I was particularly happy with this because it showed me how to use the best that people have to give as a way of estimulating minds in work. As Confucius once said ...

Choose a work you love and you will not work one single day in your life

I´m sure you are going to enjoy the movie.

See ya at the end of the week with another example.
A primeira matéria que tive de dar em Aveiro foi a de Mecânica das Rochas. Embora tivesse conhecimento bom sobre o assunto, apreendido nos tempos de faculdade, a verdade é que a prática no assunto não era muita. Assim, preparei-me de novo para aprender junto com os meus "amiguinhos" e, com a experiência adquirida na cadeira de aterros sanitários em Coimbra (posts anteriores) montei o seguinte esquema para o semestre.

Em primeiro lugar eleger um objectivo-farol, que guiasse os nossos passos ao longo do semestre. Tratando-se de uma cadeira de um curso de engenharia, pareceu-me apropriado o seguinte:

ENGENHARIA É ENGENHO.

Sob este chapéu estabeleci as seguintes regras de base:
1 - Valorizar o erro como forma de aprendizagem, de forma a promover o diálogo e evitar o medo de dizer "asneira" que tanto inibe os estudantes.
2 - Criar uma consciência critica, incentivando o permanete "Porquê?"
3 - Nunca dar o Peixe, mas ensinar a Pescar
4 - Libertar o espirito artistico que sempre existe dentro de cada um, sobretudo quando jovem, porque a creatividade é essencial para produzir engenharia
5 - Demonstrar que o trabalho de equipa é sempre muito mais efectivo do que o individual

E depois, num acesso repentino, ocorreu-me que a execução de um documento audio-visual (individual) a fazer no final. após 5 trabalhos de grupo (um de recolha bibliográfica e apresentação aos outros grupos, um de campo, um de apresentação de um ensaio de caracterização e dois de execução de folhas de cálculo), e versando toda a matéria estudada ao longo do semestre seria uma fantástica forma de avaliar o que fora apreendido por todos e, ao mesmo tempo, saber o impacto desta forma de ensino. Nada mais acertado, porque o resultado ultrapassou as minhas mais largas expectativas, como podem ver no filme de hoje (ilustrativo de muitos outros de igual valia) produzido pelo David Felizardo, um tipo especial com uma capacidade criativa fabulosa. Com ele aprendi a fazer uma coisa que nunca mais deixei de aplicar nas aulas e na gestão de grupos de trabalho industrial.

"A melhor forma de rentabilizar um grupo é ir buscar o que cada um tem de melhor e articular num todo com todos os elementos". Com isso consegue-se a paixão que alimenta muitissimo a eficiência de um trabalho. Lá dizia Confúcio...

...Escolhe um trabalho que ames e não terás de trabalhar um unico dia na tua vida...

Se conseguires ires buscar o que as pessoas tem de melhor e articulares tudo em equipa consegues duas coisas fundamentais em produção. Paixão (e prazer) pelo que se faz e uma eficiência em geral extraordinária. Vejam este com atenção, que tenho a certeza que vão adorar.

Volto de novo no fim-de-semana com um exemplo de outro tipo.

10 comentários:

Anónimo disse...

Para ti... que partilhas com paixão e alegria teu trabalho.
Para ti ...que deixas sempre uma flor e um poema ... ( não duvido)
Para ti... que sabes ouvir , perceber ,ajudar,dar a mão...
Para ti... meu sorriso
Obrigada
Nica

Nuno Cruz disse...

E quanto gosto eu desse sorriso que adivinho, que deixa sempre outro tão intenso na minha boca, para ti.

Já tinha saudadita tua minha niquita linda

David Felizardo disse...

Com um professor, assim, especial, qualquer aluno se torna especial! ;)
Posso dizer que durante os 5 anos de curso nunca me senti tão realizado como em Mecânica das Rochas! Tinhamos liberdade para pensar, para falar, para fazer! Foi importante mostrar nas primeiras aulas que não havia limite, que não se tratava de um professor intocável e que, ao contrário dos restantes, havia interesse em também aprender conosco! As actividades propostas não eram "trabalhos", mas sim desafios! Eramos uma equipa!
Nunca me vou esquecer do sorriso de aprovação e de admiração perante os vídeos e teatros que realizámos. Dos olhos brilhantes e do sentimento realização!
É isso que procuro nesta vida. Encontrar algo que me transmita tanto sentido e alegria.. a mesma que vejo em cada post e em cada vídeo partilhado neste blog.
Digo, de coração, que fiquei fã. Guardo e agradeço todas as palavras sábias e partilhas que ainda hoje uso como meu farol!

Nuno Cruz disse...

Nós fomos um grupo extraordinário, não eu que era especial. Apenas eu e vocês conseguimos potenciar o que cada um de nós tinha de melhor. Digo sem rebuço, que foram esses os meus tempos mais plenos de docência, que nunca esqueço, sobretudo quando as coisas me correm menos bem. Fantástico. Graças a vocês todos. Abraço muito grande, muito cheio, muito sentido. Obrigado pelo teu comentário

Anónimo disse...

Alunos fascinantes são aqueles que aprendem a desenvolver consciência critica, trabalhar seus erros ,reconhecer suas dificuldades , construir seus sonhos e lutar pela concretização desses sonhos...sorrir e chorar!
Sei que estou perante um PROFESSOR FASCINANTE
Acredito que " na escola dos sonhos" os jovens transformarão o mundo...
Teus trabalhos são telas de pintor desenhando aromas de emoções...acordes de liras e guitarras...passaros azuis debicando espumas...
PARABENS
Nica

Nuno Cruz disse...

Olá, que isto está a ficar cada vez mais interessante. Então também conheces o Cury (tu própria o descobriste ou fui eu que te indiquei, só por curiosidade). Vou abordar esse assunto num dos próximos posts. De resto, a maneira como escreves cada vez mais me encanta

Anónimo disse...

Descobri numa das minhas viagens ao RIO DE JANEIRO
Um abraço
Nica

Nuno Cruz disse...

Engraçado. Eu Descobri no Aeroporto de Brasilia, em transito entre Recife e Curitiba (em 2008). Fantástico não é?

M.Lurdes Magalhães disse...

Sir Nuno Cruz is a very special human being.

Nuno Cruz disse...

Não sou Sir, sou simplesmente um human being que preza muito a emoção para calcorrear a vida.

Obrigado

Beijo