The Temple of the Monk Alone
Last day we spent together was incredibly shiny, making it easy to go through it without thinking on the next day. We met after lunch, walked on the beach, quiet most part of the time feeling only the pleasure of being together. We abandoned ourselves in a cosy caffee in "Molhe", and let the sun go down on us. When the night fell, we were already in a nice restaurant piled over the sea. A very beautiful night, under the silver moon and with the ocean flowing beneath our feet.
Then, i walked with her to the hotel trying to guess her feelings through her expression. Completely calm and peaceful. We'd talked a few times on the (Last night) subject and she just said " Nuno, there is no way to hapiness. Hapiness is the way. So lets live our way". I was a bit lost on this, but trusting her for the matter.
Arriving at the hotel, we just gave hands and walk up together...
...See the movie at this point (Music: Angel, Sara Mclachlan)
In the next morning i woke up with a whisper in the shadow.
"My love. Please don´t turn on the light, i don´t want us to see nothing but the shadows. This walk ends up here. If everything goes right with surgery i´ll go back to my previous life, and you have yours to live. So, don´t go after me, or visit me in the hospital... Just let our lives flow. Our walk together is our treasure for the eternity".
I didn´t say anythinhg feelling the all truth at each word. I just embraced her very tide and saw her shadow flowing out the room. For a long time i stayed there floating over our path. For the Eternity.
And that was the last time i saw her, for real. And that was 30 years ago
(Weeks later my father told me she had gone home in perfect shape.)
A Love Story - Two hearts, One Soul from nunocruz on Vimeo.
O último dia antes do internamento hospitalar estava incrivelmente bonito, facilitando a tarefa de o passar como se nada estivesse aí para vir. Encontramo-nos já de tarde, passeamos pela praia, a maior parte do tempo calados usufruindo apenas do prazer de estarmos juntos. Deixamo-nos cair numas cadeiras do “Molhe” a observar o pôr-do-sol ao sabor de um gelado, e quando a noite caiu, já estávamos confortavelmente sentados num restaurante estacado sobre o mar. Noite boa essa, ceando sob a lua prateada e com as ondas a espraiarem-se suavemente sob os nossos pés. Depois acompanhei-a até ao hotel da Boa Vista, percustando-lhe o rosto sempre impassível. Tínhamos conversado umas vezes acerca deste momento (última noite) e Carolina sempre dissera:
“ Nuno, não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. Por isso, gozemos cada dia, e o final é apenas um momento do caminho”.
Eu por mim, sentia-me um pouco perdido, confiando que a segurança dela me levaria a algo de bom.
Chegados ao hotel ela deu-me a mão, e sem uma palavra levou-me para cima com ela
… Vejam o filme neste ponto...(Music: Angel, Sara Mclachlan)
Na manhã seguinte acordei com o seu sussurro na penumbra
“Meu lindo! Não acendas a luz, não quero que me vejas, apenas a minha sombra. A nossa caminhada termina aqui. Se a intervenção correr bem, volto para a minha vida e tu tens a tua para seguir. Por isso, digo-te adeus aqui. Não me procures, não me venhas ver ao hospital, deixa a minha vida seguir o seu curso. Teremos sempre este trajecto juntos. É esse o tesouro que criamos juntos e que vale uma eternidade”. Eu nem ripostei, sentindo a verdade a cada palavra que ela dizia. Abracei-a apenas com muita força e depois vi a sua sombra afastando-se de mim e deslizando para fora do quarto. Por muito tempo permaneci ali, flutuando, marcando as minhas memórias. Para a eternidade.
Mais tarde soube pelo meu pai que a intervenção tinha sido um sucesso mas esta foi a última vez que a vi ao vivo, há 30 anos atrás
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